Choque frontal

By JoanaBLP

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Alice Hill era doce, simpática e inocente, era uma rapariga que sabia o que queria. Até que ele chegou e foi... More

Epígrafe
Voltar atrás
Perdida
Encurralada
Arrepiada
Sem limites (+18)
Boatos
Portman?
Rumo certo
Concerto
Beija-me!
Marcada
Envergonhada
Acampamento- Parte 1
Acampamento- Parte 2
Acampamento- Parte 3 (1)
Acampamento- parte 3 (2)
Problemas
Jogo Perigoso
Polícia
Festa (1)
Coração a mil
Descontrolo
Imperfeitos
Concentrada
Rendida
Apanhados
Amigos
Clube de combate
Surpreendido
Coragem
(Re)encontros
Feliz
Tintas
Destruída
O passado do Brandon
Apoio
Noite no cais
Razão ou coração?
Telhados de Vidro
Vícios
(Ex)plicações
Proposta
Recomeço
Surpresa
Tocada
Faculdade
Opostos
PAZ
Kit
Reviravolta
Gelado
|Não estás sozinho|
Aviso
Verdade
Nervosismo
Jack's Birthday
Corpo em corpo
|Viagem de carro|
Verdades Secretas
Confronto
Dama de copas
Um susto
Apartamento
Crescer
Inseguranças
|Onde é que estás?|
Invadida
Amar dói
FIM!
Cena extra
LIVRO 2

Perdido

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By JoanaBLP

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BRANDON

-Mais um copo. - pedi à rapariga ruiva atrás do balcão.

Estava completamente bêbedo, mas não queria que ela percebesse porque precisava de beber mais. 

Passei as últimas hora enfiado num destes bares de merda só com homens velhos e fedorentos a pedirem cerveja e a fazerem-se às empregadas. 

Fodasse neste momento gostava de ser um desses homens.

-Não achas que já bebeste de mais? - ela perguntou-me. 

-Não, agora podes me servir o que pedi ou vais continuar a falar? - revirei os olhos. 

-Às vezes falar ajuda, principalmente se for com estranhos. 

Ela está mesmo a sugerir que eu fale com ela?

-Não preciso de falar, preciso de beber se quisesse ser chateado ou falar não estaria aqui. 

-Então estarias onde? - perguntou curiosa.

Não lhe respondi porque estava a perder a paciência. 

-Ouve vou acabar o meu turno daqui a nada se quiseres ir dar uma volta podíamos falar sobre o assunto, obviamente anda algo a chatear-te. 

-Tenho namorada. - disse secamente.

A Alice não é bem minha namorada, mas considero-a como tal.

Alice!

Ela vai me matar quando perceber o que é que ando a fazer e que estou completamente fudido, mas precisava de estar sozinho. 

Eu tenho um pai, um pai a sério... 

A minha cabeça não pára de andar à roda e sinto-me enojado. 

-Ninguém disse que queria ter algo contigo, credo és sempre assim tão convencido? - ela riu-se. 

-És sempre assim para os teus clientes? Não quero falar e muito menos quero estar contigo. 

-Se reparares, grande parte dos meus clientes são velhos nojentos e às vezes aparecem aqueles empresários que se metem na casa de banho com putas para traírem as mulheres. Como vês, és do mais normal que há. 

-Se isto é assim tão mau porquê é que trabalhas aqui? 

-Porque preciso do dinheiro, nem todos têm a sorte de ter nascido numa família rica. 

-Pelo menos têm a sorte de ter nascido numa família. 

-Então estás assim pela tua namorada? 

A ruiva limpava os pratos e os copos, enquanto de vez em quando olhava para mim à espera de uma resposta. 

-Não, aliás se não fosse por ela estava muito pior. 

-Onde é que ela está então?

-Deixei-a em casa precisava de espaço e sossego algo que tu me estás a tirar. 

-Não vai resultar tratares me mal estou habituada a namorar idiotas. 

-Pelos vistos resultou porque aqui estás tu a falar comigo. - disse sarcasticamente. 

-Ela é mais bonita que eu? - as mãos delas tocaram nas minhas como provocação.

Esta miúda só pode estar a brincar comigo caralho. 

-Se fosse a ti largava-me. - ameacei-a. 

Era bem bonita, com o cabelo ruivo comprido e os olhos azuis, tinha um corpo cheio de curvas e um piercing no mamilo esquerdo que aparecia por de baixo do tecido fino da camisola. 

-Tu estás mal e a bebida não é a única coisa que te pode ajudar, já que não queres falar sobre o assunto podíamos arranjar outra coisa para fazer. 

-Pensei que não quisesses ter nada comigo. - bufei. 

-Menti! És demasiado bonito para deixar passar e estava farta de te ver chorar a beber essas cervejas. 

-Não estava a chorar caralho! 

-Não importa, aceitas? 

Voltei a olhar para ela, não estava nada bem, a minha visão estava turva e precisava de descarregar toda a raiva que tinha contida. 

Cada vez que me lembrava dele, da minha mãe e do Harry o meu coração apertava e a dor aumentava. 

Porquê eu? 

Se tivesse crescido com os meus pais verdadeiros as coisas teriam sido tão diferentes, teria sido feliz, teria cuidado e visto o Kit a crescer, teria tido uma família que me amava e eu a eles. 

Mas as coisas tinham saído completamente ao lado e às vezes é apenas a vida a avisar-nos ou a ensinar-nos que somos umas meras marionetas sem nenhuma importância. 

Então voltei a olhar para ela, só mais uma vez e percebi. 

