speaking in bodies // larry s...

studyrainballs tarafından

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Harry odiava seu mais novo vizinho o suficiente para não ser capaz de dizer o quanto queria ele longe de sua... Daha Fazla

Cats
Prólogo
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studyrainballs tarafından

 Harry estava sentado num dos sofás da sala quando Louis apareceu, após ter acabado de lavar as poucas louças que haviam sujado naquele jantar não-planejado. Styles havia escolhido um canal onde passava um filme que Louis jurava já ter assistido antes, e o pequeno sorriso no canto dos lábios do rapaz mais novo denunciava que um pensamento extremamente parecido passava por sua mente.

Tomlinson resolveu aconchegar-se logo ao lado do rapaz dos olhos verdes, que se mantinha numa postura ereta, como se ainda estivesse envergonhado o bastante para não se esparramar contra o sofá, ou apoiar seus pés pelo estofado, ou permanecer em qualquer posição que o fizesse ficar confortável o bastante para apreciar aquele filme. Entretanto, talvez Harry apenas gostasse de permanecer daquele jeito, mesmo que ficar numa postura tão justa parecesse ser um sacrifício para os olhos – e a coluna – de Louis, que já não conseguia imitar o rapaz mais novo e logo levantou uma de suas pernas, apoiando-a sobre as coxas unidas de seu vizinho. Harry lançou um olhar confuso na direção de Louis, antes de revirar seus olhos de um jeito desleixado e deixar suas mãos descansando sobre a perna estendida de Louis.

Ficaram assistindo ao filme em silêncio, com parte de seus corpos apoiados um no outro e a visão ainda turva por conta do excesso de bebida ingerida. A comédia romântica estava pela metade, porque quando Harry achou aquele canal, infelizmente o filme já havia começado. Mas não foi nenhum problema para ambos, que apreciavam aquele conteúdo da televisão como se estivessem realmente interessados, sendo que a atenção de Louis estava quase que totalmente voltada para as mãos de Harry ainda apoiadas sobre aquela sua coxa.

Os dedos do rapaz dos olhos verdes passaram a fazer movimentos lentos e suaves sobre a calça de tecido macio que Louis vestia, e Tomlinson teve que realmente estreitar seus olhos na direção da televisão para que simplesmente não tentasse tocar o corpo de Harry de alguma maneira, numa forma de retribuir aquele pequeno carinho.

Houve um momento em que a cena de um beijo entre o casal protagonista estampou a tela da televisão, do mais previsível jeito que uma comédia romântica costuma funcionar, o que fez com que Harry virasse lentamente sua cabeça na direção de Louis, encarando o rapaz dos olhos azuis fixamente por alguns instantes e observando o mais velho ainda focado no filme.

Após assistir a tal cena, Louis lembrou-se de que se tratava do mesmo filme que ele inconscientemente havia assistido naquela madrugada em que acabou pegando no sono com a pequena caixa de comida chinesa em seu colo.

Styles não conseguiu tirar seus olhos de Louis até que tivesse a atenção de seu vizinho para si. Tomlinson exclamou algo animado, voltando-se para Harry, a fim de compartilhar aquela sua mais nova descoberta, mas acabou mudando de ideia quando percebeu o olhar petrificado do mais novo em sua direção.

Permaneceram calados, com o filme rodando em segundo plano para aquela cena que subitamente havia ganhado mais importância. Louis passou então a retribuir o carinho que Harry fazia em sua coxa com os rodopios que ele dava com seus dedos nos cabelos da nuca do mais novo, enrolando-os em suas mãos e afagando-os momentaneamente, até decidir puxar Harry para mais perto usando aquela parte do corpo do rapaz dos olhos verdes e só parar ao sentir suas bocas se encostando.

Por mais que nem ao menos tivessem prestado tanta atenção assim quando aquela cena aconteceu no filme, o beijo iniciado ali era parecido com o daquele casal da comédia romântica. Lento e suave, como se ambos estivessem pedindo permissões indiretas para avançarem para o próximo passo, sem pensarem nos outros beijos que já haviam dado. Era sempre tudo diferente quando se tratava de Harry e Louis. Sentiam como se fossem imprevisíveis o bastante para não conseguirem dizer o que viria a seguir, e até mesmo um simples beijo poderia guardar uma carga enorme de expectativas.

Afinal, Harry e Louis eram tão cheios de altos e baixos que eles não sabiam se poderiam esperar por um riso no final daquele beijo, ou uma cara emburrada vinda de algum deles. Mas o que nem Harry e nem Louis esperavam era o fato de que seus corpos começariam a instintivamente agir em resposta a todo o efeito causado por aqueles toques, e o primeiro a reagir de alguma forma seria Louis, quando decidiu jogar-se sobre um Harry sentado, passando suas pernas pelas coxas unidas do rapaz mais novo e posicionando-se estrategicamente naquele colo.

Apesar do peso sobre seu corpo, Harry não reclamou. Pelo contrário, não demorou muito para que o rapaz dos olhos verdes rastejasse suas mãos até a área da cintura do mais velho, adentrando a camiseta de Louis e roçando suas unhas curtas contra a pele macia daquele quadril.

Harry segurava Louis firmemente, e era como se cada movimento que faziam fosse metricamente calculado de acordo com a intensidade daquele beijo. A cada vez que os dedos de Harry pressionavam ainda mais contra a cintura de Louis, ambos quase afogavam-se na boca um do outro, respirando ofegante e se remexendo no lugar onde estavam. Styles ficava cada vez mais inquieto justamente porque Louis já não conseguia se conter de uma forma que permanecesse parado sobre o colo de seu vizinho.

