A Troca

By Alanmartins78

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"Eu os declaro marido e mulher ..." Hinata simplesmente não conseguiu dizer a Naruto que sua irmã gêmea, Hana... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4 (A troca)
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8 - Últimos Capítulos
Capítulo 9 - Últimos Capítulos
Capítulo 10 - Última Semana
Capítulo 11 - Última Semana
Capítulo 12 - Anti-penúltimo (Revelação)
Capítulo 13 - Penúltimo
Capítulo 14 - Final

Capítulo 6

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By Alanmartins78

Capítulo 6

Como Hinata poderia pensar naquele absurdo, envolta em um turbilhão de emoções? Não poderia estar louca a ponto de querer comprometer um pequeno ser, indefeso, com suas fantasias inconseqüentes. De onde tirara aquela idéia de engravidar?
É o seu inconsciente, Hinata. Você não ama Naruto? Então, nada mais natural do que querer um filho dele. Mesmo sem o consentimento do pai. Vai ser como um pedaço dele que você terá para cuidar e amar pelo resto de sua vida. Não poderia esperar por uma dádiva maior do que essa.
Se pelo menos ficasse grávida poderia ter para sempre Naruto a seu lado, personificado em um filho.
Aconchegada no peito de Naruto, Hinata sentiu o rosto queimar e o coração acelerar com a idéia. Um filho seu e de Naruto!
A idéia era boa demais. Pena não ter com quem dividi-la. Se sua mãe ainda estivesse viva, se Hanabi não estivesse tão longe, poderia arriscar a confessar esse desejo maluco. Mas o que mais gostaria, mesmo sabendo que lhe seria negado, era dividir essa alegria com Naruto.
Se engravidasse, o que aconteceria com ela? Talvez não pudesse jamais contar a Naruto. Não queria que ele se sentisse obrigado a cuidar do filho, uma vez que a decisão fora tomada por ela sozinha. E também porque sabia que ele a desprezaria quando soubesse de tudo.
Bem, o que teria a fazer era mudar-se para bem longe. Por sorte, seu trabalho poderia ser feito em qualquer lugar. Suas credenciais lhe abririam portas para lecionar em qualquer escola. E mesmo se não conseguisse trabalho, ela e seu bebê nunca passariam fome. Se seu pai a deserdasse como ameaçara, ainda lhe restaria a herança que recebera com a morte de sua mãe. Não era muito, mas o suficiente para comprar uma pequena casa.
Para sobreviver venderia seu carro e seus móveis. E desde que Hanabi estava morando no México, poderiam vender a casa que compraram em sociedade e com sua parte do dinheiro Hanabi faria uma poupança para garantir seu futuro e o de seu filho.
E ainda lhe restava a possibilidade de vender seus quadros. Por que não tentar? Não teria nada a perder.
Como não era gananciosa, poderia ter uma vida modesta e tranquila com seu querido bebê.
Hinata adormeceu sonhando com aquela possibilidade.

