Dante : A história de um assa...

By Anne_SantanaOF

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Ela só queria chegar em seu bloquinho de alvenaria do outro lado da cidade e descansar ouvindo um bom jazz, e... More

E s c l a m e n t o
Prólogo
Patrões nada confiáveis.
O crime compensa
A barraca dos salgados
Ela é intrigante demais
Assassino sequestrador
Péssimo sequestrador
Olhares
Minha diarista
Vestida para jantar
Seja minha
Dele? Não sei...
#maratona
Um pouco ansioso
Meu coração se mudou
Estraguei tudo?
Mentiras e Planos
Magoada
Situação inusitada
Chinelo X9
Provocante
Ele não vai me seduzir!
Plano iniciado
Liberdade?
Completa
Minha esposa!
Salvador improvável
Ela me ama...?
Amor incondicional
Conversas
Não sei amar direito
Os refugiados
Exposta
Reconciliação
Casada?
Corre!
Desolado
Bebê
Ironia
Susto e Surpresa
Minha esposa e um bebê
Brilhante
A última cartada
Família
Destino dos inimigos
Desejos
Será hoje
Audácia
Luta sangrenta
Imprevisto
Amor de verdade
Bônus
Pedidos e Respostas
Sim!
É menin...
Sentimentalismo e Compras
Casei com uma terrorista
Um cochilo de cinco minutinhos?
Dúvidas
Demissões?... Amassos... Calcinha...
Personificação da minha felicidade
Enfim!
Quem eu sou.
Epílogo

Algumas verdades reveladas

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By Anne_SantanaOF

23 de outubro de 2017
14:06hrs

Daisy

O telefone da portaria toca, olho para Dante afim de perguntar se ele vai atender mas vejo que está mais interessado em adivinhar o que está dentro da sacolinha de seu presente. Sorrio caminhando até o telefone. Dante é terrível quando tem sua curiosidade atiçada. Atendo.

_Oi.

_Senhora?--Reviro os olhos ao ouvir Felipe perguntar. Recebo os olhares atentos de Hil e do meu marido.

_Sim, Felipe. O que foi?

_Há um carro, um mini Cooper, parado aqui na frente. O motorista está acompanhado de uma mulher.

Hein? Quem será?

_Se identificaram?

_Sim, Corini e Alejandro, Senhora.

Ela veio! Abro um sorriso enorme. Dante ergue a sobrancelha enciumado.

_Deixe que entrem, são amigos meus. Obrigada, Felipe.

_Sim. De nada, senhora.

Ponho-o no gancho mal contendo a euforia. Ela veio. Corro até Dante que já me espera de pé.

_Ela veio. Corini está aqui e veio acompanhada por esse Alejandro! Vem, vamos recebê-los, amor. Hil, vem.

Os puxo até a entrada de casa, descemos os degraus vendo o carrinho se aproximar. Confiro se estou apresentável neste vestido bege solto e esvoaçante. Acho que está bom. Dante aperta minha mão, sorrio para ele que sei que está feliz por me ver feliz. Hil está parada atrás de nós, ela fica assim na presença de estranhos.

O carro para e vejo Cory, linda como sempre, sair dele e logo depois um homem alto e forte como Dante mas não tão lindo, Alejandro é bonito e parece ter uns trinta e poucos anos.

Corini parece completamente embasbacada, boquiaberta eu diria. Vou em sua direção e ela parece não me reconhecer.

_Cory? Sou eu, Daisy. Que saudade.

A puxo para um abraço apertado já que ela está sem reação. Fito seu rosto oval lindo, ela continua extremamente como me lembro.

_Zy? Mas como...? Você está...nossa.

Sorrio da sua confusão. É compreensível. Olho para o homem ao seu lado.

_Oi, você deve ser Alejandro, certo? Eu sou a Daisy.--Aperto sua mão sem deixar de notar que ele parece nervoso e surpreso. Sinto o braço do meu noivo-esposo em minha cintura.--Esse é Dante, meu...noi...

_Marido. Como vai, Dalton?

