Loki - A Profecia Do Infinito

Oleh adri_bertolin

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Uma das poucas boas ações, sem segundas intenções, de Loki, o deus das travessuras, o levou direto ao maior t... Lebih Banyak

Olá, senhor Loki...
Você está horrível
Você não recebe ordens de ninguém
Você não tem ideia de como ela é preciosa
Essa parte de mim tem muitos nomes
Boom diia
Você confia em mim?
Ela é incrível
Ela parece quebrada
Eu era muito bobo e inocente
Eternidade vai nos destruir
A humana do Loki
Mas é claro, princesa!
O que sabemos sobre ela afinal?
Que a caça ao tesouro comece.
Vocês demoraram muito para vir me buscar
Você está além das barreiras que impomos
Asgard está sempre nos surpreendendo
O nome dele... és Loki.
Quem é Lin?
Amanhã será um longo dia.
Nós tínhamos um acordo
Ninguém aqui está fugindo.
Vai se foder...
Nemesis
Multiverso
Behkimo...?
Talvez você entenda um dia
Eu sou inevitável
Você não está mais sozinha
Parte da jornada é o fim...
Você deu um susto bem grande em todos nós.
Cena extra 1
Cena extra 2
Opa opa

Humanos são tão tolos

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Oleh adri_bertolin

Mais anos se passaram, Thor tirou Loki da prisão o que resultou no de olhos verdes forjando a própria morte e no feitiço que o mesmo fez para que Odin ficasse na Terra, o deus da trapaça assumiu o lugar do rei e com a ausência de Thor ele passou bastante tempo aproveitando a vida que as pessoas ofereciam ao pai de todos.

O príncipe voltou a passar mais tempo com a pequena que agora já tinha quinze anos (e que talvez não fosse mais tão pequena assim), Lin estava se tornando uma verdadeira gênia e a insanidade ameaçava toma-la a cada dia, agora ela não era apenas um brinquedo nas mãos dos humanos e sim basicamente uma escrava na produção de armas.

O deus das trapaças desejava muito tira-la daquele lugar horrível, traze-la para Asgard e dar a ela a vida que a Stark merecia.

Mas então o Ragnarok e o Thanos vieram...

Se por um lado Thor e o irmão se uniram mais durante a destruição da civilização em que os asgardianos viviam... quando Thanos atacou a Terra a vida de todos desandou novamente.

Loki não conseguiu sobreviver, foram tantas as vidas que se perderam e aqueles poucos que não foram escolhidos para a dizimação não eram mais os mesmos. Quase todos os que sobreviveram a Hela não aguentaram a segunda batalha e era provável que Asgard houvesse caído de vez pois as chances de voltarem ao que foram um dia eram quase nulas.

Mesmo com todas as tragédias ele sabia que as coisas estavam seguindo pelo caminho certo e que a profecia se realizaria em breve. O que mais o confortava era saber que Thanos seria comparável a um pequeno verme quando a verdadeira entidade que logo ganhará seus poderes surgir.

As memorias na mente do príncipe não eram nada além de confusas, hoje ele se recorda do tempo que passou preso em Asgard, de como ajudou o Ragnarok acontecer e de ter se sacrificado para manter Thor vivo, mas também sabe que nada disso realmente aconteceu para si embora todos ao seu redor conheçam esse seu estranho passado, em suas recordações mais concretas ele em nenhum momento passou por toda aquela situação depois de ter fugido da Terra com o Tesseract.

Embora sentisse no fundo de seu coração que havia algum pequeno erro na história que todos estavam deixando de lado...

As coisas estavam extremamente caóticas, era como se desde que o titã louco lutou na terra a história houvesse sido zerada, reiniciada de um certo ponto e contada de forma diferente. As vezes o jotun se perguntava porque ele e a humana eram os únicos que pareciam notar essa diferença gritante. O jovem Capitão América que eles conheciam passou a ser o idoso que sua idade indicava que ele deveria ser, ele ajudou na construção da shield e a livrou da autodestruição que eventualmente aconteceria, sabendo que Bucky estava vivo e o que ele faria sob os comandos de alguém Steve impediu o assassinado de Howard Stark e de sua esposa, embora eles tenham morrido pelas mãos de outra pessoa poucos dias depois, Howard por sua vez ainda em vida criou um tipo de remédio para ambos os super soldados que impediu a degeneração acelerada de suas células e permitiu que eles vivessem uma vida longa. Se a intenção dos Vingadores quando voltaram no tempo era não criar falhas na linha do tempo eles falharam miseravelmente, mesmo que pouquíssimos habitantes da Terra conseguissem notar a diferença no presente por não terem vivido o passado que foi alterado.