Hanabi era tão diferente do que imaginara, Naruto pensava enquanto a observava dormir. Mais doce, suave, tímida até. E para sua surpresa, gostava muito mais daquela nova Hanabi, mais vulnerável e meiga.
Ela dormia com um leve sorriso no rosto. Parecia uma adolescente, despreocupada e calma. Todos os traços que denunciavam apreensão e inquietude, e que marcaram aquele rosto durante os últimos meses, tinham desaparecido.
Ele roçou os lábios na testa delicada, inalando a fragrância da pele sedosa, deleitando-se com a idéia de que aquela mulher linda, adorável e sexy o escolhera para marido entre tantos outros homens.
Hanabi era sua esposa. Eram marido e mulher. Poderia haver felicidade maior do que aquela?
Uma onda de amor e orgulho tomou conta de seu ser. Estava casado com uma mulher linda e perfeita. E o entrosamento dos dois na cama fora mais que perfeito. Naruto sorriu ao lembrar como ela estava envergonhada em princípio. Mas depois, quando começou a acariciá-la, a vergonha e a timidez desapareceram por completo. E outra Hanabi, sem pudores ou preconceitos, revelou-se em seus braços. Ela foi muito além do que ele tinha sonhado. A paixão que ditava as respostas dela possuía a mesma intensidade que a dele. Ela entregou-se sem reservas, mostrando o quanto o amava.
Naruto passeou o olhar pelos seios mal cobertos, passando pela curva dos quadris, pelas pernas longas, envolvidas pela delicadeza dos lençóis de cetim. Os pés bem-cuidados, pequenos e delicados demonstravam uma vaidade nada exagerada. Olhar para aqueles pés enroscados um no outro foi o suficiente para que uma nova onda de desejos o assaltasse. Jamais se cansaria de desejá-la. Mal podia conter a alegria ao pensar que aquele tesouro era dele, para o resto da vida.
Uma mecha de cabelo caíra sobre o rosto sereno. Com um gesto cheio de carinho ele colocou os fios atrás da orelha dela.
Hinata suspirou e se mexeu. Naruto aproveitou o movimento e tirou o braço que a sustentava. Com cuidado para não despertá-la, levantou-se, colocou a calça do pijama e foi até a geladeira, onde se serviu de mais uma dose de brandy. Com o copo na mão, sentou-se numa poltrona que dava para a varanda e apoiou os pés no canto da cama. Enquanto bebericava seu drinque e ouvia o barulho das ondas do mar, observava sua esposa dormir.
Se Hanabi soubesse o quanto significava para ele! Se ela pudesse ler seu coração e ver que ele transbordava de amor por ela! Um dia seriam exatamente como o casal de idosos do avião. Felizes depois de cinqüenta anos de casados.
Naruto sorriu ao lembrar-se de sua volta para Konoha, um ano e meio atrás, depois de sua estada na Arábia Saudita. Era meados de novembro e ele estava hospedado na casa da avó enquanto procurava um apartamento. Num determinado dia, uma semana depois de sua volta, ela o avisou de que tinha convidado os Hyuugas para jantar naquela noite.

— Você não tem compromisso para esta noite, tem? 

Naruto sorrira.

— Mesmo se tivesse eu o cancelaria. Estou ansioso para revê-los.
— Só virão Hanabi e Hiashi.
— O que aconteceu com Hinata?
— Ora, você não sabe? Hinata tirou licença na escola e está fazendo um curso de pintura na França, com Hidan.
— Não, eu não sabia. Que ótimo para ela — Naruto comentou, um pouco desapontado. Mas todo seu desapontamento desapareceu no momento em que Hanabi e o pai chegaram. Era como se os anos de separação entre ele e Hanabi não tivessem existido. Sua atração voltou com força total. O mesmo fascínio que ela sempre exercera sobre ele estava de volta, mais forte, porém carregado por um apelo sexual que não existia antes.

E pelos próximos meses ele se dedicou a persegui-la. Naruto perdeu a conta do número de vezes em que a pediu em namoro e ela negou. Mas ele foi persistente. Acabou vencendo pelo cansaço.
No dia em que ela aceitou um convite para ir ao cinema, ele a levou para jantar em seguida. Foi uma noite ótima. Completa. Conversaram sobre tudo e sobre todos. Riram muito. Ela o fascinava com sua energia e sua paixão pela vida. Era tudo o que ele precisava. Alguém que lhe mostrasse o lado colorido da vida, alguém que o arrastasse para longe de sua rotina de trabalho.
E foi assim que tudo começou. Daquele dia em diante ele fora implacável. Não a deixava sozinha por muito tempo, para não correr o risco de ser esquecido. Não fora fácil. Hanabi nunca cedia sem muita luta. Mas a paciência e a persistência dele, combinadas com um pouco da ajuda de Hiashi Hyuuga, acabaram por vencer a resistência dela. Assim, no mês de outubro, do ano seguinte ela usava uma aliança de noivado que Naruto colocara em seu dedo e o casamento estava marcado para o verão seguinte. Naruto não queria esperar tanto, mas Hanabi fora implacável.

— Não há pressa, Naruto. São só oito meses e meio. E quero planejar muito bem o nosso casamento. Junho é ideal.

