Primrose ➶ Edward Cullen

By misswoodsday

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❝Prim sabia que Edward Cullen jamais olharia para ela como olhava para Bella Swan, mas isso não dizia nada ao... More

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By misswoodsday

Seu tio lançou a ela um novo olhar desconfiado e Prim não conseguiu controlar o sorriso maroto, mas lentamente sentiu seu sorriso endurecer ao ver Edward se aproximar junto de Bella, eles sorriam um para o outro e pareciam viver como em uma bolha de amor e paixão, exatamente como um novo casal deveria ser. Não conseguiu entender porque a visão a incomodou tanto, mas rapidamente desviou os olhos de volta para seu tio.

Eles iam caçar naquele dia e Alice havia saído para buscar o carro de Bella e deixa-lo no estacionamento para quando ela acabasse as aulas. Prim achou tão atencioso que sentiu vontade de vomitar, porque diabos ele foi buscá-la se não pretendia voltar com ela? Edward não tinha nenhum senso de lógica.

— Oi Prim. — Bella acenou timidamente assim que se aproximou, estavam só Alice e Jasper ali no estacionamento, seu pai voltou para dentro do prédio reclamando sobre Prim ter chutado o pobre Riley de dezenove anos para encontrar um vampiro de sabe-se-lá-qual-idade e Prim lançou um olhar para Jasper antes de acenar com a cabeça para a morena.

— Oi Bella. — Respondeu com um sorriso breve.

Jasper e Edward trocaram olhares por um segundo, até Jasper contar todos os detalhes do encontro para o ruivo. Prim esperou pacientemente a conversa silenciosa acabar para então, erguer um dedo em alerta para Edward, antes mesmo que ele pudesse se queixar de alguma coisa. É claro que ele também havia visto a interação entre ela e Raghe e Prim não estava com vontade de uma nova discussão cansativa movida pelo ciúmes possessivo de Edward.

— Nem uma palavra sobre isso, você sabe, minha vida...

Ele rolou os olhos. — Suas vontades. Eu sei. Eu só me preocupo, está bem? Parece que nem isso você me permite mais.

Prim sorriu, assentindo. — Está ótimo. Mas da próxima seja sensato e me ligue para saber se eu estou bem e se eu quero que você vá me buscar ou quero alguma ajuda. Certo? É assim que funciona, Edward. Não pode se impor sobre mim ou sobre minhas decisões, eu cansei de te dizer isso. Da próxima vez eu não serei tão paciente com você.

Edward torceu os lábios em uma linha rígida, passando os dedos pelos fios cor de cobre. — Você vai me enlouquecer, Prim. É tão difícil me permitir cuidar de você? Vai fazer de você menos auto-suficiente? — Praguejou em russo recebendo um olhar assustado de Bella.

— Não, mas fará de você menos intrometido. — Prim cruzou os braços respondendo-o igualmente em sua língua materna. — Cuide da sua vida.

— Você é parte da minha vida.

Prim sorriu passando por ele e se apoiando em seu ombro para beijar sua bochecha, as mãos de Edward tocaram suavemente sua cintura e Prim sentiu-se diferente enquanto olhava-a tão diretamente. — Você só será um homem menos controlador, Edward. Não é o fim do mundo. — Continuou de forma que Bella entendesse, ela se afastou, olhando-o por cima do ombro. — Acredite, isso vai te fazer ainda mais bonito. E Bella vai agradecer. 

— Eu? — Bella olhou confusa de Prim para Edward e a ruiva balançou a cabeça.

Bella nem mesmo parecia saber como Edward era controlador e a julgar pelo seu modo, é provável que ela nem se importasse com isso e acreditaria ser uma prova de amor incondicional. O que era um completo absurdo, Prim vinha levando muitos anos desde a sua adolescência para tirar manias feias que Edward literalmente havia trazido do século passado, e esperava sinceramente que Bella não visse todas as ideias absurdas que ele tinha como algo normal e romântico. Isso jogaria todo o trabalho árduo de Prim no lixo.

— É, Bella. Você mesma. — Ela balançou a cabeça e Edward bufou. — Nos somos a força! — ela ergueu a mão dando um soquinho no ar e sorriu, afastando-se de volta para as últimas aulas. — Tio Jasper! Não se esqueça de me esperar para ir a casa do Raghe. Eu estou tão curiosa!