Não era algo planejado e esperado por ambos, mas juntando toda a empolgação que pegaram emprestada daquela comédia romântica, mais a leve embriaguez de vinho e mais o detalhe de que Louis e Harry se encontravam numa situação agradável o bastante um com o outro – acrescentando ainda o fato de que eles constantemente estavam tendo aqueles encontros que sempre envolviam beijos ou flertes descarados, e naquela altura da competição diária que era a vivência daqueles dois vizinhos, era de se esperar que, mais cedo ou mais tarde, algo do tipo acabasse acontecendo.

Então foi apenas questão de alguns segundos depois que Louis sentou sobre o colo do rapaz dos olhos verdes, para que ele começasse a rebolar sobre o quadril de Harry sem nem ao menos perceber os movimentos que seu próprio corpo fazia. Tomlinson só foi ser capaz de notar o quanto estava empenhado em fazer o rapaz mais novo sentir toda a fricção e o calor que seus dois corpos juntos conseguiam emanar, quando ouviu Styles arfando alto por entre aquele beijo incessável, a ponto de gemer a cada vez que suas bocas descolavam uma da outra por mínimos instantes.

Louis estava totalmente derretido e Harry já nem ao menos sentia que se encontrava na forma de qualquer matéria maneável. Era como se todo seu corpo tivesse se transformado em pequenas bolhas e a cada toque que Louis lhe proporcionava, uma parte enorme de si estourava e evaporava para longe, sem previsão de retornar para aquela realidade. E aquilo fazia com que se empenhassem cada vez mais na tarefa de transportarem seus corpos para seja lá qual fosse a dimensão que planejavam ir, num ritmo parecido e alinhado, e enquanto Tomlinson se esfregava contra o colo de Harry, o rapaz dos olhos verdes não parava de deslizar suas mãos pelas costas do outro, vez ou outra deixando alguns leves arranhões avermelhados sobre sua pele.

Ambos já se encontravam totalmente sem ar e sem saber mais o que fazer. Harry tentou facilitar a tarefa que unicamente havia dado para seus dedos de trilhar o corpo de Louis com toques e arranhões, agarrando a barra da camiseta que o mais velho vestia e puxando-a para cima, logo deixando Tomlinson parcialmente despido. O rapaz dos olhos azuis deu um sorriso divertido antes de voltar a beijar Styles, que retribuiu aquele gesto ao mesmo tempo em que voltava a espalmar suas mãos sobre o peitoral descoberto rapaz.

Louis já não aguentava mais apenas puxar os fios compridos de cabelo de Harry e sua agitação era desesperadamente notável, o que fez com que Styles puxasse sua própria camiseta para cima, logo livrando-se daquela peça de roupa e deixando-a aterrissar em algum lugar desconhecido do chão daquela sala.

Parecia que suas línguas queriam continuar unidas a todo custo com os beijos urgentes que davam. O centro de seus lábios começava a adormecer e a quentura de suas bocas fazia com que uma troca de temperaturas elevadas acontecesse a cada vez que elas internamente se encontravam. Era até mesmo patética a forma como seus atos desesperados faziam, vez ou outra, seus dentes tilintarem com um pequeno choque causado no ato, ou fazer Louis sentir uma enorme vontade de sugar o lábio inferior de Harry antes de cravar-se ali, numa mordida leve, vendo o mais novo gemer abafado logo em seguida.

Possivelmente acabou ficando visível o fato de que Louis já não queria – ou pretendia – abandonar o colo de Harry tão cedo assim, muito menos deixar de senti-lo contra seu corpo de uma forma tão unida como aquela. Estavam tão colados, a ponto de que o mais velho fosse capaz de perceber o quão afetado Harry estava por conta de todos aqueles movimentos em conjunto que faziam durante os beijos que trilhavam um no lábio do outro. Tomlinson entrecortou o beijo para sorrir levemente ao notar que havia uma ereção escondida dentro da calça de Harry, e o rapaz dos olhos verdes, ao se dar conta do motivo do sorriso de Louis, apenas rendeu-se ao fato de que tudo que ele mais desejava naquele instante era continuar tendo seu vizinho montado em seu colo, e acabou sorrindo também.

Louis quebrou aquele beijo com um suspiro profundo e um leve puxão num punhado de cabelo de Harry. Havia saliva molhando todo o contorno de sua boca, e a hipótese instantaneamente formada em sua mente de que seu vizinho se encontrava na mesma situação pôde ser comprovada ao encará-lo por apenas alguns instantes e perceber o quão úmida e brilhante aquela boca rosada estava.

— Está tudo bem para você se continuarmos com isso? – o rapaz dos olhos azuis indagou, preocupado com o que Harry estava achando daquelas suas carícias no sofá da sala. Sua voz soou num tom tão natural, que se Louis tivesse prestado atenção nesse detalhe, acabaria ficando chocado com o quão calmo ele parecia estar.

Isso porque Harry era um ser dotado de inúmeras características – tanto físicas, quanto psicológicas – boas e intrigantes o bastante para que confundissem o cérebro de Louis em um nível que era capaz de deixa-lo babando num canto, com a têmpora transpirando e gotas de suor pingando de seu queixo por puro nervosismo. Harry era lindo, nas mais variadas formas que ele conseguia ser. Conseguia ser lindo ao agir como um completo estúpido, com uma falsa castidade embutida em seu semblante pálido ao perguntar ao seu vizinho recém-chegado se ele poderia lhe emprestar uma xícara de açúcar. Parecia que havia saído da cena de um filme para adolescentes que ainda possuem aquela mínima faísca de esperança amorosa, mesmo soando como um babaca atirado. Também continuava lindo ao gritar com Louis ou fazer aquela cara de bravo que consistia em suas sobrancelhas se esmagarem até chegarem em seus limites, com as dobras de suas narinas dilatando e a boca trêmula. Continuava lindo quando aparecia na casa de Louis sem avisar, com as milhares de surpresas que carregava consigo num bolso imaginário de sua calça apertada – aquela que ele costumava usar em seus dias de folga, ou finais de semana, ou em qualquer outro dia que não precisasse ir ao trabalho. Louis já havia percebido que Harry mantinha dois estilos de roupa, mas em sua mera opinião, o rapaz mais novo continuava lindo em qualquer um deles –, sem dar qualquer pista a Louis do que aquilo se tratava, e sempre deixando Louis acabar provando, no final das contas, a experiência do que poderia ser um minuto no paraíso, ou uma eternidade agonizando no inferno.

