Seon ON
Assim que entrei no recinto rolei minha vista para ver se via Mina em algum lugar. Estava sozinha, o motorista estava no carro, eu queria muito saber o que havia acontecido.
Estava a olhar para todos os lados até escutar alguém falar o meu nome.
— Seon! — Escutei a voz de Mina e logo olhei para o lado.
Lá estava ela, sentada do lado de um garoto todo de preto, ela usava um jeans claro, tênis brancos e uma blusa amarela pastel. Seus cabelos descoloridos estavam bagunçados e seu semblante era de desespero. Quando fui em sua direção ela se levantou rapidamente.
— Unni! — Murmurou de forma manhosa enquanto me abraçava.
Estava parecendo minha irmãzinha de quatro anos novamente.
— Tá tudo bem, eu tô aqui. — Falei baixo enquanto escutava ela soluçar. Sabia que ela estava segurando o choro.
Nós paramos de nós abraçar e eu logo olhei para o policial que falou comigo em seguida.
— Você é a guardiã dela? — Assenti com a cabeça. — Ótimo, pode levá-la! — Falou o homem e eu não entendi.
Iria prender mina, ou era eu quem deveria levá-la embora?
— Com licença... — Chamei a atenção do policial que parecia ter pelo menos o dobro de minha idade. — Senhor, oque aconteceu aqui extamente? — Perguntei.
O homem largou os papéis que segurava sobre a mesa de forma grossa, acredito que ele deveria estar com uma baita dor de cabeça.
— A senhorita bateu no irresponsável do meu sobrinho, que fez o favor de atravessar a rua quando o semáforo estava em seus últimos momentos de vermelho. — Falou ele levando o olhar até nós duas que estávamos em pé.
O garoto estava sentado olhando para o lado oposto, não dava para mim ver seu rosto.
— A culpa não foi minha... — Escutamos um murmuro.
— Yah! — Reclamou o Policial. — Como responda seu tio seu! — Falou o Policial que provavelmente já estava ocupado de mais.
— O que tio?! Eu não vou ficar calado vendo você defender ela! — Reclamou o garoto levantando o rosto.
Pera, oque?
Eu conhecia aquela pessoa.
— Não pode ser! — Falei me curvando um pouco para poder ver o rosto do rapaz. Eu conhecia ele sim! — Chanyeol?
O garoto parou, e logo olhou de vaga para o lado.
— Nãooo! — Falou o garoto se levantando da cadeira de forma escandalosa e se afastando da mesa cobrindo a boca de forma surpresa. — Seon! Até você está do lado da garota que tentou me matar? — Perguntou ele tirando a mão da boca.
Não acredito, Mina foi atropelar logo Chanyeol.
Eu não conhecia ele 100%, mas já havia visto ele uma vez na casa do senhor Park, e uma vez, em uma noite quando eu ainda estava hospedada na casa de Baekhyun, ele e Kai foram lá e nós comemos pizza juntos, foi lá que eu realmente conheci ele. Nós não éramos amigos, mas eu o considerava conhecido.
Sabe, aquela que a gente vê na rua e comprimento? Desse tipo.
— Ei! Você quem surgiu na minha frente! — Reclamou Mina — Espera...Vocês se conhecem? — Perguntou ela ignorando oque havia acabado de falar.
— Claro que sim! Ela mora na casa do meu chefe. — Falou eu Mina arqueou a sombrancelha.
— Você também trabalha com o senhor Park?! — Ela falou alto e o Garoto revirou os olhos.
— Isso, grita! Acho que os outros Policiais não escutaram! — Falou em deboche.
Mina parecia ter perdido a paciência, então ela tentou correr para cima dele, mas eu a segurei, assim que realizei tal ato, vi o policial se levantar batendo a mão na mesa e assustando Chanyeol que se esquivou.
— Você vai ver! — Ela gritou.
Mina deveria já estar uma pilha de nervos, ela era alguém fácil de se irritar, então acho que o garoto estava se aproveitando disso.
— Já chega vocês dois! — Gritou o policial, e Mina se acalmou.
Porém não deixava de olhar torto para o garoto.
Gente, oque diabos estava acontecendo naquela delegacia.
— Senten-se agora! — Mandou o delegado e os dois se aproximaram de vagar perto das cadeiras até sentar.
— Que vergonha... — Iniciou o delegado quando os dois já estavam sentados. — Vocês sabem quantas horas fazem que eu ano durmo? Dizessete horas que eu não durmo! Porque eu tinha que fazer a droga de um plantão, e ao invés de eu estar fazendo algo útil como ajudar numa investigação, eu estou aqui dando um sermão em dois adolescentes! — Falou o policial de forma ríspida e eu fiquei parada.
Por mais que o policial tenha dito que Chanyeol atravessou na hora errada, Mina deveria ter prestado mais atenção, ela também era culpada.
Chanyeol direcionou um olhar sério para mim, e foi aí que eu pude perceber que ele tinha um machucado sobre a sobrancelha, será que foi tão forte assim?
— Você deve ter ficado maluca! — Falou ele com Mina. — Queria bater em alguém dentro da delegacia?! Se fosse bater nele, que batesse na rua!
— Tio! — Reclamou Chanyeol.
Que conselho vindo de um policial... Eu queria rir
— Me desculpe Senhor polícial, mas como eu disse... Ele surgiu na minha frente do nada.... — Falou Mina agora calma.
— A coisa agora — Iniciou o policial novamente olhando para a cara dos dois — É vocês ficarem longe um do outro. E fiquem bem longe daqui, se não, eu faço vocês ficarem presos na mesma sela! — Falou o policial e eles se entreolharam com um olhar de "Deus me livre". — Agora sumam da minha frente! — Falou o delegado e Mina se levantou mais rápido que Chanyeol da cadeira.
Fez reverência e logo saiu me puxando para fora dali.
Enquanto ela me puxava para fora olhei para Chanyeol que não retribuiu o sorriso que dei para ele.
Será que ele ficou com raiva?
Eu estava apenas ajudando minha irmã, e eu não fiz nada de mais!
Seguimos para fora da delegacia, e quando já estavamos fora, eu parei Mina que parecia totalmente elétrica.
— Ficou maluca de tentar bater em alguém dentro da delegacia?! — Perguntei e vi ela olhar para baixo. — A madre Choi já sabe disso? — Perguntei tentando não dar um sermão nela.
Na verdade era porque eu já não tinha mais oque falar. Afinal, o Policial disse o nescessário.
— Aigo! — Choramingou — Eu precisava comprar as coisas para a irmã Elizabeth! Ela deve estar tendo um treco agora! — Falou e eu lembrei o quanto a Irmã Elizabeth era nervosa.
Deus.
— Vamos no carro do orfanato, EU dirijo! — Falei e vi ela suspirar.
Fui em direção ao Ajusshi e disse a ele que podia ir para casa.
Segui com Mina até o carro que graças a Deus não tinha nenhum arranhão.
Quando já estavamos saído do estacionamento, eu pude ver Chanyeol saindo de dentro da delegacia, ainda ferido, e agora parecia ter uma ferida na mão.
— Será que ele irá ficar bem? — Perguntou Mina enquanto nós ainda víamos ele.
— Acho que sim. — Tentei acalma-la.
Ele entrou dentro de um carro preto que logo foi embora. Assim como nós.
Cont.
Desculpem esse capítulo, ele poderia ter sido melhor.