Nós Crescemos [✓]

By Mogridd

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[ESSA É A CONTINUAÇÃO DE - "VOCÊ CRESCEU".] Depois da noite onde Dilan e Lory choraram nos braços um do outro... More

Dedicatória.
Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Epílogo.
Contos da Duologia. Venham ler!

Capítulo 8.

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By Mogridd


Música indicada para ler o capítulo na mídia.

Dilan.

Sai do elevador com espelhos grandes, sentindo meu peito agitado. Eu não queria ter brigado com a mamãe, eu não queria ter quebrado as fotos do papai, porém, já que ela não se importa mais com o meu pai e já vai se casar com outro homem, naquele momento, movido pelo ódio, não me importei de gritar com ela e nem de fazer o que fiz.

Mas agora, me arrependo.

Engoli em seco, piscando por causa da luz forte daquele hospital frio. Meus músculos ainda tremiam e a adrenalina dominava minhas veias. Parei em frente ao quarto de Stephan, encarando a tintura branca da porta fechada. Três semanas sem vir aqui...

Segurei a maçaneta, afogando em nervos. Eu só preciso conversar um pouco, e como mestra não está mais aqui, ele é o único que tenho para isso. Mesmo que ele não mexa nos meus cabelos e não me faça tão bem quanto ela, ele ainda é meu amigo.

Estava prestes a abrir a porta, quando escutei uma voz feminina e conhecida vindo de dentro do quarto. É sua enfermeira, a mulher que cuida dele. Sua voz e inesquecível por ser tão grave, principalmente por ela sempre se dirigir a mim por gritos, dizendo para eu parar de vir aqui no meio da noite e levar Stephan para o telhado. Ele não pode nem tomar um ar fresco.

Tapei a boca, soltando a maçaneta e segurando a respiração. Sua voz estava diferente do costume, estava baixa. Tentei me concentrar em suas palavras. Eu podia muito bem, simplesmente entrar, porém, por algum motivo, algo me diz para escutar essa conversa.

Foi o que fiz.

- Sente-se aqui. - O silêncio reinou no cômodo por um minuto, deixando meu coração acelerado. - Eu vou ser direta. O tratamento não está funcionando, Stephan. - Sua voz falhou. - O vírus já tomou conta. Os medicamentos não funcionam mais. - Afirmou lentamente, como se estivesse com medo de pronunciar tais palavras. Apertei a boca, tonto com o que eu estava escutando. - Eu lamento, criança. - Ela estava chorando. Sua voz grave estava afundada em tristeza. - Eu lamento... Uma criança como você não deveria passar por isso. - Stephan continuou em silêncio, deixando meu peito dolorido. - Eu lamento... - Sussurrou com dor. Dei alguns passos para trás, não acreditando no que eu estava escutando.

Meus olhos e os verdes de Stephan se encontraram pelo vidro da porta. Puxei o ar com força e me obriguei a correr para longe daquele lugar.

Ele mentiu para mim. Ele falou que estava melhorando.

Stephan está definhando. Meu amigo irá morrer.

Não quero perder ele também. Por favor.

...*...*...

Apertei a menina em meus braços com força e cuidado, seu calor era bom e calmo. Ela continuava em silêncio, tocando meus cabelos suavemente, em busca de uma resposta. Provavelmente ela podia escutar os meus batimentos, já que eles estavam tão acelerados.

Como ela vai reagir?

Lory tocou meus ombros, fazendo força para se erguer e fitar meus olhos. Relaxei a cabeça na grama, me deitando enquanto sentia seu calor por cima do meu corpo, no meu colo.

- Já estamos aqui há mais de vinte minutos. Você não vai falar? - Indagou com os olhos vermelhos, pareciam chamas.

Puxei o ar com força. Ela está tão calma, tão relaxada. Já eu, as memórias não param de aparecer em minha mente. Eu quero chorar.

- Tudo bem. - Segurei suas mãos magras em meu corpo, tentando me acalmar com seu calor bom e conhecido. - Podemos ir para aquele lago? - Indaguei por impulso. Eu só queria que demorasse mais, que eu não precisasse falar agora.

Ela vai descobrir.