Seu tio arqueou a sobrancelha e sem esperar a resposta Prim partiu para o interior do colégio. Bella rapidamente sorriu sem graça, despedindo-se também e adentrando o prédio pelo mesmo caminho onde Prim havia partido.

— Você está incomodado?

Edward olhou-o intrigado. — Não. Porque eu estaria? — Ele voltou a olhar pelo lugar por onde Prim foi e ainda podia vê-la balançando os cabelos ruivos, parecia que a garota fazia o céu cinzento de Forks brilhar com toda a sua cor e vivacidade, mas era impressionante a habilidade que ela tinha de tira-lo da linha, o deixava impaciente, com raiva e a mente fora de si. 

Ela estava sempre batendo o pé e Edward era obrigado a se render às suas vontades, não importava o quanto fosse difícil para ele ir contra os seus conceitos do que ele aprendeu que um homem deveria ser. Primrose sempre colocava tudo abaixo e Edward se via cedendo as suas palavras, aprendendo que nada do que viveu em seus cem anos de idade era o suficiente para agradá-la.

Ainda assim, sorriu pensando na forma como Prim era forte e decidida. Ela o enlouquecia, mas o enchia de orgulho, tentaria mudar o que precisasse se o pagamento fosse vê-la contente. Nunca sabia o que esperar de Prim, porque nada com ela era fácil, havia sempre um 'mas' e sempre que Edward esperava um 'sim', Prim o recebia com um 'não' e vise-versa. Ela era uma surpresa.

— O vampiro. — Jasper sorriu enigmático e Edward arqueou a sobrancelha em dúvida. — Eu não me enganaria, irmão. Você está perdendo tempo.

— Eu não entendo do que está falando, Jasper. — Edward franziu o cenho e pensamentos observadores tomaram conta da mente de seu irmão, Edward viu alguns momentos dos quais se lembrava com perfeição, mas que nunca havia visto pelos olhos astutos de um empata. Viu a forma como ele olhava para Prim e parecia maravilhado, viu a forma como ele sorria sempre que ela sorria ou como ele parecia perturbado diante dos imprestáveis namorados que ela arrumada.

E viu algo perturbador: Ciúmes.

Edward nunca havia experimentado nada parecido, mesmo com Bella, no recente relacionamento, ele não se importava realmente com nenhum dos garotos que pareciam cercá-la. Com Prim, no entanto, Edward sentia o gosto amargo do sentimento, como na noite passada quando sentiu o instinto primitivo de ira tomá-lo ao vê-la nos braços do vampiro desconhecido. Tinha que admitir para si mesmo que uma pequena parcela daquilo foi proteção, outra maior, no entanto, foi o sentimento de posse. Edward não ponderou exatamente suas atitudes, quando viu, simplesmente estava puxando Primrose para longe do vampiro.

Mas nada disso, entretanto, queria dizer que se encontrava tendo sentimentos diferentes por Prim, viu muito na mente dos humanos sobre o amor de um homem para com uma mulher e Edward saberia se fosse o caso. Olhou para Jasper achando a ideia absurda e maluca, quase indecente. Ele criou Primrose. Como poderia ter algum tipo de sentimento de homem por ela?

— Não seja absurdo, Jasper. — Edward finalmente disse dando às costas para o irmão e entrando no carro. Jasper balançou a cabeça, seguindo-o e não respondendo ao comentário. — Ela é só uma criança.

— Irmão, não seja tolo. Primrose é uma mulher, e acredite, enquanto você não vê isso, há outros que vêem.

Edward respirou fundo ignorando a frase de Jasper, recusou-se a ponderar as palavras do empata. Não queria discutir sentimentos com alguém com um dom como o dele, Edward não poderia se perdoar se um dia olhasse para Prim de outra forma. 



A conversa com Raghe era a única coisa na qual Prim conseguia pensar, é claro que todos os vampiros da família Cullen se negaram a levá-la, mas se havia uma coisa na qual Prim ficou realmente boa ao longos dos anos, essa era fazer com que todos os Cullens cumprissem os seus desejos.

Por isso ela demorou mais do que devia na frente do espelho, ficou inquieta sobre o que vestir e um sorriso insistia em tomar seu rosto sempre que pensava no vampiro sexy e loiro.

