PALAVRAS QUE TRAGO NO PEITO

By R4vena_

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Um livro de poesia para ler e se identificar. As palavras são livres; elas saem por ai voando como pássaros e... More

EM ALGUMA NOITE ASSIM
SE FOR PULAR, SAIBA BOIAR!
CAIU NA REDE, É PEIXE
FIM...
EU TINHA A DOENÇA, MAS ELE ERA O CÂNCER
CARTA DE DESAMOR
OS SETE PECADOS CARNAIS
GANHE-ME
ELE É O PECADO
SOBRE ELE
CORPOS
A PELE EM QUE HÁBITO
O EGOÍSMO DE ALGUÉM
UMA VERDADE ABSOLUTA
ELA É O MAL
A MORTE ERA ELA
PARTIDAS IRREVERSÍVEIS
UNIVERSO
SOBRE COISAS QUE NÃO FAZEM SENTIDO
SE ENXERGUE!
DO PÓ AO PÓ
PESSOAS QUE EU ADMIRO E TENHO MEDO (AO MESMO TEMPO)
A PRAGA
VOCÊ
NÃO DEMOS CERTO
O SORRISO DELE
VOCÊ AMA PENSAR QUE ME TEM
NÃO CONSIGO LIBERDADE DE VOCÊ
A FONTE
O QUE É FELICIDADE?
ALIMENTO PARA A EXISTÊNCIA
ESCOLHAS QUE NOS MATAM
EU ESPERO QUE...
MIGALHAS DE AMOR
BUQUÊS SÃO FLORES MORTAS
NÃO SANTA O SUFICIENTE PARA VOCÊ?
EU DEIXEI SINAIS
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE UMA SUICIDA
RESNASCENDO
NOTA SOBRE ELE
MEU VAZIO E EU
SILÊNCIO
TODAS AS COISAS QUE EU NÃO TE DISSE
ACORDA PRA VIDA!
VOCÊ (parte 2)
IMORTALIZANDO-TE
SEMPRE FUI EU
A MENTIRA DÓI COMO SE FOSSE VERDADE
LAR
NÃO SE CALE!
QUEBRA CABEÇA
ELA SE FOI
NÃO EXISTE AMOR EM VOCÊ
EU SOU GRANDE
VOCÊ NÃO É UM BOM PROFESSOR
MEU CORAÇÃO NÃO É A CASA DA MÃE JOANA
DECEPÇÃO
VIVER
CÁLCULO ERRADO
PRISIONEIRA DAS MINHAS ESCOLHAS
JÁ QUE VOCÊ NÃO É MORADA
NÓS TRÊS
Finalmente voltei a escrever poesia
Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo
O amor não acaba, ele morre
Perder é um ato de coragem
Você nem morreu, mas sinto como se tivesse partido

NÃO É VITIMISMO, CHAMA-SE FEMINISMO!

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By R4vena_

Ela caminha depressa pela rua da desilusão, sua vida depende daqueles passos; passos tristes que a guiam para a decepção. Depravada, com a blusa amarrada e a barriga de fora, contando para o mundo que não precisa de ninguém. Bêbada, manguaça, caída na calçada como um bilhete de cinema pisoteado no chão. 

O filme era bom, a bebida era boa, mas o corpo não. O corpo carregava feridas que a desferi-la nas ruas acima. A tal rua cheirava a doce, mas o gosto era amargo, azedo, como seu interior era agora.

— Sou a capital dos homens arruinados! — gritou ela para quem quisesse ouvir.

Sua herança não fora entregue com rosas e velas. Sua herança fora arrancada dela, assim como suas calças naquele momento, assim como seus gritos, assim como suas lágrimas. Tudo saía, menos o medo, menos a dor, menos o corpo. Esse entrava e com força destruía e desintegrava toda uma nação.

E agora como uma marginal sem religião, ela zumbia rua abaixo, cantando que era assassina de uma facção.  As mulheres com olhares de desprezo, seguravam os braços dos maridos, para que não visse tal depreciação. Já os homens bem faceiros, armados como cavaleiros, juravam jurisdição. 

Mas tudo não passara de uma grande mentira, a culpa era da gúria, que se vestia como uma vadia, mas não queria o cafetão.

No final, ela estava certa, cantando como uma liberta, sem medo da população. Mulheres fortes, sempre foram juradas a morte, por ser donas delas mesmas. Mas antigamente, a religião consumia a mente, dizendo que essa gente, era filha de coisa ruim. 

Até hoje é assim, mulher tem sempre a culpa, e o homem é o certin. 

Mulheres são as bruxas e a sociedade é o estopim.

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