Olaaaa, eu sei que não vale a pena pedir desculpa, mas eu peço na mesma. Eu ainda estou a tentar me ajustar ao trabalho e os mimimi's todos, portanto quando abro uma pagina não sai nada, mas com sorte vai voltar ao normal.
Vamos ao texto...Boa leitura. :)
Título: Confident again (Parte 1)
Imagine: Imagina que és uma agente e que na academia sofrias bullying. Quando estás frente a frente com o teu agressor começas a mudar e o Aaron percebe protegendo-te.
Avisos: Nenhum.
Já havia passado um ano desde que tinha saído da academia e entrado no FBI. Todos os dias agradecia a Deus por me ter ajudado a passar pelo inferno que fora a academia deixando-me trabalhar com uma equipa tão fantástica.
De todos os membros aquele que me chamava mais atenção era o Aaron Hotchner, o meu superior, apesar da equipa achar-me perfeita para o Reid. Os estudos eram a minha única escapatória de todas as maldades e censuras, por isso tirei doutorado atrás de doutorado sendo sempre a melhor da minha turma.
A minha eficiência apenas irritava mais os meus "colegas" que arranjavam maneira de me encurralar na parte mais remota da academia para me presentearem todo o tipo de dores e marcas negras, mas isso nunca me parou... Atualmente estava a copiar algumas notas de um caso para o computador quando o Hotch me chamou.
- Hey Hotch! Novo caso?!- Perguntei ao ver a equipa reunida.
- Sim. Foi pedido apoio especialmente à nossa equipa.
- Ok. Onde? - Perguntei entusiasmada.
- Em (T/C) e o caso é urgente, portanto preparem-se seremos informados no avião. - Depois de todos se prepararem e termos descolado estudamos o caso, começando a criar algumas características sobre o nosso suspeito.
- É estranho. - Eu comecei olhando para as três vítimas. - A primeira vítima encontra-se vestida enquanto as outras duas foram deixaram nuas.
- Tens razão. Isso sugere que a primeira vítima era alguém próximo a ele. - Completou o Reid.
- Sim e não podemos esquecer da brutalidade por detrás das vítimas femininas. - Voltei a acrescentar e o Hotch assentiu com a cabeça.
- Bem o avião aterra em 10 minutos. Morgan e Reid vão falar com as famílias da última vítima, JJ e Emma ficam com a primeira vítima. A sua família talvez não saiba muito, mas o seu colega de quarto deve saber alguma coisa.
- Ok. - Os quatro responderam e prepararam-se.
- Rossi tu ficas com a família da segunda vítima. - O Hotch olhou para mim ao continuar. - E por fim (T/N), tu e eu vamos para a esquadra nos instalar e recolher a informação que já têm.
- Entendido. - Ao aterrar todos se dividiram para cumprir as ordens dadas. Eu e o Hotch dirigimos-nos para a esquadra onde fomos bem recebidos podendo começar logo a trabalhar.
- Bem, a informação que temos não é muita. O que achas (T/S)?
- É como o senhor diz. Não há muita informação que seja relevante para fazermos o perfil do nosso suspeito, parece que temos de esperar pelo resto da equipa. - Nesse momento duas vozes familiares fizeram-se ouvir vindas do gabinete do comissário.
- Quem é que os chamou?! Nós não precisamos deles! - Uma voz arrogante falou dirigindo-se ao comissário deixando-me congelada ao lugar enquanto o Hotch se dirigia ao gabinete como chefe da equipa.
- Eu chamei-os! O comissário vociferou. - Temos três vítimas e não estamos nem perto de o apanhar.
- Nós viemos apenas ajudar a apanhar o suspeito. Não queremos qualquer problema. - A voz calma do Hotch soou e com isso a discussão chegara ao fim.
A minha mente ainda se mantinha focada naquela voz arrogante e quando todos abandonaram o gabinete do comissário tive a minha confirmação.... Era ele, um antigo colega de academia que insistia em me incomodar. Automaticamente, como num filme, os momentos solitários voltaram e senti cada murro, cada pontapé e cada corte como se nunca tivesse saído de lá.
O medo que havia trancando num canto do meu coração voltou em força e grandes tremores invadiram o meu corpo... Ainda tremendo tentei mudar o foco para uns documentos evitando o contacto visual para que as chances de reconhecimento diminuíssem, mas não serviu de muito.
- Com que então foste tu que conseguiste a vaga. Agora é que não apanhamos mesmo o gajo. - Eu mantive a cabeça baixa e aguentando a humilhação.
- E porque não?! Ela é bem competente e se bem me relembro também te candidataste à vaga, isso deve significar alguma coisa. - A voz calma do Hotch preencheu-me os ouvidos.
- Para além disso não és ninguém para falar já que na academia nunca chegavas nem ao top 5 enquanto ele permanecia em primeiro. - O Reid, que havia chegado sem eu notar, completou segurando o livro anual da minha turma que guardavam com os detalhes de cada potencial.
Nesse momento pude presenciar uma pessoa, que sempre me rebaixou, ser humilhado enquanto eu era defendida pela equipa inteira. E graças a isso ganhei mais confiança e o detective foi forçado a ajudar-nos, não fazendo mais nenhum comentário durante toda a investigação. Após o caso terminar voltamos para casa. No jet enquanto todos interagiam eu havia me distanciado e olhava pela janela quando o Hotch veio falar comigo.
- Hey. Como é que estás?
- Bem... - Respondi ainda olhando pela janela. Ele suspirou ganhando a minha total atenção antes de falar.
- Desde quando é que vens suportando coisas destas? - Ele perguntou com um olhar preocupado.
- Desde que frequentava a academia... Alguns desapareceram, mas outras conseguiram também entrar na BAU. - Ele olhou-me durante alguns minutos. - Já não é assim tão mau. Ainda fazem algum comentário maldoso, mas ao menos a agressão física parou. - Por esta altura já toda a equipa se havia juntado à conversa.
- Agressão física?! - O Morgan repetiu alarmado e os outros surpreenderam-se com algum horror.
- Se acontecer alguma coisa ou continuares a ser alvo de qualquer coisa, mesmo que sejam só maus comentários, por favor vem falar comigo. Ok?!
- Ok.
- Assim é que é baixinha! - O Derek começou a brincar para aliviar o ambiente.
- Eu não sou baixinha! Hotch o Derek chamou-me baixinha...
- Bem... - Um sorriso abriu-se no seu rosto. - Eu não posso repreender ninguém por dizer a verdade.
- Hey! Eu não sou baixinha... sou mediana. - O Hotch começou a rir e o resto da equipa acabou por se juntar. Durante o resto da viagem fomos falando e brincando uns com os outros envoltos numa atmosfera confortável.
Nesse caso voltei a recuperar um pouco da minha confiança e pude ver com os meus próprios olhos que podia contar com a minha equipa para me proteger não só no terreno, mas também fora dele.
Beijos Doces.