Na Casa do Quase Diabo

By artemisw_

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Park Jimin só queria poder descobrir os mistérios daquela casa e roubar algumas cerejas. Jeon Jungkook só que... More

Prólogo: Frutas Maduras
Empregado particular
Assaltando a geladeira
Está quase na hora
Nunca provou chocolate
Não provoque
Medo de trovões
Te quero comigo
Surreal
Sexual demon - part.1
Sexual demon - part.2
Lúcifer
Vermelhos são os flocos de neve
Sente falta
Pureza e pecado
Cicatrizes abertas
A verdade ou parte dela
As lágrimas partem e você parte com elas
Seguir
Palavras da morte
-Minhas outras fanfics-

Lago de demônios

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By artemisw_

Park Jimin

-Jungkookie, colocou as cerejas?

- Sim, coloquei. Esta pronto?

- Estou.

- Certo, vamos.

Ele pegou a cesta de cima do balcão e nós saímos da casa. Ele entrelaçou nossas mãos e nós começamos a caminhar em direção ao lago que não era tão longe dali.

Era primavera e estava perfeito para um piquenique.
As árvores floridas, a grama verdinha, os pássarinhos cantando tão belamente e... o amor da sua vida ao seu lado, de mãos dadas com você, enquanto vocês caminham em direção a um lugar, para estenderem um pano no chão e comerem coisinhas deliciosas enquanto trocam carícias e beijinhos singelos.

E foi isso que aconteceu, andamos por uma estradinha de terra, que levava até o lago e assim que chegamos estendemos um pano azul com malha quadriculada, e nos sentamos em frente ao lago de água escura.
Eu tirei nossa comida da cesta e a espalhei na toalha azulada, e ali nós comemos e as vezes trocávamos olhares discretos.

As vezes me perguntava se Jungkook realmente gostava de fazer essas coisas comigo, essas coisas infantis. Ele era um homem tão sério, tão elegante, será que fazia essas coisas só por minha causa? Será que ele não gosta? Ele se sente incomodado? Eu o forço? Será que estou só pensando em mim?

- No que está pensando? ─ ele perguntou talvez percebendo que minha mente estava longe.

Olhei para o sanduíche que eu comia e depois olhei para o lago.

- Jungkook...

- Diga.

- V-Você se sente incomodado com tudo isso?

- Com o que?

- Com isso! ─ levantei os braços como quem quer mostrar o óbvio a ele ─ brincadeira infantis, piquenique... Eu acho que as vezes... você se força a fazer isso pra me agradar ─ e enfim encarei o homem de íris escuras e penetrantes, íris nas quais me seduziram e eu me apaixonei.

Jungkook me encarou um tanto reprovador e eu abaixei a cabeça. Senti ele se próximar e então segurar meu rosto em ambas as mãos e o levantar.

- Jimin, tudo que eu faço com você, e por você, é porque quero, você nunca me forçou a nada.

- Nada mesmo? ─ o olhei com meu típico bico nos lábios.

- Nada ─ ele sorriu mostrando suas ruguinhas que ficavam no canto de seus olhos.

Ele beijou meu biquinho e então beijou de novo até eu desfazê-lo e começarmos um beijo apaixonante e caloroso.
Eu, sinceramente, não conseguiria ficar por muito tempo sem aquele homem, eram seus lábios que me tiravam de órbita; eram seus olhos que me hipnotizavam; seus braços que me aqueciam; seus toques que me faziam me sentir homem, seu homem.
Foi triste quando ele me contou que tinha que ir ao inferno para resolver algumas "pendências" junto a Namjoon, e por mais que fosse só um dia, eu me senti solitário. Sentia um tédio fodido e frio, e então percebi que talvez, só talvez, eu tivesse me tornado um tantinho dependente de Jeon, pois só do mais velho ter partido por um dia, eu senti falta de seu calor, de sua presença dominadora, que eu tanto amava. Mas felizmente, no fim da tarde daquele dia, ele voltou, e me amou intensamente. Dizia que estava com saudades e aquilo aquecia meu coração, assim como meu corpo era aquecido por seus toques.