Percebi que as nossas decisões têm consequências, percebi que não havia nada nela que me cativasse, nem nela nem em nenhuma outra mulher porque nenhuma seria a Alice. 

A Alice merece todo o respeito do mundo e por mais merdas que me aconteçam, não vou perder a única pessoa que sempre foi sincera comigo e que sempre acreditou em mim. 

Por isso vai te fuder vida porque hoje não levas nada meu. 

-Aceito.

Ela sorriu e sorri de volta, a mão dela roçou no meu braço e empurrei o último copo pela garganta já a arder. 

-Aceito outra bebida ruiva, isso é mesmo a única coisa que quero de ti. 

O rosto dela mudou e ficou bem fechado e para melhorar a minha noite ela despejou o copo todo em cima de mim. 

-Perfeito. - disse no mesmo tom sarcástico. 

                                                                                                 *

Sentei-me na parte mais escondida do bar e aproveitei o maço de tabaco deixado por alguém em cima da mesa, precisava de fumar. 

Infelizmente precisava de fumar alguma merda mais forte que tabaco, mas agora tinha que servir. 

O meu riso estava um pouco descontrolado tinha chegado ao ponto de nem conseguir pensar nem andar direito e limitava-me a afastar os copos de cerveja vazios. 

Encostei a cabeça e fechei os olhos, queria chorar por todos as vezes em que não chorei em pequeno com medo que o meu pai visse, que pensasse que era fraco e não servisse para ser um Portman. 

Ao menos não carrego mais este nome terrível, não sou um Portman... sou um Sprouse.  

Imagino que a minha mãe já saiba a esta hora que descobri tudo deve estar desfeita e aterrorizada com o facto de o meu pai descobrir, será que ele sabe?

Olhei para o telemóvel e já passava das 4h da manhã, tinha 20 chamadas não atendidas da minha mãe, 8 de um número desconhecido, 4 do Dylan e mais umas quantas da Alice. 

Abri nas mensagens. 

Alice- Brandon onde é que estás? Por favor liga-me!

Alice- Está tudo bem? Liguei para casa o Dylan disse-me que não estavas. 

Alice- Brandon a tua mãe está aqui... ela está muito mal Brand volta por favor. 

Alice- Brandon responde, estás bem? 

Fechei o telemóvel e como se isto não pudesse piorar eis que o encontro ali, mesmo à minha frente com um sorriso no rosto. 

-Lembrei-me que podias estar aqui irmão, costumas ficar perto dos teus quando as coisas correm mal. 

-Harry o que é que estás aqui a fazer? - estava demasiado bêbedo para isto. 

-Foi difícil encontrar-te, mas como irmão mais velho pensei que fosse importante estar aqui para ti. - sorriu - Aliás meio-irmão, sempre suspeitei que não tivesse o calibre dos Portman. 

-Quando dizes calibre dizes maldade? Não, realmente nunca fui tão mau como vocês os dois embora o pai tenha feito um bom trabalho com isso. 

Sentou-se na minha mesa e pegou num cigarro levando-o à boca. 

-Há coisas que nunca mudam já viste? Tu a seres a vergonha da família e eu a sair em tua defesa. 

-Tu és completamente doente, estás a falar de o quê?

-Disse que te ia encontrar e levar são e salvo a casa, como podes imaginar a mãe está muito nervosa porque o menino dela fugiu a chorar de uma festa. 

-Mas não o vais fazer, por isso qual foi o objectivo? 

-O que é que te faz pensar que tenho segundas intenções?

-Tu tens sempre segundas intenções Harry. 

-Pronto está bem... - encostou-se descontraído. - Estou farto de brincar Brandon, quero a Alice.

O meu punho fechou-se, não aguentava ouvi-lo a falar dela. 

-Tu não mereces a Alice! - gritei esmurrando a mesa. 

-Talvez tenhas razão, mas achas que ela vai continuar contigo depois de descobrir que mataste um homem ou agora que descobriu que ainda tens mais problemas porque foste abandonado pelo teu pai verdadeiro? 

-Foste tu que o mataste seu idiota a Alice pode não saber a história, mas vai acreditar em mim. 

-Como acreditou em ti naquela noite em que a Brie estava em cima de ti? Eu fui bem criativo mas parece que a pequena gosta mesmo de ti.

Chega!

Atirei-me com tudo o que tinha para cima dele e esmurrei-o com todas as minhas forças, queria matá-lo, queria tirá-lo da minha vida. 

-Tu és um merdas Brandon, vais ser sempre o coitadinho e o mau da fita. - disse enquanto sangrava. - Quando fores para a prisão eu tomo conta da Alice não te preocupes, como é que ela prefere ser fudida? 

A minha raiva era tão grande que já só via vermelho, voltei a acertar-lhe com força na cara até ele perder os sentidos. 

Mas antes de desmaiar disse baixinho. 

-Tu cais sempre na armadilha maninho. 

Soltei-o quando dois homens me agarraram e ouvi a empregada ruiva ligar para a polícia. 

Merda!

Eu só faço merda!

                                                                                              *

Olá tudo bem?

Custa tanto escrever sobre a perspectiva do Brandon quando ele está tão triste, tentei ao máximo explorar a cabeça dele, os sentimentos, a confusão interior. 

A única coisa que não há dúvidas é de que o Harry é horrível!

Digam-me o que acharam deste capítulo e não desesperem porque tudo se resolve!

Parabéns @KauanySiqueira1 espero que tenhas um dia muito feliz!

Beijinhossss

P.S- Não se esqueçam de votar e comentar 




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