A Senhora Stark e o Gavião Arqueiro se encontravam no quarto da atual dona da mansão naquela já tão tarde hora da madrugada, em silêncio. Nem um dos dois sabia como abordar aquele assunto e ambos sabiam que atitude deveriam tomar em relação a nova integrante da família Stark.
- Admito que sempre imaginei que em algum momento uma mulher bateria na porta da casa do Tony acompanhada de alguma criança, dizendo que estava aqui para lhe apresentar o seu filho ou filha. Achei que odiaria a criança com todas as minhas forças. – A ruiva começou dizendo um tanto abalada, Pepper tinha perdido a maior parte do brilho de seus olhos. – Mas agora que isso realmente aconteceu eu fico me perguntando como posso ter raiva de alguém como ela. – A mulher escondeu o próprio rosto com as mãos. – A Lin parece tão frágil e seus olhos mostram tanta dor... É como se ela fosse quebrar a qualquer momento.
Clint mostrou um pequeno sorriso, mesmo que não o conhecesse bem o bastante a Senhora Stark, podia-se dizer que ele tentava compreender a sua forma de pensar.
- Sabe qual é a sensação de fazer o papel de herói e sentir que falhou? – Ele perguntou sem olha-la nos olhos. – Posso salvar o máximo de pessoas que eu conseguir e nunca será o suficiente. Aquela garota é filha do Tony, alguém que deveria ter a minha prioridade quando precisasse de ajuda, assim como o Stark teria pelos meus filhos, mas veja o que fizeram com ela. Nós nem sabíamos que a Lin estava viva...
- Isso não é culpa de nenhum de vocês. – A ruiva disse se envolvendo em um abraço como se fosse frágil como uma criança. – Vocês todos os dias fazem o impossível para proteger esse mundo de mais coisas do que alguém normal pode aguentar, não podemos carregar o peso de todos os problemas nas nossas costas como vocês heróis sempre fazem. – Pepper sorriu nostálgica. – Tony e eu falávamos sobre isso pouco tempo antes de Thanos aparecer pela primeira vez, acho que o meu instinto materno estava se aflorando, queria que tivéssemos um filho e então Morgan veio ao mundo. – Ela suspirou frustrada. – Eu até estava me apagando ao Peter mais do que deveria e agora descobri que a pessoa que eu mais amei tem outra filha além da nossa pequenina... Nem mesmo fui eu quem a ensinou a lidar com vida, somos completamente estranhas uma para a outra, tem noção de como isso é horrível?
A ruiva por um momento sentiu vontade de rir de desespero, ela chegou à conclusão de que apesar de todas as suas dúvidas estava disposta a acolher aquele pedacinho de seu amado que o deus travesso trouxe até si.
- Ainda há tempo de ensina-la muitas coisas. – Clint tentou anima-la. – Converse com a Lin, a sós. Tente conhece-la melhor, saber se ela está disposta a tentar fazer parte da família e viver uma vida normal na medida do possível.
- Acha mesmo que ela consegue confiar em mim? – Pepper franziu o cenho – Lin olha para o Loki como se ele fosse seu mentor, não duvido que ela mataria qualquer um de nós sem hesitar se ele mandasse. Aquele homem é definitivamente a pessoa menos confiável que conheço, se ela anda lado a lado com ele talvez devêssemos desconfiar de suas intenções.
- Pepper ela é filha do Tony. Independentemente de qualquer escolha que tenha feito, olhe para ela. O que você vê? Uma inimiga? Eu vejo uma garota quebrada. Loki pode ser nosso inimigo as vezes, mas foi ele quem a manteve viva mesmo que não saibamos o porquê. Lin não tem culpa de quem é, nem você tem culpa por não saber que ela não havia morrido e acho que se ela está aqui agora merece uma chance de agir sem se preocupar com o que quer que tenha a machucado daquele jeito.
