Vizinhos: contos eróticos...

Af Chris_Pd

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conto 1- MEU CHEFE, MEU VIZINHO DELICIAAA...- Esse livro é uma coletânea de três histórias, porém só a primei... Mere

🌶 Sobre a obra 🌶
#1 MEU CHEFE MEU VIZINHO... DELICIAAA!
#1 - Capítulo 1 🌶
#1- Capítulo 2 💻
# 1 - Capítulo 3 ☕️
#1 - Capítulo 4 🔥
#1 - Capítulo 5 🌇
#1 - Capítulo 7 💔
#1 - Capítulo 8 🍟🌶
#1 - Capítulo 9 💃🕺
#1 - Capítulo 10 - Final 👫
AGRADECIMENTOS ❤️❤️

#1 - Capítulo 6 🍨

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Af Chris_Pd

Mais alguns dias se passaram e comecei a ficar preocupada com a minha menstruação que não descia. Ainda não estava tomando anticoncepcional, pois precisava esperar um novo ciclo para começar, mas nada de vir a bendita.

Cansei de olhar no calendário para tentar me lembrar quando ela tinha vindo pela última vez. Sabia que tinha sido antes de começar na M&M, mas não lembrava o dia certo, o problema é que eu havia acabado de completar um mês que estava trabalhando lá.

Aquilo começou a me deixar agoniada, mas não queria dizer nada a Carlos, já que mesmo estando atrasada, eu sabia que a minha menstruação era meio louca. Ora adiantava, ora atrasava, e eu nunca conseguia prever quando ela viria.

Saí de minha cadeira para dar uma esticada nas pernas e fui até o bebedouro encher minha garrafinha. Olhei para a sala de Carlos e ele me fitava com um sorriso. Sorri de volta e quase derramei a água da garrafa de tanto que ela encheu. Nesse momento duas mulheres passaram pela porta da recepção.

Uma delas, de cabelos ruivos e óculos escuros, cumprimentou a recepcionista com um aceno de cabeça, a outra, uma loira alta e elegante em cima de seu salto 15, passou direto, sem nem mesmo olhar para a moça. Elas vieram em minha direção e passaram por mim como se eu fosse um objeto inanimado, assim como os demais funcionários. A ruiva ainda cumprimentava discretamente um ou outro que aparentemente ela conhecia.

— Mulher horrorosa... — disse Elaine, que havia se aproximado para pegar água também.

— Qual delas? — quis saber eu, porque para mim, as duas me pareciam horrorosas, embora fossem bonitas.

— A loira.

Olhei na direção delas e ambas entraram na sala de Henrique, a loira falou alguma coisa e logo saiu, indo para a sala de Carlos, que mantinha o semblante carregado. Ela fechou a porta, não sei para quê, já que era tudo de vidro e se aproximou dele, beijando-o no rosto. Carlos não esboçou nenhuma reação e ela deu um sorriso sem graça, indo se sentar à sua frente.

Elaine e eu ainda nos mantínhamos observando a cena.

— Quem são? — eu quis saber.

— A ruiva é a Marcia, esposa do Henrique, e a loira se chama Suellen. Ela foi noiva de Carlos... Uma idiota, sonsa, nojenta.

Arregalei meus olhos e voltei-os novamente para a mulher. Então era aquela a ex de Carlos?

— Por que tanta raiva no seu coração? — perguntei à Elaine. Ela tinha ira no olhar.

— Porque ela fez Carlos sofrer demais! Ele quase entrou em depressão, emagreceu, não saía mais de casa e deixou a empresa meio de lado, quase não vinha trabalhar. Henrique teve que levar tudo nas costas, mas foi complicado, passamos por alguns percalços por conta disso.

— Ele gostava tanto dela assim? — Meu coração se entristeceu.

— Sim... Carlos sempre foi muito passional e ele era perdidamente apaixonado por ela, mas...

— Mas... ? — Agora eu estava curiosa

— Acho que ela nunca gostou realmente dele, subestimava-o e desprezava o trabalho dele aqui. Ela achava que ele deveria trabalhar com o pai e assumir um alto cargo na empresa da família. Mas o pior não foi isso...

— O que houve?

— Quando ela engravidou, Carlos só faltava lamber o chão para ela passar. Encheu-a de mimos e cuidados...

Senti meu coração dar uma falhada. Carlos tinha um filho?

— E... o que foi pior?