Voltando para alguns acontecimentos pôs o primeiro estalar de dedos do Thanos, as vozes na cabeça de Lin não a deixavam em paz e as vezes ela se perguntava se por um acaso os humanos não estivam certos quando falavam sobre sua loucura. No período que a adolescente parou de sentir a ligação entre ela e o deus o pânico começou a tomar todos os seus sentidos, todos os seus instintos gritavam dizendo que Loki estava morrendo e que agora ela estaria sempre sozinha. Mas Lin não tinha tempo para o luto...

Enquanto os argardianos eram massacrados no espaço e logo depois quando o grande titã veio até a Terra pessoas de uma alta hierarquia do exército apareceram e exigiram que Lin conseguisse refazer o soro do super soldado. Ela de fato conseguia aprender e se tornar especialista em qualquer coisa com uma facilidade e rapidez sobre-humana, mas as variáveis para aquele experimento eram grandes demais... Então todos eles falharam e os melhores soldados daquele exército foram perdidos.

Com ódio nos olhos o líder daquela experiência agarrou Lin e a arrastou até as máquinas, se ela não conseguiu o sucesso daquela tarefa então não conseguiria em mais nenhuma.

Ele a prendeu ao equipamento que antes estavam usando e injetou o último frasco do experimento em suas veias. Ninguém estranhou quando ela não gritou ou não tentou fugir, julgavam ela como um animalzinho submisso ao dono.

Mas então quando fecharam a máquina, ocultando-a da visão de todos, Lin sorriu.

- Nwsoham moa doa dayam, hoa i simsa siw oseja? (Humanos são tão tolos, não é mesmo meu amigo?)

Todos já atestavam sua loucura, então mais uma vez ninguém estranhou suas palavras. Acharam que o soro já havia a matado quando ela parou de se contorcer mesmo sem nenhum grito de dor ter vindo dela, portanto abriram a máquina novamente, prontos para jogar mais um corpo fora.

Porém lá estava ela: viva, de olhos abertos e com um sorriso insano. Ela havia chegado na capacidade máxima que o corpo humano podia aguentar, afinal o único soro que ela fez para de fato dar certo foi o que ela deixou por último, o que ela sabia que o chefe esquentadinho iria querer injetar nela depois que os outros causassem a morte de seus companheiros.

Lin com a força sobrenatural que havia ganhado se soltou das correntes que a prendiam e lutou com cada um naquela sala para conseguir escapar. Sua motivação? Loki definitivamente havia morrido em algum lugar do espaço pelas mãos de alguém muito poderoso, por isso ela desistiu de esperar e arriscou fugir sozinha.

Ela conhecia a planta daquele lugar então não perdeu tempo, queimou os documentos importantes e correu para onde ela sabia ser a saída, evitou os guardas e lutou com os que cruzaram seu caminho, agradecendo mentalmente a Loki por tê-la mostrado algumas técnicas de lutas asgardianas.

Quando a Stark finalmente conseguiu cruzar a última porta ela respirou fundo e quando olhou para frente se deparou com um mundo gelado, com o que ela sabia se chamar neve por todo lado. Lin olhou para aquela imensidão branca maravilhada, era a primeira vez desde que conseguia se lembrar que pode ir ver o mundo com seus próprios olhos e por isso demorou tempo demais para se recuperar do choque, mas ao se lembrar de onde estava e para onde deveria ir colocou um pé sobre o gelo fofo, se arrepiando a medida que sentia o quão gelado aquilo era.

Loki é um gigante do gelo, ela se lembrou. Será que é assim em seu planeta de origem?

Daquela vez a paisagem em sua frente não era uma ilusão e ter se sentindo tão feliz com isso foi o seu maior erro, ela não deveria ter sido tão tola em acreditar que seria realmente possível escapar. Não foi um humano que conseguiu impedi-la de partir, eles nunca foram o seu pior empecilho. Não, nada teria sido capaz de para-la agora que já estava tão longe, nada além dela mesma e foi isso que os sobreviventes viram acontecer. Cada um dos guardas que não cruzaram o caminho dela anteriormente já estavam preparados para caça-la e nenhum deles entendeu quando de repente ela simplesmente virou para trás, caminhou tranquilamente para a cela em que era trancafiada e se fechou outra vez.

