THE CAR - H.S PT

By stylesrl

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- Eu não tenho casa. Moro no meu carro. - É, eu realmente estava fazendo isso. E falar isso em voz alta fez e... More

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XLI
XLII
XLIII (Penúltimo)
XLIV (Último)
AVISO

XII

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By stylesrl

- Podemos conversar? - logo após de acordar com batidas eu vi um moreno cacheado entrar em meu quarto. Apontei para o mesmo sentar na cama e ele o fez. Eu não sabia que horas eram, não lembrava como havia chegado em casa e a minha cabeça explodia. Harry estava com os cabelos molhados, uma camiseta branca, calça preta e de meias. Seu perfume de banho recém tomado invadiu o meu quarto inteiro. - Como foi sua noite?

- Foi boa. - me limitei a responder.

- Certo. - ele ajeitou sua postura se aproximando um pouco mais de mim. - Me desculpe. - suspirou. - Eu sei que te magoei, nunca foi minha intenção. - passou a mão puxando seu cabelo para trás. - Eu odeio ficar assim com você.

- Por que você mentiu? - minha voz vacilou.

- Eu não men...

-Você mentiu. - o cortei. - você disse que sentia coisas por mim e logo depois estava com outra. - ele suspirou encarando o chão. - por que você mentiu?

- Eu estava confuso, apenas isso. Você apenas me cortava, e do nada deixava eu me aproximar. - mordi o interior da minha bochecha sentindo meu nariz arder pelas lágrimas que começavam a brotar. - Depois de você, eu parei de ver Candice, fiquei tão envolvido em te ajudar que deixei a minha amizade com ela de lado. E eu percebi que você não sentia nem um pouco do que eu estava começando a sentir.

- O que você estava começando a sentir? - minha voz embargada fez ele me olhar nos olhos. - Porque você também é confuso, você se aproxima, se afasta, age como se tivéssemos algo.

- Eu não sei o que eu sentia. - suspirei, ele sentia. No passado. - Eu sei que eu só queria algo bom, eu disse para você, eu não tenho relacionamento bons, e isso - apontou para nós dois. - eu percebi que não iria acontecer, e nem seria bom. - tranquei minha respiração ouvindo essas palavras que ele disse sem nem hesitar. - Você nunca disse o que sente. E eu não sou um cara que fica esperando a garota resolver fazer acontecer.

- Nada, eu não sinto nada por você. - eu disse tentando parecer firme e tentando acreditar em minhas palavras. Ele me olhou surpreso e suspirou fechando os olhos. Ficamos em silêncio por alguns minutos. Harry encarava o chão como se estivesse perdido em seus pensamentos, e eu o olhava, perdida em meus.

- Eu gosto dela. - sua voz saiu fraca. - Ela me faz feliz, me apoia, ela está aí para mim quando eu preciso correr para alguém. Eu estou feliz. - disse olhando para o vazio. Eu fiquei quieta. Não sabia o que falar com a declaração dele sobre outra garota. E então resolvi fazer o que eu já deveria ter feito há tempos.

- Eu vou me mudar. - ele finalmente me olhou e balançou a cabeça negativamente. - Eu estava dando uma olhada em alguns apartamentos faz um tempo já.

- Não. Sua casa é aqui, Liza. - ele se arrastou até onde eu estava em pegou minhas mãos. - Eu estar namorando não muda nada. - senti minhas batidas falharem ao ouvir a palavra "namorando". - Cand sabe de tudo e ela não se importa, você não precisa se preocupar. Sua casa é aqui. - repetiu.

- Eu sou tão grata por tudo que você fez para mim, você não faz ideia. - senti meu rosto molhar com uma lágrima solitária. - Vou sempre estar em débito com você, Harry. Mas pelo fato de você ter me ajudado tanto eu consigo agora. Não é justo eu estar aqui quando eu tenho condições de não estar mais. Você me deu tudo, você me deu uma vida. - sorri pra ele. - Agora eu posso ir.

