VOLTANDO PARA VOCÊ

By Tamaragonc

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Luke Peterson, é apenas um cara bonito, com um sorriso quente de uma cidade pequena. Alicia Campos, por outro... More

AVISOS IMPORTANTES!
epígrafe
um
dois
três
quatro
seis
sete
oito
nove
dez
onze
doze
treze
quatorze
quinze
dezesseis
dezessete
dezoito
Dezenove
Vinte

cinco

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By Tamaragonc

- Ora, ora - John Piper diz nos olhando de cima abaixo - Se não é Alicia e Luísa, minha ex paixão.

- Continua o mesmo idiota de sempre, John - Luísa se pronuncionou olhando para ele de sobrancelha erguida - Bill, você cresceu garoto.

Bill sorriu, tinha quatorze anos em 2012, atualmente deve ter seus dezoito. Biil desceu do cavalo e caminhou até nós nos abraçando.

- Você fede - fiz careta

- Céus, e como - Luísa reclama tampando o nariz

O pessoal riu. Menos Luke, não me arrisquei a olhar para ele para saber, eu conheço sua risada.

- Vocês demoraram, meninas - continuou Bill

- Sabe como é, eu estava cuidando de um bebê e Lily trabalhando.

- Eu sou pai? - John brincou descendo do cavalo também

- A menos que você tenha engravidado alguma caipira por aqui - respondeu a sua provocação

John caminhou até nós nos abraçando, abraçou Luísa e depois a mim. Com a mesma felicidade que eu me lembro.

- Você está gata, Lily - seus olhos me varreu

- E você não está de se jogar fora - Digo analisando ele também. Botas, calças jeans, camiseta e chapéu.

- Que tal a gente entrar e almoçar? minha mãe está louca para ver vocês! - Catarina disse chamando nossa atenção

concordamos segurando nossas malas, no entanto, John pegou as malas de Luísa e Bill pegou a minha, levando com agilidade para dentro da confortante casa.

- Que cavalheirismo - Luísa diz - Luke. - acenou com a cabeça

- Luísa - Ele toca em seu chapéu, com um palito na boca

Catarina, Rodrigo e Luísa foram entrando. Eu não me dei ao trabalho de olhar para Luke e a ruiva, meu coração já estava disparado demais e eu sentia que se olhasse minhas pernas travariam. Então eu entrei na casa sem olhar para os lados.


A casa deve ter no máximo três quartos de hóspedes, Luísa ficou em um e eu fiquei em outro. Apesar de dizer para Sra. Peterson que eu ficaria bem dividindo quarto com Luísa.

A mesa estava servida, Luísa tomou banho e avisou que desceria. Eu, entretanto, estava cansada e não sentia forças o suficiente para descer e encarar meu querido marido. Segundo um papel.

Tomei um banho tranquilamente na banheira que tinha no quarto, era bom finalmente estar sozinha e em paz. Pela janela do quarto eu tinha vista para uma casa a metros, não tão grande quanto essa. Aquela casa não estava tão bonita quatro anos atrás, parecia mais um depósito de coisas abandonadas. Atualmente estava atraente.

Sentei na cama com meu roupão de cetim, com uma toalha na cabeça. Eu tenho uma mania estranha de quando estar sob estresse lavar os cabelos. Tirei meu Notebook da mala e abri vendo se havia recebido algum e-mail.

Eu sei que estou de férias, mas se eu receber alguma coisa importante? é sempre bom eu estar de olho. Ao falar em férias eu começo a pensar, faz tanto tempo que eu vivo na minha vida corrida e ocupada que quando penso que eu não tenho obrigação nenhuma daqui dez minutos, meia hora ou 3h horas me causa um profundo alívio. Deus, eu realmente precisava disso.

- Lily, não vai almoçar? - Perguntou Catarina atrás da porta de madeira

Continuei lendo meus e-mails a procura de algo interessante

- Não, obrigada. Eu vou dormir, estou cansada demais da viagem!

- Tudo bem, mais tarde vista-se bem pois vamos jogar alguns jogos!

- Combinado. - Digo já imaginando os jogos e diversão que essa família ama.

Meu telefone toca, minha assistente. Atendo no segundo toque

- Oi? Algum problema?

- Desculpa incomodar suas férias mas você me disse para ligar quando precisasse de algo.

- Pode falar

- Não estou encontrando as planilhas dos artigos passados, Sr. Persson precisa disso em até meia hora.

- Não está nos documentos principais?

- Não, já procurei e não encontrei.

Alguém bate na porta

- Só um minuto! - Digo, só pode ser Catarina de novo, hora errada.

- Estou procurando aqui, mas eu tenho certeza que o guardei nos documentos principais - bufo mexendo nos arquivos de meu notebook

Alguém bate na porta, de novo. Puta merda!

- Eu disse só um minuto!

Bateu de novo. Respirei fundo e fui atender pensando em xingar a pessoa ou responder de forma grosseira que estou ocupada. Mas antes que eu possa fazer isso, eu paraliso olhando a pessoa do outro lado da porta.