- O-ok - Murmurou saindo de cima de mim. Quase puxei seu braço quando seu calor deixou o meu, mas me contive. Lory fitou meu corpo com atenção. O sol batia em seu rosto vermelho, a deixando ainda mais linda. Seus cabelo longos estavam levemente bagunçados, algo que me lembrou de antigamente. Ela nunca penteava o cabelo, falava que era coisa de menina mimada.

Quando nossos olhos se encontraram ela desviou o olhar e colocou os fios atrás da orelha, limpando a garganta.

Sorri com isso e me levantei, ainda sentindo minhas costas arderem. O corte parecia ser pequeno, porém, não deixava de arder. Lory caminhou calmamente entre as árvores, fazendo meu coração bater de maneira suave.

É bom que ela esteja aqui. Desejei isso por muito tempo, e agora, mas do que nunca, irei fazer as coisas da maneira certa.

Irei contar a verdade para mestra.

...*...*...

Lory.

Minha pele ainda fervia, e meu coração batia loucamente. Seu cheiro estava em minhas roupas, e seu calor, ainda sobre meu corpo. Toquei o caule da árvore a minha frente, desejando me acalmar um pouco. Os passos de Dilan cessaram, não ajudando no meu nervosismo.

- O que aconteceu, Din? - Indaguei, encarando a árvore e sentindo seus olhos cravados em minha pele. - O que aconteceu nesses anos? - As palavras saíram de minha boca hesitantes. Ele estava chorando quando eu cheguei, chorando sozinho.

Isso doeu em mim.

O silêncio dominou a floresta ao nosso redor, apenas o vento e o balançar das árvores eram escutados. Dilan estalou o pescoço atrás de mim, continuando em silêncio.

- Você disse que confiava em mim - Me virei para ele. Minha garganta estava dolorida e eu estava me segurando para não chorar ali mesmo.

Nós éramos mais próximos, ele não tinha medo de me contar as coisas mais obscuras de seu coração. Porém, agora, ele é hesitante, seus olhos escondem medos e dores de mim.

- Você disse que nunca seríamos mundos separados, porém, você me esqueceu Dilan. - Aquelas palavras que escaparam sem minha permissão, me machucaram, machucaram profundamente. - Então, por favor, se lembre de mim - Ergui meus olhos, fitando a imensidão castanha a minha frente. - Lembre-se que sou sua amiga, que você pode confiar em mim. - Pedi, com a voz falha. - Não se esconda dos meus toques - Fechei os olhos com força, me aproximando dele. - Você é meu, Dilan. - Segurei sua blusa molhada, juntando nossos corpos com necessidade. - Você é minha criança, meu aprendiz. - Escondi meu rosto em seu peito, escutando seu coração acelerado - E eu não te dou permissão de me esconder nada. Me conte, conte comigo. - Fisguei seus glóbulos. Eu queria que ele me encarasse, percebesse que eu não estava mentindo. - Isto é uma ordem. - Revelei de maneira firme, sem desviar o olhar.

Para minha surpresa, ele sorriu. Um sorriso feliz e sincero, um sorriso covarde.

Perdi o ar quando ele levou a mão até meus cabelos, afundando os dedos em meu couro cabeludo. Um arrepio percorreu meu corpo. Era a primeira vez que ele fazia isso, que ele me tocava sem medo. O sorriso bonito permanecia em seus lábios vermelhos, e ele se aproximou mais. Os raios de sol banharam seu rosto branco, e seus fios castanhos claros.

Uma visão que levou meu fôlego.

- Eu nunca me esqueci de você, mestra. - Sussurrou em meu ouvido. - Eu tentei, muitas e muitas vezes. - Afirmou, respirando em meu pescoço. - Mas você está marcada em mim. - Ele fisgou meus olhos, e depois, beijou a ponta de meu nariz. - Então não chore, bobinha. - Sorri junto a ele, mesmo tentando me manter séria. - Eu seguirei sua ordem. Eu sempre segui. - E então seus lábios tocaram minha testa, e um beijo rápido e doce. - Eu sou seu aprendiz, afinal. - Afirmou, segurando minhas mãos e me puxando para o lago, depois de passar um longo tempo admirando meu rosto e meus lábios.

