New security ❄ Im Jaebum

By yOverthrow

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Nalu Holyn Wright é uma garota mais que astuta. Filha do tão reconhecido prefeito da cidade e ainda no início... More

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By yOverthrow

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Sem você

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Quando comecei a correr, desci as escadas de forma tão rápida que quase escorreguei no último degrau. Por sorte, no entanto, não caí. Eu ainda usava o vestido apertado do casamento, o que tornava correr desesperadamente um ato mais complicado do que de fato era.

Passei pela sala sem olhar para trás, enquanto segurava a arma, chaves do carro e meu celular, que havia pegado segundos antes de sair do quarto e observar meu segurança com o homem de olhos azuis como o mar.

Isso era insano. Mas ainda assim eu precisava continuar. Precisava correr em direção a garagem e esperar os malditos cinco minutos.

Dobrando o corredor a esquerda, encontrei a porta que dava acesso a garagem, mas ela estava completamente trancada. Tentei então empurrá-la e até mesmo atirar na maçaneta numa tentativa de abri-la, mas foi em vão. Desesperada, corri para o lado de fora da mansão e comecei a apertar o botão automático do portão, para que a mesma fosse aberta. E funcionou, graças ao céus. O único problema era a lerdeza.

- Anda, vai rápido! - apertei várias e várias vezes, sentindo o nervosismo crescer diante de todo o meu corpo. - Mais rápido, droga! Por favor!

Era como se o portão de metal estivesse em câmera lenta, assim como tudo em volta. Minhas atitudes, o vento gélido, o balançar do mar, as vozes em minha mente... Tudo era lento. Mas o tempo continuava passando, deixando-me aflita. E eu tinha medo.

Ao abrir-se, depois de longos segundos esperando, para minha surpresa, não havia somente um carro dentro. Na verdade, eram exatamente oito e, embora a mansão de Cleo fosse enorme, sua garagem era igualmente grande. Sem exageros.

Com as mãos trêmulas, encarei todos os modelos postos em filas perfeitas e lembrei-me do controle mantido na chave. Apertando-o, escutei um rápido bip, seguida de uma luz piscando duas vezes. Vinha do outro lado da garagem, perto da porta que encontrava-se trancada. O carro preto. Era aquele cujo eu deveria entrar.

Correndo em direção a ele, ouvi o barulho da porta chocando-se muito possivelmente com o corpo de alguém e a mesma se abrindo bruscamente. Estava na metade do caminho e foi nesse momento em que me abaixei, escondendo-me no quarto carro, que era amarelo e lembrava-me do bambobi.

- Sei que está por aqui, garotinha - alguém disse.

Por algum motivo, reconheci a voz vinda de algum lugar da escura garagem, mas não sabia exatamente quando havia escutado-a. Parecia mais como uma lembrança distante. Uma lembrança de quando eu era apenas uma criança. Mas era familiar. Muito familiar. E isso causou-me arrepios por algum motivo.

- Papai mandou buscá-la e, sinto muito, não posso desacatar suas ordens - a voz disse outra vez, dessa vez, em coreano.

Por que eu sentia tanto que reconhecia essa pessoa? Por que era tão familiar? Eu não sabia.

- Não quer sair? Tudo bem, então eu mesmo vou encontrar você.

Os passos voltaram a ser audíveis novamentes e tentei acalmar minha respiração, que estava descompassada por causa da correria e nervosismo. Mirando minha arma para frente, tentei encontrá-lo diante daqueles carros, mas não havia nada. Não havia ninguém.

Visivelmente, ao menos. Mas ele estava aqui, era óbvio. Apenas aguardava minha falha para me capturar e eu deveria ser esperta para não me dar ao luxo de cometer uma.

Suspirando silenciosamente, levantei-me um pouco e comecei, silenciosamente, a dar a volta no carro, indo para parte traseira do mesmo. Se eu encontrasse-o e corresse rápido o suficiente, conseguiria adentrar o carro. Mas isso garantiria minha segurança, de fato? Porque essa pessoa ainda estaria aqui.

