LUIZA
Me olho no espelho uma última vez antes de me retirar do banheiro da presidência e seguir até a sala do Noah. A ansiedade para descobrir qual será a sua proposta está tomando conta de cada célula do meu corpo.
Bato na porta, e aguardo alguns segundos antes de finalmente entrar.
― Oi, Noah.
― Bom dia! ― Me cumprimenta.
― Estou curiosa para a sua proposta. ― Me sento a sua frente cruzando as pernas. ― Vai aumentar o meu salário?
― Será que a senhorita está merecendo um aumento? ― Arqueia uma sobrancelha, me analisando.
― Você é um completo mão de vaca, preciso de um aumento. ― Cruzo os braços. ― Faz mais de um ano que você não me dá um aumento, Noah.
― Faremos uma coleção de inverno, e quero você como a modelo principal do catálogo. As fotos serão tiradas na Rússia, o que deve levar cerca de três a quatro dias.
― Hum... Vou ganhar bem com isso?
― Posso pensar.
― A viagem e estadia será por sua conta? ― É sempre bom perguntar, afinal eu não tenho condição financeira para bancar uma viagem no momento.
― Claro. Aqui está o seu pagamento. ― Noah me estende um cheque.
― Até que é uma quantia razoável.
― Razoável? Estou te dando uma fortuna e é isso que fala?
― Eu sei que você tem condições de dar muito mais que isso. ― Me levanto, vendo que Noah está nervoso pela minha provocação. Adoro provocá-lo. ― Nos encontramos no avião, principezinho. Tenha um ótimo dia.
Saio de sua sala seguindo até o elevador, capturando o celular de dentro da minha bolsa, digitando o número da minha prima em seguida.
― Como a mini doçura está? ― Pergunto assim que a minha prima atende a ligação. ― Papai me contou que ela estava resfriada.
― Kamila está melhor, porém, só quer ficar nos braços.
― A noite vou visitar vocês, e ficar horas agarrada ao meu brioche.
Bela dá uma gargalhada.
― Não chame o meu anjinho de brioche, Luiza. ― Me adverte.
― Bela, ela está gordinha como um brioche. Cuide muito bem da mini doçura, se precisar de qualquer coisa ligue para mim ou para os meus pais. ― Meu coração fica pequenininho ao ouvir o choro de Kamila ao fundo. Deveria ser proibido crianças ficarem doentes, ou melhor, qualquer ser humano.
― Não chore, a mamãe está aqui, amor. ― A voz suave da minha prima aos poucos vai acalmando o anjinho. Admiro a Bela mãe, jamais imaginei que ela teria tanta paciência com crianças. ― Até mais tarde, Luiza, o meu brioche só quer ficar agarradinho a mim.
Durante meu horário de almoço fui até a casa da minha irmã visitar Raquel, e como eu já esperava, papai estava lá juntamente com a minha mãe.
Às vezes sinto vontade de me mudar temporariamente para a casa da minha irmã, só para não perder nada do crescimento da minha sobrinha.
Estranho ao ver o andar da presidência completamente vazio. Caminho até a mesa da secretaria de Noah a cumprimentando com um aceno.
― Noah está?
― Boa tarde, senhorita Montgomery! Ele está sim. ― Betty responde ainda vidrada na tela de seu computador.
― Estranho, ele quase nunca permanece na empresa nesse horário.
― Noah não saiu para o seu horário de almoço. ― Esclarece.
Aproveito que Betty está extremamente concentrada em seu computador e sigo até a sala da presidência. Encaro a enorme porta da cor creme e dou algumas batidas suaves, aguardando alguns segundos para poder abrir a mesma.
― Está tudo bem? ― Entro na sala do Noah o encontrando de cabeça baixa. Ele ergue o seu olhar. ― Me desculpe por ter entrado sem pedir permissão.
― Tudo bem. ― Sorri fraco.
― Pode brigar comigo, prefiro você nervoso. ― Me aproximo da mesa dele.
― Quer que eu fique nervoso?
― Você está triste, não gosto disso. Quer conversar? ― Sento-me a sua frente, cruzando as pernas, aguardando que ele me dê uma resposta. ― Vamos, principezinho, além de ser uma ótima modelo eu sou uma ótima psicóloga.
