CAPÍTULO 29 - SUPER-KATY

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Foi então que uma nave de reconhecimento saiu da maior nave da Patrulha e seguiu para o chão. Elas desceram até onde a nave pousara, e viram a porta se abrir. Um homem de pele rosa usando um uniforme preto e um distintivo prata brilhante saiu e caminhou em direção a elas.

— Atyori? — Ele disse, Karol sentiu a expectativa em sua voz.

Foi então que ela tirou os óculos-mascára-comunicador da cabeça e permitiu que Atyori usasse sua voz.

— Pai! — Ela gritou e correu em direção a ele.

Seu corpo atingiu o dele com um baque e ela o apertou no abraço. Os braços do pai se fecharam em sua cintura.

— Eu pensei que estivesse morta! — Ele disse em seu ombro. — Estou tão feliz que você esteja bem.

— Nós criamos um sinalizador, mas a Patrulha nunca apareceu.

— Foi minha culpa querida — ele a soltou e ficou em sua frente, a olhando nos olhos. — Eu ordenei que procurassem pela assinatura de sinal dos globularianos, eu pensei que você poderia ter sido capturada e estivesse sofrendo nas mãos deles, isso se já não estivesse morta...

Ela sorriu e passou a mão na cabeça, o encarando.

— Na verdade eu tenho estado muito bem, melhor do que poderia imaginar.

Pareceu que só naquele segundo que seu pai percebeu o que estava acontecendo: o traje de batalha que Hugo inventara, e também o fato dela estar voando pelo céu sem uma nave e soltando raios pelas mãos.

— Atyori o que foi tudo aquilo? Quem é essa pessoa que você está vestindo?

Em poucos minutos ela explicou tudo o que tinha acontecido: a esfera de energia explodindo, ela entrando no corpo de Karol e adquirindo superpoderes; todas aquelas coisas que agora enquanto pensava pareciam ter passado tão rapidamente.

Ela então levantou a cabeça e colocou os óculos novamente, Karol sentiu o leve choque na orelha.

— Pai, essa é a Karol! — A voz dela dessa vez saiu pelo comunicador.

— Oi Sr. Argent, vi bastante o senhor nas memórias de Aty! — Karol falou levantando a mão para cumprimentá-lo.

O Sr. Argent ainda parecia meio confuso com tudo o que acabara de ouvir. De repente, no seu cinto, um pequeno ponto de metal brilhou e Karol soube que aquele era um típico comunicador da Patrulha Galáctica.

— Capitão, todas as naves globularianas em volta do planeta estão presas e prontas para serem levadas! — Uma voz feminina falou.

O pai de Atyori levou a mão até o comunicador e o pressionou.

— Já estou voltando. — Disse e então novamente se voltou para elas. — Nós podemos retirar a energia da esfera e permitir que vocês duas se separem, a Patrulha tem tecnologia para fazer isso.

Foi então que Karol percebeu que não queria mais isso, ela e Atyori haviam crescido e se unido bastante naquelas últimas semanas. Elas haviam se tornado algo maior. Alguém maior!

— Acho que vamos ter que recusar — Karol falou porque Atyori também estava pensando naquilo.

— Pai, eu encontrei aqui, nesse minúsculo planeta verde e azul, algo que eu estive procurando por toda a minha vida e nunca soube. — A voz dela saiu estranhamente limpa pelo comunicador. — Sem contar que depois disso tudo um farol se acendeu sobre esse planeta, eles vão precisar de proteção!

O Sr. Argent respirou fundo e a olhou sorrindo.

— Se é o que você quer filha, eu irei respeitar! — Ele enfiou a mão no bolso e tirou uma esfera metálica de uns dez centímetros. — Se você mudar esse exposensor, pode se fazer projetar para fora do corpo dela sem que realmente saia. Assim não precisará usar o tempo todo esses comunicadores ultrapassados.

Eu ouvi isso aí hein!, Hugo falou, mas por sorte Karol sabia que o pai de Atyori não havia ouvido ele.

— Obrigado pai! — Atyori falou e Karol se adiantou para abraçá-lo.

— Não foi nada, querida. Em breve nos veremos novamente — ele colocou outro objeto metálico em sua mão. — Apesar da ajuda de vocês, esse planeta precisará de uma sede da Patrulha Galáctica. Até lá, mantenha contato! — Ele apontou para o outro objeto que lhe dera.

Elas ficaram observando enquanto o Capitão Argent voltava até a nave de reconhecimento e logo depois saiu voando de volta para a grande nave da Patrulha Galáctica.

Vocês querem comer sanduíche de peito de peru?, Hugo perguntou.

— Já estamos voltando! — Karol falou animada.

E mais uma vez elas saíram voando.

SUPER-KATY: QUEBRANDO TUDO!Where stories live. Discover now