Vidas Feridas (Repostando)

By reidasnarrativas

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Sacrifícios fazem parte de quem nós somos, uma jovem garota pôde ver o seu mundo com outros olhos. Conflitos... More

Dedicatórias + Avisos
Elenco + Personagens
Epígrafe
Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quinze

Capítulo Quartoze

5 2 0
By reidasnarrativas

Franziu o cenho.

Passou a mão dentre os seus lábios secos e sujos.

- Como isso pôde acontecer?

Se fazia essa pergunta constantemente em sua mente. Se julgava por tal ação idiota, e naquele exato momento se perguntara em como passar a informação para André.

A verdade é que a chegada de um bebê agora acabaria com tudo, planos econômicos, uma catástrofe em forma de criança.

Sua vida a partir daí prometia mudar de um modo intenso. Diversas possibilidades de evitar a chegada daquela criança se passava em sua mente, juntamente com a ideia de que André a julgaria por deixar este problema acontecer.

Possuía apenas 20 anos, se considerava na flor da idade para dar a vida a outra pessoa. Olhou o seu corpo e viu que tudo agora seria arruinado.

Pegou o seu dispositivo comunicativo e disparou uma foto, seu semblante estava diferente. Agora se julgaria durante nove meses exatos.

Agachada no piso do seu banheiro, dentre o vaso sanitário e o carpete a garota não possuia forças para se manter novamente em pé. O enjôo e as tonturas tomavam conta de si. E novamente, disparou em grande quantidade resíduos descartáveis que iam em direção ao sanitário.

Estava se sentindo desprezível, a vontade de se livrar daquele inofensivo bebê a dominava.

Passou a mão dentre os seus cabelos e o seu rosto, ficou assim durante extensos e duradouros minutos até se sentir bem o suficiente para se manter de pé novamente.

Lucas estava em uma rua deserta, onde se encontrava sequestrado pelo seu ex melhor amigo tirava de seu cérebro totais idéias de onde se encontrara. Caminhava descalço sobre a avenida que queimava os seus pés com o calor que recebia proveniente do quente clima.

Estava perdido, não havia um pé sequer de pessoa naquela rua. Como poderia ser ajudado?

E o pior, estava sem o mínimo de forças para caminhar sozinho e sem um apoio sequer. Sua visão embaçada desprovia Lucas de total chance de embarcar o seu redor, tudo que lhe rodeava.

Delirava, pedia água e comida. Cambaleava sobre o meio fio da estrada, finalmente agora havia um sinal de vida. Carros passando ao seu redor, estendeu a sua mão em sinal de que precisaria de ajuda, desabou no chão.

O homem se retirara do carro e lhe pegou em seus braços, Lucas não fazia ideia do que estava acontecendo. Estava já desacordado, o homem se direcionou ao seu automóvel com Lucas em seus braços. O jovem homem de estatura baixa e músculos a flor da pele se deixou levar pela bondade, não se passou pela sua mente uma sequer ideia de que aquilo seria de total periculosidade.

Deu leve tapinhas no rosto de Lucas na esperança de que ele acordasse já em seu carro, pôde ver que aquilo não adiantaria e simplesmente ligou o motor e se dirigiu em direção ao hospital mais próximo. Não obtinha conhecimentos sobre tal situação, preferiu deixar a quem obtinha experiência, e fez a escolha certa.

Lucas fora de si no banco de trás, estava voltando ao normal. Já conseguia obter contato com o que o rodeiava e assustou-se. Para onde estava sendo levado? Tentou se mover fazendo com que não fosse percebido, missão sem sucesso.

- Como está, campeão?

A voz era familiar. Tentava se lembrar, mas a sua mente estava exausta demais para lembrar de tal coisa. Confiou em sua intuição, e simplesmente respondeu.

- Quem é você?

O homem que ia ao volante se virou para Lucas, que imediatamente ficou espantado ao reconhecer de quem se tratava o homem.

Restrinchou no interior da porta extensa do carro, moveu - se e se jogou para fora do carro. O automóvel já se encontrava a distâncias de seu corpo. Freou e tentou retornar, mas Lucas se escondera dentre as casas periféricas que se situavam em tal região.

Caminhou, em seu bolso uma pequena quantidade de recurso econômico. Caminhou, estava completamente desorientado e logo avistou o hospital.

