QUERO QUE VOCÊ SE APAIXONE PO...

By Tamaragonc

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Elizabeth é a típica menina do colegial, intelectual mas diferente de muitas, arrogante. Ela só quer terminar... More

EPÍGRAFE
PRÓLOGO
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ÉPILOGO
AGRADECIMENTOS
IMPORTANTE

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By Tamaragonc

ELIZABETH MOORE

Eu sabia que tinha falado merda. Sabia mesmo. Mas mesmo assim continuei com minha ideia de ao menos tentar me divertir. Eu não iria voltar para casa para sofrer por Daniel.

Não mesmo.

Com cuidado molhei meu rosto com medo da maquiagem sair. Olhe lá, quem diria que eu Elizabeth Moore estaria no banheiro de uma festa com medo de borrar a maquiagem?

Quando a música trocou lá embaixo eu resolvi descer e esquecer tudo de ruim que havia acontecido. Ou melhor, esquecer minha discussão estúpida com Daniel,

E principalmente,

Esquecer ele.

- Elizabeth! Você veio! - ouço um gritinho estridente assim que chego na entrada da cozinha preparada para beber uma água. Era Gemma junto de suas amigas líderes de torcida.

Todas estavam bonitas, de fato. As 6 meninas, incluindo Gemma.

- É o que parece - forcei ergui uma sobrancelha

- Uau, você está uma gata! - ela disse me analisando. Analisei elas também, usavam vestidos de modelos diferentes. Algumas de vestidos soltos e outras de vestidos bem balada, apertados.

- Meninas, já conhecem a Elizabeth - Gemma virou para as amigas

- Claro que conhecemos - Uma disse enquanto enchia o próprio copo de bebida no barril em cima do balcão. - Nunca esqueceremos o rosto daquela que socou a cara da nossa capitã.

Elas riram como perfeitas cobras.

- Vocês não se incomodam?

Elas deram ombros e outra disse

- Francine merecia mesmo uma surra.

- Achei que todas seguiam ela. - murmurei

- Nunca foi seguir, sempre foi aturar - Gemma disse - Pois por ela ser a chefe das líderes ela poderia tirar qualquer uma de nós.

- Mas não tira você porque é do grêmio - falei minhas observações de semanas

- Exato - Gemma riu e me ofereceu um copo de bebida. Neguei. Ela revirou os olhos. - Relaxa, é apenas álcool.

Peguei, mas não bebi

- Está acompanhada? - perguntou uma das meninas

- Eu estava há 10 minutos.

- Com o gato do Jason - disse Malorie, a única que eu lembrava o nome além de Gemma

- Ele é gay, Malorie! Desencana! - elas riram

- Eu faço ele virar homem rápido - ela sorriu maliciosamente

- Ok Ok - Gemma revirou os olhos - Que tal voltamos para a festa de verdade? - olhou para a sala de estar

- Vamos! - todas soltaram gritinhos. Sorri, eram até simpáticas. Ao contrário das cobras venenosas que eu imaginava. Ainda são cobras mas não parecem tanto.

- Existe cobras venenosas que usam nosso uniforme - Gemma pareceu ler meus pensamentos. As meninas começaram a correr com seus copos de bebidas para a sala. - Mas só aquelas que andam com Francine.

Soltei um riso

- Vai se juntar a nós? - ela perguntou andando em direção a sala e olhando pra mim

- Bom, vou. - falei. Não tinha mais ninguém nessa festa que eu poderia ficar, então ficaria com elas mesmo.

- Só tem uma regra - Gemma disse quando parei ao seu lado, enquanto olhamos as meninas e a multidão dançando e se divertindo

- Qual é?

Ela olhou para meu copo

- Apenas se divirta.



Eu não fazia idéia se era o quinto ou até mesmo sexto copo que eu tomava. Eu só sabia que a cada batida acelerada eu me agitava mais.

Dançava mais.

Me soltava mais.

Por sorte, eu estava consciente de toda e qualquer ação que eu fazia. Não estava bêbada, estava mais solta apenas.

Eu não fazia idéia de qual era a hora. Eu só sabia que eu queria ficar, que eu queria me divertir.

Inúmeros caras chegaram em mim durante a noite, mas nenhum deles era ele.

Nenhum deles me atraia como ele.

Nenhum deles me faziam implorar mentalmente por apenas uma palavra ou olhar direcionado a mim.

Inclusive, quando todos eles tentaram me beijar, eu empurrei justamente por não ser ele.

- uuuuuuh - a galera soltava gritinhos enquanto dançávamos.

De repente sinto algo me empurrar

- Sai vaca! - rosnou. Olhei e vi quem eu menos queria ver

Francine.

Rapidamente Gemma veio para meu lado

- Na escola você pode fazer o que quiser Francine - Gritou por cima da música - mas na minha casa você respeita as pessoas, principalmente quem estiver comigo!

Francine riu, debochada

- viraram amigas foi? - perguntou olhando para eu e ela - Me poupem.

Então ela saiu andando por entre a multidão.

- Ignora essa vadia! - Gemma gritou e me balançou para voltar a dançar.

Então eu voltei, voltei a dançar até eu cansar de verdade.

Acho que já passava das 3h ou 4h da manhã, a aquela altura eu nem sabia mais.

- Vou beber água - Falei no ouvido da Gemma que concordou e continuou dançando enquanto um garoto estava atrás dela.

Caminhei por entre corpos suados até chegar a entrada da sala. Respirei fundo, eu realmente sentia que me divertia.

Eu realmente estava me divertindo na realidade.

Pela primeira vez na noite soltei um sorriso sincero.

Que desmoralizou no segundo em que entrei na cozinha e vi o que nunca queria ver.

Daniel estava encostado no balcão, enquanto Francine estava de frente a ele.

Então ela beijou ele.

E ele retribuiu.

- Elizabeth - Ouvi atrás de mim. Rapidamente os dois ali se separaram, Daniel empurrou ela que me olhava espantado.

Olhei para trás e vi Jason me encarando, ele estava com pena de mim pela cena que ele também presenciou, ao lado dele Paulo estava sorrindo com os olhos em mim.

- Elizabeth - Daniel murmurou ainda com a aquela expressão ridícula de espanto. Ao lado dele Francine de braços cruzados e sorriso com puro deboche

- Sua... - solto tentada a ir até ela - eu vou...

- Vai o que? Me bater? - perguntou com o sorriso ainda no rosto

- Não - olhei para Daniel. Eu sentia as lágrimas quentes nos olhos - Eu não vou. Vocês dois se merecem, vão se ferrar!

E sem mais nem menos virei as costas e sai andando apressadamente, tentando de tudo segurar minhas lágrimas inúteis.

- Elizabeth! - Daniel vinha atrás de mim

As pessoas perto paravam tudo para olhar. Ouvi a risada exagerada de Paulo.

Desci as escadas saindo no gramado da casa. Olhei para o céu estrelado, deveria ser bem tarde da madrugada.

Continuei andando rápido até sair do quintal de Gemma. No segundo que sai e me afastei da casa movimentada senti uma mão no meu pulso

- Não foi o que você imaginou! - Ele me puxou para junto de seu corpo

Empurrei ele

- Não? Agora vai me dizer que sou louca a ponto de imaginar você beijando ela?

- Eu estava bêbado, Elizabeth. Merda, eu ainda estou bêbado, mas são o suficiente para dizer o que aconteceu.

- Me solta porra! - empurrei ele que me puxava para junto do corpo dele

- Ela chegou até mim Elizabeth, ela...

- Eu não ligo! Eu não me importo! Que saco Daniel! Vai pro inferno! - gritei empurrando ele de vez.

Eu notava as emoções no rosto dele. Mas eu não me importava, ele feriu meu coração.

- Eu só - passei a mão no rosto - Nunca imaginei que você... E ela...

Minhas lágrimas começaram a descer quentes e rápidas pelo meu rosto

- Me deixa explicar com calma...

- Você está bêbado inferno!

- E você também está! Ou pensa que não vi você dançando e bebendo e aqueles merdas do caralho chegando em você e tentando beijar você e...

- E eu beijei? Você viu eu beijando alguém? Eu não beijei porque todos que chegavam em mim não era você, Daniel!

Eu estava me sentindo estúpida, as lágrimas descendo, meus gritos, a maquiagem provavelmente totalmente borrada.

Eu estava uma merda.

- Como você pode querer que eu chegue em você depois de ter me afastado? Merda, eu lembro de tudo o que você disse! Você não quis nada comigo! Você me afastou!

- Afastei justamente por isso, pra não sofrer por você e pra não entregar meu coração para você destruir. Mas parabéns, você já o fez.

- Você destruiu o meu quando disse que não me queria. - ele murmurou

- Eu vou embora - virei as costas

- Elizabeth, para - veio atrás de mim - Vamos conversar... Por favor caramba... Me deixa explicar...

- Eu não quero explicação, eu não quero nada de você e nem com você! - Gritei a plenos pulmões - Só... Só me deixa em paz.

Limpei as lágrimas no rosto e corri o resto do caminho até o carro da minha mãe. Ele ficou parado lá no meio da rua olhando para o carro.

Limpar as lágrimas foram em vão porquê durante todo o percurso até em casa eu só sabia chorar.

- Elizabeth Filha, como foi a... você está chorando, Beth? - minha mãe veio correndo até mim quando abri a porta

Assenti. Aquela altura eu nem evitava mais as lágrimas, eu não evitava emoção nenhuma.

- Vem - minha mãe me abraçou - Vai me dizer o que aconteceu?

- Eu só quero ir para meu quarto.

Ela assentiu e foi comigo para o andar de cima.




Deveria ter passado 1h ou 2h desde que eu cheguei. Eu só fiquei deitada na minha cama olhando para a janela do outro lado.

Eu vi as estrelas da noite escura no céu sumir e dar lugar a um céu laranja com o nascer do sol.

- Elizabeth! - Ouvi e meu coração começou a disparar no mesmo instante - Elizabeth!

- Filha... É o...

- Daniel - murmurei sem olhar para ela

- Ele parece bêbado.

- Eu não vou embora até você falar comigo! - gritou

- Mãe - suspirei - manda ele embora, por favor.

Minha mãe concordou e desceu, segundos depois eu ouvi:

- Ela não quer te ver, Daniel.

- Eu quero falar com ela. Porra, ela tem que me ouvir Sra.Moore. ela tem que entender meu lado e...

- Daniel, vá para casa!

- Eu não vou, não até ela falar comigo.

Levantei com tudo da cama e fui até a janela. Abri a janela e com o barulho ele olhou diretamente para mim.

- Elizabeth...

- VAI EMBORA! - Gritei e fechei a janela.

Ele não falou nada, apenas minha mãe falou

- Você está muito ruim para andar Daniel, vou chamar sua mãe para te buscar.

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