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Devo estar completamente louca para fazer o que vou fazer a seguir, mas há muito tempo que quero retribuir o prazer que ele me dá, há muito tempo que quero...
Ele despiu a camisola preta e senti-me uma adolescente parva com os nervos, não pelo corpo lindo, mas bem... porque a minha mão estava a centímetros do órgão dele.
Por momentos esqueci tudo, esqueci a traição, esqueci o quão me ia irritar comigo própria depois disto.
-Eu não sei o que fazer Brand. - confessei envergonhada.
-Caralho Alice basta falares com essa voz inocente que me venho aqui mesmo. -apalpou-me o peito. - Mas eu ensino-te.
-Com a mão ou com...? - tinha algumas dúvidas.
-Como quiseres bebé. -ele sorriu - Vem cá.
Ele puxou-me para cima dele e desapertou as calças, depois...
-Uauu! - disse espantada com o tamanho, posso nunca ter visto um pénis mas tenho a certeza que aquilo é enorme.
Toquei-lhe rapidamente e ele soltou uma grande gargalhada o que me fez ficar bastante vermelha.
-Assim. - ele segurou nas minhas mãos e eu toquei em tudo, explorando com curiosidade.
-É tal e qual como nas aulas experimentais, pelo menos o teu olhar curioso é o mesmo. - riu-se.
Aproveitei que estava distraído e comecei a mexer as mãos, vi o rosto dele a ficar muito sério de repente e o corpo a descontrair.
Fiz alguma pressão e comecei movimentos de vai vem variando a velocidade, tal como ele fez comigo e soltou gemidos altos.
-Aliceee. - ele gritou enquanto gemia e demasiado excitada com o nome dele a sair da minha boca, decidi provocá-lo.
Parei o que estava a fazer deixando-o intrigado e irritado (?).
-Não vais dizer para eu continuar? - Oh eu adorava tirá-lo do sério.
-Alice tu queres brincar não queres? - havia tanta malícia por de trás daquelas palavras. - Sabes que tipo de coisas posso fazer contigo?
-Que coisas? - perguntei curiosa.
-Só quando te portares bem pequenina, talvez aí...
-Talvez aí o quê? - AII MEU DEUS DIZ-ME!!
Ouvimos um barulho e ele vestiu-se rapidamente, depois de me tapar com o corpo tatuado.
-Quem está aí? - uma voz feminina irritante disse.
Espreitei espantada, eu conhecia aquela voz, era a Brie.
-Brie? Isto é alguma piada Brandon? - fiquei demasiado nervosa.
- Trouxeste aqui para me humilhares mais uma vez, eu já devia saber. - levantei-me em fúria e as lágrimas começaram a descer. - Como é que fui acreditar em ti?
Não acredito que caí em mais uma das armadilhas, sentia-me suja, não só o tinha ouvido como tive praticamente sexo com ele.
-Merda Alice não é nada disso. - ele bateu com força no barco e assustei-me.
A imagem da Brie apareceu à nossa frente e o sorriso convencido mudou para uma cara de espanto.
-Vocês?
Estava demasiado afectada para pensar ou sequer para me defender daquela cobra e do próprio Diabo, eu tinha que sair dali antes que me desse uma coisinha má.
Antes que perdesse todas as minhas forças, não o queria ouvir, nem ver à frente.
Só queria imaginar que isto nunca aconteceu, mas era difícil tirar as palavras suaves e os beijos sentidos, ainda mais difícil era esquecer os olhos doces dele quando ficava tão vulnerável a falar do que sentia.
Mas Alice, tu tens que superá-lo.
-Alice? Espera onde é que tu vais!? - ele correu atrás de mim pelo cais e uma Brie chateada seguiu-nos.
-Isto foi um erro, eu-eu por favor deixa-me! Isto foi um enorme erro! - as palavras saíram-me atropeladas pela emoção.
-Brandon... - a loira chamou por ele e eu corri o mais rápido que consegui.
*
Entrei no bar com a respiração acelerada, sei que era impressão minha, mas sentia como se todas as pessoas ali me estivessem a julgar.
"Como é que ela se deixou enganar por ele, pobrezinha" ; "Ele faz o que quer dela", talvez fossem os meus próprios julgamentos, sinal de que fiz uma grave asneira.
Depois de o conhecer já não tinha certezas de nada, sempre soube o que queria na minha vida e era confiante nesse aspecto, agora... agora estou completamente perdida e sem forças.
-Olá boa noite pessoal, ainda bem que puderam vir e espero que gostem! - o Dylan o vocalista da banda animou o público.
Obriguei-me a respirar, olhei em volta, o bar estava cheio de grupos de amigos felizes e havia uma energia descontraída e quase sobrenatural, era como se tivesse num verdadeiro filme.
-Está música foi escrita por mim para uma pessoa muito especial. - o rosto dele iluminou-se com um enorme sorriso e segui o olhar dele.
O mesmo sorriso, o mesmo brilho que o Tevin tinha a falar da namorada...
Jane!
Ele estava a olhar para ela, e não era de mim, qualquer pessoa que não soubesse da história deles repararia na forma como os olhares se cruzaram e se prenderam um ao outro mesmo depois de ele começar a cantar.
Ela tinha o perdoado, não sabia o que pensar sobre isso.
Uma parte de mim tinha medo por ela e se ele a voltasse a trair? Eu juro que o perseguia para toda a vida.
Mas a outra parte de mim, a parte emocional dizia-me que não havia nada tão certo como aqueles dois e que apesar de tudo tinham sido feitos um para o outro.
Ela estava feliz então eu estava feliz.
A Jane das duas sempre foi a aventureira, a imprudente, a desapaixonada a racional, quem olhava para ela via-a sempre como o meu porto seguro.
Não estavam errados, mas também não completamente certos.
A desapaixonada era na verdade a rapariga que fantasiava com lindas histórias de amor e que tem medo se apaixonar, porque sabe que o fizer não consegue voltar, eu sou diferente.
Nunca foram as histórias de amor com finais felizes e onde tudo era perfeito que me cativavam, eram as reais, onde estão as personagens mais humanas, aquelas que falham vezes sem conta e que temem em não encontrar o caminho de volta.
-But baby you have my whole heart. - a música continua.
-Sempre adorei ver-te a ouvir música, pareces um anjo. -virei-me bruscamente.
Havia uma parecença tão grande na maneira de falar, nunca tinha reparado até hoje.
O discurso e as palavras eram diferentes, mas a franqueza era o resultado de uma educação semelhante que durou vários anos.
*
Olá tudo bem?
Espero que 2019 seja um ano fantástico para todas vocês e que tudo de mau fique para trás!
Quero avisar também que como estou prestes a começar as aulas, vou começar a publicar menos vezes, talvez 2x por semana (depende).
Quanto ao capítulo digam-me o que acharam dele, a razão para qual se chamar Telhados de Vidro é porque sinceramente não há nada melhor para retratar o estada da Alice neste momento, extremamente sensível.
Beijinhos,
Joana
P.S- Não se esqueçam de votar e comentar, ahh e digam-me nos comentários a quem é que ainda não dediquei um capítulo!