Ao entrar, foi atendido. Com a impulsão que havia tomado para fugir de tal carro, feriu o seu braço violentamente. Pediram - lhe a sua identidade, notificaram a mãe do garoto sobre a sua aparição.

Seus olhos repletos de olheiras.

Recebeu todos os cuidados necessários para a sua recuperação, que agora precisaria ser imediata. Um novo mal do passado estava de volta, tinha medo do que viesse a acontecer.

- Está melhor, docinho?

Olhou para o rosto resplandecente da enfermeira. Enxergou ali, Larissa. Para onde quer que olhasse, via ali a garota.

Parou em uma reflexão profunda em um banco próximo ao pátio do hospital, será que algum dia Larissa voltaria a se lembrar da sua existência?

Viu a sua mãe se direcionando em sua direção.

- Lucas!! Meu filho, como você está? - seus olhos se encheram de lágrimas e correndo foi ao encontro de seus braços.

Um abraço profundo e apertado. Os corpos totalmente colados e agora selados, a verdadeira demonstração de amor materno. Seus corações pulsavam no mesmo instante, Lúcia passou as suas mãos sobre os cabelos do seu filho que acabara de responder que estava bem e que tudo havia se resolvido mais uma vez.

Lucas agia de forma desconfiada, embarcava a sua visão para todos os âmbitos possíveis e agora o medo só tendia a aumentar. Se usassem a pessoa que ele mais ama, para lhe afetar?

O mal da sua vida agora estava de volta, poderia agora esperar de tudo. E teria de viver tudo isto sozinho, sem uma possível opção de ajuda. Se abrisse a boca para alguém, seria Adeus a sua mãe e o principal.. A mulher de tua vida.

Entrara no carro de sua mãe e assim em alta velocidade. Pelo vidro ofuscado pelas gotas de chuvas que agora tomavam parte da cidade, via a sua vida passar em um piscar de olhos, uma cronologia presente. Após determinado tempo, estavam de volta a sua respectiva casa. Sua mãe lhe tratava como um rei, tudo que Lucas queria era apenas que tudo cessasse e sua vida voltasse a ser como era, antes de conhecer.. Larissa.

Deitou - se em sua cama, estava com saudades do aconchego de sua casa. Lucas não iria passar por tudo isso calado, teria de tomar alguma atitude.

Levantou - se de sua cama imediatamente e em sua instante, avistou um bloco de notas que agora estava em suas mãos.

Abriu - lhe, e agora precisava planejar algo. Algo que parasse com as idéias maquiavélicas de Kleber, já com meio percurso corrido. Ouviu batidas em sua porta, e destruído com a entrada de sua mãe se assustou.

- Merda! Olha isso.

Um copo de água que estava sobre a mesa acabara de cair nos seus papéis, não culpara a sua mãe e apenas se virou para a sua direção.
Lucas estava revoltado, nada estava dando certo em sua vida.

Com o ódio subindo pelas suas narinas, passou a mão dentre os seus cabelos volumosos e em seguida direcionou as suas mãos de um modo grave a mesa com seus objetos únicos e especiais.

Tudo estava no chão, a mãe do garoto acabara de ficar assustado e se retirou imediatamente.

- Até quando?

Entrou em choro, declínio total. Parecia ser o único sofrendo por todos estes acontecimentos.

Encostou a sua mão sobre os vidros das janelas do seu quarto, observava o mundo a fora. Sentia saudades de quando adentrara aquele lindo mundo sem total medo de algo lhe acontecer.

Suas pernas cambalearam.

Jogou - se em sua cama e tudo que precisaria agora era simplesmente descansar. Caiu em sono profundo, e assim só veio a acordar no dia seguinte.

Em frente a fogueira que trazia consigo brasas inesquecíveis e impossíveis de serem tiradas de quaisquer pensamentos estava Larissa e André.

Durante abraços e beijos, Larissa não mediu consequências e aproveitou tal situação.

- Eu estou grávida!

André tirara os seus lábios do encontro que estava em direção aos lábios únicos de Larissa e a encarou.

Sua reação não foi a esperada por Larissa, saltitou de felicidade e não a questionou como a garota imaginava. Passou a sua mão sobre a sua barriga, e em seguida a encheu de perguntas.

O seu primeiro filho, estava saltitando de felicidade. A beijou em inúmeras vezes e passou a mão em seu rosto cedoso e brilhante, Larissa lhe dara um sorriso um tanto forçado. Não se encontrava na mesma animação que o seu namorado, tontura.