Mas Harry conseguia ser ainda mais lindo ao provar que ele poderia dar muito mais do que apenas um minuto do paraíso para Louis, caso o mais velho quisesse, com a forma como ele arranhava a cintura de Tomlinson, ou acariciava toda a extensão de suas costas com as suaves palmas de suas mãos, ou estrategicamente deslizava seus dedos para dentro da calça de tecido macio que Louis vestia, agarrando o traseiro arrebitado do rapaz pela posição em que ele se encontrava e cravando suas unhas fortemente ali, sem interromper um instante sequer daquele beijo.

O mais novo apenas puxou Tomlinson para mais perto de novo, antes de murmurar uma série de sons desconfigurados, mas que serviriam momentaneamente para indicar ao rapaz no colo de Harry de que sim, estava tudo bem para ele continuar o que eles estavam fazendo ali, e prosseguir para onde quer que aquilo iria acabar os levando. Harry só não queria parar de sentir o que estava sentindo, ou deixar de tocar o que suas mãos estavam alcançando. E apesar das circunstâncias, não era como se aquele fosse um momento apropriado para começarem uma discussão – mesmo que esta fosse meramente civilizada – sobre qual era a coisa mais certa a se fazer numa situação como aquela.

Não era como se eles tivessem esquecido completamente o fato de que eram vizinhos, e ali, em cima do sofá da sala de Louis, ambos agiam como se fossem apenas um casal de namorados que enfrentava aquela fase sexual turbulenta do relacionamento, ou como se Harry fosse apenas alguém que Louis havia conhecido casualmente numa festa e tivesse decidido trazê-lo para casa depois de uma noite de farra e bebida. Nenhum deles havia apagado da memória o fato de que suas casas ficavam situadas uma ao lado da outra, ou que eles praticamente se viam todos os dias, então, caso algo de ruim acabasse acontecendo, Louis e Harry deveriam apenas arcar com as consequências que a vida traria para eles num piscar de olhos, tão rápido quanto uma visita que inesperadamente bate na porta de suas casas para lhes oferecer uma torta de morango inteirinha.

Então, a partir do instante em que aquela sala foi preenchida por murmúrios desconexos e perguntas indiretamente respondidas, Harry deveria saber que ele estava prestes a arrancar toda a roupa do rapaz que morava logo ao seu lado e não haveria nada mais possível de ser feito para que, caso arrependido, ele pudesse voltar no tempo e fingir que nada daquilo havia acontecido. E Louis, assim como Harry, deveria já saber de uma vez por todas que ele estava prestes a entregar-se ao seu maior inimigo – ou, ao menos, esse foi o cargo que a mente de Tomlinson atribuiu à imagem daquele seu vizinho – de um jeito que faria com que suas guardas baixassem por completo e restasse apenas um par de mãos abanando contra o vento, sem forças até mesmo para segurar o mais leve de qualquer um de seus travesseiros.

Mas não era como se aqueles dois rapazes metidos à besta, e com uma mistura percentualmente diabólica de hormônios aflorados e desejos carnais fumegando através dos poros de suas peles, fossem se importar com uma simples noite que passariam juntos – mais precisamente, dividiriam o mesmo teto, e ainda mais possível, compartilhariam do mesmo sofá. Era uma ideia até que animadora, algo que fazia a pele de Louis transpirar com mais frequência e Harry sorrir de um jeito tão levado, igual à quando costumava lançar um desses sorrisos com seus quatorze anos de idade ao estar prestes a fazer uma bagunça grande o bastante para que sua mãe não pudesse ficar sabendo.

E melhor do que qualquer travessura que Harry fazia em sua adolescência, era a simples brincadeira que ele instantaneamente criava para divertir-se com seus dedos enrolando nos fios que formavam o laço da calça de Louis. Seus dedos rapidamente desfizeram o nó formado ali e passaram a puxar e repuxar aquela peça de roupa, de tal forma que fazia com que Louis nem ao menos fosse mais capaz de senti-la tão grudada assim em seu corpo.

Harry soltou uma pequena risada antes de surpreendentemente agarrar-se ainda mais à cintura de Louis e levantá-lo por alguns instantes, apenas para que ele pudesse sair do lugar onde antes estava sentado e empurrar o corpo de Louis naquela exata direção, ligeiramente trocando de posições, mesmo que permanecessem com algumas diferenças, já que Styles não necessariamente sentou-se no colo do rapaz dos olhos azuis ou passou a furiosamente puxar um pouco dos fios de cabelo de Louis.

— Do que você está rindo? – Louis perguntou num tom de voz baixa, ainda sentindo seu corpo colidindo contra o estofado macio do sofá. Harry não havia o empurrado de uma maneira tão forte, mas suas rápidas ações foram o bastante para que Tomlinson se sentisse surpreendido com o que quer que fosse que Harry tramava naquele momento, e o sorriso de canto que ainda pairava pelo rosto do mais novo denunciava aquilo de uma forma que fazia com que Tomlinson pensasse que tinha todos os motivos necessários para desconfiar de seu vizinho.