Ele cessou o beijo e em um rápido movimento me pegou no colo igual quando o marido pega a noiva e me carregou até as margens do lado. Por um minuto imaginei que ele me jogaria ali dentro e então me atraquei ao seu pescoço.

- O que você vai fazer? ─ perguntei com medo da resposta.

Eu não sei nadar.

- Calma, amor, não irei fazer nada de mal com você ─ ele riu soprado vendo meu desespero ─ Jamais faria ─ então sussurrou por fim, adquirindo a seriedade na face, mas sua seriedade se desfez quando ele me deitou na areia a margem do lago. Ele sorriu ─ Você é tão lindo...

Senti minhas bochecha queimarem então as escondi com minhas mãos.

- Tão pequeno, e ao mesmo tempo forte... Inocente de uma forma especial. Meigo, angelical, perdoa erros, dá segundas chances, e não liga se eu sou um demônio, você apenas ama... Você é tão precioso. Eu não te mereço, alguém como eu não te merece e...

Tampei sua boca com meus dedinhos.

- Shhhhh... Não diga essas coisas, Jungkook, eu te amo, você me ama e é isso que importa. E como você disse... eu não ligo ─ acariciei seus rosto. Ele subiu mais encima de mim para me encarar.

- Jimin.

- Fale ─ murmurei o encarando.

- Você... ─ ele riu virando o rosto para o lago e negou com a cabeça ─Sei que não sou o ser mais correto do mundo, e talvez eu nunca seja mas...

- Mas? ─ o olhei sorrindo.

- Você quer namorar comigo, meu bem?

Tampei a boca com minhas mãos e senti meus olhos marejados.

Eu . Não . Estou . Acreditando.

Ele me pediu em namoro mesmo?

Eu ouvi direito?

É isso mesmo produção?

Será que isso não é só um sonho, que minha mente está insistindo em me pregar uma peça, que em algum momento eu irei acordar e descobrirei que nada foi real? Se for isso. Que eu entre em coma e não acorde nunca mais.

Que eu vire a próxima Bela adormecida e que Jungkook seja da vida real e me desperte com um beijo e que a gente viva felizes para sempre... E se o que eu tô vivendo agora é real, que eu viva feliz pra sempre com meu demôninho gostoso, com o meu príncipe não muito encantado.

Mas voltando ao foco.

Encarei Kookei que me olhava apreensivo.

- Se não quiser aceitar tudo bem...

- Seria louco se não aceitasse ─ sussurrei com a voz um tanto embargada ─ Eu aceito. Eu te amo.

Jungkook me olhou com olhos arregalados, e então sorriu desacreditado.

- Repete ─ sussurrou.

- Eu-Te-Amo ─ sussurrei colando nossas testas e roçando nossos narizes até ele unir nossos lábios em um ósculo repleto de amor.

Não é como se eu enjoasse de seu beijo, não é como se um dia eu desistisse dele, não é como se eu fosse deixar de ama-lo, não é como se eu ligasse para o que ele era. Se fosse real, se fosse amor, eu não esqueceria, eu não o deixaria....
E então quando o beijo cessou ele me levantou e nós fomos até a beirinha do lago, ele se agachou e eu fiz o mesmo, sentando sobre meus pés. Ele arregaçou a manga de sua camisa social e então mergulhou suas duas mãos em formato de concha dentro da água e olhou para mim.

- Não tenha medo, está bem? Não se apavore, nem fuja, não irá machucar você ─ ele disse e me lançou um sorriso.

- O que não irá me machucar?

- Você vai ver, só não... Tenha medo, certo?

- Certo.