Lá dentro o corpo jovem passou a se contorcer contra a parede, lutando contra um inimigo interno e se desesperando por se ver incapaz de agir. Todos viram um brilho dourado vindo de ambos os seus olhos, mas não se importaram e na medida em que desmaiava Lin sentiu a vida de seu amigo voltar para ele, então tudo o que aconteceu deixou de ser importante e este episódio até poderia ser esquecido já que tudo voltaria a ficar bem. Com certeza havia algo errado acontecendo.

Nos anos seguintes ela foi tratada de forma ainda pior, as pessoas que a mantinham presa sentiam medo achando que ela tentaria fugir de novo, o que de fato aconteceria se não houvessem feito seu corpo chegar ao mínimo que um ser precisa para viver, Lin foi obrigada a construir mais e mais materiais de guerra mesmo mal conseguindo se manter de pé pela falta de força. Não a obrigaram a fazer o soro mais uma vez, sabiam que ela mataria cada um deles na primeira oportunidade.

A Stark conseguia sentir que seu amigo em algum momento depois de cinco anos havia se recuperado e embora ele tenha demorado para voltar a vê-la quando finalmente apareceu a encontrou em um estado lastimável...

Lin estava coberta pelo próprio sangue, encolhida em um canto do que ele notou ser uma cela nova e um pouco mais espaçosa, havia uma corrente curta amarrada ao seu pescoço, seu corpo tremia pelo frio e quem quer que tenha a ferido dessa vez a deixou para trás nua, sem se importar em cuidar de seus machucados e com a expressão mais desolada que ele já havia visto.

Algo no fundo do coração do deus se partiu ao vê-la daquele jeito.

- Lin..? - ele chamou com cautela e ela demorou um pouco para conseguir erguer a cabeça da sua posição fetal.

Somente alguns segundos depois os olhos diferentes o encararam apreensivos procurando por alguma coisa em seu corpo e Loki notou sua ação sem entender a preocupação na expressão dela.

- Hoa imdo vixeta. (Não está ferido.) - a Stark constatou suspirando em alívio mesmo que o ato parecesse machuca-la.

O deus se sentou ao lado dela, vendo-a se aproximar mais um pouco mesmo sem de fato conseguir senti-lo ali. Loki se esforçava muito para não encarar o corpo da outra, ele não tinha nenhuma malícia nessa vontade de olhar, mas sim uma raiva mal contida para cada marca naquela pele.

- Hoa tifixeo imdox briakwboto kaseja. (Não deveria estar preocupada comigo.) - o de olhos verdes resmungou - I faki zis oboxihdo imdox saxihta. (É você quem aparenta estar morrendo.)

- Om fiqim boxiki zi maw esaxdoy, Loki. (Às vezes parece que sou imortal, Loki.) - Lin brincou sorrindo um pouco ainda mantendo seus olhos na direção dos olhos do outro - Simsa kas data imi mohjwe i vixetom iw hoa mehda hoto, siw kaxba nimedo i dwta soem, som xioysihdi hoa mehda hoto. (Mesmo com todo esse sangue e feridas eu não sinto nada, meu corpo hesita e tudo mais, mas realmente não sinto nada.) - foi sincera fazendo uma careta engraçada - Aw doyfiq iw mesbyimsihdi go dihno si okamdwsota kas o tax. (Ou talvez eu simplesmente já tenha me acostumado com a dor.) - e deu de ombros como se o assunto não tivesse a mínima importância. Ambos ficaram em silêncio por um tempo até que Loki voltou a falar ainda usando a língua asgardiana, optando por mudar o rumo da conversa.

- Iw imdaw saxohta oze ho Midgard ojaxo. (Eu estou morando aqui na Terra agora.) - ele franziu o cenho - Kas a Thor, disam wso komo is wso ketoti biziho, o Hafo Asgard, okna zi iyi kahfihkiw am osejam tiyi ti zi iw hoa maw soem wso osioço. (Com o Thor, temos uma casa em uma cidade pequena, a Nova Asgard, acho que ele convenceu os amigos dele de que eu não sou mais uma ameaça.) - explicou.

- Imom bimaom si boxikis pis eteadom. (Essas pessoas me parecem bem idiotas.)