- Já disse que eu gosto a forma que você age em situações como essa? – A Stark considerava muito o que o Gavião Arqueiro dizia, já estava deixando de lado a maior parte de suas desconfianças. Pepper sorriu e quase que automaticamente começou a fazer planos para o futuro.
- O mundo tem muitas pessoas para protege-lo agora. – O Barton a lembrou – Acho que não é uma má ideia você tirar umas férias, pode levar a Lin e Morgan para conhecer algum lugar que ela se interesse. Será bom para vocês se conhecerem.
- Não acho que ela vai aceitar sair pelo mundo sem o jotun.
- Então leve-o também! O Loki, o Thor, não importa. Pode até chamar o Peter se quiser! Eles não têm idades muito diferentes, vão se dar bem.
A ideia de Clint não era ruim, talvez desse realmente certo, mas Pepper ainda se preocupava tentando adivinhar o que o deus da trapaça ganharia ao deixar a Lin se aproximasse dela.
A ruiva nunca deixaria de se sentir grata pela forma com que os amigos do marido se mantiveram ao seu lado depois que ele morreu.
(...)
No outro dia de manhã quando a Stark e Loki entraram na cozinha todos exceto Bruce já estavam lá, tentando preparar o café da manhã. Tentando, afinal cada um parecia ter uma ideia diferente de como agradar a segunda mais jovem na casa. Banner foi embora um pouco antes dos dois saírem do quarto, ele foi mandado para Washington a fim de voltar a treinar os seus jovens alunos com problemas de raiva.
Na cozinha Thor tentava preparar um Bröd, segundo Loki era algum tipo de pão com grãos de Asgard, ele estava todo sujo com farinha, mas parecia satisfeito com a coisa estranha que colocou para assar. Pepper fritou ovos e bacon enquanto Barton fazia café e tentava preparar alguma mistura no fogão, uma coisinha pequena auxiliava a mãe e não tentava mexer em nada do que os outros faziam, havia um cheiro de queimado no ar e Lin deduziu que aparentemente a ruiva foi a única que se preocupou em aprender a cozinhar ao longo da vida.
Havia também alguns bolos e bebidas já na mesa, suco e chá talvez, mas provavelmente Pepper planejava levar tudo para a sala de jantar antes que a garota aparecesse.
Quando a ruiva se virou para colocar o bacon em um prato acabou se assustando ao ver os dois os observando da entrada do cômodo, quase deixando a frigideira cair e soltando um gritinho. Ela decidiu que não gostava de como eles conseguiam ser silenciosos.
- Bom dia! – A senhora Stark saudou quando se recompôs, sorrindo logo em seguida e finalmente colocando o bacon nos pratos. Os outros dois também se viraram e desejaram bom dia. Morgan se escondeu atrás das pernas da mãe, repentinamente tímida.
Lin se encolheu um pouco onde estava, não sabia como agir ou o que fazer então procurou o amigo com os olhos esperando que ele fizesse alguma coisa. Ela também não sabia o significado daquelas palavras que disseram e talvez essa dúvida tenha ficado clara em seu rosto porque Loki não demorou a explicar em asgardiano.
- Imdoa timigohta zi faki dihno ws teo pas. Ema i wso mowtokoa boxo am nwsoham. (Estão desejando que você tenha um dia bom. Isso é uma saudação para os humanos.) – O deus lhe sorriu de leve e respondeu aos outros para ensina-la, mesmo que os cumprimentos não tenham sido dirigidos a ele. – Bom dia.
- Boom diia. – Ela repetiu alongando a pronúncia das palavras para testar sua sonoridade e depois olhou para o amigo como se perguntasse se havia falado certo. Loki apenas assentiu de leve sorrindo um pouco, Lin desejava aprender como pessoas normais agiam e se comunicavam, era importante para ela e de certa deixava o outro orgulhoso.
