Choque frontal

JoanaBLP tarafından

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Alice Hill era doce, simpática e inocente, era uma rapariga que sabia o que queria. Até que ele chegou e foi... Daha Fazla

Epígrafe
Voltar atrás
Perdida
Encurralada
Arrepiada
Sem limites (+18)
Boatos
Portman?
Rumo certo
Concerto
Beija-me!
Marcada
Envergonhada
Acampamento- Parte 1
Acampamento- Parte 2
Acampamento- Parte 3 (1)
Acampamento- parte 3 (2)
Problemas
Jogo Perigoso
Polícia
Festa (1)
Coração a mil
Descontrolo
Imperfeitos
Concentrada
Rendida
Apanhados
Amigos
Clube de combate
Surpreendido
Coragem
(Re)encontros
Feliz
Tintas
Destruída
O passado do Brandon
Apoio
Noite no cais
Razão ou coração?
Telhados de Vidro
Vícios
(Ex)plicações
Proposta
Recomeço
Surpresa
Tocada
Faculdade
Opostos
PAZ
Kit
Reviravolta
Perdido
|Não estás sozinho|
Aviso
Verdade
Nervosismo
Jack's Birthday
Corpo em corpo
|Viagem de carro|
Verdades Secretas
Confronto
Dama de copas
Um susto
Apartamento
Crescer
Inseguranças
|Onde é que estás?|
Invadida
Amar dói
FIM!
Cena extra
LIVRO 2

Gelado

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JoanaBLP tarafından

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Brandon

As luzes da cidade incomodavam-me e estar fechado dentro de um carro com as mãos atadas deixava-me ainda mais mal disposto. 

Já não era a primeira vez que estava num carro da polícia mas desta vez tinha medo.

-Rapaz o que é que te deu na cabeça para fazeres aquilo ao teu próprio irmão? - o homem fardado perguntou. 

Eram dois agentes e o que não estava a conduzir parecia realmente chateado por lhe ter dado trabalho. 

-Às vezes temos que fazer justiça pelas nossas mãos não acha? 

-A vida costuma fazer isso por nós, o karma é real. - ele abanou a cabeça insatisfeito com as minhas atitudes. 

-Isso é o que as pessoas fracas dizem. 

-Essa coragem toda levou-te muito longe não foi? - o outro agente falou pela primeira vez - Podia estar com a minha família e estou a cuidar de discussões de crianças que não sabem o que é a vida. - disse irritado. 

Ele está mesmo a dizer-me isso a mim?

-Ed tu não conheces a vida dele, concordo que o rapaz devia ter mais calma mas não me pareceu coisas de crianças. Ficou em péssimo estado o outro, mais um pouco e podias lhe ter partido qualquer coisa. 

-Nada que ele não merecesse. - disse secamente. 

-Vês! Uma verdadeira criança. 

-Acha que sou uma criança caralho!? - gritei-lhe completamente irritado - Então experimente passar por metade das coisas que passei, pode começar por ler a minha ficha pessoal ou também não teve tempo para isso seu velho nojento?

-Tem cuidado com o que dizes! - os olhos estavam vermelhos - As vossas fichas são todas iguais são uns miúdos mimados e riquinhos! 

-Ed... - o polícia ao volante tentava acalmá-lo -O rapaz já passou por muita coisa. 

-Duvido muito. 

-Ele foi acusado de homicídio, de posse de drogas e de relações com pessoas perigosas. 

Nenhuma das três era verdade (talvez a segunda), mas desta vez soube-me bem ver a cara de espanto do idiota. 

Quando chegámos à prisão de Seattle o homem empurrou-me contra o carro e disse para ficar quieto, observei-os de longe enquanto tentavam perceber o que fazer comigo. 

O polícia simpático veio ter comigo. 

-Vais passar a noite na prisão para aprenderes a lição, o teu irmão está no hospital levou alguns pontos. 

-Há qualquer coisa que não me quer dizer é o quê? - estava um pouco nervoso.

-Ao que parece ele apresentou queixa contra ti e não sabemos se vais a tribunal ou o caso acaba por ser esclarecido, afinal ele é teu irmão... - o homem parecia confuso. 

-Meio-irmão. - assegurei - E nós nunca nos demos bem. 

-Há mais uma coisa... 

Mais uma coisa?

-Apesar de já seres maior de idade como o caso ficou em família os teus pais foram chamados para prestarem declarações. 

-Declarações? 

-Sobre a vossa relação, o teu irmão insiste que não estás bem mentalmente e que precisas de ajuda médica por isso trouxemos-vos as pessoas mais próximas. 

-Só podem estar a brincar comigo. - respirei fundo - Eu sou mentalmente instável? Porquê é que ninguém percebe que ele fez isto tudo para me incriminar! Ele é que é doido, não eu! O Harry foi atrás de mim sabendo que eu ia estar bêbedo e provocou-me, não tenho provas mas ele próprio o disse. - andei agitado de um lado para o outro na berma da estrada. 

-Não me pareces mau rapaz, mas a verdade é que tudo aponta para que ele seja a vítima. 

Sentei-me no chão e baixei a cabeça, quando eu acho que a vida não me pode correr pior eis que acontece mais uma coisa. 

