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Passaram-se duas semanas desde o dia do apartamento e nunca fiquei tão feliz por ser natal, primeiro porque este ano tinha a oportunidade de passá-lo com as minhas pessoas preferidas e segundo porque o Louis, o pai do Brandon, convidou-nos a todos para ir passar o fim de semana e véspera de natal num acampamento.
Não consegui deixar de sorrir quando sentados à mesa, durante um jantar ele falou do acampamento organizado pela escola e como adorava levar os alunos a conhecer o mundo.
A minha memória transportou-me rapidamente para o mergulho no lago, para o beijo demasiado intenso entre nós e para o início do que dei o nome de: Sou péssima a fingir que não gosto do Brandon.
Entretanto nos últimos dias o Brand foi chamado a tribunal como testemunha do caso do pai e felizmente acabaram por decidir também no mesmo dia a anulação da queixa do Harry o que era das melhores notícias de sempre.
Nesse mesmo dia o Harry entrou na sala onde estávamos e simplesmente sorriu com os seus dentes perfeitos, lembro-me que o gesto causou-me um arrepio.
Ria porquê? Afinal tinha perdido o caso ou melhor nem o tinha conseguido levar para a frente.
Haviam coisas que não percebia, esta era uma delas.
E detestei ver o Brandon tão incomodado com a presença dele, ainda mais, quando o braço do meio-irmão me tocou levemente nas franjas do vestido.
Sem exagero, se não fosse pelo Tevin tinha começado a terceira guerra mundial naquele quarto minúsculo.
Era uma provocação, nada mais...
Tentei sacudir as lembranças da cabeça e pensar na quantidade de coisas positivas que me esperavam pela frente, ir acampar nesta altura era de loucos para alguns, mas para nós era uma arejada de ar fresco.
Estava finalmente tudo a correr bem, o caso dos dois Portman, a relação da família Sprouse com o Brandon era excelente, o meu pai andava mesmo muito feliz depois de ter passado as últimas semanas na companhia da mãe do Dylan, as relações dos meus amigos estão óptimas e até a senhora Olly consegue respirar feliz.
Os amigos de longa data do Brandon também iam connosco, menos a Bella e o marido que não podiam deixar o clube de combate sem ninguém.
-Não achas que devíamos levar qualquer coisa para oferecer? - perguntei à minha melhor amiga enquanto arrumava as coisas na mala.
-Vão praticamente todos nestas férias, duvido que tenhamos dinheiro para isso. - disse com um tom exagerado.
-Não precisamos de comprar nada, podíamos dar algo simbólico.
-Não te preocupes Alice, acredita que estarmos lá é a melhor prenda que podemos dar e eles o mesmo a nós. - sorriu convincente.
Tenho que admitir que era um bom argumento.
-Já guardaste a prenda do Brandon? - perguntou-me descontraída.
Oh não, oh não sabia que me faltava qualquer coisa.
Alice Hill porquê é que és tão distraída?
-Jane!! Esqueci-me completamente da prenda dele, andava tão distraída com os últimos exames e com em garantir que o Brandon estava bem que acabei por me esquecer.
-Não é boa altura para dizer que é muito provável que ele te ofereça algo fantástico, pois não? - riu-se do meu desespero.
-Sou uma péssima namorada! - deitei-me na cama e tapei os olhos envergonhada.
-Alice por favor tu és a melhor namorada que alguém poderia desejar ter, já viste o que disseste? Estavas demasiado preocupada em garantir que ele estava bem, fofinha é normal que te tenhas esquecido. - deitou-se na cama ao meu lado.
Abri os olhos devagarinho.
-Mas e agora? Tenho que arranjar alguma coisa e tem que ser perfeita.
A Jane pensou durante uns segundos.
-Já sei! Podíamos ir ao centro comercial, aposto que descobres lá uma prenda.
-Não sei... o Brandon não é um grande fã de coisas materiais é surpreendentemente antiquado.
-Não custa tentar. - sorriu acalmando tudo dentro de mim.
Desde sempre, para sempre a Jane sempre foi a maior constante na minha vida e devo-lhe muito a pessoa que me tornei.
*
-Despacha-te filho! - o senhor Louis gritou do andar de baixo.