— Um mês depois que tivemos a notícia da gravidez, ela perdeu a criança. Ou pelo menos disse que perdeu. Acho que ela mandou tirar..., mas ela nunca assumiu e Carlos nunca quis entrar nesse assunto com a gente. Ele ficou arrebentado. Fato é que, logo em seguida, ela rompeu o noivado e dois meses depois já estava com outro cara. Um empresário rico do ramo de automóveis.

Meu coração estava partido por Carlos. Agora eu entendia por que ele se manteve todo esse tempo sem querer se envolver com ninguém.

— Acha que ela fez isso por interesse?

— Ah... certeza! Aquela ali só enxerga a cor do dinheiro. Quando Carlos comprou o apartamento onde ele mora hoje, ela torceu o nariz, dizendo que era minúsculo e que ele deveria pensar mais alto. Quando ele disse que não usaria o dinheiro da família e que viveria dos rendimentos da M&M, ela surtou. Acho que só não o deixou antes porque descobriu, justamente nessa época, sobre a gravidez.

Meu queixo estava caído com aquelas revelações. Nem conhecia a mulher e já tinha um ódio mortal dela.

— E o que você acha que ela veio fazer aqui?

— Ela e Márcia são amigas, acho que ela só está aqui para acompanhá-la.

Dei uma outra olhada discreta em direção à sala envidraçada e vi que eles ainda permaneciam conversando. Carlos não parecia nada contente, seu cenho estava franzido e ele mantinha uma postura afastada da mesa. Já a tal Suellen fazia umas expressões de dor e tristeza que pareciam mais falsas do que a minha bolsa "Louis Vuitton" comprada em uma loja chinesa.

Fechei meu semblante também. O que ela queria com ele? Estaria dizendo que estava arrependida ou algo assim? Um sentimento de revolta me consumia por dentro. Andei pisando duro de volta à minha mesa, e antes de me sentar, voltei a olhar para os dois. Suellen tinha se inclinado em direção à mesa e estava com a mão sobre a mão de Carlos.

Minha vontade era de entrar lá e jogar o conteúdo daquela garrafinha de água na cabeça da megera, mas respirei fundo e voltei minha atenção para o computador, embora minha mente não conseguisse se desligar do que poderia estar acontecendo atrás de mim.

Escutei quando a porta se abriu e a voz da sonsa chegou aos meus ouvidos. Ela parecia estar mais alegre. Olhei pelo canto do olho e vi ela saindo com Carlos. Passaram na sala do Henrique, falaram qualquer coisa e deixaram o escritório da M&M. Ainda vi quando ela, sorridente, pegou no braço de Carlos ao passarem pela recepção, mas não vi o rosto dele.

Aonde eles estavam indo? Outro sentimento tomou conta de meu coração. Ciúme, medo, raiva... Não sabia... Olhei no relógio, já estava próximo das 17 h. Naquele momento eu só queria ir embora. O escritório estava me sufocando.

Lentamente, os minutos finais de trabalho se passaram. Quando deu exatamente 17h30, peguei minhas coisas e saí. Mas não fui para o meu apartamento, eu precisava descontar a minha frustração em algo e decidi que seria sorvete.

Passei na sorveteria e peguei quatro bolas de sorvete cremoso, enchi de calda de morango e castanhas e me sentei em uma mesinha do lado de fora do estabelecimento. Não sei se senti o gosto daquele sorvete, meus pensamentos estavam no meu chefe e na megera. O que eles estavam fazendo? Onde tinham ido? Carlos ainda gostava dela? Ele voltaria com ela se ela pedisse?

De repente me dei conta de que aquilo não me dizia respeito. Embora eu estivesse tendo um caso com ele, embora ele tivesse dito que queria ficar comigo, a verdade é que não estávamos namorando. No fundo, não era uma relação séria.

Meu coração se apertou e meus olhos marejaram. Mas que merda! Por que eu estava prestes a chorar? Eu não tinha que chorar! Eu já devia estar preparada para um término. Crispei minhas mãos. Término de quê, se nunca havíamos começado nada?

Com uma dor profunda, percebi que havia me deixado iludir. No fim, o que tínhamos era só sexo. Um bom sexo. Talvez eu tivesse me confundido e tivesse visto paixão nos olhos dele, quando na realidade era apenas carência afetiva. Talvez eu tivesse visto apenas aquilo que eu desejava ver... Senti uma lágrima rolar pelo meu rosto.