- Miw omjoxteoha i sweda pas, siheho. (Seu asgardiano é muito bom, menina.) – Thor elogiou contente, ele não conseguia ver a morena como uma mulher graças ao ar frágil e travesso que ela carregava, então provavelmente sempre a chamaria de menina. O deus do trovão não fazia ideia que o irmão havia ensinado a língua de seu povo para ela e isso causava uma nostalgia enorme no loiro, fazia muito tempo que não ouvia pessoas conversando no primeiro idioma que aprendeu.
- Aprejota. (Obrigada.) – Suas bochechas coraram um pouco, era a primeira vez que alguém além de Loki a elogiava por algo.
Pepper a julgou de certa forma fofa, mas se irritou levemente com ambos os irmãos extraterrestres, parecia tão fácil para eles interagirem com ela.
- Acho que terei problemas com os asgardianos. – Ela sussurrou só para Barton ouvir e ele riu do ciúme materno que já estava crescendo. Aquele clima muito estranho da noite anterior já estava se dissipando quase que completamente.
Lin observou o cômodo por completo, tudo era muito limpo e moderno, ela gostou daquele lugar e ficou tentada a interagir com o robô de limpeza que estava num canto. Mas em nenhum momento saiu de perto do amigo.
Loki mostrava uma expressão suave que raramente se encontrava em seu rosto, precisava ganhar a confiança de todos afinal.
- Vou levar as coisas para a outra mesa. – O arqueiro avisou – Podem me ajudar? – Ele perguntou com calma aos irmãos numa clara tentativa de deixar a ruiva, a criança e a garota a sós.
Loki olhou para a Senhora Stark como se hesitasse em deixar a amiga longe de seus olhos, ele queria que pensassem que Lin era incapaz de se defender sozinha, que precisava muito dele para se manter sã e que acima de tudo queria que acreditassem que ele se importava com ela. Só Lin conseguia ler as mentiras do outro verdadeiramente e ela já estava acostumada com os seus jogos então agia como deveria fazer, ao lado dele, ajudando com suas intenções sem se importar com o papel que estava desempenhando.
- Está tudo bem. – Lin usou seu inglês não tão bem formado e lhe sorriu de leve – Pode ir ajudar. – Ela gesticulou um pouco, sem se incomodar por estar sem os seus dedos mecânicos.
Loki não disse nada, apenas assentiu e foi junto de Barton e Thor para a sala de jantar levando os pratos que iriam compor o café da manhã daquele dia. Quando eles se retiraram Pepper se voltou para o fogão desajeitadamente e desligou o fogo que aquecia a mistura estranha ao perceber que ela estava queimando.
Lin respirou fundo implorando a si mesma para se manter calma e andou um pouco para frente no intuito de se aproximar da mais velha. Ela não vai me machucar. Não vai me machucar. Repetia para si mesma conforme chegava mais perto com seus passos tortos e diferentes. Quando os olhos de ambas as Stark se encontraram o seu instinto fez com que ela se abraçasse e desviasse o olhar, a mulher a lembrava muito dos homens maus.
- Li em algum lugar que vocês dizem obrigado quando alguém os ajuda. – Ela voltou a olha-lo. – Então... obrigada. Pelo quarto.
- Você é quase minha filha, não precisa agradecer. – Ela tentou soar gentil, mesmo incomodada com o visível desconforto da outra.
Loki queria que a Senhora Stark confiasse nele e ela faria isso acontecer mesmo que sentisse medo da mulher em questão, Lin não lembrava do que significava ter uma mãe, não sabia diferencia-la de um inimigo qualquer, mas queria viver de uma forma diferente e talvez Pepper pudesse ajuda-la nessa questão. Ela queria se lembrar de como é ter uma família e aquela mulher parecia disposta a ajuda-la, então talvez não fosse tão ruim ser a arma do amigo, talvez não precisasse ser uma mentira até o fim.