Eu quero beijá-lo. Quero ver sua reação. O que aconteceria se fizesse isso, porém, acho que não é o momento certo. Primeiro tenho que tirar toda dor dele, tudo de ruim que o faz chorar.

Seu toque é quente e leve, algo cuidadoso e carinhoso. Sempre foi, Dilan sempre foi um menino gentil e maravilhoso. Eu amo ele.

Com o coração descontrolado, admirei nossas mãos juntas. Ele cresceu tanto. Meus olhos correram para seu braço e depois sua nuca coberta por fios castanhos. Seu cabelo cresceu desde que nos reencontramos. Din está mais bonito do que antigamente, se isso é possível.

Parece que toda dor e angustia de mais cedo foram embora, dando espaço para um ambiente bom e relaxante. Como ele pode fazer isso?

O vento forte fez meus cabelos voarem. Tirei eles do rosto, fitando a água gelada sobre meus pés. Tirei os tênis e observei Dilan, esperando que ele fizesse o mesmo. Ele sorriu timidamente, o que fez meu coração acalerar, e então tirou os tênis pretos.

A maresia salgado nos recebeu suavemente. O vento rápido secou meus lábios, me fazendo sorrir. - Está gelada. - Falei comigo mesma. Não prestei atenção que a água estava tão boa quando cai aqui sem querer. Esse lugar é lindo. Dilan assentiu, fechado os olhos e parecendo aproveitar o sol morno daquela tarde. Admirei suas costas largas, querendo ver sua pele por baixo daquela blusa enxarcada.

Fechei os olhos, já sabendo o que iria acontecer depois de que eu fizesse o que queria. Minhas mãos tocaram a água gelada, enchendo meu peito de entusiasmo, e então, joguei, como um jato, água em suas costas largas. Dilan riu, se virando para logo fazer o mesmo comigo.

Soltei uma exclamação quando a água vinha cada vez mais em meu rosto. Com os olhos bem fechados e ardendo, segurei seus braços, tentando impedir de ele continuar com seu ataque. Pude escutar sua risada gostosa e depois seu toque quente ao redor de meu corpo. Ele estava me abraçando. Com cuidado, respirei contra sua camisa molhada, sentindo cheiro de maresia. Era um cheiro bom e calmo.

- Isso não é justo. - O abracei. O sol quente queimava meu rosto, enquanto eu aproveitava o calor do menino. - Você está apenas enrolado. Eu te conheço. - Ele escondeu o rosto na curvatura de meu pescoço, ficando em silêncio.

Foi impossível não sentir minhas bochechas queimarem quando ele tocou o tecido da minha roupa, acariciando minhas costas. Segurei sua blusa molhada com força, querendo aproveitar aquele abraço que eu sonhei por tantos anos. É tão bom ter ele aqui.

- Você é inteligente - Falou contra minha pele, fazendo cócegas. - Eu ainda não estou pronto. - Sussurrou com dor, me deixando tonta.

- Dilan? - Levei uma de minhas mãos aos cabelos de sua nuca molhada. - Você está chorando? - Indaguei em um sussurro.

Ele assentiu lentamente.

Não soube como reagir. Ele parecia bem, porém, agora, com ele chorando em silêncio em meus braços, não sei se posso achar isso.

Eu preciso entender o que está acontecendo com ele. Com meu branco.

- Você pode desabafar comigo. - Acariciei seus cabelos úmidos, lembrando da última vez que fomos em um clube de piscina juntos. Ele ficou vermelho quando me viu de biquíni e tentou bater em um menino que mexeu comigo. Atrás da lojinha daquele clube, eu o acalmei, brincando com seus cabelos molhados como agora. - Eu estou aqui. - Mordi meus lábios, focando toda minha atenção em suas mãos trêmulas, que exploravam minhas costas, fazendo pequenos desenhos.

Arregalei os olhos e mordi o interior das bochechas quando quase deixei escapar um "Eu te amo" novamente. Suspirei de alívio.

