Primrose ➶ Edward Cullen

By misswoodsday

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❝Prim sabia que Edward Cullen jamais olharia para ela como olhava para Bella Swan, mas isso não dizia nada ao... More

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By misswoodsday

O longo corredor terminava em uma sala ampla que fez a boca de Prim se abrir em surpresa, sua mãe deu dois tapinhas leve em seu queixo acompanhados de uma piscadela e Prim fechou a boca, enquanto observava as diversas telas agrupadas na parede oposta à entrada. Algumas exibiam imagens de monitoramento do lado de fora da casa, até uma certa distância da floresta e da rodovia. Outras, exibiam pequenos pontinhos coloridos que vagueavam rapidamente por um mapa verde e sem descrição. 

— Ual! — Prim murmurou, ainda surpresa, aproximando-se da tela e olhando os pontos coloridos moverem-se rapidamente através da tela que se dividia em seis, mostrando cada ponto em uma determinada localização. — Isso é o que eu estou pensando?

— Eles estão nos celulares, antes que pergunte. — Sua mãe disse, aproximando-se também e levando os dedos aos rastreadores. — Carlisle, Esme, Edward, Alice, Jasper, Papai, estes somos eu e você. E este, é Isabella. — ela apontou para os três últimos pontos na tela e Prim percebeu surpresa que Bella também tinha um rastreador na família. Isso aqueceu seu coração, era bem legal que sua mãe tivesse se preocupado com Bella, desde que ela claramente não gostava da garota.

— Mãe, isso é maluco. Eu nunca imaginei que vocês teriam algo assim no porão, é tipo, como um desses vídeos em que os lunáticos se preparam para o fim do mundo. 

— Não seja exagerada. — Rosalie riu dando um tapinha em sua nuca. — Nós apenas pensamos em todas as possibilidades para te proteger.

— Ual! — Prim cantarolou novamente, olhando ao redor. Notou ao sul um cômodo grande que revelava a ponta de uma cama coberta com uma colcha vermelha simples, na extremidade oposta estava uma pequena sala conjugada com cozinha, na ilha que dividia os dois cômodos estava Bella. Apoiada sobre as mãos olhando ao redor com o mesmo interesse que Prim, e ao lado do pequeno cherish estava uma porta que Prim imaginou ser um banheiro. — Vocês por acaso achavam que eu fazia parte da Bratva? — a ruiva gargalhou, jogando o cabelo para trás e fazendo uma expressão concentrada. — Talvez eu fosse o bebê do chefe da máfia, hein?

Rosalie riu, tocando seu cabelo com as mãos e negando com a cabeça. — Não, meu bem. Mas defendemos você, nossa humaninha frágil e delicada. E no fim das contas, foi útil, uh?

— Isso me faz sentir como um cão. — Prim franziu as sobrancelhas fazendo piada e Rosalie riu adoravelmente sentando-se sobre a poltrona em frente as câmeras. A maior tela exibia a porta do subsolo e Prim estremeceu com o pensamento do rosto pálido e loiro de James surgindo na tela.

Ela se encaminhou para a bancada, onde Bella distraidamente puxava os fios de seu blusão de lã e observa a mesa sem nenhum interesse aparente. 

— Você está nervosa? — ela questionou de repente, fazendo com que Prim erguesse os olhos em sua direção. 

Bella achava que Prim era uma dessas pessoas das quais você não conseguia ficar zangada por muito tempo, porque havia algo de encantador sobre ela. E embora Bella realmente estivesse chateada com Primrose sendo o motivo de seu término com Edward, ela ainda não conseguia desgostar da ruiva completamente. Ela lembrou a si mesma que tinha todo o direito de estar chateada e apesar de ambos estarem claramente envergonhados, não pareciam necessariamente arrependidos de suas ações. Isso enviou uma onda amarga para seu estômago e Bella sentiu como se estar ao lado de Prim fosse demais, ainda que mesmo assim sentisse a necessidade de estar ali.