- Eu não quero que você vá. - senti meu coração esquentar com as suas palavras que eu esperava que ele dissesse. Mas sabia que não poderia mais ficar. - Você faz parte dessa casa, por favor, não vá. - ele me abraçou. - Sinto muito por magoar você, por favor, não vá. - suplicou enquanto me apartava ainda mais no abraço.

- Olha pra mim, - peguei seu rosto com as minhas mãos. - você é a minha família. Você é tudo que eu tenho. Eu não estar aqui não vai mudar o que temos.

- Você não precisa ir.

- Eu preciso. - acariciei seu rosto e sorri para ele. - Você me ajuda?

- O que?

- Você me ajuda a escolher um lugar? - ele sorriu e voltou a me abraçar.

- Obrigado por me desculpar. Não quero perder você.

- Você não vai, eu prometo.

- Então... - ele se afastou rindo. - Podemos falar sobre a mensagem de voz que você mandou? - sorriu brincalhão e eu o encarei confusa.

- Que mensagem de voz?

Haviam se passado 7 meses. Eu morava sozinha em um apartamento pequeno no centro de Londres, o meu cantinho era o mais aconchegante possível. Harry insistiu para que eu fosse para um lugar maior mas eu neguei, eu não precisava. O apartamento tinha 2 quartos, o meu e um de hóspedes, Styles e eu decoramos até o último detalhe juntos, ele fez questão. E era lindo. Tinha cores neutras com móveis brancos, detalhes em rose que caiu perfeitamente como o toque final.
Harry estava cada vez mais firme com sua namorada, e eu estava casa vez mais próxima dele. Nossa amizade virou uma coisa surreal quando me mudei, não desgrudávamos, não tinha um dia sequer que não nos falássemos. Não houve mais momentos entre nós, apenas um dia, quando estávamos testando algumas camas na loja. Harry insistiu para que eu deitasse num colchão que ele disse que seria o escolhido para o meu quarto. Eu apenas ri e concordei em deitar.
- Não é confortável? - se virou para mim.

- Eu adorei. É tão macio. - passei a mão na superfície fofa. - Acha que deve ser esse? - me virei. Estávamos deitados um de frente pro outro na grande loja de departamento.

- Com certeza. - ele sorriu e quando eu fiz o mesmo uma mecha de cabelo caiu em meu olho. Ele foi rápido para que antes que eu pudesse tirar ele tirasse com delicadeza. E quando tirou eu senti o toque dos seus dedos gelados sobre meu rosto. Seus lábios ficaram entreabertos como se precisasse de mais ar e eu poderia escutar as batidas do meu coração de tão fortes e aceleradas que ficaram. Sua mão encaixou perfeitamente no meu rosto o segurando. Harry lambeu seus lábios sem quebrar contato visual comigo. Sentia meu corpo todo responder a tal ação quando me arrepiei da cabeça aos pés. Segurei sua mão no meu rosto e a acariciei. Ele estava a centímetros de mim que eu poderia sentir sua hálito refrescante bater em meu rosto.

- Então? O que acharam desse? - A vendedora nos acordou do transe e nos afastamos.