Com um suspiro, limpei a lágrima e me levantei. Não ia ficar bancando a coitadinha, nunca fui pessoa de me achar vítima de nada. Eu tinha as rédeas da minha vida, eu estava no comando. Ninguém ia me ferir. Nem mesmo o meu vizinho gostoso saradão.

Fui para casa, tomei um banho e decidi ver uns filmes. O sorvete já tinha praticamente ocupado o espaço da janta, então fiz um saco de pipoca de micro-ondas e tentei ocupar minha mente com outra coisa que não fosse Carlos.

No fundo, eu esperava que ele viesse bater na minha porta naquela noite, mas aquilo não aconteceu. Foi inevitável pensar que ele poderia estar com a ex, ter voltado com ela. Assim, quando resolvi me deitar, outras lágrimas surgiram em meus olhos. Escondi minha cara no travesseiro e quando dei por mim já estava chorando de soluçar.

Mas que merda! Merda! Merda! Que ódio!

Demorei um século para dormir, até que finalmente o sono me venceu. Não é preciso dizer que acordei no dia seguinte com os olhos tremendamente inchados.

Preocupada, me olhei no espelho e soltei alguns palavrões. Não podia aparecer na empresa com aquela cara. Mandei uma mensagem para Elaine dizendo que eu tinha acordado com o estômago ruim e que demoraria um pouco mais para chegar. Detestava mentir, mas não ia contar que estava me atrasando porque não queria que ninguém visse minha cara pós-choro.

Tomei um banho, coloquei um roupão e me deitei na sala com um pano úmido e sobre os olhos. Deixei uma bacia com água e gelo ao lado para ir molhando o pano a fim de mantê-lo frio.

Algum tempo depois, deixei o pano de lado e vi que Elaine havia respondido com um "Okay, se cuide!". Já passava das 8 h e minha vontade de ir trabalhar estava lá no chão. Só de pensar em ver meu querido chefe, meu peito se apertava e a vontade de chorar retornava. Eu tinha tanta raiva de mim mesma naquela hora...

Raiva por ter me sentido atraída por Carlos, raiva por ter me deixado levar por meus desejos, raiva por sentir o que eu sentia por ele, raiva por me importar com o que ele fazia da vida dele, raiva... Muita raiva e frustração.

Sentindo um vazio dentro de mim, levantei-me do sofá, apoiei meus cotovelos no balcão da pia e coloquei minha cabeça entre as mãos. Não ia chorar novamente, não ia. Precisava engolir meus sentimentos e ir trabalhar. Eu era uma profissional e não deixaria que aquele tipo de coisa interferisse no meu desempenho. Suspirei, me servi do café que já estava pronto na cafeteira, comi uma fatia de pão com requeijão e subi para me trocar.

Antes de sair, chequei minha imagem no espelho. O inchaço dos olhos já tinha diminuído bastante, mas ainda não estavam 100%. Fiz uma maquiagem para tentar esconder, entretanto não achei que deu muito certo. Enfim, talvez até chegar ao trabalho aquilo se resolvesse.

Uma mensagem chegou no meu celular e eu fui conferir. Era de Carlos, ele já estava na empresa e perguntava como eu estava, se eu estava doente, dizia também que se eu quisesse ficar em casa naquele dia, que não teria problema.

Por um instante, fiquei pensando se ele realmente estava preocupado comigo ou se estava querendo me evitar. Franzi o cenho e respondi, curta e seca, que já estava a caminho.

Um frio passou pelo meu estômago quando as portas do elevador se abriram no andar da M&M. Entrei e olhei no relógio, 9h20. Odiava chegar atrasada, me sentia culpada. Cumprimentei o pessoal pelo caminho e, ao chegar na minha mesa, não consegui evitar olhar na direção de Carlos. Ele me observava com um olhar ansioso.

Dei um breve aceno de cabeça, um sorriso amarelo e me sentei. Dei graças a Deus de ficar de costas para a sala dele, assim não precisaria ficar encarando-o, meu psicológico não estava legal para aquilo.

Elaine se aproximou.

— Lena, mas já aqui? Achei que viria mais tarde... Não estava passando mal?

— Foi só um mal estar — dei outro sorriso amarelo.

— Hum... enjoo é? — Ela deu um sorriso malicioso. — Cuidado, hem. Vai que é gravidez! — Ela riu.