Ele concordara. Mas a espera não fora nada fácil.
Graças a Deus aquela espera agonizante acabara, ele pensou. Hanabi era sua esposa, sua mulher. Com um sorriso nos lábios, Naruto terminou o drinque e voltou para a cama. Cuidadosamente, para não acordá-la, ele a abraçou e a aconchegou em seus braços contra seu corpo. Sentindo-se completo pela primeira vez em sua vida, fechou os olhos e deixou que o sono o envolvesse.
Hanabi espreguiçou e abriu os olhos. Sua primeira visão foi a de Naruto sorrindo, cabelos molhados e penteados, o corpo musculoso enrolado em uma grossa toalha branca, lindo e sexy, sentado numa cadeira ao lado da cama, observando-a.

— Bom dia, dorminhoca — ele disse, inclinando-se para beijá-la no rosto. — Pensei que fosse dormir a manhã toda.
— Bom dia, Naruto. Que horas são?
— Nove.
— Que horas é o nosso vôo?
— Às duas. Eu só estava brincando. Temos muito tempo até lá.

Naruto aproximou-se e colocou a mão sobre o quadril dela, afagando-a com um movimento sensual. Seu corpo reagiu imediatamente ao toque daquela mão maravilhosa. Seu olhar foi preso pelo olhar faminto dele, que subiu lentamente a mão até tocar-lhe um dos seios. O pulso de Hinata acelerou quando o polegar massageou o bico já túrgido de seu seio.
Ele se inclinou e a beijou. Um beijo tão ardente quanto o olhar dele. Seria o prenuncio do ato de amor.

— Espere um pouquinho, está bem? 

Ele sorriu e assentiu.
Hinata levantou-se, pegou a camisola do chão e, sem olhar para Naruto, correu para o banheiro.
Só depois de ter escovado os dentes, penteado os cabelos, lavado o rosto e vestido a camisola foi que ela voltou para Naruto, que a aguardava na cama, o lençol mal cobrindo o corpo nu. A timidez voltou a assaltá-la e seu coração batia forte enquanto se aproximava da cama com passos lentos. Mas no momento em que ele pegou-lhe a mão e a puxou para cima dele, a timidez evaporou-se por completo.
O beijo que recebeu foi um beijo quente, molhado, devorador. Mãos ávidas a livraram da camisola e a prenderam pelos quadris. Quando sentiu a ereção dele dentro dela, o sangue de Hinata correu mais rápido nas veias.
Ela fechou os olhos e se entregou sem reservas às sensações que percorriam seu corpo. O ato de amor foi rápido, urgente e excitante. Hinata estava adorando saber que despertava tanto desejo em Naruto e que ela, somente ela, proporcionava tanto prazer a ele. Quando ele gemeu no momento do clímax, ela se sentiu a mais poderosa das mulheres, o sentimento de domínio era a glória.
Quando a respiração dos dois voltou ao normal, Naruto a abraçou bem-apertado.

— Foi ótimo você ter acordado finalmente. Sentado ali, observando-a dormir, eu a desejava tanto que não sabia se ia aguentar por muito mais tempo.

Hinata riu.

— Não é para rir, mocinha. Não é fácil aguentar a dor do desejo.
— Pobre criança — ela brincou. — Está melhor agora?
— Um pouco. Mas acho bom avisar logo. Minha doença é crônica. Ela vai me atacar muitas e muitas vezes.
— Estou ficando preocupada, parece mesmo sério. Não sei o que vou poder fazer a respeito.

Ele esfregou o nariz no pescoço dela e gemeu.

— Pois eu sei exatamente o que vamos fazer a respeito.

Fingindo estar zangada, Hinata livrou-se do abraço. Ela riu quando ele tentou pegá-la, mas não conseguiu.

— Estou morrendo de fome, querido. Não é hora do café da manhã?
— Você quer dizer que prefere comer a fazer amor comigo?
— Neste exato momento, sim. Preciso recuperar minhas forças.

Com um suspiro exagerado, ele sacudiu a cabeça e levantou-se.

— Bem, se é isso que você quer. — O lençol escorregou e caiu.

Hinata olhou para ele, os olhos se deliciando com o que viam. Oh, céus. Naruto de roupa já era sexy e bonito, porém nu, da cabeça aos pés, era irresistível. Por mais que tentasse, não conseguia desviar os olhos do corpo dele. Era a primeira vez que realmente olhava para ele.
Talvez devesse esquecer o café da manhã e fazer amor outra vez.
Satisfeito com o que o olhar dela deixava transparecer, Naruto perguntou com voz rouca:

— Gosta do que está vendo?

