Você Não Soube Me Perdoar (Co...

By MariaVitoriaSantos1

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Série Você não soube - Livro VI Tudo que Luiza não queria era um amor, mas a vida sempre se encarrega de alg... More

Apresentação
Book trailer
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Lançamento
Recadinho
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Lançamento
Bônus
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Bônus
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Bônus
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31 - Penúltimo capítulo
Capítulo 32 - Último capítulo
Bônus
Epílogo
Agradecimentos
Livro da Agatha e do Daniel
Lançamento - Você não soube me amar

Capítulo 9

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By MariaVitoriaSantos1

⚠️ Aviso importante ⚠️

O Wattpad não está notificando que publiquei um novo capitulo, então para vocês terem conhecimento que tem capítulo novo é só me seguir no insta: @autoramariavitoria

NOAH

Envio uma mensagem para Luiza, perguntando se ela está bem, como faço todas as manhãs quando não estamos juntos. Sai ainda de madrugada do seu apartamento, claro, a contragosto, por mim teria permanecido lá até o amanhecer. Estar com aquela mulher se tornou meu maior vício.

Desço as escadas calmamente, seguindo até a sala de jantar, me preparando psicologicamente para as perguntas matinais de dona Mirela, segundo ela eu deveria pedir Luiza em namoro o mais rápido possível, antes que outro o faça. Se mamãe conhecesse aquela maluca jamais pediria que eu fizesse isso, afinal Luiza nunca aceitaria.

― Bom dia, filho! Quando trará Luiza para almoçar ou jantar conosco? ― Mamãe pergunta assim que entro na sala de jantar. ― Ela prometeu que iria me encontrar novamente, o que ainda não fez.

― Talvez ela venha hoje, vou fazer de tudo para convencê-la. ― Beijo a testa da minha mãe com carinho, me sentando ao seu lado na mesa, me servindo com uma fatia da torta de limão.

― Aquela mulher é complicada, não é?

― A senhora não faz ideia do quanto Luiza é complicada. ― Me sirvo com uma pequena dose de café puro. ― Mas não me importo, ou melhor, meu coração não se importa.

― Meu filho, você já está completamente apaixonado por ela. Cheguei a imaginar que nunca o veria tão bobo por uma mulher.

― Não diria apaixonado, afinal estamos nos envolvendo há menos de três semanas, um tempo relativamente curto. ― Argumento, sob o olhar atento de minha mãe, que aparentemente não acreditou no que eu disse.

― De onde tirou que para se apaixonar precisa de muito tempo? ― Me lança um olhar de indignação, o que chega a ser engraçado. ― Olhe eu e seu pai, nos apaixonamos em pouquíssimo tempo, e estamos casados há mais de trinta anos.

― É a lógica, mamãe. Primeiramente você precisa conhecer a pessoa.

― Não necessariamente. E se essa for mesmo a sua melhor desculpa eu sinto muito em dizer, mas foi péssima. Luiza me contou que já trabalha com você há três anos, tempo o bastante para se conhecerem um pouco, não acha?

― Tudo bem, dona Mirela, você ganhou. Talvez eu realmente esteja apaixonado por ela.

― Luiza também está apaixonada, não me restam dúvidas sobre.

Não consigo acreditar que Luiza está apaixonada por mim, afinal ela dificilmente demonstra sentimentos afetivos. Às vezes a mulher mais parece um cubo de gelo.

Ao contrário do que imaginei, mamãe gostou de Luiza, todos os dias me pergunta sobre ela. Por um lado acho bom que as duas se deem bem, mas por outro acho ruim, pois tenho medo de tudo acabar de uma forma nada amigável, o que pode vir a acontecer a qualquer momento. Se um dia Luiza pedir que eu me afaste cumprirei seu desejo sem pestanejar, afinal é um direito seu.

♥️

Já procurei a minha maluca em todos os andares, a mulher parece ter desaparecido magicamente, e como de costume, seu celular está desligado. Qualquer dia desses Luiza conseguirá me enlouquecer por completo com esses seus sumiços.
Entro no estúdio de Pietro, varrendo o local com o olhar, ainda à procura de Luiza, me decepcionando logo em seguida por não encontrá-la.