O Kit espreitou pelas escadas.
-Espera qual de nós? - perguntou confuso.
-Os dois, despachem-se os dois! - gritou animado.
Agora foi o Brandon que espreitou pelas escadas.
-Não respondo a ordens. - sorriu. - Mas como quero muita esta viagem está com sorte.
-É bom saber filho. - riu-se do atrevimento do Brand. - Mas se não estiveres cá em baixo nos próximos dois minutos, vou andando com a Alice e tu levas o Kit contigo.
Ele era bom, muito bom até.
Sabia como jogar com o Brandon e isso era muito difícil.
-Nem pensar caralho! - apareceu passado um pouco com o Kit atrás a reclamar com qualquer coisa.
O Kit reclamava de muita coisa, na verdade, começo a achar que toda esta má disposição e bipolaridade é da genética da família.
-Já tens tudo o que precisas amor? - abraçou-me divertido.
Quanta ironia, mas sim agora já tinha tudo o que precisava porque já tinha a prenda dele o que sinceramente foi uma grande guerra para encontrar.
-Tudinho e tu?
-Só preciso de ti Alice.
Podia me habituar a este Brandon, podia mesmo.
-Tens a certeza? - levantei as sobrancelhas à procura de alguma reacção por parte dele.
-Que tu és a única coisa que preciso? Nunca tive dúvidas pequenina, agora anda se não o meu pai ainda nos deixa aqui o que não era assim tão terrível pois não?
*
Chegámos à zona onde íamos montar as tendas, sinceramente este era um dos meus sítios preferidos de sempre, com as grandes árvores espalhadas, o sol quente no céu, o lago muito próximo de nós, no fundo, era tudo perfeito.
Inclusive a companhia, ou melhor, especialmente a companhia.
Estávamos todos aqui juntos e parecia um sonho tornado realidade, todas as pessoas que amo e que acompanharam esta grande jornada dos últimos meses onde cresci mesmo muito, pergunto-me se os meus velhos amigos me reconheceriam?
Sou a mesma Alice não sou?
Mais feliz, apaixonada, com novas cicatrizes e grandes e algumas dolorosas histórias para contar mas valeu tudo a pena e não voltaria atrás em nada do que fiz.
Sei que valeu tudo a pena porque resultou em estarmos aqui todos juntos, até o meu pai e a mãe do Brandon e do Dylan vieram este fim de semana.
É incrível o que o amor pode fazer!
-Podem montar as tendas aqui, pensei em ficarmos separados. Mulheres para um lado, homens para outro. - Louis.
Outra coisa que começava a adorar (como é que me esqueci de dizer-vos), o grande Hill com o Sprouse a falarem e a rirem-se juntos, das melhoras visões possíveis.
-Mas elas são tão poucas! - o Dylan reclamou a olhar insatisfeito para a Jane.
-Exactamente Dylan, nós somos muito mais depois como é que querias dividir? - o meu pai entrou na conversa.
-Mas senhor Hill... - entre o meu pai e o senhor Louis não sei com quem teria mais sorte.
-Vocês dormem os dois com o Tevin, o Kit e o Jack. - apontou para eles. - Ian, Max e Will vocês dormem comigo e com o Louis pode ser?
-Claro velhote desde que não se babem durante a noite. - o Will disse e desatámos todos aos risos, menos os adultos...
Apesar de tecnicamente já sermos todos adultos, pequeno pormenor.
-Mais respeitinho Will, olha que posso ser velhote mas também já fui jovem. Sei muitas formas de te irritar durante a noite.
-É verdade, aqui o senhor Hill adora pregar partidas, se fosse a ti tinha cuidado Will. - abracei o meu pai de lado e sorrimos um para o outro satisfeitos com a vida.
-E que tal começarem a montar as tendas para mais logo irmos todos jantar e dar um passeio. - sugeriu a Olly.
Vai ser um fim de semana com muitas emoções, quase que vos garanto!
*
Olá, tudo bem?
Estou muito entusiasmada para escrever os próximos capítulos, mas infelizmente este não tive muito tempo... espero que tenham gostado à mesma!
Já sabem não se esqueçam de votar e comentar o que acharam :)
Muitos beijinhos!