Agora sem seu chapéu, Luke está tão bonito e mais... céus, gato, de que eu me lembro. Meu olhar vai de seu peito, braços e pescoço atraentes.

Por sua vez, Luke também me observava. Seu olhar seria capaz de me tirar o ar. Quando percebi que seus olhos pararam diante de meu roupão um pouco aberto, arrumo sem ao menos disfarçar.

Safado como sempre.

- Alicia? - Minha assistente chama me acordando

eu voltei para o notebook deixando Luke na porta, pelo menos é o que deveria, pois o mesmo entrou no quarto e fechou a porta. Sentei na cama e com a pressa encontrei o tão procurado arquivo

- Estou te enviando pelo e-mail. Me ligue se precisar de mais alguma coisa.

- Tá bom, obri... - Não deixo ela terminar e desligo o celular, fechando junto a tela do notebook.

Levantei com as mãos no quadril pronta para um longo debate. Porém, ficamos em um longo silêncio. Nenhum de nós abriu a boca.

- Não pensei que viria - Ele se pronuncia

- Vim em consideração a Catarina.

Ele assentiu em silêncio

- Sabia que ela me chamaria?

- Não.

Minha vez de assentir em silêncio

- Por que veio? - Ele pergunta segundos depois com as mãos nos bolsos frontal do jeans

- Eu fui convidada, além do mais temos assuntos pendentes.

Ele sorriu de lado, evitando uma risada

- Qual a graça?

- "Assuntos pendentes" está falando como uma perfeita mulher de negócios.

cruzo os braços. Ele me encara, só então eu lembro que estou de roupão e toalha na cabeça. Sinceramente não era assim que eu imaginava essa conversa com ele. Talvez vestindo um vestido sexy, com um batom vermelho e algumas joias.

- Enfim, Luke. Precisamos acabar logo com você sabe o que.

- Não sei do que está falando, pode me lembrar?

Ele estava louco para me ouvir dizendo as palavras.

- Casamento.

- Ainda não me lembro - diz - Se bem que vai ter um casamento daqui três semanas.

- Nosso casamento.

Ele sorriu, satisfeito. Canalha.

- Somos marido e mulher?

- Me poupe desse assunto ridículo.

- Porque não parece, já que você deu no pé há quatro anos.

- Fale direito, as pessoas não dão no pé, elas andam.

- Ai está a Lily que me lembro.

- Alicia pra você.

- Já que é tão esperta, Lily - Se aproximou - deveria saber que existe variação linguística.

Está aí, esse é Luke que eu me lembro. O que ama me provocar quando estou vermelha de raiva.

- Eu trouxe uma coisa pra você - Me afastei de sua aproximação perigosa e fui em direção em minha mala pegando os papéis que ele deve assinar, uma distância é o mais adequado. - Apesar do nosso casamento estar registrado aqui em Portugal ainda seria um crime, por exemplo, eu me casar com outra pessoa fora daqui. E sinceramente não estou nem pouco a fim de ser presa por adultério.

virei para ele estendendo os papéis de divórcio. Ele encarou os papéis silenciosamente.

- Você tem alguém? - Perguntou me pegando de surpresa

- O que?

- Vai casar com outra pessoa e por isso precisa do divórcio?

- Em quatro anos, Luke, quatro - fiz com os dedos - Eu te enviei pelo menos duas vezes ao ano essas drogas de papéis de divórcio, que sempre voltou sem assinatura nenhuma, ou nem voltou. Considerando que esse ano não enviei nenhum, você recusou seis vezes!

- O que te faz pensar que vou assinar esse?

- Por que não quer assinar? Nos casamos quando éramos jovens, não tínhamos noções das coisas!

- Vinte e dois anos e vinte três já sabe de muito coisa, e por lei, já é adulto há muito tempo. Acho que tínhamos noções sim. Quando esteve aqui você nunca se importou com um anel de noivado no seu dedo, casamos e pronto.

- E então eu fui embora para correr atrás da minha vida e dos meus sonhos! Muitas coisas mudaram!

- Você não respondeu a pergunta.

- Que pergunta?

- Você tem alguém?

encarei ele ciente de que a qualquer instante eu voaria em seu pescoço. Custa ele deixar essa merda de lado e assinar esses malditos papeis?

- Eu tenho sim, Luke.

Ele ficou em silêncio, então assentiu. Apesar de que não vou casar com Diego, vai que assim Luke se toque e assine essas drogas. Mas como sempre minha imaginação não é a realidade.

Estendi mais uma vez os papéis, Luke demorou, mas os pegou. Pela primeira vez que cheguei aqui suspirei aliviada, procurei alguma caneta em minha mala e quando levantei os papéis estavam estendidos na minha frente, sem assinatura nenhuma.

- É uma pena acabar com a natureza para fazer essas besteiras - peguei as folhas de volta, espumando raiva -Te vejo lá embaixo, esposa. - Ele sorriu, e saiu fechado a porta.

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