- Consigo ouvir seus passos - informou, calmo. A voz parecia mais próxima que antes. Mais atenta que antes. - Apareça logo e facilite as coisas para nós dois. Não vamos matar você, Nalu. Se esse é seu medo, então não precisa tê-lo. Mas, em relação as torturas, maninha... isso já é outro caso a parte.

Maninha... sim, eu já havia escutado essa palavra antes. E ela não vinha de meus amigos, muito menos de meus primos ou coisa parecida. Ela vinha de um garoto que eu era acostumada a encontrar quando pequena, junto a mamãe. Mas ela vivia dizendo que ele não era meu irmão. Que eu não deveria levar a sério suas palavras.

E aquele garoto do passado, tão sorridente apesar dos olhos vazios, não parecia tão ameaçador quanto a voz de agora apresentava ser. Era diferente. Era tudo diferente.

- Que tal se fizermos uma troca então? - ele indagou, mas continuei calada.

Estava prestando atenção em seus passos. Em sua voz. Estava tentando assimilar o local onde ele se encontrava, para poder analisar se deveria ou não correr. Se deveria ou não continuar parada no lugar que me encontrava ou atirar.

- O seu precioso segurança deve está lá em cima nesse momento. E embora eu acredite que tenha potencial, acha mesmo que um homem só dará conta de quase dez caras armados? - ele voltou a falar, ao notar meu silêncio. - Não se iluda, Nalu. Ele pode facilmente morrer e deixar você aqui, como todas as outras pessoas próximas de...

-  Isso não ocorrerá tão cedo - a voz do meu segurança surgiu, surpreendendo-me. - Morrer para mim não é uma opção. Não enquanto ela estiver viva.

Observei as luzes acenderem e levantei-me abruptamente, encarando ao redor. Minha arma apontada para frente, num modo de defesa, enquanto observava-o a centímetros do homem.

Jaebum apontava em direção a sua cabeça, com a respiração irregular e olhos tão sombrios quanto o próprio eclipse. E havia sangue em suas roupas. Muito mais que quando adentrou o quarto, fazendo-me pensar que estava seriamente ferido. Fazendo-me ficar preocupada.

- Finalmente você apareceu - o homem, que na verdade aparentava ter a minha idade, disse, sem se importar com o fato da armar estar praticamente decidindo se iria realmente continuar vivo ou não. - Se soubesse que ele era tão importante para você, teria provocado-a antes.

- Me perguntou antes se eu acreditava na capacidade dele, não foi? Pois bem, eu acredito. Mesmo que estivesse desarmado, mesmo que estivesse com bem mais de dez pessoas, ele é a única pessoa quem confio agora, depois de meu próprio pai - comentei, olhando-o. - E se você não está morto ainda, é por pura piedade dele.

No início foi difícil depositar minha confiança em alguém completamente desconhecido. Mas eu agora eu conseguia. Conseguia entregar minha vida para Jaebum, porque sabia que ele iria me proteger e me manter a salva.

- Ora, eu não preciso de misericórdia - proferiu, o garoto.

- Isso quer dizer que posso matar você então? - Jaebum perguntou.

- Isso irá acabar acontecendo de qualquer jeito - falou, ainda sorrindo. - Vá em frente. Acabe com isso logo. Antes você que meu próprio pai.

O segurança começou a apertar o gatilho, mas antes de concluir, me encarou. Não soube decifrar o que se passava com exatidão em seus olhos, mas parecia medo. Remorso. Era como se estivesse pedindo permissão para aquilo. Permissão para matá-lo, mesmo que soubesse que eu não iria conseguir dizer sim.

Estava encarando-o pressionar a arma, quando ela foi apontada em minha direção e ele atirou, várias e várias vezes. O ato pegou-me de surpresa e abaixei-me, assim como lá encima, escutando sua voz, alta e firme:

- O carro! Vá para o carro! - gritou, ainda atirando.

