Você Não Soube Me Perdoar (Co...

Por MariaVitoriaSantos1

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Série Você não soube - Livro VI Tudo que Luiza não queria era um amor, mas a vida sempre se encarrega de alg... Más

Apresentação
Book trailer
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Lançamento
Recadinho
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Lançamento
Bônus
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 20
Bônus
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Bônus
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31 - Penúltimo capítulo
Capítulo 32 - Último capítulo
Bônus
Epílogo
Agradecimentos
Livro da Agatha e do Daniel
Lançamento - Você não soube me amar

Capítulo 19

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Por MariaVitoriaSantos1

LUIZA

Me permito chorar compulsivamente ao ver Noah sair do quarto para atender uma ligação. Se ele ao menos tivesse dimensão do quanto suas palavras me machucaram jamais teria as dito.
Dói saber que ele está aqui apenas pelo nosso filho, e dói ainda mais vê-lo jogando na minha cara.

Fui iludida ao pensar que ele ainda me amava, se é que um dia ele chegou a sentir amor por mim.

― Trouxe salada de frutas para a mamãe mais linda do mundo. ― Manu diz animada ao entrar no quarto, mas seu sorriso logo desaparece ao perceber que estou chorando. ― O que aconteceu? ― Pergunta visivelmente preocupada comigo.

― O Noah... ― Paro de falar ao relembrar do que ele me disse há alguns minutos.

― Lu, me conte o que aconteceu? ― Minha irmã se senta na cadeira ao lado da minha cama.

― Ele fez questão de jogar na minha cara diversas vezes que está aqui apenas pelo bebê.

― Noah está mentindo, Luiza. Quando disse que você estava no hospital ele ficou desesperado, tanto que chegou em menos de dez minutos. ― Conta sentando-se na beirada da cama, levando uma mão até o meu rosto, enxugando as lágrimas que insistem em cair. ― Acha mesmo que ele está aqui apenas pelo filho de vocês?

― Noah me tratou com tanta frieza. Não o quero por perto dessa maneira.

Desejei inúmeras vezes que ele voltasse, e quando ele finalmente o fez eu me decepcionei. Não esperava ser tratada daquela forma, afinal Noah sempre fez questão de me tratar muito bem. Mas eu deveria imaginar que ele agiria assim.

― Acalme-se. ― Pede. ― Ficar tão nervosa só fará mal ao bebê.

Dizer acalme-se para terceiros é algo tão simples, mas só tomamos consciência do quanto isso é difícil quando o desespero é conosco.

― Dói tanto vê-lo tão distante. Eu quero meu principezinho de volta. ― Soluço.

― Ele está sendo um idiota. ― Sorri fraco, tentando parecer mais animada, mas falha miseravelmente. ― Coma a salada de frutas que eu trouxe. Fiquei sabendo que comeu muito pouco.

― Eu só queria dormir por uns dez anos.

― Não diga uma coisa dessa nunca mais. ― Revira os olhos em desaprovação ao que eu disse. ― Vou comprar um suco, volto em alguns minutos.

Eu sei que ela apenas inventou uma desculpa para ir conversar com o Noah, o que me preocupa. Não preciso que ele tenha mais motivos para me odiar.

― Por favor, não brigue com ele!

― Não vou. ― Afirma, mas sei que está mentindo. A conheço desde sempre, sei reconhecer quando mente. ― Agora coma, ou serei obrigada a te bater.

Esboço um sorriso diante da sua preocupação excessiva comigo e com o bebê.

Agradeço todos os dias por ter uma família tão especial, não sei o que seria de mim sem eles.

NOAH 

Assim que entro no corredor do hospital vejo Manuela vir em minha direção furiosa, tanto que um tom avermelhado toma conta de suas bochechas.

― Você é um idiota! Por que está tratando Luiza com frieza? ― Manuela pergunta nervosa, sem me dar a chance de responder. ― Se esqueceu que ela está grávida e não pode passar por fortes emoções? Agora mesmo ela está no quarto se desfazendo em lágrimas. Perceba de uma vez por todas que está fazendo minha irmã sofrer por algo que nunca fez. Luiza não te traiu, jamais faria isso. Se bem que com as suas atitudes eu adoraria que ela tivesse te traído, pois assim você ao menos teria motivos relevantes para tratá-la com frieza.

― Manuela... ― Tento falar, mas ela me corta.

