A História de Reyton

By YorranaAdielle

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Meu sonho era ser um guerreiro de Pan Gun, mas como um simples e pobre pagador de impostos pode faze-lo? Não... More

Começo
Desastre
Chama Negra
Klipse
Treinamento
Revelação
Forja
Sempre seu filho
Elite
A gente se vê
Qi
Você não está pronto
Despedida
Entre Rivais

Recomeço

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By YorranaAdielle

No dia seguinte fiz tudo como antes, pegava a água no rio quando acabasse e geralmente acabava por conta do meu trabalho duro eu e meu pai bebíamos muita água por conta do imenso e cansativo trabalho com as forjas. 

Levava minhas roupas e do meu pai para a alfaiate costurar, poderíamos simplesmente comprar novos trajes não é? ricos diriam isso, como éramos pobres toda roupa que se desgastasse era levada para a alfaiate costurar e olha lá quando tínhamos dinheiro para isso.

Alimentava os porcos e os cavalos que muitas vezes nem era nossos, afinal, o trabalho do meu pai era bom mas não supria tanto por isso éramos tão pobres eu resolvi ajudar o meu pai me oferecendo para escovar, alimentar, cuidar, levar, observar, banhar e ensinar a montar para ganhar o dinheiro necessário. Cuidava de cavalos, porcos, galinhas e corvos mensageiros.

Limpava sempre que podia nossa velha cabana já que meu pai como vivia muito ocupado  não tinha tempo suficiente para renová-la, muito menos eu. 

E por fim, as forjas, eu trabalhava duro naquelas forjas e reforjas de armas junto ao meu pai porém eu ainda não era um ferreiro embora muitos confundissem isso, eu era digamos que ajudante dele.

Eu ainda estava aprendendo a refinar, afiar, forjar, fazer e reforjar armas e entre todas as coisas eu só sabia afiar. Meu pai sempre dizia que leva tempo para a perfeição eu não me incomodava tanto já que tinha outros planos...

Em fim por conta de todas essas minhas listas de tarefas diárias eu mal tinha tempo de dormir ou sequer tomar banho, não tínhamos como tomar banho dentro daquela velha e acabada cabana por tanto eu tomava banho sempre que podia no mesmo rio onde pego água.

Mas finalmente depois de um longo dia de trabalho....

Eu estava afiando as armas para o meu pai e tirando algumas do fogo para ele terminar o trabalho.

- Reyton - Fala o meu pai.

- Sim? - Eu pergunto parando imediatamente de afiar a espada.

- Eu vou em casa buscar um jarra de água - Ele fala o meu pai com os cabelos grisalhos.

- Já acabou a jarra?
- Sim, pode reforçar o trabalho pra mim? - Ele pergunta e eu fico um tanto indeciso.

- Não precisa fazer tanta coisa eu já fiz tudo, apenas venda e negocie os objetos certo? - Ele fala em um tom decidido.

- Pode deixar comigo pai - Eu falo em um tom afirmativo e ele logo tira seu avental que estava por sua barriga e o seu quadril, e se dirigindo a saída e indo embora.

Enquanto eu vendia e negociava as armas e objetos de alguns moradores, eu pude ouvir uma gritaria no meio da cidade.... Eram os guerreiros.

Quase todo mês os guerreiros de Pan Gun partiam para a guerra contra os demônios de Xaviax, e sempre que retornavam era sinal de vitória e portanto todos da cidade em seu retorno fazia festas e comemorações pela vitória dos guerreiros e magos. Eu pude ver todos os guerreiros com suas armaduras reluzentes e brilhantes e todo o povo gritando diante de sua glória e temor o povo jogava flores e rosas nos guerreiros dando sinal de paz e agradecimento por sua bravura e coragem, eu admirava tudo aquilo.

- Não agradeçam a nós povoado, tudo que fazemos e iremos ainda fazer é apenas para o nosso grande a majestoso Mestre Jack! - Fala o guerreiro com um tom de vaidade enquanto todos aplaudiam e gritavam por suas grandiosas palavras.

- Eu estou aqui para dá um recado a vocês moradores da Cidade das Espadas, perdemos grandes e bravos guerreiros na guerra, infelizmente... Por conta da perda desses grandes e inesquecíveis guerreiros temo que nosso exército ficou menor e por conta da diminuição de homens faremos uma oferta para todos que quiserem se tornar um guerreiro de Pan Gun, se tiverem coragem - Ele fala em um tom afirmativo.

Ao ouvir aquelas palavras eu logo me animei um oportunidade de realizar o meu sonho? eu não podia perder.... Embora eu ouvisse aquelas palavras de meu pai eu queria ter uma vida como os guerreiros eu queria servir o meu Mestre, eu queria ser um guerreiro de Pan Gun.

