SEVENTH

By loryroux

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Changkyun estava acostumado a chegadas e partidas, mas a experiência de passar tanto tempo no mesmo lugar era... More

NOTAS INICIAIS
Boas vindas?
Rumores
Ajuda
Conceito de Casal
Saber lidar
Tentação
Brecha
Teia
Perfume
Rotina
Colaboração
Conforto
Outro lado
Feriado
Sintomas
Receio
Segredo
Intenções
Sugestões
Gincana
Saudade
Abrigo
Cor-de-rosa
Em Dobro
Precauções
Novos Hábitos
Napolitano
Devaneio
Protagonista
Recompensa
Ímpar
Disponível
Dois por Um
Proposta
Encaixe
Premeditado
Ponto Fraco
Cenário
Sétimo
Agradecimentos

Fuga

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By loryroux

Já era a terceira vez que a senhora Im oferecia mais um pedaço de bolo a Byunghwa*, mas o rapaz sentia que explodiria se comesse mais um pouquinho. Percebendo o desespero do amigo, Changkyun apenas pediu gentilmente que a mulher fosse com calma.

— Ainda vamos ao festival – tentou se explicar – Se comermos demais agora, não vamos conseguir comer nada lá.

Deu-se por vencida, temporariamente, mas isso não queria dizer que ela sairia de perto dos garotos tão cedo.

Changkyun tinha chegado em Gwangju na noite anterior e, assim que pôs os pés em casa, os pais fizeram questão de matar a saudade. Mesmo seu pai, um homem mais sério, não se opôs quando a senhora Im sugeriu que o garoto dormisse com eles naquela noite. Bem sabia o quanto a mulher sentia falta do filho e não seria contra sua necessidade de contato – até porque ele mesmo sentia saudades.

Byunghwa, um dos amigos de sua pré adolescência em Gwangju, apareceu logo de manhã em sua casa porque já sabia sobre seu retorno. A mãe de Changkyun estava eufórica desde que o filho anunciara que iria visitá-los, no início daquela semana e contou a todos os antigos vizinhos.

A verdade era que Changkyun estava planejando aquela visita havia dias e, sendo sincero, não tinha tanta certeza se iria mesmo voltar. Estava sendo difícil pesar os prós e contras daquela situação e foi justamente por isso que decidiu se afastar, ao menos por alguns dias.

Desde a feira interdisciplinar, sua mente estava uma tremenda bagunça. Havia chegado um pouco mais cedo que os outros e tudo que queria depois de passar o dia todo apresentando o próprio projeto e ainda ajudando os amigos com os deles era um banho e descansar. No entanto, ao passar pelo corredor do segundo andar, percebeu que ele não havia sido o primeiro a chegar à República.

As vozes de Wonho e Hyungwon pareciam agitadas, diferentes da tranquilidade com a qual se dirigiam um ao outro. Foi inevitável ouvir uma parte daquela conversa enquanto passava por ali.

"Nós sempre fomos assim, Wonnie. Você e eu e quem surgia ia embora alguma hora, mas quando ele apareceu..."

A voz de Hoseok estava tão quebrada ao dizer aquilo que Changkyun sentiu que poderia chorar.

"Eu sei... Foi como um filhote, chegando pra fazer bagunça", Hyungwon completou.

Changkyun tropeçou pelo corredor, tentando chegar ao próprio quarto e tudo que fez foi se esconder sob as cobertas. Tudo que menos queria estava acontecendo. Hoseok e Hyungwon estavam discutindo por sua causa, porque ele simplesmente não sabia se colocar em seu próprio lugar.

Não sabia quando tinha começado a chorar, mas precisou de bastante esforço para que Minhyuk não o visse quando chegou. Aproveitou que ainda precisava de um banho para tentar colocar tudo pra fora sob a ducha, sozinho. No fim das contas, ele sabia que aquilo aconteceria. Ele ainda era um intruso e precisava acabar com isso de uma vez.

Inicialmente, acreditou que o casal o afastaria, mas na verdade, teve que fugir deles durante aquela semana diversas vezes. Era como se estivessem em toda parte, sempre analisando-o, esperando o momento para abordarem-no e então Changkyun compreendeu.

O modo mais fácil de dar fim àquela tormenta, era que tivessem logo o que queriam desde o início: Sexo.