A esposa do Homem de Ferro não parava de encarar suas cicatrizes e a garota conseguia perfeitamente ler a curiosidade estampada em seu rosto, da mesma forma que via nos olhos de sua irmãzinha. Era estranho até mesmo para a própria Pepper que ela estivesse segurando a sua vontade de perguntar sobre elas, talvez tivesse adquirido o mau hábito do marido ao longo dos anos. Mesmo assim Lin não se sentia à vontade para falar do passado, portanto não se deu ao trabalho de tentar explica-las.
- Olha eu sei que nos conhecemos ontem, mas eu preciso que saiba que eu quero te ajudar a viver uma vida melhor. Pelo que soube você ficou tempo demais presa sem poder ver o mundo como queria. – A ruiva passou uma mão pelo cabelo, bagunçado um pouco o seu penteado bem arrumado e passou olha-la de novo nos olhos – Existe algum lugar que deseja conhecer? Pode escolher qualquer um, aliás, não só um! Quantos quiser e eu te levo até lá ainda hoje!
Lin arregalou os olhos, pouco se preocupando em esconder suas emoções e a olhou como se pela primeira vez conseguisse enxergar algum tipo de bondade na mulher. Ela não esperava por aquilo, nem havia se permitido pensar em quando iria ter a oportunidade de conhecer pessoalmente as belas paisagens que Loki a mostrara e, portanto, ficou paralisada por um momento, em choque, tentando encontrar sinais de mentira nas expressões da outra Stark. Asgard foi o primeiro lugar que veio a sua mente, aquela era definitivamente a civilização que mais desejava conhecer, porém já fazia oito anos desde que todas as suas chances de visita-la se foram. Então ela olhou para o chão, se encolhendo de novo no seu pijama de patinhos e tentando lembrar de algum lugar na Terra que alguém já havia lhe contado histórias sobre. Por fim apenas um nome veio de fundo de suas lembranças, não sabia quem contou sobre essa cidade em específico, mas sua memória insistia em dizer que aquele seria um lugar agradável.
- Osaka. – Sussurrou por fim perante o ar ansioso da tecnicamente madrasta.
- Japão? – Ela ergueu uma sobrancelha e sorriu, havia gostado da ideia, Pepper conhecia a cidade e não seria difícil deixar aquele passeio divertido. – Ótima escolha! Conheço lugares incríveis por lá! Vou tirar essa expressão acanhada do seu rosto até o final da viagem, isso é uma promessa!
Lin se permitiu fechar os olhos e sorrir um pouco sincera, ela gostava de desafios. Porém não demorou muito em abri-los de novo e indicar o lugar por onde os outros saíram com gesto de cabeça.
- Podemos nos juntar aos outros? – Perguntou com cuidado, coisas boas não aconteciam quando desagradava os homens e mulheres que a outra Stark tanto a lembrava.
- Ah, sim, claro! – A ruiva lhe sorriu, ainda tentando encontrar uma forma de agir perto da mais nova sem assusta-la. Elas caminharam juntas até o cômodo onde os outros estavam, Lin manteve uma certa distância ainda se forçando a permanecer tranquila e ambas encontraram com Thor no caminho. Ele sorriu para ela e foi buscar o prato que estava preparando na cozinha, agora já devidamente limpo e sem farinha.
A sala de jantar era suficientemente grande para servir um banquete para uma multidão de pessoas e Clint os aguardava de pé não muito longe da porta de entrada, já Loki se encontrava sentado em uma das cadeiras da grande mesa central, ele estava numa posição relaxada, completamente à vontade e com seu sorriso típico no rosto. Só Lin via a encenação por trás de suas ações, os outros julgavam que seus atos eram de alguém que se considerava superior, como se nada nem ninguém ali fosse capaz de atingi-lo.
A nova Stark tentou ignorar o fato de que o olhar de todos estava concentrado nela e caminhou até a cadeira ao lado da do amigo sem de fato se sentar, ela não sabia exatamente o que os humanos faziam em momentos como aquele portanto seus olhos correram pelo salão nervosamente até que encontraram com os do jotun ao seu lado. Loki apenas moveu os lábios sem de fato dizer algo, fez apenas o suficiente para que ela entendesse que deveria se sentar.