― No que posso ajudá-lo, Noah? ― Pietro se aproxima, com um sorriso fraco nos lábios.

― Sabe se Luiza está na empresa?

― Não.― Nega, limpando a lente de sua câmera fotográfica. ― Se não me engano ela tinha uma sessão de fotos em uma agência.

― Sabe qual agência?

― Sim, só não fale a ela que te contei, Luiza pode querer a minha cabeça. ― Deixa a câmera em cima da pequena mesa, pegando uma pequena folha de papel, anotando o endereço. ― Leve flores, ela gostará. ― Pisca, me entregando o papel.

― Ela tem preferência por alguma flor?

Essa pergunta tão simples me fez perceber que ainda tenho muito o que conhecer sobre Luiza, não conheço suas preferências sobre flores, perfumes, cores, ou até mesmo comidas.

― Rosas brancas.

― Comprarei rosas brancas para ela.

Pietro sorri.

― Sempre soube que vocês iriam se envolver, ao meu ver, até demorou. ― Se senta na mesa, me analisando minuciosamente. ― Cuide bem da minha menina, Noah, ela gosta bastante de você.

― Só preciso que ela me dê espaço.

― Você é paciente, conseguirá. 

― Confesso que tenho minhas dúvidas. Luiza construiu um muro de aço ao redor de seu coração, ele parece impenetrável. ― Respiro fundo.

― Esse muro não existe, Noah, é apenas fruto da sua imaginação, acredite em mim. Luiza tem um coração enorme, apenas não demonstra.

― Sou uma pessoa tão ruim?

― Essa não é a questão. Luiza sente medo de se entregar ao amor, e não a condeno por isso. ― Fecha os olhos, como se estivesse tomando coragem para dizer algo. ― Ela já sofreu bastante por alguém que jamais a mereceu. Quando se tem o coração quebrado, não é tão simples entregá-lo novamente a outra pessoa.

― Quem fez isso com ela? ― Cerro os punhos.

Pietro desvia o olhar, voltando a pegar a câmera fotográfica.

― Sinto muito, mas essa história não pertence a mim. Um dia ela ainda irá te contar.

Uma raiva fora do normal toma conta de mim só de imaginar que algum idiota a machucou no passado. Não precisa ser muito inteligente para deduzir que o que aconteceu com Luiza foi algo grave, que a deixou com cicatrizes profundas.

Saio do estúdio de Pietro um pouco atordoado com tudo que ele me disse. Se pudesse iria procurar Luiza agora mesmo para perguntar o que aconteceu, mas um ato como esse a afastaria ainda mais de mim. Mesmo parecendo impossível, preciso ser paciente e aguardar o seu tempo.

♥️

Escoro no carro, sorrindo como um bobo ao ver Luiza cruzar as portas de saída da agência onde passou a tarde. Aceno para ela, que sorri genuinamente ao me ver. Em passos rápidos vem em minha direção, se jogando em meus braços. Beijos seus lábios acariciando seus cabelos, aprofundo nosso beijo, saboreando cada milímetro de sua boca. Estamos longe um do outro há poucas horas, mas o meu corpo já implorava por ela. 

Por que para algumas pessoas o amor aparenta ser algo tão simples, e para outras algo impossível? Com certeza eu me encaixo na segunda classe de pessoas. Olhando essa mulher a minha frente consigo imaginar um futuro ao seu lado, mesmo sabendo que isso nunca irá acontecer.

― Estava morrendo de saudades, maluca. ― Beijo mais uma vez seus lábios.

― Essa saudade é recíproca. ― Passa as longas unhas em meu cabelo. ― Me arrependi de não passar o dia na empresa, pois lá eu ao menos posso te vigiar. Nunca se sabe quando uma mulher vai dar em cima de você.

― Ciumenta. ― Mordo o lábio inferior, evitando sorrir diante da sua expressão de surpresa. ― Posso ser todo seu, e você sabe.

― Não é ciúmes, é apenas cuidado.

― Luiza, não adianta mentir para mim, eu sei que morre de ciúmes.

― Talvez eu tenha um pouquinho de ciúmes, 1%, ou até mesmo menos que isso.

― Uma péssima mentirosa. ― Abro a porta do carro, pegando o buquê de rosas. ― Um passarinho me contou que as rosas brancas são as suas favoritas. ― Entrego o buquê a ela.