Coro por ele me corrigir porque isso quase faz Corini enfartar. Porcaria, não era pra ela saber assim.

_O quê? Você...você está...aí, meu Deus!--Cory, calma!

_Tudo bem, Fer Farx. E você? Casado e Vivo?

Dante solta uma risada sonora. Apertando a mão de Alejandro que parece muito confuso e perdido.

_Teremos tempo para conversar. Vamos entrar.--Dante diz já segurando minha mão me levando com ele para dentro. Puxo Corini que puxa Alejandro. Hil sumiu. Preciso levá-la a uma psicóloga... Entramos.

_Sejam bem vindos. Podem se sentar.

Vou tentar ser uma boa anfitriã, só tentar. Os dois demoram para entender mas se assentam. Cory está muito surpresa mesmo, ela mal consegue parar de olhar para mim e Dante. Seu nervosismo é evidente.

_Querem algo pra beber? Só não temos nada alcoólico.--Penso no que temos na geladeira...bem, temos de tudo. Negam em uníssono. Me sento com Dante no sofá da frente tirando as sacolas do caminho. Está uma bagunça.--Você pode começar a perguntar o que quiser Corini.

Lhe dou o aval pois é isso que ela quer só que se sente constrangida por meu marido está aqui. Ela toma fôlego.

_Éeee...por que casou e não me disse? Você agora é rica? Onde conheceu esse...desculpe, onde conheceu seu marido? Quando tudo isso aconteceu?! Eu...estou completamente perdida nessa história!

Rio da enxurrada de perguntas e do desespero dela.

_Bem, conheci Dante quando estava saindo do trabalho há uns seis, quase sete, meses. Me casei com ele por quê o amo e não, não sou rica. Dante é.

_Nós somos.--Dante! Olho para ele estreitando os olhos. Ele dá de ombros apertado minha mão.

_Então...você está mesmo casada com ele? Mora aqui de verdade? --Assinto entendendo seu ponto de vista. Ela acha que isso é um pedido de socorro.

_Não se refira a mim na terceira pessoa pois estou bem a sua frente, Fernandes.--Sua voz sai baixa mas a ameaça é nítida. Help God! Dante, pelo amor de Deus! E como ele sabe o sobrenome dela? Alejandro se aproxima mais de Cory como se protegê-la do olhar cortante do meu noivo-esposo, vejo também seu receio...ele conhece Dante o suficiente para saber sobre seus "serviços"?--Sim, Daisy está casada comigo e sim, moramos aqui. Algum problema para você?--O olhar quase a fulminado. Alejandro se apressa em dizer.

_Problema algum.--Já percebi que ele é um homem de poucas, quase nenhumas, palavras. Cory ainda está muito confusa.

_Bom.

_Dante, por favor?--Peço olhando fixo para ele que finge demência.

_O quê?---Cínico!

_Por que não mostra a casa para Alejandro enquanto eu converso com Corini em particular, meu bem?--Aperto sua coxa, implorando um momento sozinha com Cory.

_Se você insiste, baby. Tem quinze minutos.

Me beija antes de sair da sala com Alejandro a tiracolo. Reviro os olhos, como é controlador! Volto a encarar minha amiga com um sorriso.

_Estou tão feliz em revê-la.

Ajeito os cabelos sorrindo mas ela ainda parece muito perturbada e incrédula sobre tudo. Vejo seu sorriso indeciso.

_Ham...desculpe, eu estou tão confusa...Não sei o que pensar.--Sua voz sai estrangulada. Sorrio a entendendo. Vou para o seu lado, seguro sua mão.

_Eu sei que tudo é meio surreal mas quero muito que entenda e fique feliz por mim.--Sou sincera. Quero que ela se adapte a minha nova versão. Corini sorri assentindo.--Cory, você não pode imaginar o quanto minha vida mudou depois que conheci Dante, o quanto eu mudei. Sou muito feliz com ele, o amo e ele me ama.