Lin moveu a cadeira até o ponto em que seria possível se sentar nela, sentando-se logo em seguida, Morgan e Pepper se sentaram à frente dos dois e Thor voltou da cozinha com seu pão asgardiano. O loiro maior parecia contente com o resultado de seus dotes culinários, embora Loki encarasse aquela coisa com nojo.
Thor com a própria mão partiu pedaços do pão para cada um dos presentes e foi servindo-os logo depois, ninguém parecia muito convencido a comer daquilo.
- Você não acha que eu vou comer isso, não é? – Loki perguntou arqueando uma sobrancelha.
- E por que não comeria? Está uma delícia! – Thor afirmou com a mais sincera certeza apontando para o pão em seu prato.
- Nem você provou ainda! Não tenho certeza se seria seguro alguém comer essa coisa. – O deus moreno argumentou.
- Não deve estar tão ruim assim... – Pepper disse tentando convencer a si mesma, ela acabou por ser a primeira a morder o pedaço que lhe foi servido. Loki reprimiu um sorriso quando ela começou a tossir. – Está...hm... – A ruiva tentou engolir.
- Muito bom, não é? – O loiro a questionou com expectativa.
A pele da senhora Stark se tornou alguns tons mais vermelhos enquanto ela tentava respirar.
- Está tudo bem, mamãe? - A voz infantil questionou com medo.
- Está sim, meu amor. - Apesar de suas palavras nada em seu aspecto indicava que algo estava bem.
- Não dá para comer isso. – Clint disse com certeza. – Vocês asgardianos com certeza não conhecem o que é comida de verdade. – Ele começou a se servir das outras coisas, assim como fez Loki enquanto a ruiva bebia um dos sucos para tentar se recompor.
Lin observava o comportamento dos outros com curiosidade, era a primeira vez que ficava com tantas pessoas ao seu redor sem que sentisse que todas elas eram uma ameaça.
- Isso não pode estar tão ruim. – Thor garantiu olhando para o seu pedaço de pão.
- Ou talvez você tenha se esquecido que a culinária nunca foi uma de suas habilidades. – Loki disse apenas para provoca-lo.
- O Homem Rena está certo, essa coisa não parece nada comestível. – Surpreendendo a todos Barton concordou com o deus da trapaça.
- Mas você nem comeu ainda!
- E você também não. – Lembrou Clint.
A garota se divertiu com a discussão entre eles, assim como a irmã também parecia fazer, tanto que até chegou a sorrir um pouco. Ela olhou para o pão que jazia em seu prato e pensou que definitivamente aquilo não era a coisa mais estranha que já havia comido. Portanto a Stark segurou aquela coisa na mão com os dedos que lhe restavam e mordeu um pedaço.
Quase que em seguida todos olharam para ela surpresos, ignorando-os Lin apenas mastigou e engoliu aquela estranha comida. Thor a observava sem esperanças de ganhar um elogio.
- É comestível. – A mulher marcada apenas deu de ombros, aquele pão mal feito estava longe de ser a pior coisa que já foi obrigada a comer.
Loki e Clint sorriram descrentes. O deus se dispôs a jogar fora o que restou do pão no prato dela e a serviu com comida de verdade, da mesma forma que Pepper fez com o que estava no prato da filha ao ver que ela também tinha a intenção de experimentar. Gargalhadas vieram mais tarde quando Thor foi obrigado a comer daquilo que fez e se recusou a acreditar em como Lin foi capaz de engolir aquela coisa.
Quando todos terminaram suas refeições um silêncio agradável pairou pelo ar, alguns ainda sentiam vontade de rir ao lembrarem de quando a jovem Stark experimentou o café que Clint preparou. Ela fez uma expressão de desgosto tão sincera que todos se divertiram com isso e passaram a cogitar a hipótese das papilas gustativas dela estarem com defeito.