AO NOSSO HERÓI, UM TIRO NO PE...

By wlangekeinde

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Em um país chamado Kailan, governado por uma ditadura militar, a jovem Kristina Lan Fer está mais preocupada... More

APRESENTAÇÃO
BOOK TRAILER
CAPÍTULO 1 - OS LAÇOS QUE PRENDEM A CORDA
CAPÍTULO 2 - AMIGO DE LONGA DATA
CAPÍTULO 3 - TRÊS MESES DEPOIS
CAPÍTULO 4 - BASTIDORES DA PÁTRIA
CAPÍTULO 5 - DISTÚRBIO
CAPÍTULO 6 - LONGE DEMAIS
CAPÍTULO 7 - OS INCONFORMADOS
CAPÍTULO 8 - O VISIONÁRIO DA COSTA BAIXA
CAPÍTULO 9 - NOSSO ABRAÇO DE AGULHAS
CAPÍTULO 10 - AS TRAMAS OCULTAS DA GUERRA CIVIL
CAPÍTULO 11 - ESBOÇO DE UM CRIME FEDERAL
CAPÍTULO 12 - MEIA DÚZIA DE PROMOTORES DO CAOS
CAPÍTULO 13 - PENSAMENTOS PROIBIDOS
CAPÍTULO 14 - O TERCEIRO-SARGENTO
CAPÍTULO 15 - NO ALBERGUE I
CAPÍTULO 16 - NO ALBERGUE II
CAPÍTULO 17 - PAZ? SOMENTE AOS SUBMISSOS
CAPÍTULO 18 - O PRIMO
CAPÍTULO 19 - RECOMPOR
CAPÍTULO 20 - O DIA DA DECISÃO
CAPÍTULO 22 - PEDRAS NA POÇA DE ÁGUA (final)

CAPÍTULO 21 - O HOMEM QUE USURPOU A NAÇÃO

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By wlangekeinde

O quarto era grande, com carpete e papel de parede escuros. Havia um sofá de um lado, uma mesinha com cadeiras de outro, um móvel de televisão acoplado à parede, com um aparelho de pelo menos setenta polegadas, e uma cama de casal desarrumada no centro do cômodo.

Não parecia haver ninguém lá. Porém, a não ser que o herói tivesse usado seus superpoderes para voar da janela do terceiro andar, aquele quarto estava, sim, habitado.

— Kris, o mapa não mostra ninguém — disse Briel. — Ou ele tá sem capacete ou tá com um capacete fora do sistema. Cuidado.

Ao lado da televisão, havia uma entrada estreita que dava acesso ao closet e ao banheiro. Se o Marechal aparecesse, com certeza seria por ali. Ou, se não aparecesse, seria por ali que Kristina iria buscá-lo. Afinal, para sobreviver, ela precisava conduzir aquela dança hostil, e que jeito melhor de fazer isso do que ela mesma tirando a fera para dançar?

Ninguém entra — sussurrou pelo intercomunicador e, metendo a mão por dentro do capacete, arrancou o aparelho. Agora sim seus ouvidos estavam atentos à movimentação ao redor.

Deixou o fuzil no chão e sacou a pistola. Na ponta dos pés, avançou pelo caminho estreito. À direita, a porta do banheiro estava fechada. À frente, já se via as inúmeras peças de roupa penduradas nos cabides ou dobradas nas prateleiras e os sapatos dispostos em sapateiras no closet. Se eu fosse um presidente, onde eu me esconderia? Ela ficou parada, concentrada. Deu um passo para frente. Um sorriso surpreendeu a extremidade de sua boca quando ela notou que fazia a pergunta errada.

Se eu fosse um Marechal e herói de guerra, onde eu esconderia minha arma?

Adentrou o closet, tomando cobertura na lateral de uma cômoda.

Silêncio

Silêncio

Silêncio...

E então um ruído perto de uma das sapateiras.

