Você Não Soube Me Perdoar (Co...

By MariaVitoriaSantos1

409K 45.2K 12.5K

Série Você não soube - Livro VI Tudo que Luiza não queria era um amor, mas a vida sempre se encarrega de alg... More

Apresentação
Book trailer
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Lançamento
Recadinho
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Lançamento
Bônus
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Bônus
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Bônus
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31 - Penúltimo capítulo
Capítulo 32 - Último capítulo
Bônus
Epílogo
Agradecimentos
Livro da Agatha e do Daniel
Lançamento - Você não soube me amar

Capítulo 6

7.8K 1K 307
By MariaVitoriaSantos1

NOAH

Ajudo Luiza a pegar suas inúmeras malas. Acho que a mulher imaginou que estava se mudando para a Rússia. No nosso último dia no país ela praticamente me obrigou a ir as compras com ela, acho que nunca havia entrado em tantas lojas na vida.

― Quer me acompanhar até São Francisco? ― Convido-a.

Irei viajar ainda hoje para São Francisco, preciso visitar meus pais e irmãos.

― Gostaria, mas estou com saudades dos meus pais, e preciso descansar. Espero que tenha uma boa viagem, principezinho.

― Quer que eu te leve até sua casa? Posso fazer isso.

― Papai já está vindo me buscar. ― Luiza me abraça, plantando um beijo em meu pescoço, se afastando em seguida. ― Nos vemos daqui alguns dias, tenha juízo.

― Não faça nada que eu não faria.

― Aí já é demais, você é muito careta. Qual foi há última vez que ficou completamente bêbado? Ou isso nunca aconteceu?

― Está certa, nunca bebi a ponto de perder a consciência.

― Deixe-me ver qual foi a última vez que bebi a ponto de perder a consciência. ― Coloca a mão no queixo. ― Acho que foi há algumas semanas. Meu celular está tocando, acho que meu pai chegou. ― Encara a tela do celular que está em suas mãos. ― Sonhe comigo durante a noite. ― Grita, caminhando até a saída do aeroporto.

― Essa maluca está me ganhando. ― Sussurro para mim mesmo, ainda a observando ir até a saída.

Não posso em hipótese alguma me apaixonar por Luiza.

Desço as escadas da minha antiga casa, encontrando meus pais na sala.

― Venha, vamos tomar café da manhã, aposto que você está com fome. ― Mamãe se levanta, indo em direção a sala de jantar. ― Quando trará a moça que estava na viagem com você? Estou curiosa para conhecê-la.

― Mãe, não somos namorados, então não tenho motivos para trazê-la aqui.

― Tudo bem. Vai me dizer ao menos o nome dela? ― Nego. ― Acho que posso descobrir o nome dessa moça sem sua ajuda. Algo me diz que em breve terei mais netos.

― Nora ou Lorena estão desconfiando de uma possível gravidez? ― Sento-me ao seu lado na mesa que está posta com nosso café da manhã.

― Não, e a esposa de Anthony também não está grávida. Dessa fez é você quem me dará netos. ― Mamãe me serve com uma fatia da torta de limão, sorrindo pretensiosamente.

― De onde tirou isso?

― Desde que ouviu a moça quando ligou para você ela está com essa ideia maluca na cabeça. Pode se preparar para trocar fraldas, sabe que sua mãe nunca está errada. ― Papai se pronuncia, visivelmente me zombando.

― Mãe, quem sabe daqui alguns anos.

― Nada disso.

― Está bem, vamos mudar de assunto. Quando irão passar alguns dias comigo em Nova York?

― Em breve, afinal eu preciso conhecer a futura esposa do meu filho. Pode preparar a sua casa, chegamos na próxima semana. ― A convicção em seu tom de voz me assusta.

― Já disse que não somos nada.

Luiza ficaria furiosa caso dona Mirela a bombardeasse com suas perguntas sobre o nosso relacionamento inexistente.

― Essa desculpa não funciona comigo. Eu te conheço desde que você era um bebê chorão que só queria ficar agarrado a mim. Até o seu olhar está diferente, filho. ― Sorri, colocando a mão sobre a minha. ― Só espero que essa mulher não te magoe, caso isso aconteça eu farei questão de dar uns tapas nela.

― A controle, pelo amor de Deus, papai.

― Não posso fazer absolutamente nada, meu querido filho. Eu também acho que já está na hora de você se casar. ― Papai defende minha mãe, como já era esperado. Mesmo que dona Mirela esteja errada ele fica do seu lado, talvez esse seja o segredo para tantos anos juntos. ― Você já está ficando velho, e nunca nos apresentou nenhuma namorada.

― Por acaso você não gosta de mulheres? ― Mamãe pergunta, me fazendo engasgar com o café. ― Sabe que isso não mudaria nada do amor que eu e seu pai sentimos por você.

― Eu não sou gay.

― Tem certeza? ― Arqueia a sobrancelha.