Olhando para trás, avistei as pessoas armadas caírem feridas no chão e aquilo me assustou. Pensei que ele fosse atirar em mim, o que era algo que eu não deveria ter sequer colocado na mente, uma vez que minha confiança foi inteiramente depositada nele. Estava começando a correr outra vez, quando observei mais homens chegarem da porta quebrada próxima ao meu segurança e o garoto. Quantas pessoas haviam aqui dentro verdadeiramente? Porque pareciam bem mais que dez.

- Atrás de você! - informei, começando a atirar também.

Parecia doloroso cada vez que acertava em alguém, mas isso era a vida. Dessa vez, era minha vez de salvá-lo. E não é como se eu desejasse machucá-los, estava apenas tentando me manter viva. Manter meu segurança vivo. E isso era necessário, pelo menos na situação atual.

Quando passei por Jaebum, indo em direção ao carro, notei-o murmurando "cinco minutos" e logo em seguida ele me seguiu, virando-se algumas vezes para atirar nas pessoas que tentavam se aproximar. Havia largado o garoto no chão porque sentiu que eu não desejava matá-lo, o que fazia meu coração se acalmar um pouco. Ele era humano, afinal. E bom. Jaebum era bom.

- As chaves - ele pediu, do outra lado do carro.

Jogando-a em sua direção, adentrei no lado passageiro e esperei que fizesse o mesmo. Mas antes de entrar, Jaebum foi puxado por dois caras fortes, dando-o tempo apenas de fechar a porta outra vez. No mesmo segundo tentei sair do carro para ajudá-lo, mas notei que havia trancado a porta. Isso era tão previsível. Por que não imaginei antes?

O observei lutar contra os homens armados, enquanto atirava em alguns sem piedade alguma e batia em outros. Era habilidoso. Muito habilidoso. O que fazia-me pensar em como diabos conseguiu tamanha habilidade assim. Tamanha força. E o quão sombrio era seu passado, ao ponto de deixar a todos surpresos.

- Por favor, não morra - implorei baixinho, observando-o.

Queria sair dessa droga de carro, mas não conseguia. E ele era a prova de balas, reconheci no mesmo segundo que entrei por causa do vidro. Havia sido por esse motivo que meu segurança o escolheu.

Demorou alguns minutos até meu segurança conseguir entrar no carro, deixando vários homens feridos e baleados. Quando abriu a porta, assustei-me com a quantidade de ferimentos existentes em seu corpo, assim como assustei-me pelo fato dele não parecer dar a mínima.

Ligando o carro rapidamente e dando partida, ele perguntou, ao me encarar:

- Consegue segurar o vômito?

Se não estivéssemos em uma situação séria, eu faria uma possível piada. Todavia, apenas acenei, olhando-o analisar os homens feridos na garagem ao passarmos pela mesma, indo em direção a rua. Ao menos estávamos vivos.

- Para onde vamos agora? - perguntei, encarando-o. Estava remexendo no bracelete azul e minha arma havia sido jogada na parte de trás do carro.

- Um lugar seguro - comentou, não muito empolgado. - Você está bem?

- Estou. Mas não posso dizer o mesmo de você.

- Não se preocupe comigo, eu estou bem.

- Bem machucado, só se for.

- Nalu...

- Fiquei tão preocupada. Ouvi tiros vindos lá de cima depois que desci e só conseguia pensar o pior - falei, vendo-o acelerar ainda mais o carro.

- Eu não morri - o segurança disse. - Cumpri a promessa, embora você não tenha feito o mesmo.

- Eu não iria embora sem você, sabe disso.

- Sim, eu sei - Jaebum me encarou e, com umas das mãos, entrelaçou-a na minha, tranquilizando-me com apenas um simples toque. - É por isso que eu amo você.

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Espero que tenham gostado do capítulo e desculpem qualquer errinho. Amo vocês!

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