Se a curiosidade e o desejo inicial fosse suprido com o consentimento de ambos, então eles poderiam seguir em frente e esquecer aquele assunto. Bem, para eles talvez fosse, mas para Im com certeza não seria tão simples. Por esse motivo, quando o feriado surgiu, aproveitou para organizar a sua fuga. Sabia que cedendo ou não, precisaria escapar por algum tempo, até que as coisas se acalmassem.

Até que Hyungwon e Wonho fossem novamente um casal sem todos os problemas que sua interferência causava.

No dia anterior, entretanto, seus planos de apenas desaparecer foram frustrados pelo chamado de ambos. E, como sempre, Changkyun não conseguia simplesmente ignorá-los. Desde o começo, a presença daqueles dois envolvia o mais novo sem nenhuma trégua, nenhuma chance de fuga. E, mais uma vez, se deixou levar. A proposta parecia óbvia demais em sua mente, a ponto de nem precisar ouvi-la; doeria menos se ele não tivesse que escutar sair da boca daqueles dois sobre o seu desejo de matar aquela vontade de uma vez por todas quando sabia que a sua jamais seria completamente saciada.

Enquanto sentia cada toque, beijo, estímulo e profundo carinho, repetia a si mesmo que havia feito uma boa escolha. Chae e Lee poderiam seguir suas vidas, finalmente, e ele teria sempre a lembrança daquela tarde consigo, e ninguém jamais poderia tirar isso dele.

Agora, precisava apenas seguir em frente e superar aquela dupla paixão. Já estava acostumado a partidas, afinal.

Byunghwa caminhava ao seu lado quando, finalmente, decidiram ir ao festival que ocorria na cidade durante o feriado. O amigo vinha a passos tranquilos, vez ou outra olhando-o pelo cantos dos olhos, até que decidiu dizer alguma coisa.

— Você está estranho.

— Hum?

— Você – cutucou a bochecha do mais novo, bem onde ele tinha uma covinha – Está esquisito. O que aconteceu?

— Ah, nada – deu um sorriso morno – Só umas coisas com a faculdade.

— Você vai mesmo trancar?

Changkyun suspirou. Tinha comentado que talvez tomasse aquela atitude, mas ainda não havia confirmado nada e nem sabia se devia. Pensar em voltar e ter que encarar os membros da república, entretanto, parecia impossível a essa altura.

— Eu não sei.

— Olha, eu 'tô morando em Sunsuhan* agora – comentou – Eu só vim pra passar o feriado também. A universidade de lá é boa e se você quiser fazer a transferência, não vai ficar desabrigado. Meu apartamento é pequeno, mas nós dois cabemos lá.

— Sério? – Changkyun ponderou.

— Claro – Byunghwa sorriu, passando um dos braços ao redor de seus ombros – Acha mesmo que eu teria coragem de te deixar na mão?

O mais novo sorriu de volta para o outro. Park Byunghwa esteve presente durante curtos anos, mas extremamente importantes e esclarecedores. Foi ele quem o ajudou a descolorir o cabelo pela primeira vez – e o resultado foi desastroso – e também o primeiro garoto que beijara no auge dos seus doze anos. Por causa dele, os pais de Changkyun descobriram que, mesmo que Changkyun gostasse de algumas meninas, ele não gostava apenas delas.

Byunghwa mantinha o abraço lateral bem apertado, porque adorava contato e Changkyun não reclamaria porque dividir o quarto com Minhyuk o proporcionou se acostumar com isso. Mas não esperava que ouviria a voz dele tão claramente por ali.

— Changkyun ouviu o grito rouco cortando o ar, resfolegante como se o dono da voz estivesse correndo uma maratona.

E ao virar-se, assustado com aquele chamado tão inesperado, não lhe restou nenhuma opção a não ser arregalar os olhos enquanto sentia o coração parar.

Monsta X estava bem ali, na sua frente, e não pareciam nada felizes.

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*Byunghwa é um dos meninos do Nu'bility, o grupo com quem o chang ia debutar antes de ir pra starship 

*Sunsuhan é uma outra cidade fictícia, assim como Mulbang-ul, criada pelo Juno Wolf. Aliás, vão ler Bring the Heaven

Então galeeeeres

CHANDON MEU AMOR VC ESTÁ LOUCA QUERIDA

MENINOS VÃO LÁ E PEGUEM ELE NA PORRADA E DEPOIS NO BEIJO

Próximo já é o antepenúltimo capítulo 

Espero que tenham gostado xuxus

Beijo no coração e até semana que vem <3

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