Ele assentiu e então olhou para suas mãos dentro da água e fechou os olhos, e então começou a proferir palavras estranhas, eu não as entendia nada e sua voz ficava, gradativamente, amedrontadora, era grossa e assustadora. Me percorreu um arrepio por todo o corpo.

O que ele estava fazendo?

Eu o encarava com atenção, e um tanto de curiosidade. Foi então que ele levantou a cabeça e abriu os olhos, ambos com tons escarlate. Assustador. Assim que ele fez o ato era como se muitas outras pessoas estivessem ali proferindo a mesma coisa que ele dizia, mas não, eram só voz. Pareciam ecos de sua própria voz, mas não eram, pois algumas vozes ─ entre tantas ─ aparentavam ser femininas, eram inacreditavelmente horripilante. Ele proferia, e as vozes diziam uma certa parte, até que vi a água do lago ─ que estava calma ─ mexer-se e então direcionei meus lumes até lá e vi algo vindo do fundo. De longe, parecia uma pessoa, mas quando subiu a superfície, minha respiração travou. Eu senti vontade de gritar, berrar, sair correndo, mas estava paralisado, me faltava ar, e palavras; meu peito subia e descia.

Socorro!

Não consegui gritar.

Quis chamar por Jungkook, mas o mesmo estava ainda proferindo palavras estranhas, mas agora, em direção aquela coisa. Era alta, mas magrela, quase esquelética; possuía uma pele acinzentada e olhos gigantes no rosto fino; tinha chifres pequeno na cabeça; garras enormes; tinha uma aura medonha.
A "coisa" não me encarava mas só sua presença já me fazia querer voar dali.

Ela encarava Jungkook e Jungkook a encarava enquanto ambos pareciam conversar, pois o monstro também pronunciava palavras estranhas igualmente a Jungkook. E então ela se virou para mim. E eu já estava atrás de Jungkook, um tantinho longe, mas ainda atrás dele. Não ficaria nem a pau perco daquela aberração.
A coisa me encarou e então levou sua mão cheia de garras afiadas em direção a de Jungkook e lá, deixou algo que eu não pude ver, e de costa para o lago, o mostro foi afundando nos encarando até sumir de vista.

Soltei o ar que prendia em meus pulmões e andei até Jungkook lentamente e olhei seu rosto, ele ainda dizia coisas baixinho enquanto sua cabeça estava abaixada. Toquei sua bochecha e então ele levantou o rosto para me encarar. Seus olhos estavam negros novamente e ele já não pronunciava nada estranho e então permite-me perguntar.

- O que você fez? O que era aquilo? Essa coisa vive dentro do lago?

Disse lembrando-me das vez que colocava meus pézinhos dentro do lago.
Jungkook apenas sorriu e sentou na areia me puxando junto para sentar em seu colo.

- Calma, amor.

- Estou calmo, eu acabo de ser pedido em namoro e o meu recente namorado me apresenta a coisa mais feia do universo. Vem cá aquela é a minha sogra?

Jungkook gargalhou auto.

- Não, bebê, não.

Eu cruzei os braços e fiz um bico involuntário.

- O que era aquilo? Me explique! ─ exige.

- Está bem, está bem, Jimin ─ ele acariciou minha bochecha gordinha e parecia pensar por onde começar ─ Bom... Quando Lúcifer foi banido do céu, os anjos que o seguiam também foram, muitos enquanto caiam não foram para o inferno. Eles caíram aqui.

- Aqui?! ─ perguntei pasmo.

- Sim. Esses anjos caíram nas águas e florestas, se transformaram em demônios, como você viu.

Apenas assenti esperando ele continuar.

- Os que cairam no inferno continuaram com suas formas físicas, podendo se transformar em demônios, mas perdendo seus poderes celestiais. Entretanto alguns conseguiram poderes demoníacos.

- E você Jungkook, aonde você fica nisso tudo? Me conte sobre você ─ disse me aconchegando mais a seu corpo.

- Não acho que seja necessário isso.