Me sinto feliz só de falar sobre minha vida ao lado dele. Embora tenhamos tido nossos altos e baixos somos muito felizes.
Ela custa a acreditar mas as poucos se permite entender.

_Se você o ama então eu já me sinto melhor em saber. Pensei que estivesse vivendo em cativeiro embora esteja exuberante e linda...nossa, você está incrivelmente linda, Zy.--Rio sentindo meu rosto esquentar. Cory aperta minhas mãos fixando o olhos castanhos nos meus.--Não sei o que é mas tem algo muito diferente em você, além da vivacidade é claro.--Sabia que perceberia!--Perceberia o quê?

Bufo para mim mesma e sorrio.
Levo sua mão até minha barriga.
Ela arregala os olhos incrédula.

_Estou grávida de 15 semanas. É um menino e se chamará Drew.--Falar do meu bebê me enche de orgulho que é bastante visível em minha voz. Ela pisca e aos poucos abre um sorriso.

_Meu Deus...Você vai ser mãe? Uau.--Assinto fervorosamente. Ela me abraça.--Parabéns pelo bebê e pelo seu casamento. E me desculpe se ofendi você ou o seu marido. Desejo toda a felicidade do mundo pra vocês. Só quero te ver bem e pelo visto você está mais do que bem.--Sinto vontade de chorar mas oprimo. É reconfortante saber que ela me apóia.

_Obrigada. Não nos ofendeu, não se preocupe com isso e releve o temperamento indócil do Dante, ele só é muito ciumento e impaciente mas você vai se acostumar.--Pelo menos é o que espero. Rimos porque acabei falando meu pensamento. Tenho que voltar a treinar esse meu defeito.

_...acredito que agora com as novas máquinas tudo volte ao nível normal de produção, Dalton.

Ouço o eco da voz do meu marido. Corini fica rígida. Aperto sua mão. Então ouvimos a voz de Alejandro.

_Voltará, minha sobrinha está investindo muito na fazenda juntamente com seu marido. Também temos novos clientes mais ao sul.

Eles falam da fazenda...Não demora para adentrarem a sala através do corredor principal. Parecem dois sérios homens de negócios. Só que Dante é mais novo e, ao meu ver, o mais imponente. É essa postura dele que impõe respeito e opressão. Meu coração acelerou só de ouvir sua voz.

_Não sabia que tinha um sobrinha, pelo menos não viva. Não foi raptada?--Pararam em frente as escadas. A sobrancelha erguida mostra sua curiosidade. Sorrio.

_Sim, mas felizmente foi encontrada viva. Reuniu as famílias novamente, é casada com Maxímus Queew.

_Com Max? Curioso.--Dante está surpreso mas logo sorri. Fico sem entender. E parece que Alejandro também.

_O conhece?

_É um amigo de longa data...mas me diga, quem a encontrou? Foi o Queew, suponho.--Alejandro parece espantado ao assentir.

_Sim. Mas como...?

_Não importa. Fico feliz por ele, já não era sem tempo...Baby?

Sua expressão pensativa muda automaticamente quando me olha. Sorrio me erguendo. Dante vem até mim a passos felinos, chega a ser sedutor. Logo seus braços rodeiam-me a cintura. Recebo seu beijo.

_E sua conversa particular?

_Foi ótima, Corini só estava confusa. Agora está tudo bem.--Digo arrumando a gola em V de sua camiseta cinza. Me viro para fitar Alejandro que já está ao lado de Cory, os dois nos olhando, sorrio. --Então, como foi a viagem até aqui? Você pretende ficar para jantar, Alejandro?

_Não.--Responde mas Dante o contraria.

_Irá ficar.

E como ele não parece querer discordar apenas assente olhando para Corini que cora. Hum...eles estão tendo algo, não é? Eu sabia...

_Amor, disfarce. Não constranja o casal, conto o que sei para você depois.--Dante sussurra em meu ouvido fazendo meu corpo arrepiar inteiro. Encaro-o.

_Eu vou cobrar.

_E eu sei. Sempre tão curiosa.

Aperta a pontinha do meu nariz. Beijo sua mão.

