Uma noite em Dead Woods (COMP...

By JosIgor

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Um grupo de estudantes, da SOAD School, decide acampar em Dead Woods logo após a formatura. A estranha flores... More

[NOTA DO AUTOR]
1 | O Blackmoon
2 | Planos na fulga
3 | Dead Woods
4 | Roubo na Salgados & Doces
5 | SOAD School
6 | Ninguém é perfeito
7 | A festa de formatura
8 | À Dead Woods, a armadilha
9 | A primeira vítima
10 | De encontro com a morte
11 | A exposição do assassino
12 | O grito de Lindy
14 | O refém
15 | Blackmoon e seu cúmplice
16 | Disparos
17 | A despedida
Agradecimentos

13 | A armadilha de Blackmoon

99 18 15
By JosIgor

 – Aaah!!!

Um grito agudíssimo e arrepiante penetrou os ouvidos da galera no acampamento.

Esperar? Ou buscá-los? – perguntavam-se, antes de serem interrompidos. Sentiram uma estranha sensação, como se uma pedra de gelo caísse pesadamente em seus estômagos.

– Ouvi o grito de Lindy! – exclamou Yvee.

– Eu também ouvi – falou Derik. – Vocês ouviram agora?!

Todos concordaram assustados.

– O que vamos fazer?! – perguntou Higor, abobalhado.

Logo, olharam para floresta e viram uma pessoa correndo ao encontro deles.

É o Sawyer – pensou Bob, mas logo se deu conta de que se enganara, pois passados alguns segundos, já era possível ver uma longa cabeleira preta, voando rebeldemente contra o vento anestésico.

Era Lindy. Estava viva. No mesmo ritmo em que corria, seus batimentos cardíacos se elevavam. Mas estava sorrindo, embora as manchas pretas que tinha em volta dos olhos, causadas pelo contato das lágrimas com a maquiagem, a deixasse fantasmagórica. Ela sentia uma dor imensa, pois perdera os seus amigos, mas o sorriso que trazia estampado no rosto significava "salvação", porque iria avisar os outros. Mas a felicidade maior era causada pelo fato de estar viva.

Todos andaram um pouco pra frente, ainda aterrorizados. Yvee estava completamente exausta.

Oh meu Deus! O que será que aconteceu? – Essa era a pergunta que compartilhavam, até o presente momento.

Ela foi diminuindo a velocidade. Até que chegou perto de todos, faltando-lhe o ar e com uma tremenda dor nas pernas. Suava. Seu sorriso foi desaparecendo e uma cara de choro foi surgindo. Lágrimas e mais lágrimas foram escorrendo. Eles rodearam-na e tentavam acalmá-la. Lindy começou a soluçar, seus olhos ficaram avermelhados.

Após alguns minutos, o choque foi cessando, permitindo que ela contasse o que havia acontecido, mesmo estando ofegante. Não tinha tempo a perder.

– Pessoal, temos que sair daqui! – disse ela com dificuldade, pois sua garganta estava seca como nunca. Todos se espantaram com a mancha de sangue que havia em seu queixo, mas decidiram ficar somente na escuta. Yvee desviava o olhar às vezes.

– Acalme-se Lind...

– NÃO KAZE! NÃO! EU VI COISAS HORRÍVEIS!

– Então nos conte! – pediu Derik.

Após os berros dela, Kaze sentiu uma onda de culpa a envolver, pois haviam se desentendido momentos atrás, e agora Lindy estava naquele estado. Kaze sentiu a presença do arrependimento, mas aquela não era uma boa hora para se redimir.

Mas e os outros? – alguém sussurrou.

– O Eddy, – começou ela, ainda recuperando o fôlego – o Sawyer... o Gary... e o Deegle... estão... estão... – ela começou a chorar mais. Baixou a cabeça e olhou para o chão, como se alguma força fosse sair dali e possuí-la.

Yvee se desesperou mais e acompanhou sua amiga no choro. Todos já sabiam o que Lindy ia dizer. Até que então, desnecessariamente, ela completou a frase:

– ... estão mortos!

Apesar de saberem o final da notícia, uma aflição atravessou-os. Como se não já fosse suficiente, ficaram mais abalados e eram invadidos pela angústia. Kaze não agüentou também, rompeu seu limite de tristeza e começou chorar. Os rapazes só fizeram cara de espanto, menos Bob, que endurecera o rosto. E não expressava nada, estava gélido, com a boca entreaberta. Engoliu em seco e permaneceu calado. Imóvel.

– Como assim? O que houve? – perguntou Josias, já que todos estavam em choque e não disseram uma só palavra.

– Gente! – disse Lindy, aos soluços. – Tem um assassino lá na floresta! Ele matou nossos amigos! Eu vi! Eu vi! Estão todos mortos!

Meu Deus – Alguém murmurou.

– Um assassino? Você o viu? – interrogou Derik.