― Estou me arrependendo amargamente de ter te avisado que ela estava no hospital. Se eu soubesse que você seria um infantil jamais teria falado. ― Dá uma curta pausa. ― Se me disser que não a ama estará mentindo descaradamente, pois está escrito na sua testa que você ainda é louco por ela. Então pare de ser um babaca, ou irá perdê-la.

Abaixo a cabeça, sabendo que ela está certa.

― Eu vou até ela.

― Tome cuidado com o que irá falar. Se falar ou fizer qualquer coisa que a magoe eu entregarei o seu pescoço para o meu pai. ― Ameaça.

Entro no quarto, sentindo meu coração doer ao ver que Luiza ainda está chorando. Aproximo-me dela, tendo a visão completa do seu rosto inchado.
Estou me sentindo um completo babaca por a deixar dessa maneira. Manuela estava certa, eu não deveria ter a tratado com tanta frieza.
Sorrio fraco ao ver sua mão apoiada na barriga, acariciando-a de maneira discreta. Assim como eu ela claramente já ama muito o nosso bebê.

― Me desculpe. ― Sento na beirada da cama, segurando sua mão, a levando até meus lábios. ― Eu jamais deveria ter te tratado daquela maneira. ― Passo os dedos sobre seu rosto, enxugando-o.

― Não consigo lidar com seu desprezo...

― Não irá se repetir. ― Afirmo abrindo os braços, em um convite explícito para um abraço. Luiza logo entende e se joga em meus braços, escondendo a cabeça na curva do meu pescoço, ainda chorando. ― Por favor, não chore mais. Estou me sentindo o pior homem do mundo por estar te fazendo sofrer.

Estamos nos conhecendo há menos de cinco meses, um tempo consideravelmente curto para que ela já esteja grávida. Mas não me sinto triste por saber que serei pai, ao contrário, estou feliz como nunca estive antes. Luiza não poderia me dar presente melhor. Já amo intensamente o nosso filho.

― Você me odeia? ― Pergunta com a voz abafada, ainda com a cabeça na curva do meu pescoço, me impossibilitando de olhar nos seus olhos.

Como eu poderia odiá-la? Mesmo depois de tudo eu continuo amando-a loucamente.

― Claro que não. ― Sorrio fraco, acariciando suas costas tentando a acalmar.

― Me perdoe... Eu não te traí, Noah.

Ela se afasta o bastante para olhar nos meus olhos.

― Se acalme. ― Peço ao perceber que ela está tremendo. Toco sua barriga plana, me perguntando como será daqui alguns meses, quando nosso filho já estiver se mexendo. ― Você não pode ficar tão nervosa, faz mal para vocês dois.

― Me arrependo tanto de ter saído para beber aquele dia, se eu pudesse voltar no passado voltaria, e com certeza faria tudo diferente. ― Abaixa o olhar, colocando a mão sobre a minha que ainda está em sua barriga. É impossível me manter indiferente diante do seu toque. ― Sabe aquela coisa de só dar valor quando perder? Então, estou sofrendo na pele o quanto dói.

Toco seu queixo, forçando-a olhar em meus olhos.

― Eu não te odeio, mesmo que quisesse jamais daria conta. Não vou mentir, ainda estou magoado com você por conta daquele mal entendido no bar. Naquele dia me senti duplamente traído. ― Fecho os olhos, colando nossas testas. ― Sei que errei, afinal o alcoolismo é uma doença que não pode ser curada sem uma ajuda profissional. Mas foi impossível não ficar magoado com você. Eu já havia pedido milhares de vezes para você me ligar quando não estivesse se sentindo bem, e você não o fez, preferiu ir para um bar beber até perder a consciência. Espero que não repita o mesmo erro, pense em você e no nosso filho.

Luiza permanece olhando no fundo dos meus olhos, deixando que diversas lágrimas escorram pelo seu rosto já avermelhado. Posso sentir sua dor através das lágrimas. A puxo novamente para os meus braços, não suportando a ver dessa forma, deixando que ela se sente em meu colo, voltando a esconder a cabeça na curva do meu pescoço.
Acaricio suas costas, plantando um beijo suave em seu ombro, permitindo que ela chore abraçada a mim por longos minutos. Dói tanto a ver assim, me sinto tão mal que se pudesse tomaria toda sua dor para mim, só para vê-la sorrir.

― Vai passar a noite aqui?

― Sim. ― Confirmo. ― Alguém precisa ficar de olho em uma certa grávida.

― Obrigada, Noah!

― Não precisa agradecer, estou fazendo apenas a minha obrigação. ― Digo a verdade.