O rapaz dos olhos verdes chacoalhou sua cabeça suavemente, encarando Louis fixamente, mas sem deixar aquele sorriso divertido abandonar seus lábios. Tomlinson pressionava a própria boca, temendo a resposta que acabaria retirando de Harry depois daquela pergunta feita.

— Nada, nada... – respondeu, com seu corpo um pouco curvado logo à frente de Louis. – É só que já faz tempo que quero realmente fazer isso... – dizia, aproximando-se do mais velho e posicionando sua cabeça próxima ao pescoço do rapaz, começando a beijar aquela pele aquecida pelo calor que ambos naturalmente emanavam num momento como aquele. A língua de Harry, então, passou a trilhar pequenos caminhos conforme sua boca se movimentava sobre aquele pescoço, deixando um rastro úmido de pequenos beijos, lambidas e mordiscadas, ao mesmo tempo em que tudo o que Styles recebia em resposta eram as arfadas que Louis soltava por sentir que já não era mais capaz de controlar sua própria respiração. – E eu nem acredito que agora tenho você aqui desse jeito, só para mim... – o mais novo finalizou, sussurrando no ouvido de Tomlinson, antes de raspar sua língua no lóbulo daquela orelha, fazendo com que Louis sentisse o calor que Harry transmitia com aquela única parte de seu corpo. – Você vai ser só meu hoje, Louis? – perguntou, sério, antes de escorregar uma de suas mãos até a perna de Louis e deixar um tapa numa das coxas do rapaz, que apertou ainda mais seus braços ao redor do pescoço de Styles, algo que ele nem ao menos havia percebido que acabou fazendo em algum momento entre os sussurros e as mordidas que Harry espalhava por seu pescoço.

Louis foi apenas capaz de concordar com um suspiro pesado e constantes movimentos de cabeça, antes de puxar seus braços para frente e consequentemente trazer o corpo de Harry junto. Não sabia se era culpa do vinho, ou se estavam ainda mais embriagados de desejo do que qualquer outra coisa, mas Louis simplesmente não conseguia despejar nenhuma palavra para fora de sua boca, maravilhado com um momento como aquele, que ele nunca imaginou que aconteceria naquela circunstância. Já Harry, estava igualmente tão assustado e bêbado da vontade que ele tanto havia guardado para si de ter Louis ali, com ele, daquele jeito, que só sabia murmurar e murmurar as coisas que haviam passado em sua mente há tanto tempo, mesmo sabendo que Louis não conseguiria escutar com clareza tudo o que ele queria lhe dizer.

Foi exatamente por esse motivo de incompreensão mútua que seus corpos passaram por uma transformação onde se tornaram os locutores das conversas indiretas que tinham. Louis não conseguia se expressar através de uma única e simples frase, e Harry já não sabia se seus pensamentos eram tão claros assim para que Tomlinson os entendesse perfeitamente. Caso contrário, acabaria apenas assustado. A conversa que mantinham conforme se movimentavam acabou fazendo ainda mais sentido do que qualquer sussurro que ousariam dar. Harry espalmava sua mão pelo peitoral do mais velho, pressionando suas digitais contra a barriga exposta de Louis e sentindo a pele quente sobre a ponta de seus dedos, cravando suas unhas curtas ali e arrastando-as com certa pressão, deixando um rastro avermelhado pelo caminho.

O rapaz sorriu quando percebeu que havia marcado uma pequena parte da barriga de Louis, sabendo que Tomlinson certamente acabaria tendo lembranças daquele momento no sofá de sua casa, com seu vizinho, todas as vezes em que olhasse para seu próprio abdômen, ou pelo menos até enquanto aquela marca permanecesse ali.

Não demorou muito para que Harry resolvesse deixar toda aquela questão de marcar a pele de Louis a fim de criar um memorial temporário de noites específicas no próprio corpo do rapaz e focasse sua atenção especificamente no cós daquela calça, afundando os dedos de ambas suas mãos nas beiradas da cintura de Louis antes de puxar a peça de roupa, a fim de livrar-se dela. Tomlinson observou em repleto silêncio sua calça deslizando para longe de seu corpo, antes de começar a sentir os toques das mãos de Styles sobre suas pernas.

A boca de Harry encostava nas coxas do rapaz dos olhos azuis, beijando aquela pele macia e sugando pequenas partes vez ou outra. Uma das mãos do mais novo passou a deslizar pelo interior da coxa direita de Louis, em direção à virilha ainda coberta pela cueca boxer que seu vizinho usava. A respiração de Louis já estava totalmente entrecortada, e houve um momento ali em que ele pegou-se pensando se simplesmente retirava aquela única peça de roupa que ele vestia e implorava para que Harry fizesse o que quisesse com seu corpo de uma vez por todas, ou aceitava a provocação que aqueles lábios avermelhados faziam sobre sua pele e tentava ver até onde conseguia chegar com todos aqueles beijos, sugadas e pequenas mordidas.

Inevitavelmente, tudo o que Louis conseguia fazer era ofegar baixo e resmungar com a ajuda de pequenos gemidos manhosos que entrecortavam sua respiração agitada. Não conseguia falar nada, mas já havia entendido que tinha deixado aquela tarefa para seu corpo, e conseguiu confirmar aquela provável hipótese quando sua mão automaticamente voou até a mão de Harry que trilhava caminhos confusos pela região de sua virilha, agarrando os dedos do rapaz mais novo e afundando-os dentro de sua cueca.

Harry encarou Louis fixamente. Não havia nada em seu semblante que pudesse denunciar ao rapaz dos olhos azuis o que aquele seu vizinho estava sentindo no momento, mas apesar de suas ações estarem querendo falar mais do que qualquer frase que ele formulasse em sua mente, Tomlinson respirou fundo e reuniu toda a força que ainda restava dentro de si antes de finalmente se manifestar em voz alta pela primeira vez.

