SUPER-KATY: QUEBRANDO TUDO!

By fonsecafabs

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Karol Costello é uma garota como todas as adolescentes, apenas tentando vencer o ensino médio um dia de cada... More

AOS LEITORES
SISTEMA ESTELAR DE OKULAN, 14HRS45MIN
CAPÍTULO 1 - KAROL
CAPÍTULO 2 - BOLA DE FOGO DESCENDO DO CÉU
CAPÍTULO 3 - A VOZ DENTRO DA CABEÇA
CAPÍTULO 4 - UM PLANO PÓS-LIBERDADE
CAPÍTULO 5 - KAROL CONHECE ATYORI
CAPÍTULO 6 - UM ATAQUE SEM SUCESSO
CAPÍTULO 7 - VISÕES DE OUTRA VIDA
CAPÍTULO 8 - TROCA DE MENTES
CAPÍTULO 9 - OS SUPERPODERES
CAPÍTULO 10 - ENTRANDO EM AÇÃO
CAPÍTULO 11 - HOLOFOTES
CAPÍTULO 12 - OLHOS NO FUTURO
CAPÍTULO 13 - TENSÃO PÓS-SUPERPODERES
CAPÍTULO 14 - O TREINO
CAPÍTULO 15 - AS MEMÓRIAS DE ATY
CAPÍTULO 17 - PERCEPÇÃO
CAPÍTULO 18 - UMA TENTATIVA QUE DÁ CERTO
CAPÍTULO 19 - CHEGANDO LÁ
CAPÍTULO 20 - METEORITO NO SAPATO
CAPÍTULO 21 - UMA SURPRESA NO TREINO
CAPÍTULO 22 - O CHAMADO
CAPÍTULO 23 - MEDO
CAPÍTULO 24 - QUESTIONAMENTO
CAPÍTULO 25 - COMANDO
CAPÍTULO 26 - ENTENDIMENTO
CAPÍTULO 27 - TRAJE DE BATALHA
CAPÍTULO 28 - QUEBRANDO TUDO
CAPÍTULO 29 - SUPER-KATY
SISTEMA SOLAR TERRÁQUEO, 18HRS23MIN

CAPÍTULO 16 - HUGO TRAZ ALGUNS PRESENTES

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By fonsecafabs


- Nem adianta vir com o papo de que não quer treinar os poderes. - Hugo disse quando Karol apareceu na porta de sua casa naquele sábado com uma expressão de desanimo no rosto.

Karol passou por ele e ficou olhando para as escadas que levavam ao segundo andar e logo depois para a entrada da cozinha, para ter certeza de que não tinha ninguém ouvindo os dois conversarem.

- Tanto faz... - ela disse e se virou olhando para ele. - Por que pediu que eu viesse de vestido hoje?

Ele abriu um sorriso estranho que fez Karol decidir que já não havia gostado do motivo, mesmo antes que ele falasse qualquer coisa.

- Eu gosto de usar essa roupa - Atyori falou de repente pelo telefone, ela tinha ficado o caminho todo em silêncio então sua aparição repentina fez com que Karol levasse um susto. - Não seria uma boa escolha em uma batalha, mas dá uma sensação de liberdade.

Karol se viu balançando e fazendo o vestido florido e rodado se agitar. Atyori fizera com que ela fizesse aquilo por todo o caminho.

- Eu tenho algo para vocês, preciso pegar no meu quarto. Vão para o campo na minha frente! - Hugo falou e saiu correndo escada acima antes que uma delas pudesse dizer qualquer coisa.

Ela então seguiu pelo corredor em direção à porta dos fundos que levava para a Oficina e ao invés de entrar, ela seguiu pela propriedade indo na direção da clareira onde haviam treinado no último final de semana.

- Quer correr um pouco? - Atyori falou, e sem dizer nada Karol começou a mexer as pernas mais rapidamente, sem quase sentir o corpo arrepiando ao entrar no modo de combate.

Era realmente muito bom correr naquela velocidade, as pernas agindo com toda a força sem que ela se sentisse cansada, o vento entrando entre as mechas de seu cabelo, o vento gelando o rosto. É claro que tinha o fato do vestido estar subindo e mostrando o short cor nude que ela estava usando por baixo, mas como não tinha ninguém olhando ela nem se importou.

Elas entraram no meio da mata, o raciocínio parecia agir tão rápido quanto seu corpo e então desviavam das árvores que apareciam em seu caminho sem nenhuma dificuldade.

Quando chegaram à clareira continuaram correndo até o ponto central e enquanto Karol pensou em parar, Atyori fez com que ele flexionasse os joelhos e com o impacto da corrida ela pulou. Karol se viu subindo cada vez mais alto, de repente estava acima da copa de todas as árvores em um raio de cem metros dela.