Hinata limpou a garganta e levantou os olhos para o rosto dele.

— Muito. Estou cada vez mais deliciada.

Ele sorriu e caminhou devagar na direção dela.

— Tem certeza de que não quer mudar de idéia sobre o que quer fazer? Quero dizer, ainda prefere o café da manhã?

Ela engoliu em seco, não encontrando sua voz. Por fim, respondeu:

— Sinceramente, acho que vou mudar de idéia. Digamos que a minha fome de amor está cada vez maior. O que você acha disso?
— Presumo que devo tomar todas as providências para você não morrer de fome — ele respondeu, com um sorriso maroto nos lábios.

Como num passe de mágica estavam os dois sob a água morna do chuveiro. Naruto pegou o sabonete e delicadamente passeou sua mão pelo corpo de Hinata. Aos poucos, foi descendo do pescoço aos braços, massageando os seios até a barriga, seguiu as curvas dos quadris e envolveu suas nádegas, quando Hinata emitiu um gemido de prazer. Era o momento de envolvê-la num abraço, trazendo aquele corpo feminino de encontro a sua masculinidade. O amor se fazia presente mais uma vez. Em movimentos cadenciados, ambos eram apenas um vulto, comprometidos apenas com a vontade de se satisfazerem. Saciados, enfim, trocaram carícias e afagos, demonstrando um amor sem limites. Pegaram as toalhas e se preparam para o desjejum, mortos de fome. Hinata sentia-se a mulher mais feliz do mundo.
Às duas horas daquela tarde voaram para Colombé. A ilha vista lá do alto, parecia linda. O lugar mais bonito que Hinata já vira. Um cenário de conto de fadas. O mar azul e as praias de areias muito brancas emolduravam com perfeição o brilho de esmeralda das montanhas combinando com o tom avermelhado do telhado das casas.
Hinata lamentou não ter levado seu material de pintura! Era a artista dentro dela se manifestando. Também, como poderia? Primeiro não planejara aquela viagem. Segundo, era uma impostora tentando esconder sua identidade. Ridículo pensar em seus pincéis naquele momento. Só lhe restava a opção de comprar uma daquelas máquinas fotográficas descartáveis e tirar muitas fotografias. Apesar de não gostar muito de usar fotografia como modelo para suas pinturas, poderia fazer uma exceção daquela vez, dadas as circunstâncias em que chegara até aquele lugar paradisíaco.
Assim que pousaram, foram recebidos por um jovem, que se apresentou como Han. Ele ajudou Naruto a levar as bagagens até um jipe amarelo. A caminho da vila, passaram primeiro pela cidade principal, lotada de turistas pelas ruas, e depois seguiram por uma estrada sinuosa, que acompanhava a orla marítima. Hinata respirou fundo, enchendo seus pulmões com ar puro, impregnado por essências de milhares de flores silvestres. Hinata, que amava flores, deleitava-se com a profusão delas margeando a estrada. Eram orquídeas, jasmins, hibiscos, margaridas e flores silvestres desconhecidas. Brancas, amarelas, vermelhas, roxas, púrpuras: A exótica mistura de cores e formatos, os perfumes que lançavam no ar tornavam o ambiente mais acolhedor. Cada ângulo sugeria um novo quadro, um mais belo que o outro.

— O que você está achando? — Naruto perguntou.
— Estou adorando. É tudo tão lindo, Naruto. Nem sei para que lado olhar.
— Espere até chegarmos à vila. Fica bem na encosta, depois da próxima curva. Olhe, lá está.
— Maravilhosa!

Construída sobre uma pequena colina, com suas paredes rosa - claras e telhas avermelhadas, parecia a casa mais aconchegante do mundo.
Do outro lado, a vista do mar era magnífica.
Hinata ficou em pé no terraço para apreciar a paisagem. Naquele momento, com o sol quase se pondo, o brilho avermelhado que o astro lançava sobre a superfície do mar era algo maravilhoso.
A vila era do tamanho perfeito para acomodar duas pessoas que queriam estar sozinhas. Era composta por uma sala espaçosa em formato de "L", uma cozinha bem abastecida, um banheiro grande com uma enorme banheira e um quarto confortável com uma cama tamanho gigante no centro.