- Por favor, Jungkookie ─ o encarei pidão.

Eu queria saber sobre ele, queria saber de onde ele veio. Se já foi uma pessoa normal, ou sempre foi um demônio. Eu queria saber.

Ele suspirou então começou.

- Eu já fui um anjo celestial, já vivi no paraíso com outros anjos, já fui limpo. Eu fazia parte só couro de Lúcifer. Lúcifer era o anjo que possuía a voz mais bela e aparência também, e então ele ensinou a outros anjos, nos ensinou a cantar. Deus o amava, amava mais que qualquer anjo e com todo esse amor, ele deixou Lúcifer e seu couro viverem no jardim do Éden e todo final de tarde ele ia lá, nos ouvir cantar. Namjoon ficava a manhã inteira preparando uma música nova, empolgado, mas ele cansou, ele dizia para mim, todos os dias, que estava cansado de cantar para Deus. Eu era seu melhor amigo e me tornei seu braço direito quando ele tomou a iniciativa de se rebelar contra nosso pai, eu o ajudei a reunir anjos para coloca-los contra Deus, ajudei-o em muitas coisas no céu, Jimin. Até que nós caímos, e agora ele tem um reino para governar, e eu continuo ao lado dele...

Jungkook olhou para o lado. Talvez pensasse que eu o julgaria, mas não foi isso que eu fiz, eu ainda o amava independente do que ele havia feito e do que ele faz. Meu amor por esse demônio poderia ser considerado doentio, pois eu estava amando um ser que havia praticado tanto mal, mas minha cabeça nunca funcionou corretamente para mim racionar direito o correto, eu apenas sigo meu coração e foda-se o raciocínio, a lógica, o certo. Era amor. Jungkook amava, não era um ser sem coração. Jungkook tinha sentimentos.

- Ei, olha pra mim... ─ pedi tocando seu rosto e o virando para mim ─ Você me ama, você sente e... e por mas que tenha feito as coisas mais erradas do mundo, e-eu não consigo te odiar, nem te deixar... Não consigo.

Jungkook encarou meu olhos e eu encarei os seus, ele levou sua mão que estava fechada e a abriu em minha frente e eu me deparei com duas alianças que pareciam douradas mas possuíam uma tonalidade avermelhada, nunca havia visto uma igual.

- A um tempo atrás, uma garota foi prometida a mim em casamento... todos no inferno celebravam minha união com a garota, mas eu não permite aquilo.

- Você ia se casar?

- Sim. Mas eu não deixei que essa palhaçada acontecesse.

- O que você fez?

Ele suspirou e depois riu.

- Quebrei tudo.... cadeiras, decoração. E joguei a porcaria do bolo na garota prometida a mim. Eu realmente havia ficado irritado, ninguém havia me dito nada, eu era o segundo a mandar em tudo aquilo e era isso que eles faziam? Namjoon não estava no meio, e pouco menos me impediu de descontar minha raiva. No final eu vim pra terra com ele e ficamos bebendo, indo em casinos, e frequentando boates. Uma vida na qual ninguém iria me obrigar a nada... Até que eu resolvi que queria brincar um pouco e fui habitar uma casa caídas aos pedaços. Eu deixei carros e meu apartamento de luxo só pra dar um de bicho papão, e foi aí que.... ─ ele me olhou e sorriu tão lindamente que foi impossível não retribuir, eu estava tão concentrado em suas falas que ficava até hipnotizado.

Jungkook foi prometido em casamento... Quem diria.

- Eu conheci você ─ concluiu.

Eu sorri mais ainda.

- E-Eu nem sei o que dizer... Minha nossa Jungkook, v-você foi prometido a alguém em casamento e... e no inferno. Eu não imaginava que tinha essas coisas lá.

Ele riu.

- Sei lá. Eu achei que as pessoas ou demônios não sei, eram chicoteadas e obrigadas a fazerem coisas.