― Estou apenas com alguns problemas pessoais, pode ficar tranquila. ― Sorri passando os dedos entre os fios dourados de seu cabelo. ― Ficou preocupada comigo, Luiza?
― Talvez. ― Pisco, apoiando os cotovelos na mesa de vidro, ficando mais próxima a ele. ― Já almoçou? ― Pergunto e ele nega com um simples aceno. ― Vou pedir que Betty peça algo para você comer, principezinho. Não quero um chefe doente.
― Não precisa, estou sem fome.
― Engraçado, não perguntei se você estava com fome. Você precisa se alimentar, chefe. ― Pego o telefone de sua mesa ligando para a sua secretária. ― Betty, você poderia ligar para algum restaurante e pedir que tragam um hambúrguer com batatas fritas?
― Claro, senhorita. ― Confirma encerrando a ligação.
― Isso não é nada saudável. ― Noah protesta me observando.
― Mas é o que você precisa, nada como uma boa dose de gordura. Você verá a diferença, Noah. ― Pisco.
― Você é simplesmente inacreditável, Luiza. ― Esboça um sorriso.
♥️
Caminho até o meu chefe que está visivelmente irritado pelo meu pequeno atraso. Eu podia jurar que precisava estar no aeroporto às dez da manhã, e não às oito, como fiquei sabendo há alguns minutos por meio de Betty.
Aceno contente para o homem a minha frente, que apenas meneia a cabeça mordendo o lábio inferior.
― Te darei um relógio de presente. ― Noah resmunga, pegando minha mala.
― Bom dia, chefe! Como foi a sua noite? Dormiu bem? ― Cumprimento Noah com um beijo na bochecha, me divertindo com o seu mau-humor.
― Bom dia, Luiza! Sugiro que vista algo mais quente. ― Aponta para o vestido curto que estou vestindo.
― Tudo bem. ― Balanço minha pequena mala de mão. ― Ainda bem que sou uma mulher prevenida e trouxe um conjunto de moletom.
― Uma atrasada, isso sim. Vamos, só estávamos aguardando a senhorita chegar para decolarmos. ― Noah apoia a palma da mão em minhas costas, guiando-me até as escadas que levam até o jatinho luxuoso. ― Não pense que não será castigada por ter se atrasado tanto. ― Sussurra próximo ao meu ouvido.
Será uma verdadeira prova de fogo conter a vontade de agarrar Noah. Não me esqueci da última vez em que estivemos juntos e ele simplesmente me recusou com uma desculpa estúpida. Nada tira da minha cabeça a possibilidade de que ele possa ser gay.
Um sorriso toma conta dos meus lábios assim que entro no jatinho encontrando Pietro e Tayla. Noah não me avisou que eles viajariam conosco.
― Pietro não me disse que você viria. ― Cumprimento Tayla com um abraço.
― Decidi que iria acompanhá-lo de última hora. ― Explica.
― Estava com saudades. Como está os meus meninos?
― Estão ótimos.
Depois de cumprimentar Pietro sigo meu chefe até o meu acento. Noah aponta para o acento do canto.
― Vou conversar com o piloto, volto em alguns poucos minutos. Se quiser vestir seu moletom. ― Aponta para um porta que com certeza é o banheiro.
― Vou me trocar.
Noah estava com toda razão quando falou sobre o meu vestido, parece que o ar condicionado do jatinho está no modo geladeira. Olho para o principezinho que está sentado ao meu lado desejando tomar o seu cobertor.
Decolamos há pouco mais de uma hora, e já estou entediada. Ficar plantada em um único lugar por horas a fio não é algo que eu aprecie fazer.
Olho ao meu redor percebendo que a maioria das pessoas estão dormindo.
― Você está quentinho. ― Deito minha cabeça em seu ombro, puxando uma parte de seu cobertor felpudo.
― Além de atrasada é um tremenda folgada. ― Murmura ajeitando o cobertor em meu corpo.
― Não custa nada dividir o cobertor comigo. ― Deslizo uma mão até o seu peitoral descendo até o seu abdômen esculpido, erguendo sua camisa, podendo sentir o calor de sua pele contra a palma da minha mão. ― O que acha de sexo nas alturas, principezinho? ― Mordisco seu pescoço suavemente, cravando as unhas em sua pele.