— Naruto, mas isso é o paraíso.

Poderiam ficar deitados naquela cama, ouvindo o som das ondas do mar. Outra opção seria sentarem-se na varanda e deixar os olhos se fartarem com tudo que alcançassem.
Naruto a abraçou. Ela sorriu em resposta ao seu ato de carinho e não pode deixar de notar no olhar dele promessas de um amor eterno.
Obrigada, meu Deus, ela rezou baixinho. Obrigada por esta semana. Agradeço por eu estar aqui com o homem que tanto amo.
E assim a lua-de-mel se estendeu prazerosa. Os dois primeiros dias foram dedicados um ao outro. Fizeram apenas o que tinham vontade, sem horário, sem planejamento. Tomaram banhos de sol, nadaram, comeram, dormiram e fizeram amor insaciavelmente. Hinata nunca imaginara poder ser tão feliz.
Naruto era um homem perfeito, o companheiro que sempre sonhara, o amante ideal.
Ela corava toda vez que lembrava de tudo que faziam juntos na cama. Naruto a fazia sentir coisas que nunca pensou poder desejar. Hinata transformava-se em outra mulher quando se via na intimidade com Naruto. Tinha um fogo dentro do corpo que apenas ele era capaz de apagar.
E seu amor por Naruto crescia a cada dia. A cada vez que se entregavam, descobria a perfeita harmonia que havia entre eles. Naruto tinha o dom de adivinhar seus anseios mais profundos, antes que ela pudesse verbalizar qualquer vontade. Não podia imaginar que sexo fosse tão gratificante, principalmente com Naruto, carinhoso e sensual. Suas barreiras eram facilmente derrubadas com um simples beijo de seu amado. Pareciam, mesmo, feitos um para o outro. Como seria se Hanabi estivesse em seu lugar? Da mesma forma como a pergunta veio a sua mente logo foi embora quando pensou nas noites de amor e sexo dentro das quatro paredes do quarto. Hinata era ávida por prazer e Naruto satisfazia-a completamente. Também aprendera muito da arte do amor, visto que ele lhe ensinava os caminhos para uma satisfação plena. Tanto aprendera, que na noite anterior a iniciativa do ato sexual fora dela. Ela aproximara-se e o abraçara por trás. Descendo as mãos lentamente, ela acariciara o membro dele. A ereção fora imediata.
Em segundos tiraram as roupas. Pareciam desesperados, loucos um pelo outro. Nem chegaram até a cama.
Terminado o ato, Naruto a levantou do chão e a carregou até a cama. Ficaram deitados nos braços um do outro e conversaram por um longo tempo. Era o momento preferido de Hinata: ficar aconchegada nos braços dele, depois de saciados, conversando.

— Eu sabia que seria assim entre nós — Naruto comentou, sua mão acariciando-lhe um dos seios.
— De que jeito? — Hinata perguntou com voz preguiçosa. Amava quando Naruto a tocava. Jamais se cansaria de ser acariciada por ele.
— Você sabe como.

Abaixando a cabeça, ele substituiu a mão pela boca. Hinata prendeu a respiração, sentindo o desejo ressurgir dentro dela. Fizeram amor com vagar, deliciando-se com cada momento, com cada carinho. Quando estavam chegando ao clímax, ele olhou bem dentro dos olhos dela e esclareceu:

— Eu sabia que seria deste jeito. Jamais nos satisfazendo com o que conseguimos um do outro. Insaciáveis. Inseparáveis. Você me quer tanto quanto eu a quero, não quer?
— Mas do que minha própria vida — ela declarou antes que a boca dele se fechasse sobre a sua.

— Hoje vamos praticar um pouco de windsurfing— Naruto anunciou na manhã do terceiro dia.

Hinata perdeu a voz. Morria de medo daquele esporte náutico. Nunca conseguia controlar direito a vela, acabava sempre na água.

— Tem certeza?
— Por que o espanto? Você adora esse esporte.

Hanabi é quem adorava windsurfing. E agora, como sair daquele impasse sem se denunciar?