- I a zi iw fefa teqihta. (É o que eu vivo dizendo.) - Loki deu um pequeno sorriso que não durou muito tempo em seu rosto. - Dihna brakwxota bax faki, som ti oyjwso vaxso i kasa mi hehjwis mawpimi to mwo iremdihkeo. (Tenho procurado por você, mas de alguma forma é como se ninguém soubesse da sua existência.)

- Ema hoa si mwbrihti sweda, (Isso não me surpreende muito,) - ela encarou a parede a sua frente enquanto o outro olhava para o rosto dela - Om fiqim mehda kasa mi oyja imdrohna si sohdefimi oze... (as vezes sinto como se algo estranho me mantivesse aqui...)

- Iw kahnikeo ws nasis koboq ti fix data a whefixma, som zi hoa kahmijweo fix faki, kahnikeo wso swynix zi kahmijweo fix sisaxeom som zi hoa few faki hom sehnom. Mi siw kaxba imdefimi oze hoa twfeta zi ihkahdroxeo oyjws deba ti viedesa is faki zi irbyekoxeo imom kaemom. (Eu conhecia um homem capaz de ver todo o universo, mas que não conseguia ver você, conhecia uma mulher que conseguia ver memórias, mas que não viu você nas minhas. Se meu corpo estivesse aqui não duvido que encontraria algum tipo de feitiço em você que explicaria essas coisas.) - parecia brincadeira, mas o homem falava sério.

- Bax zoy xoqoa oyjwis dixeo ehdiximi is si sohdix imkahteto ta senta? Ema hoa voq a sihax mihdeta! (Por qual razão alguém teria interesse em me manter escondida do mundo? Isso não faz o menor sentido!)

- Xioysihdi hoa voq. (Realmente não faz.) - Loki projetou a ilusão de uma praia belíssima de águas cristalinas para distrair a humana um pouco, Lin gostava quando ele lhe mostrava o mar, era uma visão que sempre trazia um pouco de paz para ela. - Faw dihdax ihdihtix migo yo a zi o akwydo to femoa tam tiwmim, som ti wso kaemo iw dihna kixdiqo, soem kita aw soem doxti faw kahmijwex daxo-yo tozi. (Vou tentar entender seja lá o que a oculta da visão dos deuses, mas de uma coisa eu tenho certeza, mais cedo ou mais tarde vou conseguir tira-la daqui)

- Ti brivixihkeo ohdim tam siwm midihdo oham bax vofax, nwsoham hoa dis wso pao xiyoçoa kas a disba. (De preferência antes dos meus setenta anos por favor, humanos não tem uma boa relação com o tempo.)

Quando Lin riu sincera foi como se por um momento as coisas estivessem normais e a realidade não fosse tão perturbadora para ambos. Loki continuava a não entender a súbita confiança que os mortais depositaram nele, embora algo o dissesse que aquele grande erro que parecia sempre presente tivesse relação com isso.

Outra oportunidade de fuga surgiu não tão tarde quanto o esperado, não, Lin não é agora uma velhinha de setenta anos e sim uma mulher de vinte e quatro, o deus das trapaças ainda não compreendia completamente o que quer que a mantinha escondia mas estava pronto para agir no primeiro deslize dos humanos gananciosos que sabiam da existência dela e exatamente por isso a Stark num sussurro baixinho informou ao amigo "Loki, estão me forçando a construir armaduras como as do meu pai! Eles vão apresenta-las ao público em breve na cidade de New York e aqueles caras querem me levar para fora nesse dia, eles disseram algo sobre eu ter a tarefa de manter as armas funcionando bem, mas ninguém sabe que eu consigo controlar todas as armaduras, vou tentar usa-las para fazer as coisas darem errado. É bom que venha me buscar, senão eu esmago você."

O deus ouviu o recado e de certa forma se preocupou, não com a ameaça no final apesar dela lembra-lo de um desagradável ser verde, mas sim com o fato de que Thor acertaria um raio nele se achasse que estava fazendo algo muito errado. O loiro sempre estraga a parte divertida de causar medo nas pessoas. Porém quando pensou bem notou que aquela poderia ser a melhor chance de salvar sua amiga, se ela estivesse lá, longe de seu verdadeiro cativeiro, ele poderia rapta-la! Afinal a Terra de certa forma ainda o temia, ninguém ficaria surpreso em vê-lo trair a confiança dos humanos outra vez, por mais que desde que ele havia se recuperado as pessoas estivessem agindo como se ele nunca tivesse feito mal ao planeta.