― São lindas, Noah. Elas são mesmo as minhas favoritas. ― Olha encantada para o buquê. ― Obrigada! ― Agradece me abraçando.

― Poderia te dar rosas todos os dias. ― Rodeio os braços em sua cintura, colando nossos corpos. ― Você está incrivelmente linda hoje. ― Sussurro próximo a sua orelha.

― Então quer dizer que nos outros dias estou feia?

― Sabe que nunca está feia. ― Coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha, roçando meus lábios nos seus. ― Não acha que eu mereço um mísero beijo?

― Hum... Acho que você merece diversos beijos. ― Sorri, me dando um selinho.

― Concordo. ― Mordo seu lábio inferior. ― Venha jantar em minha casa, minha mãe quer te encontrar. ― Beijo seu pescoço.

― Tudo bem, eu vou jantar na sua casa, mas quero uma boa recompensa de madrugada.

― Terá a sua desejada recompensa. ― Me afasto, apoiando apenas uma mão em sua lombar, conduzindo-a até meu carro.

― Acha que estou muito maquiada? ― Pergunta assim que abro a porta do carro, ajudando-a entrar no automóvel.

Sorrio diante da sua preocupação.

― Está perfeita, não se preocupe com isso. ― Fecho a porta do carro dando a volta no mesmo.

Durante os primeiros minutos do nosso trajeto Luiza permaneceu em silêncio. A forma com que mexe as mãos é um indício que está nervosa para reencontrar minha mãe. Eu particularmente nunca a vi dessa forma antes, pois quando se trata de demonstrar qualquer sentimento ela é muito boa em se controlar.

Aproveito o fechamento do sinal para fixar meu olhar em Luiza. Pouso uma mão em sua coxa, atraindo sua atenção. Seus olhos castanhos são o que eu precisava para ter certeza que ela não está nada confortável.

― Por que está tão nervosa?

― Sua mãe tem o poder de me deixar incrivelmente nervosa. Ela parece saber tanto sobre mim. ― Desvia o olhar.

― Se não quiser ir para minha casa, podemos mudar os planos e irmos para outro lugar. Não quero te forçar a nada, sua vontade sempre prevalecerá. ― Inclino meu corpo, ficando mais próximo a ela, aproveitando para beijar seus lábios. O beijo dessa mulher tem o poder de me levar ao céu e ao inferno no mesmo instante. ― Fiz um convite a você, não uma intimação.

―Eu quero ir. ― Murmura decidida, colocando a mão sobre a minha, que ainda está em sua coxa. ― Gosto da sua mãe.

― Ela também gosta de você. ― Volto minha atenção para a direção ao ver o sinal abrir.

― E o seu pai?

― Meu pai com certeza gostará de você, ao contrário do seu pai, que aparentemente me odiou. ― Brinco, fazendo-a sorrir. Eu poderia fazer de tudo para sempre ver Luiza sorrindo.

― Você ainda pode tentar conquistá-lo. ― Luiza arqueio o corpo, beijando meu rosto.

― Acho mais fácil conquistar você do que ele. ― Começo a falar olhando rapidamente para Luiza, que está sorrindo fraco. ― Eu estava pensando sobre o que ele disse, sobre não me aproveitar da sua inocência, mal ele sabe que é você quem se aproveita da minha inocência.

― Que inocência? Você ao menos sabe o que é isso? ― Arqueia uma sobrancelha, cruzando os braços, fazendo com o que os seus seios fiquem ainda mais evidentes por conta do decote de seu vestido. ― Você é tão safado quanto eu, ou já se esqueceu e o que fizemos na noite passada, meu querido principezinho? Terá a capacidade de negar?

― Meu? ― De tudo que ela disse eu só consegui focar nessa pequena palavra.

Luiza morde o lábio inferior envergonhada, desviando seu olhar do meu.

― Disse sem pensar.

― Quero que diga mais coisas sem pensar.

Luiza pode até aparentar ser inconsequente em algumas escolhas, mas no fundo ela pensa muito bem antes de qualquer escolha, principalmente quando o assunto são sentimentos.