Enxugando o rosto com a manga da blusa, agora imunda, Lindy respondeu francamente:

– Sim...

Ela tomou mais fôlego como se estivesse sentindo o aroma de sua comida predileta, seu coração ainda não diminuíra os batimentos.

– Eu e Deegle... estávamos procurando os outros. Daí a gente... acabou encontrando... os corpos deles... amontoados no chão...

Kaze levou a mão à boca. Assim como Yvee.

– Eu vi, quero dizer, nós vimos Eddy, Gary e Sawyer... em pedaços!

A maneira com que Lindy falava era horrivelmente melancólica, transmitia mais desespero, embora fosse simplesmente a verdade. Ela vira seus amigos em pedaços.

Todos ficaram amedrontados. As meninas já ouviram o necessário, pois se escutassem mais referências sobre os corpos, passariam muito mal. Mais do que já estavam naquele instante.

– Lindy você realmente os viu? – Higor quis saber.

Ela ignorou a pergunta, pois já havia falado. E se repetisse, entraria no choro.

– O que estamos fazendo aqui?! Vamos fugir! Imediatamente – gritou Josias, assustando a todos.

– Vamos! – poucos falaram.

Quando alguns rumavam-se para a van. Lindy disse mais algo, desapontada.

– Eu vi Deegle morrendo, e não pude fazer nada! Nada...

– Você não podia fazer nada mesmo, Lindy – Yvee tentou tranqüilizá-la, mas nem ela conseguia controlar os próprios nervos.

– E mais, – continuou Lindy, no mesmo tom e olhando para o gramado – o assassino, quando acabou com ele, o Deegle, escreveu algo na sua testa. Cortou a sua pele... o marcou!

– Ai meu Deus! – gritou Yvee com pavor.

– E o que ele escreveu? Você conseguiu ver? ­– Higor intrometeu-se, estava num estado de apavoramento e curiosidade. Lindy o fitou.

– Sim, eu vi, eram letras, e eu as li – afirmou ela. – Ele escreveu: xereta, na testa dele... xereta...

Yvee fez uma cara de "parem, não precisamos saber disso".

Lindy recomeçou a chorar. Todos ficaram parados e calados, até que o mais inteligente da turma falou algo, estupefato:

– O que disse Lindy? Ele escreveu "xereta" na testa de Deegle? – ela confirmou com a cabeça para Josias, que concluiu. – Gente. Ele o conhecia.

Todos continuaram sem dizer nada. Observavam-no.

– Escutem! O assassino conhecia Deegle. E se fez isso com ele, com certeza fez com Eddy, Sawyer, e Gary também! O psicopata nos conhece! Meu Deus! Ele nos conhece.

O pânico tomou conta do lugar. Todos falavam ao mesmo tempo, tremendo, não só de frio, mas de medo também.

Se o assassino marcou "xereta" em Dee, é porque, com certeza, o conhecia, pois realmente ele era um bisbilhoteiro... isso não pode estar acontecendo! – gritava a mente de Josias.

Ninguém nunca esteve tão surpreendido como ele. Os homens apesar de estarem morrendo de medo, de início, mantiveram a pose de machões, tentando normalizar a situação.

Bem que isso poderia ser uma brincadeira boba, de muito mau gosto, mas queria que fosse – pensava Yvee, trêmula. Segundos depois olhou para a floresta e imaginou todos seus amigos vindo ao encontro deles, sorrindo e falando: "pegamos vocês". Mas isso era impossível. Antes que sua mente pudesse formular mais cenas, Derik falou algo, concordando com o Josias:

– É verdade! O assassino, ou seja lá quem for esse louco, conhece a gente! Ei pessoal! Caiam na real! Estamos em um imenso perigo!

Era impossível fugir da realidade. Só podia ser alguém que os conhecia. E muito bem.

– Gente – tornou Josias a dizer. – Nós só nos conhecemos na escola, certo? – alguns disseram que sim e outros confirmaram com a cabeça. – Então é isso. Se alguém nos conhece tanto assim, para saber dos nossos defeitos, essa pessoa maluca só pode ser alguém que esteve na escola. Conosco! Só pode ser alguém da escola! Isso é óbvio!

Muitos arregalaram os olhos. Josias estaria "viajando" demais?

O choro das meninas ainda era audível. Não haviam parado ainda.

Reuniram-se mais, com os pensamentos abalados.

– Vamos nos acalmar e discutirmos sobre essa crueldade que fizeram conosco – protestou Josias.

– Você está louco?! Vamos sair daqui agora! – berrou Higor, que acabou piorando as coisas, pois as garotas começaram a chorar mais ainda. Ninguém tinha controle sobre a situação. Se alguém os visse, daria risada, pois era um pouco hilário...

Meu Deus – ouvia-se Yvee sussurrar de tempo em tempo.