Determinado com o plano que bolou Loki esperou o dia da apresentação e se infiltrou entre a equipe por trás das armaduras, procurou pela garota e quando a encontrou ficou paralisado.

Loki sabia que Lin era tratada como um animal, mas nunca pensou que doeria tanto ver pessoalmente todas aquelas cicatrizes já conhecidas no corpo magro, doentiamente pálido e fraco considerando as habilidades dela.

Disfarçado como algum amigo daquelas pessoas estranhas o homem se aproximou da de olhos heterocromáticos, prendendo a respiração ao vê-la tão de perto.

Céus como Lin aparentava ser frágil, parecia que um único toque poderia quebra-la por completo. Era difícil vê-la de verdade se não observasse bem, pois ela vestia roupas longas demais e seu rosto foi parcialmente coberto com um capuz, mas ele sempre a reconheceria mesmo de uma longa distância.

Loki viu quando ela notou que era observada e tremeu de medo, nem de longe lembrava a menina corajosa e alegre que ela era na maior parte do tempo quando estava com ele.

O deus se aproximou com cautela, vendo-a se encolher na cadeira em que estava sentada na medida que ele chegava mais perto.

- Koyso, (Calma,) - ele falou baixinho em asgardiano - Maw iw, Loki, (sou eu, Loki,) - ela arregalou levemente os olhos. - fes di pwmkox, (vim te buscar,) ham fosam voqix ws imbidokwya, obihom vezi ha boyka zwohta a mwau kasiçox. (nós vamos fazer um espetáculo, apenas fique no palco quando o show começar.)

Lin assentiu de leve para não chamar atenção, o corpo dela havia parado de tremer e um pequeno sorriso insano brincou nos lábios da garota. A Stark o olhou nos olhos com carinho, o que foi logo retribuído pelo deus antes que ele saísse pela mesma porta que entrou.

Loki observou de perto a apresentação começar, aguardando o momento perfeito para a sua entrada triunfal.

- Senhoras e senhores! - o apresentador começou - Todos já sabem que nos últimos anos temos enfrentados muitas ameaças fortes demais para que qualquer um de nós possa enfrentar! E é por isso que hoje as empresas Yoik lhes apresenta mais moderna forma de defesa pessoal!

Alguns discursos prontos depois e os soldados vestiram as armaduras a disposição, elas funcionavam perfeitamente e aparentemente eram muito bem-feitas o que de imediato agradou ao público.

Se Tony estivesse vivo e conhecesse a própria filha ele se orgulharia dela com certeza. Aquelas pessoas tentaram recriar as armaduras do Stark porque agora já não há mais um Homem de Ferro para proteger o mundo, a ideia de novos protetores de armadura fazia com que a população de certa forma se sentisse mais segura.

Quando todos já estavam devidamente presos em suas armas Loki voltou a sua aparência normal, rindo como um louco e com direito até a fumaça para dar um clima macabro.

Aqueles que assistiam na plateia gritaram em pânico, todos se lembravam de quem o jotun era e isso só os deixavam mais apavorados, mesmo que alguns estranhamente permanecessem tranquilos. O apresentador pulou para trás no susto e deixou o microfone cair, o que aumentou o sorriso divertido no rosto do suposto inimigo.

- Olá New York! - ele saudou em inglês - Sentiram falta de mim? - a multidão gritou com medo - É, eu sei que não.

Quase que imediatamente os soldados nas armaduras ativaram as armas para atacar a nova ameaça, mas então todas elas travaram e Lin apareceu por trás das cortinas. As pessoas responsáveis pela vigilância dela fugiram antes que as coisas piorassem e a deixaram para morrer. Ela sempre seria alguém descartável para eles.

- Vocês não acharam que eu viria até aqui sem tomar nenhuma precaução, não é? - ele olhou para a garota que jogava o mesmo jogo que ele - Como vai, minha doce marionete? - o sorriso louco continuava a brincar nos lábios dos dois.

Lin entendeu rápido, Loki queria que pensassem que o deus estava a controlando, ele não queria que soubessem da parceria entre eles, afinal sentimentos são uma fraqueza.

Então ela andou como uma perfeita boneca, diante dos olhares aterrorizados de todos Lin chamou uma das armaduras para o seu corpo, se envolvendo com ela e deixando apenas o rosto a mostra apesar de parte dele continuar sendo ocultado pela noite.