— Apenas... Faça o que você acha que deve fazer. Rápido, por favor. – disse, ofegante. – E não fique aí me olhando com essa cara... Isso é demais para mim.

Harry soltou uma risada baixa, surpreso com o tom audacioso de Louis, mesmo que o entendesse completamente. Ele também achava que poderia acabar enlouquecendo se demorasse um pouco mais para realizar todos os seus sonhos envolvendo aquele seu vizinho dos olhos azuis e traseiro arrebitado. Subitamente, um misto de memórias invadia a mente de Styles e ele só conseguia se lembrar das provocações diárias que ele sofria como consequência de ser vizinho de Louis Tomlinson. Lembrou-se de todas as vezes em que a imagem daquele rapaz com seu peitoral exposto e sua calça de moletom macia estamparam seu campo de visão, ou de quando Louis aparecia na porta de sua casa para começar mais uma de suas discussões sem fundamento algum e acabava deixando Harry para trás, restando apenas a visão de sua bunda rebolando por conta de um andar propositalmente modelado. Recordou-se até mesmo da vez em que ele estupidamente resolveu tentar uma primeira aproximação daquele rapaz, mesmo ainda sem fazer ideia de quem Louis era e deparar-se com aquele pseudo-pintor de quartos com um macacão jeans totalmente sujo e cabelos esvoaçantes de uma maneira extremamente atrativa.

Por mais que inicialmente tivesse o confundido com o sexo oposto, após descobrir que sua vizinha – que, de fato, nunca chegou a existir – na verdade era um homem, Harry jamais deixou de assumir que Louis, ainda assim, continuava extremamente lindo e atraente, mesmo ainda não tendo falado isso para o rapaz dos olhos azuis em voz alta, por achar que aquilo só colaboraria com a inflação de seu ego, que por si só já era grande o suficiente para ser capaz de sufocar Harry cada vez que Tomlinson estava por perto e se gabava de algo.

E estar no lugar de Harry num momento como aquele só fazia tudo parecer muito inacreditável para realmente ser verdade. Ele, que passou por grandes momentos onde apenas observava Louis de longe, concentrando toda a força que tinha dentro de si no ponto de sua expressão facial, para não deixar transparecer qualquer prova de que ele se sentia afetado por Louis, ou pela forma como o mais velho o encarava, ou pela maneira que aquele corpo se movimentava tão naturalmente, destacando sempre suas melhores partes, ou pelo jeito como parecia que Tomlinson era um sedutor experiente que sempre sabia o que fazer, quando fazer e como justamente fazer, deixando Harry com vontade de arrancar tufos de seu próprio cabelo e colorir um ponto de interrogação bem no meio de sua testa.

Mas o que aquele momento reservava para o rapaz dos olhos verdes não era fúria, muito menos enlouquecer com as incógnitas que Louis sedutoramente jogava em sua direção. Tudo o que Harry tinha na sua frente era um Tomlinson rendido pelo desespero de tentar ter um pouco mais de seu vizinho só para si, de uma maneira que ele nunca havia tido antes, e aquilo excitava Styles de um jeito que o deixava quase que literalmente babando em cima do rapaz mais velho.

E Harry podia jurar que teve que sugar um pouco de sua própria saliva para dentro da boca de novo quando decidiu retirar a cueca boxer de Louis de uma vez por todas, revelando a imagem de uma virilha de uma cor mais clara, que contrastava com o bronzeado de seu corpo. Talvez Louis tivesse a mania de tomar sol demais durante o dia, ainda que Styles já soubesse mais do que qualquer outra pessoa – e suas experiências de vida naquele condomínio, como vizinho de Louis, lhe permitiam dizer algo do tipo – sobre o costume que o mais velho tinha de andar por aí com seu corpo exposto da cintura para cima, principalmente ao tentar jogar um pouco de água nas plantas do jardim da frente de sua casa, ou sair no final do dia para colocar o lixo na calçada.

Para não perder mais tempo, Harry passou então a deslizar aquela última peça de roupa pelas pernas do rapaz, até ver-se completamente livre daquilo. Entretanto, em nenhum momento sua atenção foi desviada de Tomlinson, e Harry permaneceu encarando o rapaz mais velho, observando o quanto aquele par de olhos azuis parecia manter um brilho fora do comum, como se transbordasse a luxuria que ele sentia, assim como Styles queria que Louis tivesse a certeza de que ele estava sendo tomado pela mesma sensação. E foi exatamente por isso que não parou de olhar para Louis ao finalmente agarrar a base do membro completamente duro, sorrindo maliciosamente por entre a lambida úmida que ele dava no extremo da glande de Louis, assistindo ao rapaz fechando os olhos com certa força.

— Por favor, olha para mim... Quero tanto que você veja o que sou capaz de fazer com você, como posso te fazer sentir... – Harry sussurrou, antes de voltar toda a sua atenção ao que realmente importava ali.

Sua mão ainda agarrava firmemente a base do pênis, enquanto sua língua brincava com aquela extensão, alternando seus movimentos e a força que usava para escorregar sobre o comprimento. Styles decidiu focar todo o trabalho labial que estava fazendo ali apenas na glande, afundando-a lentamente contra a cavidade de sua boca, enquanto os dedos longos de sua mão cuidavam de todo o restante, fazendo certa pressão sobre o membro enrijecido e estimulando-o com movimentos repetitivos. Harry não sabia, até então, se Louis iria lhe obedecer quanto ao pedido que havia feito a ele sobre permanecer olhando àquela cena, mas pôde confirmar que, mais uma vez, sua voz havia soado da maneira certa contra os ouvidos de Louis, quando sentiu seus cabelos longos sendo puxados para trás pelos dedos do rapaz dos olhos azuis, ajudando a clarear a visão que ele tinha de Harry trabalhosamente lambendo-o por inteiro.