É claro que olhando para ela agora, ela sentia um pouquinho de inveja. Porque ela definitivamente queria algo assim para a sua vida, um lugar que fosse tão dela que se tornasse inabalável. Pessoas que a amassem tão completamente que moveriam o mundo por ela sem medidas.

 Bella sabia, ela tinha seus pais e eles com certeza o fariam de forma imediata, se necessário. Mas era diferente. Porque Primrose tinha Edward. E Bella nunca conheceu alguém com a capacidade de amar como ele. Um suspiro escapou de si mesma enquanto observava os traçados da blusa cor de creme, a conformidade escorrendo para dentro dela lentamente. Ela havia perdido, mas se fosse ser sincera, jamais imaginou que teria alguma chance.

— Preocupada. — Prim respondeu pegando um copo de água e levando aos lábios, sua voz tirou Bella dos próprios devaneios e a morena ergueu os olhos, observando as rugas que surgiam na testa de Primrose. — Mas estamos seguras com a minha mãe, Bella. Ela faria o inferno se abrir antes de deixar algo acontecer conosco.

Bella suspirou, lançando um olhar duvidoso para a loira estonteante sentada na cadeira giratória. — Bem, talvez por você.

— Não mesmo, minha mãe não é assim. Você não conhece o tamanho da compaixão dela por qualquer alma viva.

Bella exasperou, voltando a olhar para a ruiva à sua frente. — Você não pode me culpar, de qualquer forma, ela não parece gostar muito de mim desde... bem, desde sempre acredito.

Prim apertou os lábios, enquanto estendia um novo copo para Bella e colocava duas colheres de açúcar na água. — Minha mãe não gosta de você porque você estava jogando para o alto tudo o que você tem, Bella. E tudo isso por um cara que, me desculpe por dizer isso, não te ama como deveria. 

— O que quer dizer? 

— Bem, nós duas sabemos que Edward pode ser um cara tão confuso quanto um adolescente na puberdade... — Prim ouviu o riso da mãe do outro lado do cômodo e recebeu um breve sorriso de Bella. — Mas isso é porque bem, ele jamais teve essa experiência antes.

— Namorar?

Prim mordeu a bochecha, pensativa. — Acho que se apaixonar. Eu soube que Edward já teve algum envolvimento uma vez com Tania Denali.

— Tânia Denali? Quem é essa?

— Ah, uma vampira loira, alta e simpática. Ela é linda de arrasar! — Prim bufou fazendo um gesto de mãos. — Provavelmente eu viraria gay se houvessem chances de Tânia me querer. 

Bella riu com as bochechas corando. — Mas o que isso tem haver com... Hum, Rosalie? 

— Embora minha mãe não tenha gostado de você no início pelo perigo que você representava à nossa família, isso só piorou quando percebemos sua dependência e sua inclinação clara em se tornar uma vampira. Claro que te consideramos uma amiga querida, alguém da família... Mas, isso não é e nunca será saudável pra você, Bella.

— Eu sei, é claro. — os ombros de Bella caíram conforme ela se apoiava na bancada, deixando o cansaço aparente em seu rosto branco demais. — É só que... Eu nunca fui aceita em lugar nenhum, entende? Eu acho que eu poderia ser bonita, sensual ou divertida, mas eu não sou. Esta sou eu, Prim e não há nada que eu faça que possa mudar quem eu sou. Ainda que eu ria o dia todo, brinque e finja ser extrovertida, no fim do dia, ainda serei eu. Sem jeito, envergonhada e com dois pés esquerdos.

— Ter dois pés esquerdos é charmoso, Bella. 

— Mas eu nunca acreditei nisso, eu sei que é vergonhoso. Todas as garotas pregam sobre auto estima e amor próprio, sobre liberdade e ser você mesma... Mas você tem ideia do quanto é difícil ser assim? Você jamais entenderia porque é natural para você, Prim.

— Bem, eu entendo.