Enquanto me perdia nos pensamentos em seguida no maior impulso da minha vida eu me aproxima de toda aquela multidão e consigo chegar até o guerreiro que ofereceu a grande oportunidade, fiquei cara a cara com ele e todos os guerreiros me encaravam com olhar de desgosto.

- Olá... - Eu falo com um pouco de vergonha.

- O que você quer, escravo? - Ele fala em um tom de desprezo.

- O que eu quero? eu vim aceitar a sua proposta - Eu falo em um tom afirmativo e ele me olha com cara de desentendido.

- Minha proposta? - Ele fala enquanto abria um sorriso malicioso em seu rosto.

- Lembro-me de oferecer a oportunidade para os moradores e não para os escravos - Ele fala e em seguida ele solta uma risada longa e todos fazem o mesmo.

- Você disse que qualquer um que tivesse coragem o suficiente poderia se tornar um guerreiro - Eu falo em um tom afirmativo e decidido.

- Mas em algum momento mencionei que escravos fedorentos e piolhentos poderiam participar? se enxerga moleque - Ele fala se virando me desprezando.

- E você se acha muito macho não é? - Eu falo em um tom superior e ele logo congela.

- Estranho, você falou que luta bravamente na guerra mas sua armadura continua em tacta e limpa não é? ficou com medo de se aproximar dos outros guerreiros? - Eu falo em um tom debochado e ele se vira me encarando com olhar de morte.

- Está falando demais escravo - Ele fala em um tom baixo.

- Fala que é um guerreiro bravo mas na verdade é um covarde - Eu falo.

- Retire o que disse, agora - Ele fala se aproximando bem perto de mim e com um tom de voz ameaçador.

- Não - Eu falo olhando ele de cima.

- O que? - Ele fala em um tom irado.

- Covarde - Eu falo sem medo algum e em seguida o mesmo me dá um soco no rosto.

 Eu não pude deixar de controlar e logo soquei o seu rosto com tanta força que nem sabia ao certo de onde a força eu tirei, o mesmo parecia se defender dos meus golpes e tentando me acertar mas eu não permitia, socava ele até ele começar sangrar pelo nariz e o mesmo começou a se irar e depois de muito esforço na sorte ele conseguiu me acertar a ponto de ferir os meus lábios que despiam sangue.

Brigávamos na frente de todos e o povoado começou a se desesperar enquanto os guerreiros torciam para o qual estava me batendo mas eu também não perdia a oportunidade de acabar com aquele mimado.

Nossa briga durou alguns segundos até que o senhor da cidade chegou... o Ancião.

Ele era como um governante do reino ele era poderoso e sábio só não mandava mais que o próprio rei, ver uma antiguidade assim passando no meio da multidão e apartando minha briga era como se fosse um sonho do qual eu não queria acordar.

- Parem com isso já! - Fala o Ancião me segurando pelo braço enquanto os outros guerreiros seguravam o guerreiro que eu estava brigando.

- Não brigamos entre gentes iguais aqui, não sabe disso, Green?  - Fala o Ancião olhando severamente para o guerreiro que abaixa sua cabeça envergonhado.

- Venham comigo - Ele fala soltando o meu braço e levando eu e Green até os seus aposentos.

Eu me dirigia até seus aposentos reais dos quais tinham muita riqueza e luxo, eu estava hipnotizado apenas com os bens materiais do  ancião.

- Sentem  - Fala o Ancião em um tom de voz baixo e calmo, e eu e o guerreiro nós sentávamos um do lado do outro de frente para o ancião.

- Muito bem, para resolver o caso eu quero ouvir a versão da história de cada um - Fala o Ancião pressionando seus dedos das mãos contra seu nariz de modo refletivo.

- Pois bem, comece Green - Fala o Ancião.

- Ancião é tudo culpa desse camponês maluco, eu disse que poderia mudar o rumo dele para não andar mais esfarrapado e ele me atacou como um selvagem - Ele fala em um tom afirmativo se fazendo de vítima.

- Ele te atacou? - Pergunta o Ancião.

- Sim, não vê meu rosto Ancião? todo deformado graças a esse pobretão - Fala Green em um tom de desprezo e nojo.

- Essa é a sua versão da história? - Pergunta o Ancião refletivo.

- Sim, a verdeira - Fala Green cruzando os seus braços na cadeira em um tom de voz decidido.

- E você rapaz qual sua versão da história? - Pergunta o Ancião olhando diretamente para mim.

- O que adiantaria, quem iria acreditar no filho de um pagador de impostos? todos vão acreditar nesse da aí que possuí glória e título - Eu falo sem nem sequer olhando diretamente para o Ancião permanecia com minha cabeça para a baixo.