Dilan se afastou, fisgando meus olhos. Admirei os glóbulos vermelhos a minha frente. Seu rosto queimado pelo sol e molhado pelas lágrimas. - Eu sei. - Contou, como se fosse um segredo. - Mas mesmo assim, Lory, eu... Eu... - Sua voz falhou e mais lágrimas desciam por seus olhos. O abracei com força, conseguindo sentir sua dor. Seu coração batia de maneira pesada e dolorida. Ele puxou o ar com força em meus ombros, tentando segurar as lágrimas que o machucavam, mas não funcionava.

O sol quente daquela tarde nos banhou, assim como a água serena que escorria ao nosso redor. Naquele lago, onde a água gelada nós fazia tremer, percebi que algo faltava nele. Aquela dor, aquelas lágrimas, aquelas frases não terminadas, tudo me levava para aquela tarde de luto, onde invadi seu quarto e o consolei por sua perda.

Dilan Peterson perdeu alguém, alguém depois de seu pai. Posso perceber isso pela a maneira trêmula de seus lábios, pelos segredos e dores que estão em seus olhos, é como antigamente, quando seu pai morreu.

- Alguém morreu, não foi? - Ele me abraçou com mais força, confirmando minha hipótese. Engoli em seco, sentindo lágrimas inundarem meus olhos.

Esse tempo todo, ele estava sofrendo sozinho. Sofrendo com uma perda sozinho. E eu, só vim perceber isso agora, mesmo com seus olhos me mostrando isso, pedindo ajuda.

- Me desculpe. - Pedi, sem forças. - Eu deveria ter percebido antes. - Apertei sua blusa, me sentindo culpada e triste. Dilan segurou meus ombros, me afastando com cuidado.

- Não é sua culpa. - Sorriu. Um sorriso entre lágrimas, que doeu profundamente. - Ele morreu por minha culpa, Lory - Sua voz baixa fez meu peito doer ainda mais.

Seu sorriso morria no canto de seus lábios. Era a primeira vez que ele forçava um sorriso para mim.

- Quem é ele? - Indaguei, sentindo meu coração inchado. - Quem é ele, Din? - Dilan puxou o ar com força, espremendo os lábios enquanto mais lágrimas inundavam seus glóbulos melancólicos.

Pisquei, confusa quando ele começou a andar, saindo de dentro d'água. Admirei suas costas largas e seus fios molhados. Ele se sentou na beirada do lago, me olhando por alguns segundos e depois desviando o olhar para a maresia calma. Andei com pressa até ele, me sentindo tonta. Me joguei ao seu lado, a areia incomodou um pouco, mas não me importei.

Ele molhou os lábios secos enquanto tentava não me encarar. Sua atenção estava na água cristalina, e meu peito doía.

Então ele sofreu sozinho esse tempo todo. Sofreu com a morte sozinho, em silêncio, com choros doloridas. - Por que você estava escondendo isso de mim? - Indaguei entre lágrimas, com a voz arrastada. Ele estalou o pescoço, sua respiração ficou acelerada.

O fitei, esperando uma resposta. Meu coração batia rapidamente, e minha garganta ficava cada vez mais apertada. - Dilan - O chamei, mas ele não me olhou, como esperava que fizesse. - Din - Seus glóbulos cheios de dor me fitaram, tirando meu ar. Como isso podia doer tanto nele?

Em silêncio, sentei em seu colo, o abraçando com carinho. Suas roupas molhadas grudavam na minha, porém, toda minha atenção estava em sua pele morna e em seu toque trêmulo. - Eu estou aqui. Aqui com você, então, por favor, confie em mim. Deixe eu espancar com tudo isso que dói. - Segurei seus cabelos úmidos, nossos corações batiam em uníssono. Afundei meu rosto em seu pescoço.

Din me abraçou com força, era como precisássemos do calor um do outro, do toque um do outro. Eu precisava, precisei esse tempo todo. Chorei, durante todos esses anos, por esse toque.

E agora ele está aqui.
E eu não vou deixar nada machucá-lo.

- Eu confio - Sussurrou, parecendo fraco - Eu só queria me esquecer de tudo, Lory. Eu só queria me esquecer dessa dor, dele. - Seu aperto aumentou. Eu podia sentir como aquilo doía, eu podia sentir suas lágrimas em minha pele.