Kristina esticou o pescoço para espiar pelo lado de sua cobertura, mas nesse momento um tiro retumbante simplesmente destruiu a cômoda, espalhando pedaços de madeira. Ela deu dois tiros mais ou menos na direção de onde viera aquele, depois se arrastou, de costas, para fora do closet. Virou-se e correu cambaleante de volta para o quarto, onde se agachou com as costas na parede, esperando o Marechal passar pelo caminho estreito para ir atrás dela.

E ele se aproximou devagar. Ela não ouvia os passos — provavelmente estava descalço —, mas ouvia sua respiração, e de algum modo até sentia sua presença. Deixou que ele chegasse mais e mais perto. Até que ele enfim colocou uma perna à vista dela, e foi nessa perna, na altura do joelho, que Kristina disferiu uma coronhada. O berro de dor do presidente foi abafado por seu capacete. Ele tirou do chão a perna ferida. Kristina agarrou sua outra perna e a puxou, derrubando-o de vez. Mesmo caído, ele ainda tentou se posicionar para atirar mais uma vez com sua escopeta de cano curto, mas Kristina foi mais rápida: se jogou em cima dele e golpeou a dobra de seu pulso, tirando-lhe a arma. Chutou-a para longe, na direção do closet.

Com Sarto desarmado, Kristina tentou se levantar, mas ele chutou suas pernas e ela, para não cair, agarrou-se à cortina da janela. No entanto, caíram ela, a cortina e o varão da cortina. No meio da confusão de pernas e panos, ela apontou a pistola para Sarto e gritou:

— Me solta! Me solta!

Assim, conseguiu se levantar e se distanciar alguns passos, sem afastar a mira. Ele se desvencilhou da cortina e se levantou, menos intimidado do que Kristina esperava, mas com as mãos para cima.

— Tira o capacete — disse ela. — Agora.

Ele tirou. Ao mesmo tempo, Kristina tirou o dela, e os dois ficaram cara a cara, iluminados somente pelo luar que entrava pela janela.

— Você veio me matar? — A voz de Sarto era ainda mais robusta ao vivo.

Kristina retesou o braço. Soltou a arma. Chutou-a para longe. Era como se os movimentos não passassem por um filtro de razão. Ela só conseguia se lembrar de toda a violência pela qual passara até chegar ali e o corpo agia conforme os sentimentos que a memória despertava.

— Não — disse ela. — Eu vim pedir pro senhor renunciar.

Ele permaneceu sério. Ela idem. Mas algo nos olhos dele indicava certa desconfiança.

— Por que eu deveria renunciar?

Até as cordas vocais de Kristina eram apenas sentimentos e adrenalina. As palavras saíram de suas entranhas e fluíram com uma facilidade estranha até a boca:

— Pela paz... Meu nome é Kristina Lan Fer e eu tenho dezoito anos. Eu ainda não era nascida durante a guerra civil, mas conheço muita gente que era, e mesmo se eu não conhecesse, não precisa ser nenhum gênio pra saber como aquela época foi horrível. E eu acho que o senhor fez muito bem em intervir. Eu acho que realmente esse foi um primeiro passo pra um Kailan melhor. Mas foi isso: um primeiro passo. Do jeito que o seu governo anda, Marechal, vai ser muito difícil as coisas darem certo. Porque eu e a população de Kailan queremos a mesma coisa que o senhor: paz, segurança, união. Mas a gente também quer liberdade, e a gente vai lutar por ela.

— Você não concorda com meus métodos — resumiu Sarto. — Mas você entende, de verdade, o que eu venho fazendo nesse país?

Quando Kristina percebeu que ele não responderia à própria pergunta, mas que, ao contrário, esperava uma resposta dela, quase gaguejou. Então disse a verdade, munindo as palavras com a maior veemência de que foi capaz, e por ser verdadeiro o discurso voltou a ser fácil:

— Do seu ponto de vista, não.

Mas o homem não se inibia.

