O Campeonato (AMOR EM JOGO)

By Marciamcl

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Yanni é a filha mais velha entre três meninas. Com seus dezessete anos o seu único sonho é passar oficialment... More

Nota da autora
Prólogo
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By Marciamcl

Um dos momentos mais estranhos e difíceis nesses últimos anos era o ato de passar a escolher tudo que levaria comigo para a universidade. Não poderia levar muita coisa porque não haveria muito espaço e provavelmente com o tempo iria querer adquirir roupas novas.

Athany e Jeannine estavam escolhendo algumas peças de roupa que gostariam de usar enquanto eu não estivesse e também separamos uma caixa para doação que eu já não usava, tudo estava em perfeito uso porque não costumava sair.

— Você vai vir nos visitar? — Athany perguntou preocupada.

— Nas férias, talvez aos finais de semana. — Respondi.

— Não entendo porque você não pode cursar a Fox, fica aqui do lado. — Insistiu reclamando.

— Porque meu sonho não é ela. Eu ganhei uma bolsa tem noção o que é isso? — Perguntei animada.

Estava orgulhosa do meu potencial e das minhas conquistas. Acreditava em cada palavra dita por meu treinador. Havia muito para eu crescer lá.

Embora ainda faltasse uma semana para o tão sonhado dia que iria embora, mesmo sabendo que as aulas ainda não começariam, precisava me situar e estabelecer um quarto para mim.

Como ainda faltava tempo para as aulas iniciarem o combinado com o diretor da universidade era: entregar os últimos documentos estudantis e pessoais que faltavam para completar minha matrícula e organizar meu quarto. Eles ainda não haviam definido em que bloco seria porque uma boa quantidade de alunos ainda estavam ingressando e estavam tentando conciliar tudo para que não faltasse ninguém.

Enquanto isso, eu só conseguia pensar no quão diferente seria estar em um lugar novo, rodeado por coisas novas onde eu poderia finalmente viver.

— Será que você reencontrará Bryan? — Jeaninne Perguntou curiosa. — Vocês não se falaram mais?

— Não posso afirmar que nos veremos, quer dizer, provavelmente iremos nos esbarrar por conta do futebol. — Respondi desanimada.

— Acha que ele está com outra? — Insistiu. — Cara, o garoto te levou para conhecer a mãe dele.

Balancei os ombros em sinal de dúvida, não sabia o que esperar dele. Nós não nos conhecíamos direito, passamos pouco tempo juntos para afirmar algo assim. Claramente ele poderia estar com outra pessoa, afinal, ele conhecia muitos lá, principalmente por jogar no time de futebol.

— O que acha de passarmos na floricultura antes de irmos para a universidade na segunda-feira? — Papai perguntou com dois toques na porta.

— Seria ótimo, obrigada. — Agradeci por ele ter lembrado que dias atrás comentei sobre querer comprar um girassol para colocar em meu quarto.

Era uma certeza absoluta que provavelmente meu quarto estaria meio morto sem decoração alguma. Como disseram, sempre que alunos antigos se retiram da universidade arrumam uma maneira de reformar rapidamente voltando tudo ao projeto original, ou seja, sem graça alguma.

— Você pode usar essa roupa na semana que vem, por favor? — Athany segurava uma blusa azul clara de ombro e uma calça jeans.

Lembro-me que nós tínhamos as comprado com mamãe em um dia que fomos todos juntos no shopping — coisa que fazíamos pouco —. Por incrível que pareça naquele dia tudo estava bem. Todos nós estávamos contentes, não lembro-me ao certo o motivo, mas tudo deu certo como nunca dava.

Senti vontade de chorar um pouquinho por ter me afastado tanto de mamãe e por sua brusca mudança. Talvez as meninas sentissem a tensão no ar e por isso saíram do meu quarto sem avisar, como se papai estivessem a chamando.

Jogada na cama, abracei o travesseiro contra o peito e tentei imaginar o que Bryan estaria fazendo naquele momento. Ele estaria bem? Mesmo que com outra pessoa, não me importava muito com isso. Sua energia era positiva, como se saísse luz de seu corpo e de alguma forma me atingisse de maneira positiva.

Havia combinado com Lola de sairmos pela cidade dar uma volta como era a nossa última semana juntas. Há alguns meses nunca nos imaginaria fazendo isso, a não ser em sonhos. Por conta disso, afastei os pensamentos negativo que predominavam meus pensamentos.

"Você deveria usar aquele vestido de bolinha que sua mãe se arrependeu de comprar por considerar "curto demais"."
Lola

Ao ler sua mensagem não pude deixar de sorrir com sua ideia. Na época que ganhei o vestido fiquei apaixonada como ele caía bem em meu corpo, porém, o encanto foi quebrado quando mamãe me proibiu de usá-lo por ser considerado curto em sua percepção.

Era um vestido de verão, soltinho e leve. Talvez sua cor ajudasse a destacar ainda mais minha pele que brilhava em contato com o sol.

— Não entendo o que sua mãe considera curto. — Foi o que ela disse ao nos encontrarmos em uma lanchonete no centro.

— Eu havia esquecido o tanto que eu amava esse vestido. — Comentei tentando tirar o foco de mamãe.

— Você está um espetáculo. — Beijou as pontas do dedo confirmando suas palavras, como de costume.

Lola contou que a lanchonete que estávamos era um de seus lugares favoritos no centro da cidade. Ela costumava se juntar as meninas do nosso time de vez em quando após os jogos. Segundo a mesma, o lugar costumava servir de tudo um pouco e talvez esse seja o motivo de ser tão cheio.

Nós pedimos dois sucos de maracujás e duas tortas salgadas de início. Todo o cardápio era bastante sugestivo e por mim teria pedido um pouco de cada, mas precisava cuidar da minha saúde e estar em forma para quando os treinos voltassem.

— Isso é delicioso. — Falei com a boca cheia. — Quanta coisa boa eu perdi nesse tempo todo?

— Você nem faz ideia. — Ela respondeu da mesma forma colocando a mão em frente à boca.

Quanta coisa eu havia deixado de viver por conta das loucuras de mamãe. Essa era a única coisa que se passava na minha cabeça naquele momento.

O centro era gigantesco. Apesar de já ter passado por muitos lugares antes, era como se eu estivesse vendo tudo pela primeira vez.

— Vem! Tira uma foto minha para eu guardar de recordação desse dia incrível e cheio de descobertas com você. — Lola pediu se encostando na primeira parede que havia encontrado pela rua.

Reparei novamente em seus cadarços enrolado em suas canelas, um jeito que só via ela amarrar, o motivo? Ah, eu desconhecia.

Dei risada com aquilo, o que a fez automaticamente encarar seus próprios pés e balançar os ombros rindo comigo.

A sua explicação era o fato de ser a única maneira de não tropeçar sobre eles quando os mesmos desamarravam. Mas, ainda assim era uma loucura uma vez que quando ela tirava as marcas da corda ficavam predominados por um tempo.

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