Um, dois, três, quatro... Os segundos continuaram a passar e ela ainda estava lá, flutuando no céu, vendo os grandes prédios ao longe, a cruz de cimento em frente à Catedral central, a marquise da sede da FLORATEC, as pessoas andando na rua como se fossem pequenas demais...

Foi então que Karol abaixou a cabeça e percebeu que estava muito alto, ela começou a cair, balançando os braços e acabou segurando no fio do telefone e o jogando longe.

"Tenta cair e rolar!" Atyori gritou em sua cabeça, mas Karol não conseguia fazer nada com seu corpo, então ela colocou os braços na frente do rosto e gritou quando os pés atingiram o chão. Em seguida ela bateu com as costas e começou a gemer com a dor que se espalhava por todo o corpo.


Hugo vinha andando apressado pelas árvores, ele trazia todo animado uma sacola escura jogada sobre ombro direito e estava entrando na clareira no exato momento que Karol caiu no chão e bateu com as costas.

- Karol! - Ele gritou correndo até ela e se abaixou ao seu lado, com as mãos pairando sobre seu corpo com medo de tocá-la e machucá-la ainda mais. - O que aconteceu?

- Nós estávamos voando... - ela disse entre gemidos de dor, seus cabelos estavam rosa, o que indicava que ainda estava no modo de combate. - E então caímos.

- E o que eu faço? - Hugo estava quase gritando. - Chamo uma ambulância?

- Não... não faz nada. Minha mãe surtaria.

A respiração dela estava diminuindo a frequência, o corpo parecia estar relaxando. Karol não sabia como aquilo estava acontecendo, e decidiu que não pensaria no assunto naquele momento, mas a dor estava diminuindo. Não era do nada, e sim gradativamente, mas ainda assim rápido demais para o que o corpo humano era capaz de fazer.

- A dor tá passando. - Ela disse e esticou o braço para que Hugo a ajudasse a se levantar.

- Rápido assim? - Ele segurou na mão dela e colocou a mão sobre suas costas, com medo de que ela caísse.

"O modo de combate pode acelerar o fator de cura, mas nunca aconteceu tão rápido assim" Atyori falou e Karol se lembrou do dia do assalto na cafeteria em que um dos bandidos dera um soco em seu rosto e depois ela nem mesmo se lembrou do ocorrido "acho que essa é outra coisa que a energia da esfera 'nos deu'" Karol quase podia imaginá-la fazendo aspas com os dedos.

- Coisa da bola de energia, teoria da Atyori. - Karol explicou para Hugo. - O que tem na sacola?

Hugo ainda estava meio assustado com o que acabara de acontecer e levou uns dois segundos para se lembrar do que ela estava falando.

Ele andou até onde tinha deixado a sacola e Karol o acompanhou, a primeira coisa que ele tirou foi uma roupa preta de borracha, do tipo que o pessoal usava pra fazer mergulho.

- Veste isso! - Ele falou jogando a roupa para ela, Karol a deixou cair no chão.

- Por quê?

- Eu quero testar algo, por isso falei pra vir de vestido.

Karol revirou os olhos para ele e o disse para ficar de costas. A roupa era totalmente justa e como as pernas eram cortadas no tamanho de um short, ela sentiu um pouco de incomodo por suas coxas ficarem apertadas.

- Pronto. - Disse para Hugo enquanto dobrava o vestido e o colocava sobre os tênis no chão.

Hugo se virou e a encarou, todo sério.

- Ótimo, agora eu quero que você eletrize todo o seu corpo.

"Ele quer o quê?" Atyori praticamente gritou em sua cabeça.

- É que eu pensei que nas vezes que vocês utilizaram os raios, suas roupas talvez tenham se queimado um pouco - ele disse quando viu a expressão de Karol. - Eu quero ver se isso realmente acontece, e até que ponto os raios podem interagir com o que toca seu corpo!

Karol respirou fundo. "Seria realmente bom a gente entender isso" Atyori falou e Karol pensou que ela tinha tendência a concordar com o que Hugo falava.

- Tudo bem, Hugo, eu vou ignorar o fato de que você está nos usando como cobaia para os seus testes. - Karol falou e no mesmo momento Hugo abriu um sorriso de orelha a orelha.

Ela caminhou um pouco para longe do amigo e esticou os braços e as mãos, os dedos apontando para o chão. Fechou os olhos e diferente das outras vezes quando sentiu uma pequena vibração no corpo e a força da eletricidade nas mãos, dessa vez ela ofegou com o tremor que passou por todo o corpo.

Hugo sabia que nunca deixaria de ficar surpreso com aquilo. Ele arregalou os olhos ao ver os raios girando pelas mãos, pernas e até mesmo no rosto de Karol; quando ela abriu os olhos pequenos raios estalaram em suas pupilas e Hugo começou a rir, mas parou de repente ao ver que a roupa preta de borracha começara a soltar fumaça.

- Para agora! - Ele gritou e no mesmo momento os raios sumiram do corpo de Karol. - Tire a roupa, rápido.