O mais novo sentiu o topo de sua cabeça ardendo ao ter um punhado de cabelo puxado com força. Louis parecia não medir a intensidade do movimento de seus dedos, por conta das sensações que a boca de Harry estava causando em seu interior. E Styles não o culpava, pois era justamente esse o seu objetivo da noite, mesmo que inicialmente ele tivesse pensado em ir até a casa de Louis somente para lhe entregar uma torta de morango e devolver o travesseiro do rapaz, e nunca em sua vida fazer algo daquele tipo.

Não. Harry sabia que 'nunca' era uma palavra forte demais para ser usada naquela questão. Ele já havia, sim, imaginado diversas coisas que envolviam aquele seu vizinho dos olhos azuis, apenas com a ajuda de sua mente fértil e juvenil. E estar ali agora, com o pênis de Louis preenchendo sua boca, desfrutando do som dos gemidos agudos que o mais velho dava, era como se Harry tivesse ganhado na loteria, sem ao menos ter pensado numa combinação numérica qualquer.

Lentamente, Styles escorregou sua boca na direção contrária do membro de Louis, afastando-se um pouco, aproveitando a saliva que havia se acumulado ali para que seus dedos conseguissem se movimentar com mais facilidade, não parando de masturbar o outro rapaz.

— Harry, Harry... – Louis chamou, choramingando, prendendo seus dedos ainda mais ao redor dos fios de cabelo de Styles, que sorria de canto.

Aquele mesmo sorriso que, se Louis abrisse os olhos e consequentemente se deparasse com ele, seria o mesmo do que ter a confirmação de que Harry estava realizando um de seus sonhos. E era exatamente daquela mesma maneira que Tomlinson se sentia.

Mas Louis não só se sentiu daquele jeito, como também passou a ter a sensação de que poderia acabar delirando, no momento em que entendeu o que Harry pretendia começar a fazer ali. A mão do rapaz dos olhos verdes que ainda bombeava o pênis de Louis não havia descansado um segundo sequer, enquanto a outra estrategicamente escorregava até uma das coxas de Louis, separando suas pernas um pouco mais. O mais velho, então, pensou que poderia desmanchar-se ali mesmo, naquele sofá, ao sentir a língua de Harry circulando sua entrada ainda enrijecida. A sensação mista que atingia aquele ponto específico de seu corpo conforme Harry pressionava sua língua cada vez mais, arrastando-a suavemente, ou movimentando-a com um pouco mais de intensidade, fazia com que Tomlinson tivesse quase certeza de que ele estava sendo capaz de vivenciar uma pequena amostra do que era, realmente, o paraíso.

Ou o inferno. Isso Louis não conseguia dizer, ao certo. Talvez a forma como Harry o lambia tão estrategicamente fosse mais um jeito de fazê-lo render-se por completo e confessar todos os seus pecados. E quando Louis não conseguiu segurar o gemido que cortou o ar ao seu redor quando sentiu Harry penetrando-o com um de seus dedos, ele também pôde imaginar que Styles era capaz de ser o próprio diabo.

E se esse fosse o caso, Louis nunca esteve tão contente por ser um pecador.

Ele agarrou-se ligeiramente no estofado do sofá, em vão, sentindo seus dedos escorregando facilmente pelo tecido macio. Louis estava sendo obrigado a aguentar, com todas as suas forças, aquela sensação que o tomava e ardia dentro de si, e no instante seguinte parecia fazer seu coração querer deslocar-se dentro do peito.

Harry inseriu um segundo dedo e Tomlinson fechou os olhos com certa força, esquecendo-se de completamente tudo ao seu redor.

Não havia mais vizinhança, nem um condomínio que permitia barulhos muito altos apenas até determinado horário da noite. Havia apenas Harry, Louis e um sofá. E lambidas, e dedos sendo forçados para dentro de seu corpo, e pele transpirando, e lábios sendo fortemente mordidos, e gemidos manhosos, e Louis se contorcendo, e Harry ainda masturbando Louis, e Louis gozando logo em seguida.

Havia um Louis despejando-se totalmente sobre o estofado do sofá de sua sala, arfando alto, de olhos ainda fechados e um sorriso leve em seu rosto. E um Harry, que se levantou logo em seguida, contemplando a imagem que ele tinha de seu vizinho parcialmente cansado, com seu abdômen sujo pelo próprio gozo e seu peito subindo e descendo rapidamente por conta de sua respiração descompassada.

Louis abriu os olhos, finalmente encarando Harry, que começava a desabotoar a própria calça. O mais velho inclinou-se para frente, dando um leve tapa nas mãos do rapaz dos olhos verdes e tomando a calça de Harry, passando a ajuda-lo naquela missão de livrar-se de uma vez por todas da única peça de roupa que ainda cobria o corpo do mais novo. Louis abaixou o zíper e Harry soltou uma risada ao perceber que Tomlinson tentava, de todo jeito, livrar-se da calça e da cueca de Styles de uma só vez, mas sua posição diante daquela situação não era muito favorável.

— Espero que você aguente um pouco mais. – Harry disse. Louis poderia pensar que ele estava sendo convencido, e até mesmo ter que segurar sua língua dentro da boca para conter-se em não fazer uma piadinha sobre aquilo, mas ele sabia que a exaustão que sentia depois de ter gozado nas mãos de Harry naquela noite era bem nítida, então teve que apenas se contentar com o fato de que seu vizinho, daquela vez, tinha razão.