- Você não pode se esquecer do seu passado. - Afirmei, contra sua pele. - As pessoas que passaram por ele, os mementos que você teve nele, tudo isso é quem você é agora. - Levantei minha cabeça de seu pescoço, fisgando seus olhos perplexos. - Você, Dilan Peterson, é um ser humano. Você não pode se esquecer do seu passado, pois ele é o nosso professor. Aprendemos com ele, choramos com ele, sofremos com ele e crescemos com ele. - Seus lábios estavam entre abertos, ele parecia em choque. - Não tente esquecé-lo, trata ele com carinho, trate as memórias que você tem com as pessoas que já se foram, com carinho. Elas não são apenas memórias, são momentos, momentos que você não deve esquecer, e sim, lembrar, lembrar do que já aconteceu, mesmo que seja dolorido. É o seu passado, é você. - Acariciei seus cabelos com calma, sentindo seu aperto diminuir. - Esse é você, Dilan. - Apontei, tocando seu peito. - Pare de ser esse menino que prefere sofrer sozinho do que preocupar alguém, que quer esquecer o passado. Isso é idiotice.

Seus olhos permaneciam vidrados nos meus, parecia que ele tinha descoberto a verdade. Din piscou, depois de muito tempo. Suas íris brilhavam, e então, lágrimas começaram a cair. Lágrimas lentas e solitárias. Não pareciam lágrimas de dor, e sim, de algo indecifrável. Muitos sentimentos.

Ele tirou os fios de meu rosto úmido, e então me abraçou com força.

- Din, você está me apertando. - Toquei seu peitoral, tentando me afastar, porém ele me segurou com mais força.

- P-por favor. - Pediu com a voz falha. Relaxei em seus braços, escutando seu coração acelerado. Minhas mãos foram para seus cabelos castanhos. Eu sentia meu peito leve. Fechei os olhos, seu calor me embriagava, assim como o vento calmo que passava por nós.

Acho que consegui. As batidas de seu peito estão mais leves, e as lágrimas que estão sendo derramadas em meu ombro, que ele não quer que eu veja, parecem mais suaves. Ele está respirando sem dificuldade.

Parece livre. Sem dor.

- Você tem razão - Sussurrou em minha pele. - Obrigado - Sorri, fechando os olhos e apreciando seu cheiro salgado.

A maresia gelada batia em meu rosto, assim como o vento daquele lugar secreto. Aquele lugar onde apenas eu pude ver suas lágrimas, apenas eu o ajudei com suas dores, onde, mais uma vez, dividimos lágrimas e sorrisos.

Eu nunca poderia me esquecer dele. Dilan Peterson é meu passado, meu primeiro amor e meu branco. Eu o amo.

Mesmo que um dia ele vire uma lembrança, eu sempre o amarei.
Farei de tudo para isso não acontecer, para que ele não vire uma lembrança. Ele ficará ao meu lado.

Dilan Peterson é meu. Minha estrela, meu branco, e nós nunca seremos de mundos separados.

Isso é uma promessa.

- Din - O chamei, não sabendo se deveria. - Quem é ele? - Eu precisava saber, mesmo que ele esteja melhor, eu ainda preciso espancar essa dor. Vamos resolver isso juntos. - Quem é esse que você conheceu nesses últimos anos? Quem morreu? - Dilan puxou o ar profundamente, ainda me abraçando com força e cuidado. Me ajeitei em seu colo, sentindo meu coração disparado.

- Stephan.


"Ele morreu por minha culpa, Lory."

Queria que esse capítulo fosse maior, porém dei meu melhor nele. Espero que tenham gostado. Eu amei uhuuuuuu.❤️

Próximo capítulo descobriremos quem é o nosso querido Stephan🤧

O nosso Dinlizia, coitado. Sofre tanto 😣

Espero que tenham gostado. Desculpa pelo atraso.

Muito obrigado por tudo e amo vocês. Vocês são incríveis ❤️🤧

Até sábadooooo ❤️

Próximo capítulo sábado.

20k no livro "Nós Crescemos" Muito obrigado por tudo! Amo vocês ♥️

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