Bella balançou a cabeça com um breve sorriso. — Eu duvido muito. Você é assim e somos completamente opostas. Você se impõe, se diverte, você fala em russo e o mundo cai aos seus pés porque você tem esse charme natural que leva todos a te ouvirem. 

— Isso soa como se eu fosse manipuladora. 

— Oh não! Prim! — Bella murmurou pegando a mão da ruiva entre às suas. — Eu admiro você, é sério. Você é forte, é inteligente e especial. Eu gostaria tanto de ser sua amiga, mas nesse momento eu estou sendo a pior pessoa do mundo. Eu gostaria de ter tudo o que você tem e acredite, eu me envergonho disso. Eu só... Desculpe, Prim. Não quero soar como uma vítima, ou nada do tipo, eu só gostaria de explicar para você o quanto somos diferentes e o quanto é difícil para mim dar crédito à mim mesma. Mas é sério, eu vou trabalhar nisso.

Prim suspirou pacientemente antes de dizer qualquer coisa para a garota à sua frente. — Você é humana, Bella e eu te entendo. Sério. Eu não sei como é ser você, assim como você não sabe o que é ser eu. Mas, acredite em mim quando eu digo que existe beleza em tudo, Bella. Inclusive em ser humana, comum e desastrada. — A ruiva gesticulou em direção à Bella. — Eu aposto que você não repara como é fofa, delicada e como é a pessoa mais doce e gentil que já conheci.

— Oh, obrigada. — Bella murmurou sem graça com os elogios repentinos, seu nariz de franziu, porquê jamais se imaginou como fofa ou delicada. Mas ela sabia reconhecer as próprias qualidades e sabia que era doce e gentil, apesar dos tropeços em toda sua vida e da responsabilidade precoce, Bella sabia que era uma garota legal.

Prim bufou, apertando os dedos da morena entre os seus. — É sério, se veja com os nossos olhos, Bella. Você se achará incrível. Humana, fraca, com bochechas sempre vermelhas e dois pés esquerdos. 

Bella balançou a cabeça, encarando-a. — Então você não quer se transformar um dia?

— Bem, talvez eu queira um dia. Meu motivo sempre foi o medo aterrorizante de perder aqueles que eu amo, mas afinal, o que é a morte, se não uma escala? Eu nunca pensei sobre isso detalhadamente após os meus dez anos de idade!  — Prim deu uma risadinha e suspirou — mas sei com certeza que eu gostaria de aproveitar a minha vida o suficiente antes de ficar velha demais para namorar Edward sem parecer a mãe dele. 

Ambas riram baixinho antes de Rosalie surgir à vista com a expressão preocupada. Sua mãe estava com o telefone ao ouvido e se colocava defensivamente em frente às duas, olhando para a porta com preocupação. 

 Prim se aproximou de Rosalie, tocando o braço da vampira e perto o suficiente para ver na tela  plana de tv a presença imponente de James rodeando a sala de estar. Ele olhava ao redor como se soubesse que algo estava errado e quando Rosalie levou os dedos aos lábios, as duas assentiram com a cabeça ainda que Prim soubesse que seu coração e provavelmente o de Bella também, poderiam ser ouvidos há uma distância considerável. 

— Carlisle, não deu certo. Ele está aqui. — Prim ouviu as palavras sussurradas da sua mãe e em seguida a ligação foi encerrada e Prim pulou quando uma pancada soou na porta. — Vocês duas, entrem no quarto e ativem todas as trancas.

— Mamãe, vem comigo. 

— Primrose, agora. 

— Mãe... 

Rosalie rosnou, virando-se e puxando o rosto de Prim entre ambas as mãos. Os olhos aflitos dela avançaram para o rosto de Prim, examinando cada detalhe do rosto da filha. Rosalie puxou Prim para seus braços, apertando-a suavemente antes de empurrá-la em direção ao quarto. 