― Claro que eu tenho. ― Bufo, irritado pela pressão de minha mãe para que eu encontre logo uma namorada. ― Se não apresentei nenhuma mulher para vocês é porque ainda não encontrei nenhuma especial. Não vou entrar em um relacionamento apenas por status, isso sempre esteve fora de cogitação. Irei ficar solteiro até encontrar alguém que ame e queira formar uma família.

― Nós criamos um príncipe.

Ao ver mamãe me comparar com um príncipe foi impossível não me recordar de Luiza.

Fecho o laptop depois de horas lendo contratos. Passei o dia inteiro absolto em papeis, pela lógica e deveria estar aproveitando essa pequena estadia na casa de meus pais para descansar, mas simplesmente não consigo. Já estou aqui há três dias, amanhã voltarei para Nova York, não posso me dar o luxo de passar tanto tempo afastado.

A vibração do meu celular me chama atenção. Pego a aparelho em mãos, estranhando ao ver o nome da Luiza estampado na tela.

― Boa noite! ― Atendo a ligação receoso, não sabendo o que esperar de Luiza.

― Advinha onde estou?

― Em uma balada?

― Não. Estou te aguardando em um hotel no centro da cidade.

― Está brincando comigo?

― Não tenho mais idade para ficar fazendo essas brincadeiras sem graça. Já te enviei a localização, espero que não demore. Até mais, principezinho. ― Encerra a ligação.

Desço as escadas em um tempo recorde, encontrando minha mãe sentada no sofá, com um livro em mãos.

― Posso saber onde vai tão tarde?

― Estou indo encontrar alguns amigos. ― Minto. ― Não me espere voltar, creio que chegarei um pouco tarde.

― Amigos? ― Aceno que sim, pegando a chave do carro que estava sobre a mesinha de centro. ― Você é péssimo para mentir. Então a mulher veio até aqui te encontrar? As coisas entre vocês estão ficando realmente sérias, quem sai de outro estado só para encontrar alguém que veria daqui dois dias? ― Olho-a sem entender. ― Eu sei que ela trabalha com você, afinal estava em sua companhia na viagem para a Rússia, e até onde sei, essa era uma viagem a trabalho. Estou velha, mas não burra, meu filho.

― Já estou indo, te amo. ― Beijo sua testa.

― Se divirta, e tenha bastante juízo. E o mais importante, a trate como uma princesa.

― Pode ficar tranquila, eu a tratarei como uma verdadeira princesa.

Dirijo em alta velocidade até o endereço que Luiza me passou, enquanto mil pensamentos tomavam conta da minha mente. Será que minha mãe estava certa quando disse que as coisas entre nós estão ficando sérias?

Estaciono o carro em frente ao luxuoso hotel, e sorrio como um idiota ao vê-la me aguardando na entrada. Saio do carro, caminhando em sua direção. A mulher está perfeita vestindo um vestido preto, bastante curto por sinal.

― Você realmente veio. ― Enlaço os braços na sua cintura.

― Eu não sou de mentir. ― Fixa seu olhar em meus olhos.

Só consigo focar em sua boca perfeitamente desenhada que o batom vermelho evidenciou ainda mais.

― Sentiu saudades? ― Pouso uma mão em seu quadril.

― Claro. ― Sorri fraco. ― Estava ocupado?

― Não, e se estivesse também não seria um problema.

― Sou como uma prioridade?

― Digamos que sim. ― Confirmo, segurando em sua mão, guiando-a até meu carro. Abro a porta, a ajudando entrar. Dou a volta, ocupando o banco do motorista. ― Conhece a baía de São Francisco?

― Não, me leve até lá. ― Morde o lábio inferior, descansando a mão esquerda em minha coxa. ― E você, sentiu minha falta? Ou ao menos sonhou comigo?

― Poderei te provar quando voltarmos da baía. ― Coloco a mão sobre a sua entrelaçando nossos dedos, aproveitando que estamos parados no sinal vermelho.

― Poderei experimentar o vinho em você novamente?

― Quantas vezes terei que repetir que sou todo seu?

― Adoro ouvir isso. Acho que comprarei um gravador. ― Luiza arqueia o corpo, aproximando nossos corpos. Ela passa os lábios sobre os meus, deixando que eu sinta o calor de sua pele em contato com a minha. ― Não acha que nos encaixamos bem?

― Perfeitamente bem. Quer que eu escolha um restaurante para jantarmos?

― Prefiro comprar uma boa comida japonesa e comermos no quarto em que estou hospedada. Pode ser?

― Seu desejo é uma ordem, senhorita.

― Vou me aproveitar dessa frase. O que acha de me dar uma passagem para um cruzeiro nas minhas férias?

― Posso te presentear, desde que eu vá com você.

― A sua presença seria como um bônus especial. Passar alguns dias dentro de um navio com um homem como você é o sonho da maioria das mulheres.

Levar Luiza até a baía de São Francisco foi especial, pela primeira vez passamos horas juntos sem estarmos transando, mas sim conversando sobre tudo. Aprecio a sua companhia na cama e fora dela.