- E são. Mas esses são os humanos que não mereceram o céu e acabaram por ganhar o inferno. E tem os demônios que nascem no inferno. O inferno é divido por exemplo... em classes sociais, os podres são os humanos, e os ricos são os demônios que nascem no inferno.

- Como é que os demônios nascem? ─ perguntei igual quando uma criança pergunta a mãe como nasceu e a mãe responde que a criança foi trazida pela cegonha.

- Da terra.

- Como assim?

- Eles surgem como um passe de mágica do chão, Jimin ─ Jungkook sorriu.

- Eles devem ser feios.

- Suas formas demoníacas podem até ser, mas não estando como demônios, nós somos como vocês humanos, não vê? ─ Jungkook abriu os braços me mostrando que ele era parecido a mim, humano.

- Hmmm, interessante. Mas então você é feio igual aquela coisa? ─ apontei para o lago.

- Não ─ ele riu soprado ─ Aquele era um demônio que caiu na terra, aquela é a forma dele, ele não pode se transformar em humano. As formas demoníacas de nós, demônios do inferno, é mais... como posso dizer....

- Assustadora?

- Exuberante, eu iria dizer, mas isso também vale.

- Como é a sua forma demoníaca, Jungkookei? ─ perguntei me ajeitando em seu colo. Coloquei minhas pernas ao redor de seu quadril e sentei de frente para ele.

- Bom...

- Que cor você é?

- Vermelho.

- Você é magrelo também? ─ tombei a cabeça para o lado.

Ele gargalhou e me jogou delicadamente na areia pondo-se sobre mim, aguentando seu peso em seus braços que estavam entre minha cabeça, me prensando.

- Acho que ele dá uns dez de você, se não mais ─ beijou meu nariz.

- Eu queria ver... Mas acho que irei morrer de medo. Você perde o controle? Vocês são duas pessoas?

- Não, eu apenas me transformo, continuo consciente de tudo, ainda sou eu ─ ele beijou meu pescoço suavemente estalando.

- Ah...

- Mas eu não irei me transformar, quem sabe outro dia. Agora eu só quero você ─ ele colocou uma das alianças avermelhadas em meu dedo e beijou o torso de minha mão ─ Essas alianças foram feitas pelas larvas do inferno, muitos escravos queimaram para essas alianças ficarem prontas, cabeças foram arrancadas, pessoas foram desmembradas... Muito esforço foi posto para que isso fosse feito. No entanto, pouco me importava, e quando eu vim para a terra eu as joguei em algum lugar no mar... Mas agora elas parecem importar mais que tudo.

Apesar da história macabra, eu estava completamente apaixonado pelo romantismo de Jungkook. Eu era importante para ele.

- Você estava se comunicando com aquele demônio pra acha-las, e trazê-las de volta?

- Estava.

Sorri e então faltando centímetros para beija-lo eu disse.

- Obrigado por me amar ─ e o beijei.

Então quando paramos, eu coloquei a outra aliança em seu dedo.

- Eu te amo ─ eu disse.

Ele me atacou com brutalidade, me beijando voraz e prendendo meus braços acima de minhas cabeça com suas mãos.
Ele passou a segurar meus pulsos apenas com uma mão enquanto a outra ele percorria pelo meu corpo até chegar em minha cintura e empurrar sua mão para baixo de mim, levantando meu quadril e fazendo com que nossas virilhas de tocasse, ainda cobertas com o pano de nossas roupas. Eu tentei soltar meus pulsos de sua mão e ele permitiu. Segurei a gola de sua camisa o trazendo mais para perto enquanto ele esmagava meus lábios com os seus, me tirando o ar, a consciência, e o frio.