♥️

Passei a noite ao lado da Luiza no hospital, não tive coragem de voltar para casa e deixá-la sozinha.

Massageio o pescoço na tentativa de acabar com a dor que estou sentindo. Dormir em um sofá minúsculo acabou comigo.

Sinto meu coração acelerar ao entrar no quarto e ver um homem sentado ao lado da Luiza na cama. Respiro fundo vendo-o beijar o rosto dela com uma intimidade assustadora. Fecho os olhos tentando manter o controle para não quebrar a cara do infeliz. Me aproximo lançando um olhar mortal para o homem, que parece não se importar. Toco o ombro da Luiza, finalmente atraindo sua atenção. Ela sorri abertamente, me fazendo sorrir para ela.

― Precisa de alguma coisa? ― Pergunto ignorando completamente o homem ao seu lado.

― Não. O ursinho acabou de me trazer um delicioso milkshake de morango. ― Conta satisfeita, não me deixando nada contente.

Quem diabos chama um homem de ursinho? Esse é o apelido mais ridículo que já vi em minha vida.

― Posso fazer companhia a vocês? ― Pergunto desejando que ela diga que sim, pois não estou com a mínima vontade de deixá-la a sós com ele.

― Claro. ― Confirma tocando minha coxa, me puxando para sentar ao seu lado, assim como o homem que está do lado contrário, apenas me analisando minuciosamente.

― Monstrinha, eu preciso ir para casa. ― Levanta-se, curvando o corpo para poder beijar a testa da Luiza, que o puxa para um abraço apertado.

Me ajeito na cama, desconfortável com a situação.

― Poderia ficar mais alguns minutos. ― Luiza pede, fazendo meu sangue ferver.

― Amanhã passaremos o dia juntos. ― Promete.

― O caramba! ― Murmuro já não suportando mais o vê-lo tão perto da Luiza.

O infeliz dá uma gargalhada alta.

― Eu cheguei muito antes de você. ― Pisca. ― A propósito, tenho o amor dela há anos.

Que diabos de história é essa?

― Noah, não precisa ter ciúmes. ― Luiza sorri fraco, fazendo que uma parte de mim se acalme.

― Tenha um bom dia, Noah! ― O descarado sussurra, antes de se retirar do quarto.

― Não gostei desse cara folgado. ― Murmuro me ajeitando na cama, deixando que ela apoie a cabeça em meu peitoral, deitando-se de lado, sorrindo de uma maneira absurdamente linda.

― Bobinho. ― Dá uma risada apoiando a cabeça em meu ombro. ― O ursinho é o meu irmão mais novo. Você caiu nas provocações dele.

Olho-a sem acreditar.

― Quer dizer que ele estava apenas curtindo com a minha cara, Luiza? ― Ela confirma com um aceno. ― Você deveria ter esclarecido desde que entrei no quarto. ― Tento fingir que estou nervoso, mas acabo falhando ao ver seu lindo sorriso morrer, por pensar que estou bravo com ela.

― Na próxima vez que se encontrarem irei apresentá-los formalmente.

― Não sabe o quanto estou aliviado por saber que ele é apenas seu irmão. ― Beijo seu pescoço, inalando o cheiro de flores que seu cabelo exala. ― Eu amo o cheiro do seu perfume. ― Sussurro próximo ao seu ouvido, deslizando uma mão até suas coxas.

― Noah... ― Geme assim que ergo sua camisola. ― Estamos em um hospital, é melhor parar.

― Tem certeza? ― Começo a distribuir beijos pelo seu pescoço, vendo-a arrepiar.

― Não.

Batidas na porta me fazem afastar instantaneamente de Luiza, ajudando-a ajeitar a camisola. Ela volta a se sentar, passando os dedos entre os fios do cabelo.

― Não acredito. ― Resmungo.

― Vai terminar o que começou a noite. Não se pode brincar com os hormônios de uma grávida.

― Terminarei com o maior prazer.

Seguro na mão de Luiza ao ver seu pai entrar no quarto com uma expressão furiosa. Lanço um olhar de puro desespero para ela, que está pálida.

Ele irá me matar!

♥️






__________________________________
Espero que gostem do capítulo.💙

GOSTARAM DO CAPÍTULO? O PRINCIPEZINHO FEZ CERTO EM SE DESCULPAR?

Entrem no grupo do Facebook: Autora Maria Vitória Santos.

Beijinhos e até o próximo...😘😘😘😘

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