New security ❄ Im Jaebum

By yOverthrow

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Nalu Holyn Wright é uma garota mais que astuta. Filha do tão reconhecido prefeito da cidade e ainda no início... More

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By yOverthrow

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Talvez

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Eu me encontrava na metade do caminho para a fogueira, quando alguém segurou meu braço subitamente. Assustada, olhei para trás, notando que era meu segurança. Como, por Deus, ele havia chegado tão rápido aqui? Parecia tão distraído com aquela garota quando o observei uma última vez e comecei a ir em direção a fogueira. Parecia tão distante de mim. Ou talvez fosse apenas coisa da minha cabeça? Do meu ciúmes? Eu não sabia. Não sabia mais de nada, para ser sincera.

- Onde vai? - ele perguntou. Os olhos atentos me fitavam, mas pareciam um pouco diferentes. Pareciam mais sinceros e calorosos.

- Para a fogueira - respondi. - Estou com frio.

Meu segurança olhou em direção às pessoas envolta da mesma, analisando-os durante alguns segundos e voltou a me encarar.

- Você os conhece?

- Não.

- E está indo lá mesmo assim?

- Por que eu não iria? Só quero me aquecer um pouco. Eu não vou fugir, amigão. Então relaxa, pode voltar a conversar com a garota ruiva de novo, não tem problema.

- Que garota? - ele franziu o cenho, confuso, mas logo notou a quem eu me referia. - Lydia?

Lydia. Então ele sabia o nome dela...

- Não sei, e pra ser sincera não me interessa. Você pode soltar meu braço? Está ventando e se eu não caminhar logo até a fogueira vou morrer de frio.

Eu não estava brincando ao dizer isso. Estava com tanto frio que poderia desmaiar. Sentia minhas mãos formigarem um pouco e o vento gélido doía no rosto. Maldita hora cujo eu havia optado por vir com roupas tão finas, pensei.

- É perigoso, Nalu - ele disse, ao soltar meu braço.

Seus olhos praticamente imploram para eu não ir até lá, mas que seja. Por que eu não posso fazer amizades novas enquanto ele conversa com estranhos também? Por que não posso caminhar até uma fogueira e me aquecer sem ele surtar? É irritante. Vê-lo fingir que se importa comigo quando a verdade está fazendo apenas o seu trabalho é irritante. Me fazer criar expectativas para depois dizer que é impossível é irritante. Ele me olhando com esses olhos castanhos intensos é irritante.

- Perigoso ou não, quem vai pagar as consequências disso sou eu - disse, me virando. Eu iria sim até a fogueira. E iria fazer amizades novas. E acima de tudo, iria me aquecer.

Voltei a caminhar novamente quando senti algo ser colocado em minhas costas. Era o blazer preto do meu segurança. E ela era quente e receptivo, com o cheiro forte do cigarro oscilando contra o perfume.

- Porque você...

- Não quero que morra de frio - explicou. - Como segurança, matá-la é tudo o que menos desejo que acontece com você. Na verdade, em nenhuma hipótese possível eu iria desejar algo assim.

Ele não esperou eu falar algo e começou a caminhar de volta para o bufê. A garota ruiva, Lydia, não estava mais em lugar algum e isso me fez querer acompanhá-lo de volta para lá, ao invés de ir para a fogueira. Me fez querer passar o restante da festa ao seu lado, ao invés de um grupo desconhecido. Mas não o fiz. Eu apenas voltei a caminhar.

- Pensei que ele não fosse seu namorado - o garoto disse, após eu finalmente me aproximar da fogueira. Estava em pé, encarando-me com um sorriso provocante.

- E não é.

- Mas ele te entregou isso - ele apontou para o blazer.

- Você não iria me oferecer a sua também, se esse fosse o caso? - apontei de volta para sua jaqueta de couro, ao cruzar meus braços. - Além do mais, por que tem uma jaqueta de couro, quando os dias aqui são sempre tão ensolarados e quentes?

- Para conseguir atrair garotas como você - uma voz masculina disse. Ele estava perto da fogueira e seus cabelos castanhos claros encontravam-se molhados. Era um dos garotos que eu havia visto no mar antes. - É tudo uma tática que, por sinal, você não caiu. Parabéns.

- Ei... - o garoto começou a falar, mas eu interrompi.

- Obrigada - agradeci, irônica, enquanto cruzava meus braços. - Anos de experiência.

- Acho que você não arranjou uma garota qualquer, Tris - falou, sorrindo.

Ele levantou-se da areia e caminhou até nós. Seu cabelo era longo e um pouco ondulados, estilo praiano. Tinha olhos verdes, era alto e forte, mas não fazia meu tipo.

Ao parar em minha frente, ele levantou uma de suas mãos para me cumprimentar, mas não o fiz. Apenas continuei encarando-o e isso o fez alargar seu sorriso um pouco mais.

- Prazer em conhecê-la, sou o Collin.

- Nalu - foi tudo o que disse.

- Então, Nalu, você irá para festa de hoje?

- Depende. Até agora eu não estava sabendo de festa alguma - sou sincera.

- Tristan ainda não convidou você para ir? - ele ergueu uma sobrancelha, encarando-o. - Bem, tanto faz, então convido eu. Será na minha casa, às nove horas.

- Onde você mora?