-Não acham curioso que aponte sempre tudo na mesma direcção? É tal e qual como quando tínhamos 10 anos... 

-Brandon certo? - levantei um pouco a cabeça. 

Estava a chorar. 

Não aguentava mais surpresas, não aguentava mais mal entendidos, não aguentava que toda a gente desconfiasse de mim e acreditasse nele. 

-O que te disse no carro é verdade, a vida pode ser dura mas a verdade vem sempre ao de cima e o karma também. Se estás inocente então nós vamos conseguir ver isso, acredita!

-Ninguém vai acreditar em mim, nunca o fizeram... 

                                                                                                   *

Entrei na pequena sala escura onde ia passar o resto da noite, daqui a nada era madrugada mas eles faziam questão que eu ficasse enfiado lá dentro. 

Estava exausto e furioso com o Harry, conhecendo-o bem o plano deve ter muita mais do que isto. 

A maneira fria com que ele me olhou e disse que eu caí sempre na armadilha... é como se ele soubesse desde o início, sabia o que me  dizer e o que fazer para me tirar do sério. 

E como ajo sempre por impulso aconteceu. 

-Tenho direito a um telefonema. - falei um pouco alto para garantir que os polícias me ouviam. 

-Não tens direito a nada criança, vais esperar pelos teus pais e ficares sossegado ouviste bem? - o filho da puta do polícia que estava comigo no carro disse. 

-Depois pode dizer isso aos meus advogados, aposto que vão gostar de ouvir que o senhor me negou o telefonema, não tem problema de qualquer maneira não gostava de si. 

Ao menos a minha atitude não saiu alterada desta situação toda. 

Com o Harry por perto foi a minha maneira de me proteger, com o sarcasmo. 

-É apenas um telefonema! 

Sabia perfeitamente a quem tinha que ligar, sabia que atendaria ao primeiro toque e sabia o quão decepcionado/a ia ficar. 

Marquei os números a tremer, acredita Brandon...

-Dylan? - ele atendeu ao primeiro toque tal como imaginei.

-Brandon! Meu Deus onde é que tu tens estado? - ele bombardeou-me com perguntas. 

-Dylan meti-me numa confusão com o Harry e estou na prisão, só tinha uma chamada então liguei para ti. 

-Vou já ter contigo, lamento muito Brandon. 

-Poupa-me os sentimentalismos.

-Queres que avise a Alice? - ele perguntou na dúvida. 

-A Alice está com a minha mãe e eles foram chamados para virem cá, por isso ela já sabe e deve estar também a caminho. 

-Eu sei... nós passámos a noite toda à tua procura. 

-Nós quem?

-Eu a Alice, a tua mãe, a Jane, o Jack, o Tevin os rapazes e a Bella e o James. 

-Mas porquê? 

-Porque nos preocupamos contigo Brand. - e sem dizer mais nada, desligou o telefonema. 

                                                                                                     *

Com o cansaço acabei mesmo por adormecer, mas não durou muito porque as vozes no corredor ficaram mais altas. 

-Gostava de ver o meu filho se for possível. - era a voz do meu pai (o que já nem era verdade). 

-Claro Dr.Portamn esteja à vontade, não percebi que era seu filho peço desculpa por não o ter deixado logo entrar. Como está a sua mulher? 

Ele ignorou o polícia irritante e ouvi os passos, sinal de que se aproximava. 

Os piores monstros não são os que estão lá fora são os que vivem mesmo perto de ti.

Este homem era o monstro dos meus sonhos, o meu pai.

-Que mais poderia esperar de ti Brandon? - a voz dele perdida no escuro da cela fazia-me arrepios. -Sempre foste a vergonha da família.

-A mãe? - perguntei baixo. 

-A tua mãe está lá fora, ela sente-se envergonhada pelo filho que tem. 

-Sabe perfeitamente que isso não é verdade. 

Ouvi um riso gelado. 

-Agora já sabes a verdade, admito que me deixa intrigado nunca teres percebido antes que não eras meu filho. 

-O senhor sabe!?

-Achas que a tua mãe me conseguia enganar durante tanto tempo? - agora parecia afectado com a conversa. - No entanto ela aprendeu a lição e decidi aceitar-te com o meu nome, visto que nem o teu próprio pai te queria. 

-Então a minha mãe viveu uma vida de merda ao seu lado só para eu ter uma família? - levantei a voz. 

-Não sejas ingrato! A tua mãe não tinha onde cair morta sem mim e o teu pai era um pintor inútil, não conseguia nem se sustentar a si.  

O meu pai era pintor... tal como eu.

-Parece que inverteu bem a situação, hoje em dia é rico. 

-E mesmo assim não te quis não foi filho? 

-E o Harry? Devia estar preocupado com o seu verdadeiro filho, aposto que ele continua a chorar pela sua atenção. 

-Vamos a seguir ao hospital, mas garantiram-me que estava tudo bem. Rapaz isto não vai ficar assim, aguentei levar com as tuas asneiras vários anos mas chegaste ao limite. 

-Aprendi com o melhor.

                                                                                             *

Olá tudo bem?

Capítulo bem intenso e faltam umas quantas coisinhas para o pesadelo do Brandon acabar...

Digam-me o que acharam como sempre e aceito palpites para o "plano" do Harry.

Beijinhos!!


                                                                                                





                

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