- Viu? ele mesmo confirmou a história Ancião  - Indaga Green.

- Hum... - Emite o Ancião pensativo.

Por alguns minutos Ancião ficou olhando nós dois e pensando em algo, no que ele estaria pensando? até que finalmente saiu sua resposta.

- Saia  - Fala o Ancião em um tom de voz rápido e sem pausas e em seguida eu me levanto da cadeira para sair.

- Você fica, saia Green - Fala o Ancião decidido.

- O que? - Pergunta Green confuso.

- Saia - Fala Ancião em um tom de voz calmo mas imperativo e em seguida não demorou muito para Green se levantar da cadeira furioso e bater no meu ombro quando se direcionava a saída.

- Sente-se rapaz - Fala o Ancião em um tom de voz baixo mas claro e eu em seguida sento.

- Qual seu nome jovem? - Ele pergunta olhando atentamente para mim.

- Reyton, senhor - Eu respondo.

- Reyton, sabia que fez uma atitude sábia hoje filho? - Ele fala em um tom afirmativo.

- O que? - Eu falo confuso.

- Em todos os casos de brigas que eu já resolvi, sempre que eu interrogava os mesmos quando percebia que seu parceiro estava mentindo a verdadeira história o outro fazia um escândalo resultando em outra briga - Ele fala em um tom sábio enquanto eu apenas me mantenho em silêncio.

- Você se calou e não falou a verdade por achar que eu não iria acreditar em você por ser pobre - Ele fala e eu apenas desvio os seus olhares superiores.

- Eu não ligo para bens materiais jovem, acredito que o pobre é mais justo do que o rico - Ele fala.

- O senhor acha? - Eu pergunto.

- Sim - Ele responde.

- Se o senhor sabia de toda a história, por que nos interrogou do mesmo jeito? - Eu pergunto um pouco confuso.

- Eu queria que vocês admitissem os seus erros e recomeçar de uma nova forma, por um momento eu pensava que Green tomaria essa atitude - Ele fala em um tom de decepção.

- Você foi sábio meu jovem, eu vejo um grande futuro na sua frente - Ele fala em um tom afirmativo.

- Sério? - Eu pergunto.

- Sim, e um desses futuro está incluído você como o novo integrante no exército de guerreiros e magos de Pan Gun - Ele fala rápido e decidido.

- O que? - Eu pergunto surpreso.

- Exatamente seja bem vindo jovem Reyton o novo guerreiro da Cidade das Espadas - Ele fala.

- Eu nem sei como agradecer Ancião, muito obrigado, muito obrigado - Eu falo apertando a mão dele com muita felicidade e emoção.

- Você merece meu garoto - Ele fala dando um sorriso no rosto.

- Posso fazer uma pergunta, se me permite? - Eu falo.

- Claro  - Ele responde.

- Quando e que horas eu começo? - Eu falo na maior empolgação.

- Amanhã ao nascer do sol - Ele fala em um tom de voz calmo e afirmativo.

- 5 horas da manhã? - Eu falo.

- Por aí meu garoto - Ele fala.

- Ah! muito obrigado mesmo Ancião, muitos anos de vida pro senhor - Eu falo apertando novamente sua mão.

- Que os deuses te ouçam filho - Ele fala dando um risada curta.

- Tá, eu já posso ir embora né? eu devo ir embora né? - Eu falo como um retardado.

- Claro garoto pode ir - Ele fala dando risada das minhas marmotas.

- Tá, obrigado mesmo - Eu falo e em seguida me retiro.


Isso era mesmo real? isso realmente estava acontecendo? eu era mesmo o guerreiro de Pan Gun? eu ainda não estava acreditando mas eu queria acreditar e eu estava muito  feliz. Lembro que aquele dia foi  o mais feliz de toda a minha vida e que tudo mudaria a partir daquele momento, mesmo não sabendo o que iria me acontecer eu sabia que tudo iria mudar.

Eu chegava em casa todo animado e feliz pelo meu novo título e estava ansioso para contar ao meu pai.

- Pai, você não sabe o que... - Eu não termino a frase por vê-lo dormindo em uma cadeira com a jarra cheia de água em cima da mesa, ele estava muito cansado.

Eu colocava o meu pai nos braços e levei ele até seu quarto e o deitei em sua cama, cobrir ele com seus cobertores e o deixei confortável.

- Descanse bem pai - Eu falo pegando suavemente em sua mão e dando um sorriso alegre por vê-lo dormindo, fiquei alguns minutos assim até que me retirei de seu quarto.

Dois de muito tempo minha vida finalmente iria começar, um grande recomeço estava por vim e ele seria bom mas ao mesmo tempo ruim.




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