Assim que estaciono na garagem de casa vejo a porta de entrada se abrir revelando uma Mirela extremamente animada. Desço do carro abrindo a porta para Luiza, que me lança um olhar assustado antes de descer. Apoio uma mão em sua lombar, incitando-a a caminhar até minha mãe.

― Estava com saudades. ― Mamãe abraça Luiza.

As observo conversar baixo sorrindo como um abobalhado. Essas duas mulheres maravilhosas ocupam uma grande parte do meu coração.

Luiza não me dá esperanças de termos um relacionamento, mas o meu traiçoeiro coração não compreende, pois só consigo imaginar um futuro ao lado dela. Todas as vezes que vejo essa mulher meu coração dispara, as mãos transpiram, borboletas tomam conta do meu estômago, algo que nunca aconteceu com outra mulher. Por enquanto posso me conformar com suas imposições, mas infelizmente não será assim para sempre. Mas como conseguirei deixá-la?

Sou tirado da minha bolha de pensamentos quando meu pai apoia a mão em me ombro.

― Pobre moça, já está sendo sufocada por sua mãe. ― Papai comenta parando ao meu lado.

― Vamos levar pelo lado bom, ela gostou de Luiza, o que cheguei a imaginar que seria impossível. ― Cruzo os braços ainda as observando.

― Ela quer que vocês se casem o mais rápido possível.

― Uma pena que Luiza não queira o mesmo.

― Não quer se casar com você?

― De forma alguma, nem ao mesmo namorar. Ela parece fugir de qualquer relacionamento sério.

― Tenha paciência, nem todas histórias de amor são tão fáceis. ― Pisca indo até as minhas mulheres, cumprimentando Luiza com um aperto de mão.

Depois de cumprimentar meus pais Luiza vem até mim, segurando em minha mão, entrelaçando nossos dedos, sorrindo em seguida para mim. A guio até a entrada, deixando que se sente no sofá.

― Está com tanto medo assim da dona Mirela? ― Pergunto ao ver que ela está grudada em mim.

― Talvez. ― Apoia uma mão em minha coxa, escorando a cabeça em meu ombro. ― Tenho medo dela celebrar o nosso casamento ainda hoje.

― Fique tranquila, dona Mirela não fará tal coisa. ― Sussurro próximo ao seu ouvido, me divertindo com a sua feição de pavor por conta da minha mãe.

― Adoraria conhecer os seus pais. ― Mamãe joga uma indireta para Luiza, que me lança um olhar desesperado, como um pedido de socorro.

― Mamãe, não seja indiscreta.

― Com certeza os pais dela devem ser adoráveis.

― Não dirá isso quando conhecer o pai dela. ― Murmuro, me recordando da noite passada.

― Então já o conhece, Noah?

― O conheci na noite passada, ele pareceu não gostar nem um pouco de mim.

Ainda tenho esperanças de ter um bom relacionamento com os pais de Luiza, posso demonstrar ao Wesley que gosto de sua filha, e jamais faria algo que viesse a magoá-la.

― Como assim ele não gostou do meu bebê? ― Pergunta indignada.

― Meu pai não gosta de nenhum homem que se aproxime de mim ou de minha irmã, então eu já esperava que não fosse gostar do Noah.― Luiza esclarece, tentando não rir da indignação da minha mãe.

― Mas Noah não é qualquer homem. ― Argumenta.

― Meu pai nunca entenderá isso.

Não julgo o Wesley , se fosse pai teria o mesmo cuidado com meus filhos, é absolutamente normal que ele sinta ciúmes, parte disso, é apenas cuidado.

Durante alguns minutos apenas observo Luiza conversar com meus pais, aos poucos ela está se sentindo mais confortável na presença deles. Foi por essa Luiza espontânea e alegre que eu me interessei, sua alegria é o que mais gosto em sua personalidade. Estou me tornando um bobo por prestar atenção nesses mínimos detalhes, mas não me importo nem um pouco.

♥️




__________________________________
Espero que gostem do capítulo.💙

GOSTARAM DO CAPÍTULO? O QUE ACHAM QUE ACONTECEU COM A LUIZA?

Domingo passado não teve capítulo porque eu tinha um trabalho para fazer, e uma prova para estudar.❤️

Entrem no grupo do Facebook: Autora Maria Vitória Santos.

Beijinhos e até o próximo...😘😘😘😘

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