O que há com as garotas que sempre gostam de um cara mal?

— Acho que você fica bem na vermelha. — a voz de Edward sobressaltou-a e Prim pulou, virando-se de repente para ele. Edward estava de braços cruzados, escorado no batente da porta, observando-a com a expressão concentrada que Prim raramente via em seu rosto.

Prim sorriu, colocando a blusa vermelha sobre a cama. — Vermelho combina conosco, por causa dos cabelos, você sabe.

— Vermelho é definitivamente a sua cor. — Ele comentou aproximando-se lentamente de onde ela estava.

Prim sentiu a boca secar, as mãos tremerem e as pernas balançarem conforme Edward seguia alguns passos para dentro do seu quarto.

— Eu vim me desculpar. — Ele sussurrou parando há alguns sentimentos dela, Prim olhou para baixo, quase incapaz de sustentar o olhar dourado sem pensamentos absurdos tomarem sua mente.

— Desculpas? É isso mesmo que eu escuto? — gracejou em uma tentativa de relaxar. — Tragam o prêmio do ano para esse vampiro!

Edward sorriu, as mãos tomaram as suas e o coração de Prim acelerou como uma banda composta por dez tambores. Ele ainda tinha os olhos sobre os dela e Prim amaldiçoou a si mesma por estar sentindo tantas coisas diferentes e confusas diante do olhar intenso de Edward. Ele já havia, alguma vez em sua vida, olhado para ela daquela forma?

Como se ele realmente a visse? Como se ela fosse mais alguma coisa além de uma criança em seu pé?

— Por tudo. — Ele levou uma das mãos até alguns fios que escapavam da presilha em seu cabelo e ela quase estremeceu. — Eu nasci em uma época diferente, você sabe, na minha época as mulheres não usavam calças e elas não votavam, mulheres não podiam sorrir abertamente ou falar sobre sexo como queriam. — Ele sorriu minimamente. — E então, eu me acostumei a esse mundo, as funcionalidades e modificações desde o século em que nasci e criei-me. Mas acredite, Primrose, nada me preparou para você.

— O que quer dizer?

— Quero dizer que você mudou tudo para mim e ainda continua mudando. Me desculpe... Se às vezes eu torno difícil para você, acredite quando digo que eu estou tentando, todos os dias. Desde que você era uma garotinha e me pregou sobre igualdade de gêneros dentro da residência Cullen... — ambos sorriram com a lembrança e Edward balançou a cabeça. — Eu sinto muito por errar tantas vezes diante de você, mas eu te prometo, que eu sempre estarei disposto a ser o homem que você gostaria que eu fosse.

— Oh, Edward. — Prim sorriu. — Como eu poderia ficar zangada com você depois de um pedido tão elaborado?!

O vampiro riu baixinho e Prim achou que poderia ser o momento exato para tocar sua playlist do amor, porque ela sinceramente, nunca o havia visto tão bonito.

— Você vai conseguir. — Afirmou colocando ambas as mãos em seu rosto, Edward cobriu sua mão com a dele ainda que a pele fosse fria como gelo, ela sentiu-se aquecer por dentro. — E acredite, eu já amo você como é. 

Ambos sorriram juntos e Prim realmente, realmente lamentou que tudo estivesse tão confuso em sua mente. Porque se fosse diferente, talvez, ela poderia mesmo estar apaixonada por Edward.


+++

Oi gente, eu sei que eu sumi e que vocês realmente estavam ansiosas para a continuação da história, espero que me desculpem. E que valha de consolo que eu não abandonei o enredo e pretendo terminá-lo, porém me senti muito sei lá esses tempos, então não tinha inspiração para continuar. Inclusive estava correndo com algumas coisas do meu casamento, já que meu tempo é consideravelmente curto. Enfim, de qualquer forma, eu pretendo terminar o enredo, ok? 

Aliás, eu amei todos os comentários, eles me deram tanta coragem, força e animação para vim completar esse capítulo de hoje! E olha que ele nem saiu grande coisa assim.

É isso, eu espero que gostem.

Como nesse momento eu estou inspirada, eu vou continuar por mais alguns capítulos, então se preparem, é possível que hoje mesmo vocês leiam os próximos.

Beijos! ♥

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