_E você não fica atrás, não é?--Rimos da careta que ele faz. A voz de Corini me tira do transe que é olhar para Dante. Ele muito lindo e forte e alto e gostoso...

_Vocês moram sozinhos?

Me viro.

_Não. Hil, minha amiga, também mora aqui. Mas não temos empregados além da equipe de seguranças.

Dante senta no sofá e me faz sentar ao seu lado quase em seu colo. Cory ergue as sobrancelhas.

_Amiga? Que amiga? Quem é essa Hil e cadê?--Oh, esqueci que Corini é bem ciumenta. Sorrio.

_Calma. Ela não estava se sentindo muito bem e foi se deitar. Também estava cansada, faz faculdade pela manhã. Vai gostar dela.--Assinto omitindo algumas coisas. Não irei constranger Hil de modo algum contando sobre seus traumas e medos. Alejandro a observa muito e parece querer rir da crise de ciúmes. Franze o nariz e diz:

_Sei...se está dizendo. Você demorou anos pra me chamar de amiga.--Fica ressentida. Own.

_Eu só era muito medrosa naquela época, sabe que você foi minha primeira amiga, não é?--Seu semblante se ilumina um pouco. Acena confirmando. O braço de Dante se aperta em minha cintura. Outro ciumento. Belisco de leve sua perna disfarçadamente sibilando um "Pare com isso." Ao que ele responde com um aperto ainda mais forte e belisca o lado da minha coxa. Ai! Hoje ele está impossível.

_Eu sei. Ela irá descer para jantar?

_Sim, provavelmente sim. Então Alejandro, gostou da casa?--Pergunto porque quero que ele fale alguma coisa, o homem é muito calado.

_Sim. É muito bonita.

_É mesmo. Ah, tenho algo pra você, minha amiga.

Me ergo com certa dificuldade para alcançar as sacolas no canto do sofá, Dante me ajuda e trás todas para mim.

_obrigada, querido.

Agradeço pondo os cabelos atrás das orelhas para poder procurar seu presente. Acho a sacola e lhe estendo. Cory a pega sorrindo e abre.

_Nossa, é lindo. Ainda não tinha esse. Obrigada.

Retira o estojo onde um colar dourado fininho que como pingente tem o símbolo das relíquias da morte. Ela é muito fã de Harry Potter, já eu não gosto muito de livros de fantasia. Só gosto de romances românticos e policiais.

_Eu sei, por isso achei que iria gostar.

_E gostei muito mesmo. Põe pra mim?--Pede a Alejandro que o faz, percebo o olhar de fascínio dele e a forma como parece apreciar tocá-la. Escondo um sorriso.--O-obrigada.--Ela também fica sem jeito. Que gracinha. Eles formam um casal lindo.

_Ficou lindo. Bem, quer vir conhecer a casa? Seu quarto?--Organizei um dos quartos de cima para ela. Vejo sua surpresa mas ela se ergue concordando. Levanto e sinto fome.--Mas antes vamos lanchar, estou com fome.

_Nada de besteiras, Daisy.

Reviro os olhos para Dante.

_E quem falou em besteiras, hum? Só vou comer um sanduíche de grama e vegetal.--Debocho do que Dante chama de sanduíche. Recebo um olhar de aviso mas ignoro. Pego a mão de Corini e a levo para a cozinha.--Ai, as vezes ele me irrita. Sabia que agora eu sou uma flex-vegetariana?

_O que é isso?

_Isso é uma pessoa que come comida vegetariana todos os dias menos umas duas vezes por mês, que é quando se pode comer carnes e essas coisas. Dante é um natureba de primeira, e vive de olho no que eu como.

Entramos na cozinha rindo, a faço se sentar emquanto vou a geladeira.

_Pelo menos você parou de comer aquelas porcarias.--A encaro rapidamente.

_Até você, Cory? Mas não adianta protelar, pode me contar tudo. Como foi a viagem. Agora.

E depois de hesitar começa a narrar pra mim os últimos acontecimentos.

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Bjjsss e continua...

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