Me sirvo com uma pequena quantidade de vinho, sentando ao lado de Luiza na cama de casal. Viemos para o hotel onde ela está hospedada, e como ela pediu, o nosso jantar foi comida japonesa.

Puxo-a para os meus braços, aproveitando para abrir o zíper do vestido, retirando a peça em seguida, a deixando apenas com uma lingerie vermelha, que dá um contraste primoroso com sua pele clara.

― Posso te conhecer mais um pouquinho. ― Pede, bebericando o vinho, ela já está na terceira taça.

― Claro, mas quero direitos iguais.

― Qual a sua comida favorita? ― Pergunta, deitando a cabeça nas minhas coxas, permitindo que eu brinque com os longos fios castanhos de seu cabelo.

― Gosto de panquecas com mel. E qual a sua comida favorita?

― Bolo de chocolate recheado com morangos. Um país ou estado que sente vontade de conhecer?

― Tailândia, e você?

― Havaí.

― Por que Havaí?

― Acho as praias maravilhosas, e eu particularmente amo lugares assim. Se quer me deixar feliz basta comprar uma viagem para algum país praiano. Quando eu era criança papai e mamãe costumavam me chamar de peixinho.

― Qual a principal diferença entre você e sua irmã? ― Pergunto, passando o polegar por sua bochecha, gravando os traços delicados.

― Manuela é meiga, gosta de receber atenção, dificilmente faz coisas erradas, e ela também não curte muito roupas curtas. ― Faz uma careta, pegando um morango. ― Somos o oposto na personalidade. Ela já está casada e tem uma filha, enquanto eu ainda moro com meus pais.

― E por que ainda mora com seus pais?

― Eu tenho meu apartamento, mas fico pouquíssimo tempo lá. Sou bastante apegada aos meus pais, é complicado cogitar a possibilidade de ficarmos distantes por muito tempo. ― Morde a fruta pensativa. ― Talvez esteja mesmo na hora de buscar definitivamente a minha independência, só preciso de uma dose de coragem. Quando soube que era o momento certo? Chega a ser vergonhoso uma mulher de vinte e cinco anos de idade estar te fazendo uma pergunta tão tola como essa.

― Não é vergonhoso. Temos tempo diferentes. ― Foco nos seus olhos castanhos, que estão fixos em mim. ― Sai de casa aos dezoito anos por conta da faculdade, isso me ajudou bastante. As primeiras noites longe dos meus pais foram terríveis. E ainda passei meses vivendo a custa de fast foods, pois não sabia cozinhar.

― Aprendeu cozinhar? ― Meneio a cabeça em concordância. ― Qualquer dia desses eu quero que me convide para jantar na sua casa, quero ver se cozinha bem.

Planos para o futuro vindos da Luiza me assustam, talvez nem metade deles sejam realizados. Sinceramente, nunca sei o que esperar dessa mulher. De forma alguma eu havia imaginado que ela viria até São Francisco me encontrar.

Retiro meu celular do bolso da calça ao senti-lo vibrar.

Remetente: Mãe

Eu sei que não voltará para casa esta noite. Boa noite, e diga a mulher que está com você que também desejei boa noite a ela. Durma bem...

― Disse a ela que viria me encontrar? ― Pergunta encarando a tela do celular.

― Não, ela descobriu sozinha.

― Devo ter medo?

― Bom, eu teria.

― Está dizendo isso para me assustar?

Luiza senta em meu colo, amarrando os cabelos em um coque frouxo, deixando o pescoço livre para receber meus beijos.

― Senti falta dos seus lábios em meu corpo. ― Confessa à medida que distribuo beijos em seu pescoço.

― Está viciada em mim, afinal nós estamos longe um do outro há apenas três dias. ― Abro o fecho do sutiã, removendo-o. ― Eles são perfeitos. ― Massageio seus seios.

― Como senti falta... ― Sussurra gemendo.

♥️


__________________________________
Espero que gostem do capítulo.💙

Amanhã o Oliver chega na Amazon!

GOSTARAM DA ATITUDE DA LUIZA?

Entrem no grupo do Facebook: Autora Maria Vitória Santos.

Beijinhos e até o próximo...😘😘😘

Continue Reading

You'll Also Like

8.5K 902 13
Olivia tinha a vida considerada perfeita pela imprensa, bonita, casada, dona de uma empresa em ascensão. Até o dia que recebe a notícia que seu marid...
128K 18.6K 73
O LIVRO 1 E 2 SERÃO POSTADOS AQUI! A história de Bruno Rodriguez e Pamela De La Torre Sinopse livro 1: Bruno Rodriguez é o braço direito do chefe da...
49.2K 3.3K 40
Uma história de amor é realmente o suficiente para manter um casamento vivo entre duas pessoas imperfeitas? Quando uma música começa, a melodia é per...
223K 21.7K 41
[Este livro não retrata a realidade nua e crua das favelas, é apenas uma história fictícia com o intuito de entreter] Após passar 72 horas como refém...