- Algumas casas depois da noiva - ele apontou em direção ao bufê. - Topar vir? Será divertido.

Não estava muito no clima de festas, confesso, mas acenei.

Talvez isso me ajudasse um pouco. Talvez me alegrasse.

Música alta e pessoas aproveitando umas com as outras iria me desestressar um pouco. E eu iria, pelo menos por algumas horas, parar de pensar tanto nas coisas ao meu redor. No meu segurança. Nos meus sentimentos.

- Claro, com certeza eu irei.

- Ótimo - sorriu. - Vejo você daqui há duas horas.

- Já estão indo? - indaguei, surpresa. Tinha acabado de chegar.

- Nós precisamos tomar banho nos aquecer de verdade, caso contrário, vamos morrer de frio - Tristan explica.

Ele despede-se de mim após murmurar um "vejo você mais tarde" e confirmo. Tristan parecia ser uma pessoa legal, embora, talvez, eu também pudesse estar enganada. Não o conhecia tanto e, mesmo que esse fosse o caso - como era com Mark -, eu poderia estar enganada. Aparências enganavam-nos o tempo todo. Pessoas, mais ainda.

- Sozinha - murmurei, perto da fogueira. O calor era confortável. - Estou sozinha outra vez.

- Na verdade, você tem a mim - alguém disse atrás de mim. Era o meu segurança. Ele estava com uma taça de vinho branco em uma das mãos e era óbvio que não era para ele, já que nunca o tinha visto beber antes. - Aceita? - estendendo a mão, ele me ofereceu.

Soltei um sorriso enquanto ajeitava seu blazer nas minhas costas e peguei a taça.

- Por acaso está querendo me embebedar, amigão? - perguntei, bebendo um gole.

- Isso não iria acontecer. Sua resistência para álcool é boa - ele sorriu de volta e se aproximou. - Então, fez amizades?

- Talvez - respondi, dando de ombros. - E mesmo que esse não tenha sido o caso, fiz lembranças.

- Com estranhos?

- Com estranhos - confirmei.

Meu segurança soltou um pequeno sorriso sem mostrar os dentes e me encarou. Estava usando somente a camisa branca e a gravata preta, pois seu blazer encontrava-se comigo.

- Você tem um jeito absurdo de conseguir me tirar do sério - ele falou. Mas não parecia bravo. Na verdade, estava tão neutro que era estranho. - Fiquei tão preocupado com o fato de vê-la conversar com pessoas estranhas, embora isso aconteça sempre, que não consegui continuar no bufê por muito tempo.

Por algum motivo, ele parecia um pouco frustrado.

- O que quer dizer com isso? - perguntei.

- Quer dizer que isso foi apenas uma desculpa para eu me aproximar - explicou. Se referia a taça de vinho. - Mas quando notei que estavam indo embora, resolvi esperar mais um pouco. Eu não queria incomodar. Mas eu iria.

Seus olhos eram tão sinceros, que fez meu coração acelerar. Existiam poucas coisas capazes de me deixar nervosa no mundo, e meu segurança, definitivamente, era uma delas.

- Por que me sinto tão inseguro quando você está distante, Nalu? - ele indagou, ao se aproximar ainda mais de mim. - Por que me sinto tão preocupado?

Meu segurança segurou minha cintura e me puxou para mais perto dele. Senti o blazer deslizar e cair no chão, mas não liguei. Eu estava concentrada no fato de estamos próximos. No fato dele estar demonstrando alguma coisa. E na sensação de conforto que isso me trazia.

- Talvez porque você esteja apaixonado por mim, amigão - falei. Minha voz saiu tão baixa que, por breves segundos, pareceu ser impossível ele ouvir tal frase.

Mas meu segurança ouviu. Ouviu perfeitamente.

- Talvez - concordou. Ele começou a aproximar seus lábios dos meus, mas parei instintivamente, deixando-o surpreso. - Você não quer? - perguntou. Seu rosto próximo do meu.

- Quero - acenei. - Mas existe outra coisa que quero mais que isso.

- O quê?

- Saber seu nome.

Se existia uma oportunidade de descobri-lo, agora era a hora.

Ele soltou um sorriso, surpreso com meu comentário e disse:

- Jaebum - falou. - Im Jaebum.

Então ele me beijou, ali mesmo, perto da fogueira e frente ao mar iluminado por conta da lua cheia. E foi lindo. Umas das melhores sensações que tive na vida. A mais real e significante.

O beijo iniciou-se lento, depois intensificou-se deixando-nos sem ar. Foi quando senti sua outra mão segurar minha cintura e ele me aproximar um pouco mais dele, ao ponto de eu sentir seu abdômen novamente, dessa vez, não somente por conta de um abraço.

Seus lábios passavam pelo meu de um jeito diferente e eu sentia cada movimento dele, me deixando levar pela sensação que era tê-lo junto a mim, enquanto desejava que esse foz o primeiro beijo, de muitos.

- Talvez - eu murmurei novamente, quando nos afastamos. Minha respiração estava ofegante, mas me sentia tão feliz quanto nunca estive na vida. - Talvez esse seja o caso, Im Jaebum.

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O casal mais bipolar do mundo é isto

Espero que tenham gostado do capítulo, foi escrito enquanto eu estava entendia logo após QUATRO aulas de matemática scrrr

eu te amo vocês <3

ps: desculpem qualquer errinho.

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