Mas uma vez Jungkook confessa algo que fez ou o que é, e eu apenas o amo mais. Feitiço? Não. Era amor. "Amar independente de tudo" foi isso que eu sempre ouvi de minha mãe, e é o que eu estou fazendo. Não sei se minha mãe está feliz com o rumo que minha vida tomou durante esse tempo... Eu nunca quis decepciona-la, eu a amava, eu ainda a amo, e nunca esqueci dela, nem de meu pai, ambos sempre foram muito importantes para mim. Eu espero não chatea-los com minhas escolhas, pois sei que eles me olham lá do céu.

Levei minha mão para tirar seu jaleco preto e o joguei para o lado, logo em seguida começando a desabotoar sua camisa e assim que terminei, nós paramos o beijo apenas para Jeon tirar a camisa social. Ele voltou a me beijar e me suspendeu no ar, pegando-me no colo e nos direcionando sabe-se lá aonde.
Senti um pano debaixo de mim e conclui que ele havia me deitado na toalha do piquenique.
Jungkook tirou minha camisa e desceu seus beijos para meu peito, largando marcas vermelhas por onde sugava. Ele chupou meus mamilos e eu gemi baixinho, desceu para o cós de meu short e o tirou e logo em seguida lambeu meu membro por cima da minha boxer e foi impossível não gemer alto.

Será que iriam nos ouvir?

- Relaxe, ninguém irá nos ouvir ─ disse parecendo saber o que eu estava pesando.

- Você lê pensamentos? ─ gemi logo em seguida quando ele apertou meu membro sem aviso.

- Não é preciso ler mentes pra saber o que você pensa.

- Sou tão previsível assim?

- Talvez.

- Ah é? Tá.

O empurrei o deitando na tolha e subi sobre si.

- Não sou tão previsível agora, sou? ─ perguntei começando a rebolar aos poucos em seu colo.

- O que vai fazer, bebê? ─ perguntou segurando firme minhas coxas e me lançando um sorriso malicioso.

- Talvez você sabia, senhor.

- Ah Park Jimin...

Sorri para ele e o beijei. Desci meus beijos para seu pescoço, e comecei a chupar aquele local, desajeitadamente, mas o fiz. Desci pra seu peito, e quando cheguei em seu abdômen, suguei todos os gominhos muito bem trabalhados. Tirei seu cinto e abaixei sua calça até tira-la com sua ajuda, que me observava atentamente, com luxúria nos olhos.

Mordisquei seu membro coberto pela boxer preta, e o encarei por debaixo dos cílios, ele mordia o lábio inferior.
E então abaixei a boxer até seu membro saltar. Não estava tão teso ou duro, mas ficaria, na minha boca.
Lambi a cabeça de seu pau e depois beijei sua extensão. Meti tudo na boca e depois tirei, lambuzei todo seu mastro com minha saliva.

E naquele fim de tarde eu calvalguei em Jeon, coisa que jamais tinha feito, mas eu queria dar-lhe algo diferente, mais intenso e também queria esfregar na cara dele que eu não era previsível!

Transamos no meio da floresta, onde alma alguma poderia ouvir nossos gemidos loucos, onde jamais poderia ver o quanto nas mãos de Jeon eu estava, o quanto nosso amor poderia ser exposto em qualquer lugar. O quanto nós nos amávamos.

[...]

Já era noite quando voltávamos para casa. A floresta estava escura, iluminada apenas pela lua. Talvez ao ver de outras pessoas a paisagem da floresta poderia ser assustadora mas para mim... era belíssima.
Enquanto andava com Jungkook de mãos dadas, muitos vagalumes sugiram e pareciam iluminar nosso caminho. Era tão lindo, me deixava tão encantado. Sorria bobo enquanto apreciava a adorável beleza da natureza. Era perfeito.

- Amor...─ chamou-me Jungkook.

- Hm ─ murmurei ainda acompanhando os vagalumes que agora seguiam um rumo fora da trilha de terra.

- Venha, vamos segui-los ─ me puxou.