- É tão incrível o que a mente de uma criatura tão frágil pode criar... - Loki tocou o rosto da amiga que não se mexeu nem um pouco com isso, ele mentalmente amaldiçoou cada maldito humano presente naquele lugar pelas várias cicatrizes espalhadas pela pele delicada.

Mas antes que os dois pudessem ir embora e o mundo acreditasse que o deus estava interessado nos conhecimentos terráqueos que a menina possuía trovões tomaram os céus. Em apenas alguns segundos o deus do trovão já estava ali surpreendentemente junto do Gavião Arqueiro, que de todos os Vingadores era quem mais detestava o extraterrestre trapaceiro e Loki também desconfiava que haviam outros dispostos a lutar em algum lugar por perto.

O deus da trapaça revirou os olhos parecendo chateado, aproximando Lin de si mais um pouco só por segurança.

- Por que você sempre estraga a diversão? - o de olhos verdes perguntou ao irmão.

- LOKI! - Thor chamou indignado, ele acreditou que o irmão havia mudado afinal e isso aconteceu justamente em um dos poucos momentos em que de fato passava em Midgard. - O que pensa que está fazendo?!

Pelo canto do olho Loki notou o espanto de Clint ao ver uma tecnologia tão semelhante à de seu falecido amigo sua exposta ao público, poucos entendiam o risco que aquelas armas podiam apresentar, mas não se importou tanto com isso.

- Sequestrando uma gênia humana, - apontou para a mulher - o que mais seria isso? - e sorriu como se fosse a coisa mais normal do mundo.

O deus era um bom ator.

- Eu já não tenho a mínima paciência com você, asgardiano! - o Gavião Arqueiro disse irritado apontando o dedo para ele, era uma surpresa até mesmo para o deus que o Barton viesse pessoalmente enfrentá-lo, ele não entendia como alguém conseguia se expor a tamanho perigo com tanto a perder. O humano ergueu a mão pronto para ataca-lo logo em seguida, sem a hesitação que o amigo loiro apresentava. - Então não me obrigue a te mandar de volta para a maldita cela de onde você nunca devia ter saído!

Mesmo que a Terra não considerasse Loki um verdadeiro inimigo, muitos tinham a completa noção de que confiar nele era estupidez.

Mas antes que alguém pudesse avançar Lin ergueu a mão e a levou para perto da própria cabeça, ao mesmo tempo em que as outras armaduras fizeram o mesmo. Um único comando e todos teriam seus cérebros explodidos.

Loki olhou para o lado onde ela estava sem demonstrar a surpresa que sentia, Lin era louca o suficiente para matar todas as outras pessoas ali presentes e boa atriz ao ponto de faze-los acreditar que ela também se mataria.

- Eu não mexeria um único músculo se fosse você. - Ela comentou fria, sem emoções, com seu inglês não tão bom. Havia aprendido muito bem com seu amigo jotun.

Medo passou pelos olhos dos heróis, eles temiam pela vida de todos ali.

- Loki... essas pessoas não precisam morrer.

- Claro que não! - o de olhos verdes concordou com o irmão - Mas não tenho escolha não é mesmo? - Loki andou para trás, levando a agora suposta referem consigo - Se não nos seguirem eu prometo que não matarei nenhum dos seus preciosos mortais.

Mesmo que não fosse uma decisão muito inteligente Thor resolveu acreditar nas palavras do deus da trapaça, mas o Clint não partilhava desta escolha, portanto ele se moveu para atacar ou fazer algo para desativar as armaduras porém aquelas com os soldados se moveram ao mesmo tempo indo para frente e fazendo uma barreira, permitindo que Loki escapasse com a mulher por trás dela. Barton não desistiu e lançou uma flecha certeira em direção a cabeça do asgardiano, apenas para vê-la sendo segurada pela refém antes que atingisse o alvo. Com ódio nos olhos o arqueiro constatou que a mulher de fato estava sendo controlada, uma humana normal nunca teria tamanho reflexo e força para fazer o que ela fez.

Foram precisos apenas alguns segundos para que uma ilusão transformasse os dois em outras pessoas, eles foram perdidos de vista e tão rápido quanto se uniram as peças das armaduras se separaram e elas caíram no chão, liberando os reféns de verdade.

- Ah merda... - Clint quase gritou frustrado ao não ver nenhum sinal do vilão.

Enquanto isso o deus do trovão se encontrava pensativo em seu lugar, algo estava muito estranho nas atitudes de seu irmão adotivo.

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