― Pare com isso, não estamos sozinhos, as outras pessoas podem nos ver.
Sorrio olhando no fundo dos seus olhos.
Digamos que Noah Matarazzo é um homem diferente dos demais. Fico imaginando quando ele terá coragem de ser ousado comigo, assim como sou com ele. Nunca tive vergonha de demonstrar o meu real interesse nos homens, se eu quero, por que não deixar claro?
― Tudo fica ainda mais excitante. ― Volto a mordiscar seu pescoço.
― Mulher, você não tem mesmo jeito.
Seguro em sua mão, a colocando sobre minha cintura.
― Venha. ― Noah segura em minha mão, entrelaçando os nossos dedos, guiando-me até um outro ambiente.
Lanço um olhar malicioso para Tayla, pois foi a única que percebeu nossa movimentação no jatinho.
Levo um enorme susto quando Noah me coloca contra a parede trancando a porta logo em seguida. Seus lábios quentes logo tocam os meus.
Beijo o pescoço de Noah, abrindo os botões de sua camisa, a retirando. Passo as unhas em seu peitoral, admirando a beleza do principezinho a minha frente. Me ajoelho em sua frente, retirando seu cinto. Sorrio apoiando as mãos em suas coxas torneadas, abrindo sua calça.
― Você será a minha ruína. ― Noah segura em meus cabelos.
― A culpa é exclusivamente sua. ― Mordo o lábio inferior retirando sua calça jeans, sendo presenteada com a bela visão do principezinho vestido apenas com uma cueca boxer branca.
Passo meus lábios sobre seu abdômen, retirando a cueca boxer. Como o principezinho consegue ser tão lindo?
Passo a língua por toda a sua extensão, vendo o desejo explícito no olhar do loiro. O coloco em minha boca, tendo a oportunidade de sentir seu sabor.
Noah segura em minha mão com delicadeza, me ajudando a levantar, beijando-me logo em seguida. Sua língua ávida explora a minha boca com rapidez.
― Principezinho... ― Gemo agarrando seus cabelos dourados. ― O que está esperando para retirar a minha roupa, querido? ― Abro os braços.
O principezinho começa a me despir, me deixando completamente nua. Seus lábios quentes logo vão de encontro ao meus seios, em uma provocação que me arranca gemidos sôfregos.
Comprimo os lábios quando Noah morde levemente o bico do meu seio. Jogo o cabeça para trás, curtindo suas carícias. Ele desce com seus beijos até a minha intimidade, me levando aos céus com a sua língua maravilhosa.
― Perfeita. ― Suas mãos vagam por todo o meu corpo.
Noah me deita na cama, colocando um preservativo posteriormente. Reviro os olhos ao sentir o principezinho me penetrar com uma lentidão torturante. Passo as pernas ao redor de sua cintura o incentivando a continuar.
Durante horas nos entregamos ao desejo que nos rondava há dias.
Começo a fazer desenhos imaginários no peitoral de Noah apreciando o silêncio agradável entre nós. Com toda certeza do mundo o principezinho é um deus grego na cama. Sinto que uma única noite não será o suficiente para que eu me sinta totalmente satisfeita.
Ergo o meu olhar, percebendo que Noah me encara fixamente.
― Não vamos ter uma segunda rodada, Noah? ― Deito minha cabeça em seu peitoral, chamando sua atenção.
― Se quiser podemos ter até uma terceira rodada, Luiza. ― Se vira, deitando-se sobre o meu corpo, distribuindo beijos cálidos sobre meus seios. ― Ainda teremos longas horas de voo.
― Nunca tive um voo tão prazeroso.
― Posso afirmar que esse foi o melhor voo da minha vida.
Encaro os seus belos olhos azuis escuros como o mar em um dia nublado. Passo a mão pela sua barba por fazer, analisando os seus traços fortes.
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Espero que gostem do capítulo.💙
GOSTARAM DO CAPÍTULO? O QUE ESTÃO ACHANDO DESSE CAPÍTULO?
Estou de férias da faculdade, ou seja, teremos vários capítulos.❤ Me perdoem pelo sumiço, quando me sentir confortável venho explicar o que aconteceu.
Entrem no grupo do Facebook: Autora Maria Vitória Santos.
Beijinhos e até o próximo...😘😘😘