Eu apenas o segui e quando começamos a correr eu comecei a dar muitas risadas, como uma boba criança. Corríamos de mãos dadas enquanto os vagalumes voam cada vez mais rápido. Até que enfim eles sumiram ou apenas apagaram suas luzes, não sabia ao certo.
Olhei para cima os procurando e não os vi então olhei exatamente onde estávamos e... minha nossa. Era tão lindo. Haviam muitas rosas vermelhas ali, todas juntinhas, todas no chão, sendo iluminadas pela luz da lua. Hipnotizado eu estava. Era tão mágico.

- Onde estamos, Jungkook? ─ perguntei enfim.

- Gostou? ─ ele me abraçou por trás apoiando seu queixo em meu ombro.

- Eu adorei! É... é tão lindo, são tão lindas.

- Você é mais ─ beijou meu pescoço me causando arrepios.

- Obrigado ─ virei-me para ele, pondo minhas mãos em seu peitoral enquanto suas mãos iam para minha cintura ─ Não pelo elogio... bom... por ele também... mas o que eu quero dizer é que... eu...

Jungkook sorriu e então me beijou tirando quase todo fôlego.

- Não precisa agradecer, babe, você merece bem mais que isso.

- Mas eu não quero, Jungkookei ─ alisei sua camisa ─ Eu não preciso de muito, eu não preciso de tudo... e-eu preciso só de você ─ lhe dei um sorriso singelo.

- E você tem ─ me deu selinho ─ Você me tem, meu bem.

Eu o abracei e ele retribuiu de imediato, suspirei sentido seu cheiro forte mas discreto. Tão único ele era.

Eu só podia estar sonhando mesmo, a vida não pode ser tão boa a esse ponto.

- Quer dançar? ─ perguntou em meu ouvido.

- Sem música? ─ sussurrei quase dormindo em seu peito.

- Sem música ─ me confirmou me puxando gentilmente para o meio daquele lugar.

- Não vamos pisar nas rosas e amassa-las?

- Não, use passos gentis e seja gentil que você não as pisará.

- Certo.

Deixei ele me conduzir e então por a mão em minha cintura enquanto eu apenas colocava as minhas ao redor de seu pescoço e começamos a nos movimentar de um lado para o outro lentamente. Nos mexiámos tão suavemente que eu fechei os olhos quando ele colou nossas testas. Sorri e deixei ele me movimentar para onde ele desejasse e então, ali, no meio da floresta, Jeon Jungkook começou a cantar baixinho enquanto nos dançávamos. E puxa, sua voz era tão doce e afinada. Cada letra enchia meu coração de amor; cada sopro de seu alito em meu rosto enquanto cantava, era cálcio para meus ossos. Estava tão embriagado com o grau de romantismo daquilo tudo que me impedia até de pensar direito. Mas a única coisa que fiz foi prestar atenção na melodia e quando tive certeza que conseguia, eu comecei a cantar baixinho ─ assim como ele ─ o acompanhando. Abri os olhos e vi que ele me observava com ternura. Encantado por eu acompanha-lo. Me sentia tão importante com o olhar de Jungkook sobre mim que fazia meu peito esquentar com tamanha adoração. Me olhava como se eu fosse a oitava maravilhosa do mundo.

Quando parou de cantar e me beijou tão gentilmente eu apenas o retribui sentindo ele me ditar sobre as rosas. Fiquei temendo de machuca-las então parei o beijo.

- Jungkook... as rosas ─ o olhei preocupado.

- Apenas lembre, seja gentil, esta bem?

- Sim.

E ali nós nos amamos, não transamos, fodemos, ou trepamos. Nós nos amamos, fizemos amor, com gentileza, carinho, afeto, amor, e romantismo. Não deixando que palavras faltasse para dizer o quanto nos amávamos. Não faltando palavras para eu dizer que ele era bom para mim. Não faltando palavras para dizer que eu era importante para ele, que ele me protegeria e que... minha nossa, nós nos casaríamos.

Eu amo esse homem de olhos vermelhos.

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