— E que eu. Da última vez que pratiquei acabei passando mal depois.

Qualquer desculpa valeria para livrar-se daquela situação constrangedora. Não poderia ir em hipótese alguma, Hanabi tinha muita prática e Naruto sabia disso. Mas ela.

— Quando foi isso?
— Em abril. Você estava viajando — Hinata emendou desesperadamente.
— Bem, se você não quer, posso cancelar a reserva das velas. Por mim, está ótimo assim. Eu só estava tentando agradar você.

O alívio foi tão grande que deixou Hinata com as pernas bambas.

— Eu sou feliz, Naruto. Muito feliz. Eu até diria que sou a mulher mais feliz do mundo.
— Hinata sabe onde estamos?

A pergunta de Naruto pegou-a de surpresa. Estavam almoçando no terraço de um restaurante famoso da cidade.

— Sabe, sim.
— Talvez ela ligue para você aqui.
— Não acredito — ela respondeu, evitando os olhos dele. 
— Por que não?
— Acho que ela não vai querer nos perturbar em nossa lua-de-mel.

Naruto tomou um gole de sua cerveja e assentiu.

— Você está certa. Hinata sempre considerou muito os outros.

Hinata baixou os olhos para o prato para esconder a expressão de culpa estampada em seus olhos. Qualquer um poderia ver, até mesmo um homem cego pela paixão como Naruto.

— Seu pai deve estar furioso com ela por ter fugido assim.
— Ele ficou muito decepcionado.

Se Naruto continuasse falando de "Hinata", ela, a verdadeira Hinata, não conseguiria terminar seu almoço. Era muito penoso ter que fingir e não denunciar suas mentiras.

— Será que ele teria ficado com tanta raiva assim se fosse você quem tivesse fugido?

Hinata engoliu seco.

— Já pensei nisso — ela comentou. Pejo menos era verdade e assim pôde olhar sem culpa para os olhos dele.

Naruto serviu-se de mais uma porção de peixe. Seus olhos azuis estavam pensativos.

— Isso incomoda você?
— O que me incomoda?
— Saber que foi sempre a preferida de seu pai?

Hinata não sabia como responder àquela pergunta. Não tinha a menor idéia de como Hanabi se sentia sobre o assunto. Apesar de serem grandes amigas e contarem quase tudo uma para a outra, nunca falaram sobre a preferência do pai por Hanabi. Por isso, ela decidiu responder a pergunta dele de acordo com seus próprios sentimentos.

— Incomoda, sim. Bastante.
— Eu não consigo entender nem aceitar essa atitude dele em relação a Hinata.
— Acho que ele não faz isso de propósito. Não dizem que os pais sempre têm seu filho favorito? O que não quer dizer que não amem os outros com a mesma intensidade. Acho que é mais uma questão de identificação, afinidade, sei lá. — Aquela era a justificava que havia muito Hinata encontrara para se consolar com a discriminação de seu pai. — Quero dizer, sei que papai é muito diferente dela.
— Você tentou alguma vez falar com ele sobre isso? 

Hinata negou.

— Por que não?

Havia um brilho diferente nos olhos dele, alguma coisa como. acusação. Hinata ficou com medo de estar vendo coisas através dos seus próprios olhos. Se fosse mesmo acusação, aquilo era muito importante para ela, pois significaria que Naruto, afinal, via algum defeito em Hanabi. Foi impossível evitar a onda de felicidade e esperança que a assaltou.

— Por que acho que é Hinata quem deveria falar com papai.
— É verdade. Ela precisa tomar uma atitude mais ousada pelo menos uma vez na vida. Nunca entendi porque ela deixa que seu pai a amedronte do modo como ele o faz. Mas acho também que você deveria. — Ele parou abruptamente. — Desculpe-me. Eu não deveria estar falando nada disso. Não é da minha conta.
— Claro que é da sua conta.

Ele negou com um gesto da cabeça.

— Não, não é. O seu relacionamento com sua irmã e com seu pai é problema seu. Eu penso assim porque acho que o meu relacionamento com minha avó é problema meu.

A integridade e a decência sempre marcaram o caráter de Naruto. Como encará-lo quando sua consciência acusava-a por estar mentindo tão acintosamente para ele?
Oh, meu querido e amado Naruto. Espero que não me odeie pelo que estou fazendo. Tenho fé de que um dia você entenderá minhas razões. É tudo que peço.
Continuaram em silêncio por um tempo. Hinata remoendo sua culpa e Naruto arrependido por ter se metido em um assunto que não lhe dizia respeito.

— É estranho, mas não consigo imaginar Hinata fugindo daquele jeito. Não é típico dela. Por mais que eu tente, não consigo entender.

Hinata suspirou resignada. Preferia não continuar falando daquele assunto, mas como evitar?

— É difícil mesmo de entender. Mas do modo como as coisas aconteceram, ela não tinha outra saída.
— Por que não?
— Bem, eu não contei toda história a papai. O que aconteceu foi que Konohamaru foi até a igreja, imagine só, até a igreja e implorou para que ela fosse com ele. Ele estava indo embora para o México, mas não conseguiu deixá-la em Konoha. Faltava menos de meia hora para a cerimônia começar e ela não queria.
— Entendo tudo isso. Mas mesmo assim ela poderia ter falado com seu pai. Seria a coisa certa a ser feita.
— Ela não queria preocupá-lo bem na hora do casamento.
— Isso não faz sentido.

Não fazia mesmo sentido, Hinata pensou com tristeza. Ninguém entendia aquela fuga que não se justificava porque quem fugira fora Hanabi. Hinata não teria motivo algum para fugir tão covardemente.

— Acho que foi o impacto do momento. Ela agiu por impulso. Foi um momento de emoção muito forte. Por um lado, o casamento que ia começar e por outro, Konohamaru insistindo que ela fosse com ele naquele instante.
— Ele não me parece nem um pouco confiável. 

Hinata estava se sentindo a pior das mulheres. E quanto mais Naruto falava, mais miserável sentia.

— Não podemos julgar aqueles que não conhecemos, Naruro. A única coisa que tenho certeza é de que o sentimento entre eles era muito forte. Ele precisava ir embora de qualquer jeito e ficou com medo de que se não levasse Hinata com ele naquele momento, nunca mais ficariam juntos. E havia também a possibilidade de papai dissuadi-la da idéia se fosse falar com ele.

Naruto pareceu querer dizer alguma coisa mais, depois encolheu os ombros.

— É, acho que você está certa. O fato é que jamais esperei que Hinata agisse assim. Ela foi sempre tão direta, tão franca, que essa atitude me surpreendeu.

Ela, franca e direta? Meu Deus, se ele soubesse!

— Você acha que eles se casaram?
— Acho que sim. Pelo menos é o que espero. 

Alcançando-a com as mãos sobre a mesa, ele afagou-lhe o rosto num gesto carinhoso.

— Bem, nesse caso espero que ela seja feliz, E se forem a metade do que somos, então Konohamaru é um homem de sorte.

A alegria que ela sentiu por aquela declaração tão linda foi abafada pela dor da perda que viria em mais alguns dias. Uma dor que já começava a se manifestar e que seria sua companheira pelo resto da vida.
Não ligue para o sofrimento, Hinata. Você é forte e sempre suportou as dores da vida. E o privilégio de estar aqui com Naruto, dividindo seu amor com ele, vale qual quer sacrifício.

— Eu te amo — ele falou baixinho, sorrindo para ela.
— Eu também te amo — ela respondeu, a voz presa pelo nó que se formou em sua garganta.
— Podemos ir? — ele perguntou, ao pé de seu ouvido, a voz cheia de paixão. — Estou sentindo um desejo brotar dentro de meu coração, que está se tornando incontrolável.

Hinata sentiu a respiração acelerar quando ele esfregou o rosto contra a sua orelha, roçando a parte sensível com a ponta da língua.
Ela concordou só com um balançar de cabeça. Naruto deixou uma nota de vinte dólares sobre a mesa e, de mãos dadas, saíram do restaurante.

Continua...

O amor é lindo, como queria que o Naruto descobrisse que é a Hinata e não a Hanabi 😔❤ !! E esse foi o capítulo de hj!! Oq vcs acharam!? Até o PRÓXIMO CAPÍTULO DE A TROCA!!

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