— Eu vou, eu vou... – Louis respondeu, quase reclamando, ao desistir de tentar ajudar Harry com aquela calça e mais uma vez tombar no sofá.

Quando o mais novo finalmente despiu-se por completo, Louis voltou a aproximar-se, mordendo seu lábio inferior ao puxar Harry pela cintura, para mais perto de si, e agarrar aquele pênis com sua outra mão, levando-o até sua boca entreaberta no mesmo momento. Tomlinson encostou parte da língua na glande do membro e pressionou-a ali, como se aquele fosse um doce qualquer que Louis mal podia esperar para saborear.

Harry respirava fundo, talvez tentando concentrar-se em conseguir manter-se de pé ali, na frente de Louis, com a boca daquele rapaz aos poucos cobrindo uma parte do comprimento de seu pau e sugando-o logo em seguida, não demorando para arrancar gemidos estendidos de Styles, que agora agarrava alguns punhados de cabelo de Louis com uma de suas mãos, assim como o rapaz dos olhos azuis havia feito com ele anteriormente.

Ele não notou quando realmente havia se rendido por completo, mas pôde confirmar aquilo ao involuntariamente tombar sua cabeça para trás, fechar os olhos e gemer abafado. Harry não sabia se conseguiria aguentar por muito tempo toda aquela maciez vinda da língua de Louis, que passeava por seu pau, e fazia com que o rapaz mais velho se divertisse com todas as sensações que aquilo estava provocando em seu vizinho.

Entretanto, Harry resmungou baixo, gemendo ao puxar o cabelo de Louis com um pouco mais de força, fazendo com que o rapaz levantasse sua cabeça e encarasse o rapaz dos olhos verdes.

— Louis, eu não vou aguentar desse jeito... – Harry dizia baixo, com a voz ríspida e dificultosa. Era como se sua mente não conseguisse processar qualquer outra coisa que não fosse a sensação que Tomlinson estava lhe causando.

Louis afastou-se um pouco de Harry, ajeitando-se no sofá. O mais novo curvou seu corpo para frente, passando uma de suas mãos ao redor do pescoço de Louis e colando a ponta de seus narizes. O mais velho deixou uma risada baixinha escapar de sua boca.

— Então o que é que você pretende fazer agora, hm? – perguntou num sussurro.

Harry não hesitou.

— Para falar a verdade, eu não sei como ainda consegui aguentar isso até agora, com você desse jeito, bem na minha frente... – Harry confessou. – Eu não aguento mais, Louis. Eu quero te ter para mim.

O rapaz dos olhos azuis inclinou sua cabeça, buscando os lábios de Harry com os seus e beijando-o por alguns instantes.

— Então tenha. Eu estou aqui.

Harry sorriu, voltando a beijar Louis e escorregando suas mãos pelas laterais do corpo do rapaz. Styles agarrou a cintura de Louis e puxou-o para cima, fazendo com que o mais velho automaticamente entrelaçasse suas pernas ao redor do quadril de seu vizinho, antes que Harry desse um mínimo passo para trás e se sentasse no sofá, ainda mantendo Louis em seu colo.

Nenhum deles ousou quebrar aquele beijo, pois sabiam que suas línguas estavam ocupadas demais. Louis estava sentado sobre a coxa do mais novo, e seus corpos se movimentavam de um jeito que fazia com que suas ereções, agora ainda mais sensíveis do que antes, se chocassem suavemente, mas de modo certeiro, arrancando suspiros e gemidos de ambos. Louis já havia pousado seus dedos sobre o peitoral do mais novo, arranhando a pele alva com suas curtas unhas, enquanto Harry ainda se mantinha agarrado à cintura do mais velho.

Harry, então, pediu para que Louis se levantasse temporariamente sobre seu colo, e o rapaz mais velho logo obedeceu. Usou parte dos joelhos para equilibrar o peso de seu corpo sobre o sofá. Suas coxas rodeavam as de Harry, que não perdia mais tempo ao agarrar o próprio membro e direcioná-lo até a bunda de Louis, posicionando-o da melhor forma possível para ambos, antes de grudar seus dedos no quadril do mais velho e prender suas mãos ali. O rapaz dos olhos azuis sentiu a cabeça do pênis de Harry roçando contra sua entrada, e instantes depois, prendeu um gemido dentro da garganta ao deslizar seu corpo para baixo mais uma vez, consequentemente sendo penetrado por Harry a cada centímetro que sua cintura abaixava.

Louis cravou as unhas nos ombros de Harry, fechando os olhos e sentindo o comprimento do pênis do mais novo o preenchendo. Suspirou fundo, voltando a encarar seu vizinho, que o observava com seus olhos verdes brilhantes, quase estático, como se Louis fosse apenas uma miragem que estava tendo no ápice de um momento de delírio.

— O que... O que foi? – o rapaz perguntou com certa dificuldade, sentindo-se levemente dolorido pela penetração que havia o atingido.

Harry balançou sua cabeça, rindo baixo.

— Eu só... Estava esperando tanto por esse momento, que não sei se isso realmente está acontecendo, ou se apenas faz parte de um sonho. – confessou, passando uma de suas mãos sobre a coxa lisa de Louis, e inesperadamente deixando um tapa forte ali. Um barulho estalado soou pela sala e Louis gemeu em resposta. – Igual todas as vezes que você me fez sonhar com essa sua bunda, Louis, e você rebolando de propósito, para me provocar... – Harry dizia, sua mão não ocupada demais com qualquer uma das coxas do rapaz foi de encontro com o cabelo de Tomlinson, enroscando seus dedos ali e puxando-os. Louis sorriu em resposta, tornando aquilo uma permissão para que Styles continuasse fazendo coisas do tipo. – Você sempre soube o que estava fazendo, não é? E sempre gostou disso... – puxou o cabelo de Louis um pouco mais forte. – Agora quero que rebole para mim do mesmo jeito que fez antes. Vamos, eu sei que você sabe.