— Aos poucos, Kristina, eu venho implantando a verdadeira revolução. O maior bem pro ser humano sempre foi a felicidade, por isso a verdadeira revolução deve ser aquela capaz de nos garantir esse bem. Mas é impossível chegar à revolução sem ordem, e a ordem consiste em duas coisas elementares: vigilância e castigo. Com esses dois funcionando bem, conforme o tempo avança, mais as pessoas têm medo de quebrarem as leis. Falta liberdade, eu tenho que concordar com você, mas ou você tá seriamente enganada ou tá tentando me enganar, porque a população de Kailan não quer liberdade. O povo aceita a falta de liberdade. É por isso que quem invadiu meu quarto hoje foi você, e não uma multidão. Eles aceitam essa falta e é assim que conseguem ser felizes.

Ele deu um passo na direção dela. Ela pensou em dar um passo para trás, mas não queria dar a entender que estava recuando. O presidente continuou, como se tivesse ensaiado, ou como se repetisse aquelas ideias tantas vezes que já sabia articulá-las de cor:

— Você vê necessidade de lutar contra mim porque você é infeliz com a situação que eu sustento, mas você só é infeliz porque acredita que pode ter a paz e a liberdade juntas. Mas não pode. É isso: nós temos que escolher entre a paz e a liberdade, e eu não vejo por que essa escolha é tão difícil pra você. Me diz quando você soube realmente o que é ser livre. Eu creio que nunca. Pouquíssimas pessoas no mundo já tiveram a oportunidade de saber. Mas você com certeza já soube o que é ser feliz, e com certeza foi ótimo em todas as vezes. É a paz, e não a liberdade, que vai consolidar o meu plano final pra Kailan: a felicidade. E isso é um plano a longo prazo. Eu preciso de mais tempo no poder, e então seus filhos ou no máximo seus netos vão morar em uma sociedade perfeita. Eles vão ser mais felizes do que você jamais foi. Eu só preciso da sua ajuda pra isso, Kristina.

Agora ela estava boquiaberta. Aquilo era muito mais do que a fala do farsante ganancioso que ela sempre esperara que Sarto fosse. Não era. Sarto parecia convicto das ideias que transmitia, e Kristina começou a acreditar de verdade que ele tinha se preparado para aquilo. Não, óbvio que não se preparou, pensou ela. Já virou presidente estando preparado. Talvez Sarto só tivesse virado um ditador por estar tão preparado para esclarecer a várias pessoas seus planos para Kailan e convencê-las a concordarem. Era esse o jogo dele no momento? Convencer sua assassina a se juntar à causa? Ou ele só queria a enrolar enquanto os reforços não chegavam? Fosse o que fosse, Kristina não pretendia ficar ali por muito tempo. Porém, como persuadir aquele homem em poucas palavras? Se é que poderia persuadi-lo de qualquer jeito. Mas precisava tentar.

Apenas se falhasse é que precisaria matá-lo.

— Não. Não existe paz em Kailan. Eu fui torturada, eu vi pessoas morrerem, eu ajudei pessoas a matarem. A gente ainda tá em guerra, só que, agora, é por baixo dos panos.

— Não existe revolução sem guerra. Não existe paz sem guerra. Quem não escolheu a paz vai tentar vencer quem escolheu, e é por isso que você e seus colegas estão matando meus soldados. Mas, desse jeito, vocês se tornam obstáculos pra paz e pra felicidade, e eu preciso contornar meus obstáculos. Eu sinto muito que você tenha precisado ser torturada, mas agora você entende a necessidade disso? Eu não posso deixar você me atrapalhar. E, enquanto você estiver contra mim, você vai me atrapalhar.

Kristina se movia de um lado para o outro, apenas pequenos passos, sem sair muito do lugar e sempre com os olhos pregados em seu interlocutor, que por sua vez avançou mais um passo, com as mãos na cintura. A eloquência do Marechal a impressionava. Magro, vestindo regata e calça de dormir, mas mesmo assim tão altivo! Enquanto isso, a cada espaço que ele dava para Kristina falar, a facilidade inicial se desvanecia e ela começava a agonizar intimamente. A mesma agonia de um mau desenhista que tenta em vão reproduzir no papel uma imagem bela.

