Capítulo 06 - Problemas à vista!

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~Adam~

Fazem horas que eu sigo essa maldita borboleta e ainda não consigo encontrar nenhum sinal da Megan. Mesmo assim, mantenho a minha distância, não quero correr nenhum risco de me aproximar demais e ser visto.

Só que a borboleta começa a voar mais rápido. Aquilo definitivamente era um bom sinal. Estava chegando mais perto. Teria que agir com muita mais cautela a partir de agora.

Ando mais um pouco entre os troncos da floresta e encontro uma pequena cabana. Parecia bem cuidada, mas aparentemente vazia, o que era bem suspeito. Seria um bom esconderijo para a Megan ficar... Isolado, mas era bem protegido pelo terreno da floresta. Vou olhar lá dentro, quem sabe eu tenha alguma sorte.

Mas se essa cabana for mesmo um esconderijo eu tenho que tomar cuidado com possíveis armadilhas.

Me aproximo com cautela do local e ao olhar pelas pequenas janelas da cabana, parecia abandonada, mas ao ver a borboleta entrando por uma pequena falha na madeira velha, me faz ter a coragem para entrar e procurar um pouco melhor.

Abro a porta lentamente tentando não fazer muito barulho, mas mesmo assim a fechadura faz um rangido baixo ao ser forçada. A porta estava trancada, mas nada que um pouco de domínio não resolva. Com a fechadura destruída, abro a porta, mas assim que o faço, uma bola de fogo me engole. Na realidade não é bem uma bola, são paredes de fogo que se erguem ao meu redor. Não posso me deixar aprisionar.

Ao perceber que tinha uma armadilha ali, me enche de esperança por estar no caminho certo. Estava perto, meu corpo pode dizer.

Conseguia ver os limites das paredes que se erguiam e então corri para fora desses limites. Mas assim que sai dos limites percebi que aquilo não era uma simples armadilha. Tinham duas. Ou mais, vai saber.

Meus pés foram rapidamente sugados por uma terra fofa, me impedindo de me movimentar. Não muito longe vi outros limites de outras paredes sendo formadas, mas dessa vez não tive tanta sorte em escapar. Dessa vez, as paredes de fogo se fecharam ao meu redor.

Assim que consigo me firmar no chão sem afundar, começo a atacar as paredes, mas aquelas malditas não parecem ceder em nada. Elas me lembram aquela barreira que envolveu o Tobias e a Megan quando os dois lutaram.

Essa barreira de fogo não faz nada para me machucar, o calor não me incomoda, pelo contrário, me traz uma sensação de paz, quase uma conhecida.

E foi então que eu tive uma certeza no meu coração. Aquilo era obra da Megan. Ela tinha usado o seu domínio do fogo pois sabia que ele não me machucaria. Era ela. Tinha que ser. Não havia intenção de me matar, apenas retardar o meu progresso.
Sentia sua presença ao meu redor. Aquele fogo era dela. Sem dúvidas.
Eu estava muito perto.

— Megan! Eu sei que você está aí fora! — espero que ela esteja do lado de fora, que ela possa me escutar.

Não escuto nada em resposta. Não sei se isso ao meu redor era a prova de som, mas isso não me impediu de ser o mais silencioso que consegui a fim de escutar alguma coisa. Qualquer coisa.

Mas me chame de maluco, sei que ela me escutou. Continuo a atacar a superfície que me aprisiona, mas não tenho muita sorte em fazer algum dano. Domínios não afetavam aquela superfície e então percebo que é inútil continuar com os meus ataques. Eu não sairia dali até que me fosse permitido.

O Décimo DomínioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora