Dante : A história de um assassino (CONCLUÍDO)

Família

18 de outubro de 2017
20:34hrs

Daisy

_Hil! Ele não é assim!

_É sim. E me dá medo. Esse seu marido não me suporta e o pior e que eu não fiz nada pra prejudicar ele.

Tento fazer com ela não pense que Dante a odeia, porque não odeia. Ele só é muito ciumento e não gosta de dividir. Seguro sua mão.

_Não é isso, tente entender que ele tem uma personalidade um tanto...difícil, mas que com o tempo você se acostuma. É só uma má impressão que vocês dois tiveram um do outro.

Ela estreita os olhos pra mim e depois os revira.

_Se você diz...mas cadê ele? Não é estranho que não esteja aqui orbitando ao seu redor?--Rio da sua pergunta um pouco frustrada. Ele ainda não chegou e eu estou ficando preocupada e com saudade. Me ajeito na cama.

_Dante teve que ir a um compromisso hoje, era muito importante...ele deve estar pra chegar.-- Assim eu espero. Giro a aliança em meu dedo, ela não sai mesmo. Suspiro sorrindo.

_Você é muito apaixonada por ele, né Dadinha?--Hil sorri pra mim encantada. Assinto.

_Eu o amo muito, sem barreiras e sem limites. E suspeito que vá ser assim pra sempre. Dante me faz sentir única, especial e linda.--Confesso sincera e maravilhada. Toco meu ventre.--E agora ele me deu um presente incrível, me sinto tão completa e feliz.

_Uau...eu quero ter um amor igual ao seu. Amar e ser amada assim, porque, mesmo eu o achando pra lá de sombrio, dá pra ver que também te ama muito.--Rio do seu comentário. Sombrio é? Hum...você ainda não viu nada.

_Eu sei. E com certeza tem alguém no mundo que vai amar você como merece. E você merece o melhor, minha amiga.

Ela fica os olhos marejados. Own. A puxo para um abraço.

_Obrigada, considero você minha irmã, melhor e única amiga.--Sua voz sai embargada. Embora ela seja mais velha que eu sinto que Hil ainda é muito frágil e está perdida entre a infância e adolescência, tudo por causa daquele verme do seu padrasto. Monstro. Ela já sofreu demais e eu prometi a mim mesma que sempre vou cuidar dela como se fosse minha irmãzinha.

_E eu sou e serei. Não está mais sozinha. Tem a mim, ao bebê e pode contar com o Dante também.

Hil concorda me soltando e respira fundo.

_Vou ser a melhor tia que o pequeno Drew poderia ter.--Contei a ela sobre o nome que Dante escolheu caso seja menino, e eu tenho certeza que vai ser. A porta do quarto se abre e ele entra parecendo cansado. Meu coração acelera, para e depois dispara. Sorrio.

_Ai meu Deus! Como...?--Hil se assusta. Dante não desvia seus olhos dos meus. Caminha até o meu lado. Sigo seu movimento hipnotizada demais para prestar atenção a outra coisa que não o calor que se aspalha pelo meu corpo ou ainda a força e intensidade do olhar dele em mim.--Certo. Tô saindo.--A escuto sair mas não consigo deixar de fitá-lo. Tão lindo...

_Senti sua falta.--Sussurro enquanto ele tira o terno, a gravata, relógio, esvazia os bolsos e tira os sapatos.

_Eu também, baby. Muita.

Senta ao meu lado acariciando meu rosto. Afasto as mechas de cabelo dos seus olhos. Dizimando a distância entre nós Dante me beija. Suspiro extasiada com a sensação única de ter sua boca de lábios quentes e macios na minha. Me entrego ao beijo. Percebo que há algo a mais nesse gesto. O ar nos faz interromper.
Ofego sentindo seus dedos em minha nuca. Abro os olhos.