Eu não tinha tido enjoo coisa nenhuma, mas aquela palavra "gravidez" me fez lembrar que minha menstruação ainda não tinha dado as caras.

— Lena, posso falar com você? — A voz de Carlos se fez ouvir atrás de mim.

O frio em meu estômago voltou com força total. Fitei sua expressão séria e me levantei, acompanhei-o até sua sala e me sentei na mesma cadeira que a bruaca da ex dele estava sentada no dia anterior.

— Está tendo enjoos, Lena? — Carlos tinha uma ruga entre as sobrancelhas.

— Não foi enjoo, foi dor de estômago, azia... — menti. — Devo ter comido muita pipoca ontem.

Ele estreitou levemente os olhos.

— Sua menstruação ainda não desceu, né?

Encarei-o séria. Ele estava prestando atenção naquilo?

— Não, mas não estou atrasada, para sua informação — falei seca, mentindo novamente.

— Você está brava comigo? Lena, eu...

— Não, Carlos, não estou brava com você! — cortei-o. — Estou brava comigo. Escute, será que eu posso voltar ao trabalho agora? Já cheguei atrasada, tenho coisas para fazer.

Carlos assentiu com uma expressão preocupada e eu retornei para minha mesa.

Aquele resto de manhã foi um inferno. Eu tinha a sensação dos olhos dele queimarem a minha nuca. Felizmente não precisei encará-lo novamente pelo resto do dia. Ele saiu antes do meio-dia, pois havia marcado um almoço com um cliente. E à tarde, ele permaneceu em reunião na maior parte do tempo.

Quando meu expediente acabou, o vi sentado na sala de Henrique, conversando. Peguei minhas coisas e saí. Mais uma vez, não quis voltar para o meu apartamento. Aproveitei que o dia ainda estava claro e fui passear em um shopping que ficava próximo. Fazia tempo que eu não me sentia tão desanimada. Eu parecia meio morta por dentro. Tudo porque não consegui manter minhas pernas fechadas para o meu vizinho gostoso, ou deveria dizer, chefe delícia?

Passei no cinema e escolhi um filme aleatório para assistir. Só queria não pensar em Carlos. Ao final do filme, religuei meu celular e, para minha decepção, não havia nenhuma mensagem ou ligação perdida dele. Voltei a sentir raiva de mim. Por que eu estava esperando uma ligação? Eu devia ser muito tonta mesmo.

Cada vez mais, eu sentia que o nosso caso de três semanas tinha sido apenas mais um caso qualquer para Carlos, algo que, de repente, ficou sem importância. Ri ironicamente com a lembrança dele dizendo que nunca se enjoaria de mim. Mentiroso!

Voltei para casa de ônibus e já passava das 22 h quando cheguei no prédio. Chamei o elevador no térreo e, para minha infeliz surpresa, dei de cara com Carlos e a bruaca da sua ex lá dentro quando as portas se abriram.

Ele me olhou espantado, mas eu fingi que não o conhecia. Murmurei um "boa noite" e me mantive de costas para os dois até chegarmos no nosso andar. Saí na frente e entrei em meu apartamento sem olhar para trás. Meu peito queimava, meus olhos ardiam com as lágrimas ainda não derramadas e minhas pernas fraquejaram assim que me vi sozinha em casa.

Desabei no chão sobre o tapete, apoiei meus braços cruzados no sofá e escondi meu rosto entre eles. Não consegui conter minhas lágrimas, eu queria, mas não conseguia. Meus soluços só cessaram após cerca de meia hora. Completamente acabada, me levantei do chão e fui procurar algo para beber.

Não sou do tipo que aprecia muito álcool, mas havia comprado uma garrafa de vinho para minha mãe e uma de uísque para o meu pai, para levar quando eu fosse visitá-los. Assim, irritada e desanimada, resolvi abrir a garrafa de vinho.

Tomei uma, duas, três taças enquanto olhava para a TV ligada sem realmente estar assistindo alguma coisa. Comecei a ficar tonta e um pouco mais relaxada. Ainda sentindo um vazio dentro de mim, decidi dormir ali na sala mesmo, não queria subir para o meu quarto com medo de escutar barulhos através da parede.

Obrigada pela leitura, amores!😍

Já passamos da metade dessa pequena história! Espero que estejam gostando!

Beijos 😘

🌶🌶🌶

Fortsæt med at læse

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