Só quando Hugo gritou que Karol percebeu que estava saindo fumaça do seu corpo. Ela então começou a gritar e pular, e incrivelmente não conseguia alcançar a fita do zíper para abrir a roupa.

- Me ajuda! - Ela gritou para o amigo, Hugo correu até ela.

No susto Karol tirou a roupa e nem se importou que Hugo visse seu sutiã branco com desenhos de corações.

- Algo grudou na sua pele? - Ele perguntou assustado.

- Não, eu acho.

"Não estou sentindo nada, estamos bem" Atyori a tranquilizou.

- HUGO NÃO ME OLHA! - Ela gritou ao ver que ele estava olhando para seus ombros, provavelmente avaliando se estava tudo bem com ela.

- Eu não tava olhando para eles! - Hugo disse já de costas.

"Eles?" Atyori perguntou.

- Meus peitos.

- Eu não olhei! - Hugo gritou.

- Eu tô falando com Atyori, vai pra lá para que eu pegue meu vestido.

Hugo andou de volta para onde a sacola preta estava e se abaixou pegando outro objeto enquanto Karol se vestia rapidamente.

- Tá, agora eu quero que você teste outra coisa - ele disse se virando depois que ela avisou que já estava vestida novamente.

Em suas mãos Hugo segura o que pareciam aqueles anéis ligados a pulseiras com pequenas correntes, só que o objeto era todo feito com fios de cobre.

- Eu chamo de pulseira condutora - ele explicou. - me deixa colocar na sua mão.

Ele se aproximou dela e a ajudou a colocar na mão direita, enfiando os dedos nos anéis de cobre.

"Os fios vão ajudar se usarmos o raio" Atyori falou, Karol sentiu que ela sorria.

- Como se fosse um alvo de uma arma. - Karol falou completando o raciocínio de Atyori.

- Aposto que Aty falou a primeira parte dessa frase! - Hugo disse sorrindo. - Agora se vira e tenta acertar um raio no chão, em um ponto reto.

Karol fez o que Hugo mandara: ficou de costas para ele e levantou o braço com o punho fechado mirando um ponto à frente no chão. A vibração voltou ao seu corpo e quando o raio saiu da sua mão, correu em linha reta até o ponto que ela estava mirando.

- Eu sabia! - Hugo gritou batendo palmas e dando saltinhos, Karol se virou olhando sorrindo para o amigo. - E conseguir fazer isso resolve totalmente a questão do último objeto que eu trouxe.

Ele se abaixou e tirou da sacola uma caixa de metal parecida com aquela que Karol acabara queimando.

"Ele conseguiu construir o sinalizador sozinho?"

- Atyori está perguntando se você conseguiu fazer o sinalizador?

- Mais ou menos, eu usei quase que a mesma configuração que você usou naquela outra caixa - ele disse encarando Karol, mas falando para Atyori. - E enquanto construía eu percebi que o problema de funcionamento estava na fonte de energia! A gente nunca conseguiria fazer um sinalizador como esse funcionar colocando ele na tomada, e muito menos com pilhas D2!

- E então você teve a ideia para a pulseira condutora! - Karol falou, demorou um segundo para que ela percebesse que tinha verbalizado um pensamento de Atyori.

- Sim, eu estava pensando em um meio de conduzir os raios de uma forma que não fugisse do controle de vocês e... pow! A ideia simplesmente surgiu.

Ele começou a andar até o centro da clareira e Karol o seguiu. Hugo estava tão animado que nem parava de sorrir.

- Então eu peguei algumas baterias de uns notebooks velhos e as interliguei com fio de cobre e conectei ao ponto central do sinal. - Ele colocou a caixa de metal no chão. - Agora só será necessário que vocês eletrizem a caixa, a energia que colocarão nela deve funcionar por alguns dias, mas se a patrulha não nos encontrar até lá é só eletrizar novamente.

Ele parou olhando sorrindo para Karol.

- Agora?

- Por favor!

Ele nem se afastou dela para se proteger, de tão confiante que estava na sua invenção, e Karol não achou que fosse necessário mandar que ele saísse de perto. Ela simplesmente apontou o punho fechado para a caixa e deixou que os raios saíssem indo em direção a ela.

Em primeiro momento uma luz amarelada saiu no circulo que ficava no topo da caixa indo em direção ao céu, mas então diminuiu a uma minúscula linha de energia que, ao sair do modo de combate, Karol percebeu que seria visível apenas para ela e Atyori quando estivessem com a visão apurada.

- Então garotas, quem quer assistir um filme e comer um sanduíche? - Hugo disse, ainda todo animado.

- Só se for de peito de peru. - Karol disse se virando e seguindo o amigo.

Enquanto andava ela sentiu a pressão dos pensamentos de Atyori nos seus, rezando para que a Patrulha Galáctica encontrasse o sinal da caixa.

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