Sua mente lhe presenteara com uma imagem inusitada e até então, sem sentido.

Via o corpo de um garoto ensanguentado e uma faca aplicada em seu corpo. Na ambulância, vida pelo vidro todos preocupados.

Não compreendeu tal memória, disfarçou e colocou a sua mão sobre o braço de Lucas que lhe envolvia pelo seu pescoço.

André beijou a sua cabeça. Tentava se comunicar com o bebê, já criara esperanças demais.

Alisava a sua barriga constantemente, chegando a agoniar Larissa, a deixando irritada.

As partículas quentes que proviam do fogo ardente da fogueira faziam Larissa refletir. O que deveria fazer ? Como agiria agora? Tais perguntas a rodeava.

Estava indecisa, esta notícia deixara André alegre de um modo extremo.

- Como ele vai se chamar? Miguel? Afonso? - sugeria nomes incessantemente.

- André, nós nem sabemos se é menino ou menina.

André estava eufórico.

- Com certeza, será menino!

Os dois mal sabiam o que o destino os reservava. Tal situação destruiria totalmente as espectativas já adquiridas neste curto espaço de tempo.

Enjôos e agora, vômitos novamente.

Deste dia em diante, André tratara Larissa como uma verdadeira princesa. Regalias a seu dispor, desejos satisfeitos. Esperavam ansiosamente a espera do bebê.

Pena que demoraria mais de 8 meses de eterna espera.

Há tempos Lucas não via Larissa, desde aquele dia. Aquele maldito dia de sua volta, a verdade é que Lucas agora ficaria arrasado se soubesse da gravidez de Larissa.

Até os dias de hoje, Lucas havia se guardado para Larissa. Teria se poupado de qualquer relacionamento, para a ter para ele. E ele a ela, queria que ela fosse a sua primeira e única, e imaginava que a mesma também poderia obter tal pensamento.

Estava enganado, sua vida estaria um completo inferno agora se descobrisse tal situação.

Isabelle desejava obter contato com os seus antigos colegas de sala, estava em frente a casa de Lucas. Tocou a campainha.

Ninguém veio atendê-la, estranhou tal acontecimento. Foi recebida por um grito de Lucas que provinha do seu quarto, ela observou. Ficou surpresa com as mudanças que Lucas agora parecia ter apresentado, parecia ser mais.. Maduro.

- Isabelle! Quanto tempo! - Lucas desceu as escadas, e a abraçou.

Conversaram. Entraram para a casa de Lucas, lá a sua mãe lhe ofereceu aperitivos. Isabelle se sentia em casa.

- Como vai a relação com Larissa?

Lucas que se encontrava mexendo em suas gavetas, com tal pergunta paralisou. Se fez essa mesma pergunta, o que teria acontecido com aquele amor todo? Estava no espaço, flutuando e escolhendo tal rumo.

Estava estagnado em frente as suas gavetas.

- Lucas...?

Retornou do transe, Lucas optou por não responder.

O homem que ajudara Lucas há tempo atrás agora estava em frente a sua porta.

Cessou os seus movimentos, buzinou e em seguida correu em direção a estrada livre.

- Mas então, como vai a vida aqui nesta pequena e mísera cidade? - Isabelle perguntava em tom de deboche, enquanto direcionava uma xícara de chá em sua boca.

Lucas estava desligado, não obtinha ideia do que Isabelle lhe perguntara, olhava pela janela a movimentação do carro em que se situava o homem que lhe ajudara e que era o terror de sua infância.

Possue ideia de quem se trata?

O homem que acabara de sair as pressas daquele local sofreu um impacto ao se chocar com um grande caminhão, a estrada entrou em congestionamento.

Tais barulhos da grave batida se espalharam por toda a cidade.

- Você ouviu isso? - Lucas perguntou.

- Isto foi um.. Acidente? - Isabelle se perguntou em voz alta, levantando - se do sofá.

Estavam curiosos, saíram da casa de Lucas e correram em direção ao acidente ocorrido.

Ao chegar em tal local, Isabelle se sentiu surpresa ao reconhecer a vitima do acidente.

- Não pode ser possível, Lucas.

Os seus olhares se contraíram, Lucas agora olhara com maior tranquilidade e assim, travou.

- É o Audrew..

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