E esse foi o momento, agimos como se nada tivesse acontecido depois.
A carreira dele estava indo cada vez melhor, ele estava no final das filmagens do seu primeiro filme. E compunha quando tinha tempo. Eu geralmente o acompanhava para garantir que ele tinha tudo o que precisava. Nate mostrou ser um excelente chefe e eu estava cada vez mais fazendo o seu trabalho, visto que eu havia aprendido tudo. Ou seja, eu era basicamente a manager direta de Harry enquanto Nate lidava com outras coisas.
Acabei me aproximando mais de Perrie, ela virou uma amiga que eu sabia que poderia contar em qualquer momento, ela era incrível comigo. Geralmente fazíamos algo juntas toda semana, ela adorava passar tempo aqui em casa.
Ah, também fiquei muito amiga de Louis, ele é uma ótima companhia. Sempre saiamos juntos, íamos em festas, eventos ou apenas ficávamos em casa comendo pizza. Sua namorada, Eleanor, foi a mesma coisa, nos tornamos muito amigas. As vezes eu conseguia juntar todos, Harry, Louis e Eleanor, e sempre acabava em risadas, era muito bom. Eu amava a companhia deles.
Candice no fim não consegui me dar muito bem, Harry disse que ela morria de ciúmes de mim. Um dia Harry tentou marcar um almoço com nós duas mas ela simplesmente furou. Em outras palavras, ela me odiava.
Eu acabei ficando bem popular nas redes sociais, já passava dos 5 milhões no Twitter e Instagram, eu adorava interagir com o pessoal que gostava de mim e é claro, as fãs de Harry. Mas ainda sim eu não era muito acostumado com o tamanho de hate que recebia as vezes, muita gente acha que eu e Harry temos algo, e isso é o mais difícil, porque isso era mais um motivo para Candice me odiar.

- O que quer fazer hoje? - Harry perguntou enquanto entrávamos no carro.

- Hoje é sexta, não tem planos com a Candice? - perguntei colocando o cinto. Estávamos saindo das gravações que acontecia em uma cidadezinha perto da capital. A viagem era de quase duas horas.

- Ela viajou essa manhã, tem um desfile na Itália.

- Hmmm, está afim de sair ou comer em casa? - perguntei enquanto mexia no meu celular.

- Casa.

- Minha ou sua?

- Sua.

- Sushi? - olhei pra ele e ele sorriu. - E então, como foi hoje? - larguei o celular e o observei enquanto ele dirigia concentrado.

- Não vejo a hora que acabe. Adoro atuar, mas é bem cansativo. - balancei a cabeça concordando. - Mas vai ser tão bom o filme, não vejo a hora de ver.

- Imagino, estou tão feliz por você estar se achando. -  encostei no seu ombro. - Como estão as músicas?

- Estou com um bloqueio, não sei o que fazer. Faz algumas semanas já. Mas Jeff está criando algo enquanto eu não consigo.

Conversamos o caminho inteiro e quando chegamos em casa Harry foi tomar banho, ele guardava algumas roupas aqui.

- Ei, isso estava pendurado.... - Harry veio enrolado na sua toalha e eu gelei quando vi o que tinha na sua mão.  - Uau. - ele balançou a calcinha de renda preta.

- Me devolve isso aqui. - senti meu rosto esquentar e arranquei a peça da sua mão.

- Pra quem você usa essas coisas? - ele foi em direção ao quarto todo risonho.

- Por que eu tenho que usar para alguém? Eu uso porque gosto. - falei alto para que ele me escutasse do outro quarto e quanto eu pegava um pijama no meu roupeiro.

- Tudo bem. - ele apareceu apenas de calça de moletom e meias e se escorou no batente da porta.

- Vou tomar um banho rapidinho, eu já fiz o pedido, o dinheiro está no balcão. - fui sair mas ele continuou no lugar me impedindo de passar. - Harry, deixa eu passar. - seu olhar estava tão intenso que eu simplesmente esqueci o que ia fazer, ele abriu um sorriso tão sacana que minhas pernas tremeram.

- Não consigo parar de imaginar. - sua voz rouca saiu baixa e incrivelmente sedutora, eu comecei a respirar mais rápido.

- Imaginar? Imaginar o que? - perguntei confusa.

- Você. Naquela renda. - então eu perdi o chão. Eu prendi a respiração e tentei ao máximo ignorar o calor que começou a subir pela minha espinha.

- Harry... - sussurrei desacreditada.

- Vou esperar na sala, - ele mordeu o lábio me olhando de cima a baixo. - bom banho. - e então saiu, me deixando agora sem parar de imaginar coisas que eu não deveria.

- Você vai para o inferno! - gritei e ouvi sua gargalhada. Ele ainda iria me enlouquecer.

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