Louis mordeu os lábios, antes de agarrar-se ainda mais aos ombros de Harry e inclinar-se, começando a beijar o rapaz dos olhos verdes novamente, com movimentos de línguas fervorosos e suspiros que entrecortavam suas bocas. Passou a movimentar seu quadril, empinando sua bunda apenas para abaixá-la novamente, com movimentos que criavam um atrito interno capaz de arrancar gemidos de ambos.

Harry tentava conciliar seus movimentos com os que Louis fazia, mas parecia que o rapaz dos olhos azuis conseguia se virar muito bem sozinho, e mesmo já cansado por ter desfrutado de um primeiro orgasmo, Louis mostrou-se disposto a continuar sentindo Harry, das mais variadas maneiras possíveis e existentes, no sofá da sala de sua casa, algo que provavelmente faria com que ele nunca mais conseguisse olhar para aquele lugar da mesma forma. Mas naquele instante, a única preocupação de Tomlinson era fazer seus joelhos aguentarem os trancos que seu quadril dava contra o colo de seu vizinho, enquanto mantinha-se concentrado demais naquele beijo.

As pontas de seus dedos, que brincavam e passeavam pelo corpo um do outro, pareciam queimar a cada toque, e uma sensação inconfundivelmente única passava a dominá-los por inteiro, como se os preenchesse e os fizesse mais completos. Era como se até mesmo os poros de suas peles estivessem dilatados, pronto para absorverem qualquer arranhão, qualquer toque, qualquer sopro que suas bocas davam, ao cansarem de se chocarem uma contra a outra e apenas suspirarem pesado, antes de largarem um gemido no ar.

Louis e Harry se movimentavam em sincronia, de olhos fechados, sentindo, tocando, gemendo, beijando. Não conseguiam e muito menos queriam parar, apenas arranjando uma forma de conseguirem mais daquilo. Louis queria mais daquele Harry que distribuía tapas em sua coxa e deslizava a mão até sua bunda, apertando-a em seguida, fazendo o mais velho gemer manhoso. Ele também não queria acabar com as coisas que Harry lhe dizia, atiçando-o, prazerosamente intensificando suas estocadas. E por nada na vida Styles queria largar aquele corpo de Louis, montado sobre o seu, movimentando-se como se estivesse com pressa para chegar ao paraíso, mas em nenhum momento se esquecendo de levar Harry consigo.

Ambos equilibradamente pediam por mais, e foi por isso que conseguiram chegar num ápice estratégico daquele sexo no sofá, com Harry gemendo o nome de seu vizinho e conseguindo apenas ser capaz de agarrar-se a cintura do mais velho, com seus olhos fechados e a cabeça tombada para trás, e o estofado macio lhe servindo de apoio. Louis havia encostado sua têmpora no ombro de Styles, arfando alto e continuando a cavalgar sobre aquele pênis, sentindo, sentindo e sentindo, até não ser mais capaz de sentir qualquer outra coisa que não fosse parecida com uma explosão de sensações crescendo dentro de si, no seu mais íntimo interior.

O rapaz dos olhos azuis não notou, ao certo, quando foi que começo a gradativamente parar de movimentar-se sobre o colo de Harry. Talvez tenha sido entre os gemidos que o mais novo dava, ou depois de ter seus fios de cabelo mais uma vez agarrados fortemente, antes de sentir algo quente escorrendo dentro de si. Styles só parou seus movimentos ao contemplar a cena de Louis gozando pela segunda vez, soltando um gemido de dor, por estar sensível demais ao ter dois orgasmos de uma só vez naquele sofá.

Continuaram imóveis, com Louis ainda sobre o corpo de Harry. Permaneceram em silêncio, ouvindo apenas o som de suas respirações pesadas e abafadas indo de encontro com seus corpos cansados. Ficaram ali, com a transpiração de suas peles se misturando aos poucos, e os olhos inevitavelmente fechados pela fraqueza que havia atingido ambos.

Não queriam pensar em mais nada. Nem no detalhe compartilhado de suas vidas que os tornavam vizinhos, nem se agiriam normalmente um com o outro no dia seguinte, nem no fato de que, para Harry, Louis poderia muito bem ser apenas mais um manipulador procurando por jantares confortantes e transas casuais.

E Harry podia, também, facilmente continuar sendo o dono do inferno, com seu olhar sedutoramente diabólico e palavras que eram capazes de ludibriar qualquer ser inocente. Mas Louis não era nenhum santo, e disso ele sabia. Para Tomlinson, Harry possivelmente poderia ser o diabo na Terra, mas naquela noite, não havia dúvidas de que Styles havia o levado para o céu.



OI RS

POSTANDO AGORA PORQUE O HORÁRIO JÁ PERMITE

GENTE É ISSO DESCULAP SE ESTIVER HORRIVEL MT RUIM MAS FAZ TANTO TEMPO Q NAO ESCREVO UMAS CENAS DE SAFADEZAS DESSAS QUE FIQUEI ATE TRANSTORNADA

ENFIM ESPERO Q TENHAM GOSTADO PELO MENOS UM POUQUINHO

EH ISSO NAO TENHO MT OQ FALAR AQUI PQ O CAP EM SI JA FALA TUDO OQ EU PRETENDO: USEM CAMISINHA

K

ATÉ O PROXIMO CAPITULO

OBRIGADA POR TUDO

ALL THE LOVE, AS ALWAYS (YOU) .X.X

Okumaya devam et

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