— Faça algo decente, Isabella. Mantenha-a lá. — ela urrou para Bella, que atordoada e de olhos arregalados puxou a mão de Prim levando-a para o quarto. 

— Vem, Prim. — ela sussurrou nervosa enquanto a ruiva ainda lançava um olhar preocupado para a mãe, que se colocava em posição defensiva. 

— Vai ficar tudo bem, Prim. Não se desespere. — Bella apertou seus ombros suavemente e Prim assentiu soltando um suspiro, Bella girou a chave do quarto e refez todas as trancas como Esme havia lhe ensinado mais cedo, quando a apresentou àquele subsolo assustador.

Prim bufou, chamando sua atenção e Bella suspirou antes de se sentar ao lado da garota e respirar fundo, unindo suas mãos delicadamente. Prim lhe deu um olhar agradecido, suavidade surgindo em seu rosto no momento em que Bella lhe deu apoio, ela achou que talvez já fossem horas que elas estivessem ali naquele quarto. Bella, ao contrário do que era esperado, estava sentada calmamente e apesar de torcer os dedos em seu colo, a morena parecia muito mais calma do que Prim. 

Nenhum som era ouvido do lado de fora e mais de uma vez ela se inclinou contra a porta em busca de ouvir algo. 

— Eu vou sair. — ela sussurrou para Bella.

— Está maluca?! — Bella agarrou sua mão, puxando-a para trás. — Isso é ridículo.

Sem lhe dar ouvidos Prim abriu os armários furiosamente, encontrando um jogo de roupas esportivas que pelo tamanho pequeno certamente pertenciam à sua tia Alice. 

— Primrose! — Bella sussurrou antes de Prim passar a blusa pelos braços e retirar o próprio moletom. — O que está fazendo?

— Eu estou usando algo que tem o cheiro da minha tia. — explicou passando os braços pelo moletom azul. — Dessa forma, não vou deixar um rastro tão evidente.

— Prim, não vá. — Bella suplicou tentando parar a garota. — Isso é suicídio, a gente não pode lidar com alguém como ele.

— Tem razão, Bells. Por isso quero que fique aqui dentro. — Prim se abaixou calçando os tênis novamente. — Não saia por nada, se ele não estiver mais por perto, eu vou tentar falar com Raghe para irmos para algum lugar seguro.

— O que está dizendo? Sua família..?

Prim suspirou, os olhos marejados observaram o rosto aflito da morena. — Eu vou ficar bem, aprendi muito com tio Jasper. Apenas... Fique aqui, seu cheiro pode enlouquecê-lo se ele estiver lá ainda, você sabe.

— Prim...

A ruiva respirou fundo antes de digitar o código de segurança da porta e girar a maçaneta. 

— Espere! — Bella empurrou a porta novamente, colocando-se em frente a Prim. — Eu vou com você, encontre algo para mim como fez com você.

— Bella, você é maluca?!

— Bem, se você vai, eu vou. — Ela empinou o nariz. — Somos amigas e um garoto não vai ficar entre nós, não vou deixá-la sair sozinha para encontrar um vampiro sádico. 

— Bem, então nós duas vamos morrer!

Bella apertou os lábios rigidamente. — Que seja, mas vamos as duas. Juntas. 


+++

Oi gente, levei muito tempo né? Eu sei. Eu espero que vocês possam ma desculpar.

O que acharam desse capítulo?

Ah, nossa pequena Primrose não sendo tão perfeita como vocês acham, hein? Gente, eu vejo que vocês AMAM a Prim como se ela não tivesse defeitos, mas então né? A bicha tem, e tem de montes. Eu amei a Bella nesse capítulo, porque ela é amorosa, sensível e tem tanto respeito pelas pessoas.

Sério, eu achei ela um doce. Acredito que são só nos livros que as coisas desandam mesmo, porque enfim, aqui a Bella não é tão odiável e na verdade, ela é meio que a vítima né?

Espero que vocês tenham curtido, prometo voltar a postar com frequência. É isso ♥


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