Todos olharam para Higor e concordaram por sinal, pois queriam ir embora dali. Enquanto estavam vivos. Seria um ato de covardia se não vingassem a morte dos amigos, mas parecia que a fuga já estava combinada.

Quando se aproximaram da van, ouviram um grito bem alto. Que, inegavelmente, expressava dor. Muita dor.

Silêncio.

– Tem alguém na floresta. Alguém está vivo ainda – disse Derik. Bob se atrapalhou em seus pensamentos, reconhecendo o grito ardido.

– É Sawyer? – disse ele, Lindy e Yvee ao mesmo tempo.

– É – confirmou Derik, como se soubesse de alguma coisa. Como se esperasse pela pergunta. – É o Sawyer, pessoal ele ainda está vivo!

Uma esperança surgiu no rosto de cada um. Principalmente de Kaze e Yvee, pois até sorriam, nervosamente, mas sorriam. E finalmente, a corajosa Lindy, parou de chorar.

– Temos que salvá-lo! Temos que fazer isto! Não podemos deixá-lo morrer também! Somos amigos! – dizia ela, sem dar espaço entre as palavras.

Todo mundo respirou fundo, e como se tivessem inspirando a coragem em forma de ar, decidiram que iam salvar o amigo. Um pessimismo atingiu Josias, e o levou a falar algo.

– Saw deve estar de refém... – todos deram atenção a ele. – E se tentarmos salvá-lo e sermos pegos? O assassino está tentando nos atrair. Ele vai torturar Sawyer para irmos salvá-lo. Só Deus sabe o que tem naquela floresta! E se cairmos numa de suas armadilhas?! É isso que ele quer!

A mente de todos estava confusa, como se viajassem em uma espiral colorida.

– Mas não podemos deixar Saw morrer! – retrucou Bob.

– É mesmo Josias! Concordo com o ele – Derik anunciou.

Ouviram mais um grito desesperado de Sawyer, que deveria estar sofrendo muito.

Logo após o terceiro urro de dor, todos chegaram a uma conclusão: o assassino realmente queria que eles fossem lá. Não restava dúvida. O assassino, Blackmoon, queria a todos.

– Vamos nos mexer – disse Derik inquieto. – Temos que pensar em algo...

Yvee não conseguia controlar o choro novamente. Kaze a abraçou.

Josias, Derik e Bob se reuniram entre si, separadamente dos demais, como se fossem discutir alguns lances numa disputada partida de futebol. Higor estava com as garotas, emburrado.

O trio estava planejando algo, com cautela total. Queriam mudar as coisas: de caças para caçadores...

A Lua estava muito grande, com um brilho lindo. O frio não dera trégua, dando sempre a impressão de que a temperatura caía mais.

Sawyer gritou mais uma vez. Dava agonia só de ouvir. Imagine o que ele deve estar sentindo?

– Nós vamos – disse Derik mais seguro do que nunca. – Acabaremos com esse maldito! Vingaremos a morte dos nossos amigos! Custe o que custar! E resgataremos Sawyer!

– Nós vamos entrar lá? – perguntou Higor amedrontado. – Derik, você vai nos levar até a floresta?

– Não Higor. Somente eu, o Bob e o Josias que vamos. Você não vai. Ficará com as garotas, caso aconteça algo de errado no nosso plano – disse ele baixando a cabeça, preocupado.

– Derik! Você não entendeu! Você quer levar o Josias e o Bob para a floresta? Pra quê?!

– Não entendi sua pergunta... você não ouviu os gritos de Sawyer?! Podemos ir lá, salvá-lo. Vamos encontrá-lo ainda vivo! Ou você não quer o seu amigo de volta?!

Higor não respondeu. Apenas apertou os lábios.

O Derik não me engana! Ele quer fazer algo! Algo de ruim ainda está pra acontecer... não confio nele... nem um pouco – pensou Higor revoltado, lembrando-se do murro que levara na cara, bem no meio de seu olho, que parecia inchar. Isso fez um ódio perpassar por seu corpo. Por um momento, queria agradecer de não acompanhá-los naquela floresta horrível, mas ficou de boca fechada.

Um minuto depois, uma seqüência de três gritos aflitos foi ouvida. O último foi o mais longo.

As meninas não queriam escutar, pois isso fazia com que imagens horrendas invadissem suas cabeças.

Apesar de o frio estar castigando-os, mantinham seus corações aquecidos com a aflição e uma espécie de adrenalina incontrolável. Vamos morrer! – pensavam. Uma vontade de correr para o além surgia. A escuridão parecia abocanhar a enorme floresta.

Depois que tiveram certeza de que o psicopata era alguém da Soad School, não paravam de se perguntar: "Quem da Soad School sabia que viríamos? Quem seria capaz de fazer isso com a gente? E por quê?" – as mentes fritavam.

Higor continuou com a cara rancorosa. E sempre pensativo.

Josias e Bob: iscas...

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