O Garoto da Torre

Da matt_escritor635

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Raul em breve fará 18 anos, e o máximo que ele conhece são as paredes frias de seu apartamento, sem quase nun... Altro

PRÓLOGO
Capítulo 01: O Garoto-da-Torre
Capítulo 02: Alguém na Colina-das-Libélulas
Capítulo 03: Cicatrizes que nunca Curam
Capítulo 04: Chamado para Ir Além
Capítulo 06: Bibidi-Bobidi
Capítulo 07: Feliz Aniversário!
Capítulo 8: Lembre-se de Quem Você É
Capítulo 09: Mateus 6:28
Capítulo 10: Quando Tudo Desmorona
Capítulo 11: Mostre-me Quem Você É!
Capítulo 12: Vou Sair do Seu Espelho
Capítulo 13: Rumo ao Desconhecido
Capítulo 14: Sim, Capitã!
Capitulo 15: Todos a Bordo!
Capítulo 16: Pai VS Tutor
Capítulo 17: Novas Estrelas
Capítulo 18: Tudo como num Sonho
Capítulo 19: Agora ou Nunca
Capítulo 20: Fazer o que é Melhor

Capitulo 05: Segredos e mais Segredos

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Da matt_escritor635

Naquela mesma noite, no jantar, Raúl estava sorridente, muito mais do que o normal.

- Por que está tão feliz? - perguntou Evandro, quebrando o silêncio ensurdecedor de todos os dias.

- Não é nada não - disse Raúl, tentando parecer o mais natural possível, porém falhando miseravelmente.

Evandro deu mais algumas garfadas na comida, como se tivesse acreditado, tomou seu copo de suco e levantou da mesa.

- Aonde você vai? - perguntou o Garoto-da-Torre - Não vamos ter aula hoje?

Como ele não ia para a escola, tinha aulas particulares com o tutor, de noite.

- Não... estou com dor de cabeça. - entrou no quarto.

- Como sempre, não é? - disse Raúl, sozinho na sala de jantar, com uma expressão sombria.

Frequentemente Evandro estava com dor de cabeça e se enfiava no quarto, deixando o jovem sozinho pelo resto da noite.

Em geral, Raúl não se importava. Apesar da pouca idade, ele compreendia o esforço enorme que o tutor fazia para poder criá-lo. Com certeza, dor de cabeça era o mínimo que podia acontecer.

Mas, tinha dias em que os sentimentos borbulhando dentro dele tinham que sair. Senão ele explodiria.

BLAM !!! Um punho fechado caiu pesado sobre a mesa. Lagrimas caladas escorriam pelo rosto do pequeno príncipe, ao redor de sua boca, com os dentes cerrados, rangendo.

Aquilo tudo era de mais. O Garoto-da-Torre tomou coragem e seguiu até o quarto de Evandro, para dizer ao tutor tudo o que sentia. Talvez até contasse sobre Liam, e sua vontade de sair para o mundo.

Antes de bater na porta, ele ouviu alguma coisa. A porta estava entreaberta.

- Não sei até quando vou conseguir esconder isso dele... - dizia Evandro.

Raúl resolveu escutar.

- Ainda bem que Raúl não sabe de nada. É o melhor para ele. Não se preocupem, majestades, seu filho está seguro. Não vou deixar que nenhum mal aconteça ao meu menino. - Evandro olhava para umas fotos e, depois, colocando numa caixa e trancando-a com cadeado.

Raúl viu e ouviu tudo. Só não conseguiu ver que fotos eram aquelas.

"Preciso saber o que tem ali", pensou ele.

Raul espirrou.

Evandro levou um susto. Olhou para trás e viu a porta entreaberta.

- Raúl, é você?

O tutor foi averiguar.

Não havia ninguém lá, nem na sala de jantar. Evandro foi dar uma olhada no quarto do pupilo. Encontrou-o lá, lendo um dos seus livros favoritos. Nem percebeu que o tutor estava lá na porta.

Ele respirou aliviado.

Quando viu que estava sozinho, Raúl suspirou e pôs-se a pensar.

"Evandro, Evandro... O que você está escondendo de mim?"

O Garoto-da-Torre foi até a janela, lá tinha um espaço para sentar.

As luzes da Dublin noturna eram hipnotizantes. Pareciam estrelas, só que na terra. Entretanto não superavam as estrelas DE VERDADE. Dava para ver uma boa quantidade delas no céu, naquela noite.

Enquanto as observava, recitou um trecho de um dos seus filmes prediletos.

- "São vagalumes! Vagalumes que ficaram grudados naquela... coisa grande azul-escura." - o jovem se divertiu imitando o personagem.

Depois disso, Liam veio a sua mente. Ele foi o 1º amigo que o menino teve na vida inteira e estava empolgado para vê-lo no dia seguinte. Nesse momento uma estrela cadente rasgou o céu bem na frente dos seus olhos.

Ele não pôde deixar de sorrir.

Voltando seus olhos para o horizonte, Raúl Garcia se lembrou do menino louro correndo ao longo da Avenida Principal.

- Eu vou ser livre! - exclamou, com esperança no olhar.

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