— É possível, sim, fazer uma revolução sem violência — disse a garota, enfim. — Na verdade, esse é o único jeito de fazer a sua revolução durar. Porque enquanto a sua guerra é velada, ela pode até funcionar, mas e quando a população descobrir que o seu governo mata, tortura, espiona todo mundo? O senhor acha que as pessoas ainda vão te apoiar? Nada que se levanta de uma mentira consegue ficar em pé por muito tempo. A verdade, Marechal, é que o destino do seu governo, se continuar assim, é desabar. E se ele desabar, além do senhor não conseguir alcançar seus objetivos, ainda vai ser visto como o vilão da história. Então por isso é que eu acho que o senhor precisa renunciar: porque a população ainda tá do seu lado, então se o senhor sair e acabar com a ditadura, um novo presidente vai entrar, pelos votos do povo, e vai continuar lutando pra construir o mesmo mundo que o senhor quer construir, só que por métodos mais justos, e o mal que o senhor tá fazendo vai continuar silenciado. O senhor vai continuar sendo um herói. Ou melhor, vai se tornar de verdade um herói. Essa renovação é que vai manter sua luta em pé e que vai fazer, inclusive, a luta continuar sendo reconhecida como sua. Mas se o senhor continuar com a ditadura, então daqui a algumas semanas, meses ou anos, toda a verdade vai aparecer, todo o povo vai reagir e o senhor vai acabar sendo deposto à força ou sendo morto, e seu plano pacifista vai pro ralo, e tudo que vai acontecer é só mais e mais e mais guerra nesse ciclo interminável de violência que é a história do nosso país!

No pátio, visível pela janela, um grupo grande de soldados corria para entrar no prédio. Kristina pensou em Franke: ele conseguiria se safar caso muitos soldados entrassem ao mesmo tempo? E Adriana e Tone, será que ainda resistiam na entrada da Sala de Operações? Se não estivessem, então Briel não tinha mais o controle da Rede Nacional? E Marko, a alguns metros dela, ainda estaria vivo?

O intervalo em que ela olhou para a porta do quarto foi minúsculo, mas Sarto sabia aproveitar boas chances. Pulou em Kristina como um felino, prendendo a garota em um estrangulamento, um braço em volta e o outro por trás do pescoço dela.

— Você acha que vai me enrolar? — Ele apertava cada vez mais. — Você não entende nada. Deixa os adultos mudarem o mundo e vê se fica quietinha.

Ela não conseguia respirar. Abria a boca, mas era impossível sugar o ar, e se ela pudesse ver a si mesma por um ângulo externo, tinha certeza de que se confundiria com um peixe moribundo, fora da água, se remexendo sem parar, abrindo e fechando a boca como um animal débil, como os peixes que ela tinha comido com Briel em um dia qualquer, porque seu pai tinha fritado, porque sua mãe tinha comprado, porque Marko tinha vendido, porque o pai daqueles meninos que lhe deram informação na Costa Baixa tinha pescado. Seu rosto estava frio, seu corpo, fraco, e por mais que ela puxasse e arranhasse o braço de Sarto, o homem não a largava. Ela ia morrer!

Mas então se lembrou.

Antes que a dormência invalidasse seu corpo, conseguiu tirar a faca do cinto. Quando Sarto desfez a chave para tentar impedi-la com uma das mãos, já era tarde demais. O presidente ganhou um corte fundo no braço esquerdo.

Ele a soltou. Kristina inspirou intensamente, tossindo, enquanto recobrava o equilíbrio. Não tinha jeito. Sarto não a ouviria. Não renunciaria. E ela precisava sair dali o mais rápido possível.

No caminho para a porta, recuperou seu capacete. Antes de deixar o quarto, olhou para trás, agora com a visão noturna: o presidente suava e apertava o braço acima do ferimento, o que, porém, não era suficiente para impedir que o sangue escorresse. Mas aquilo não o mataria. Não era um ferimento fatal.

— Você não tem noção do que acabou de fazer — disse Sarto.

Kristina saiu.

Do lado de fora, não encontrou Marko de primeira. Também não havia nenhum soldado pelos arredores, ou pelo menos nenhum vivo. O chão estava apinhado de cadáveres. Pelos danos, Marko executara a maior parte com mesma estratégia: Briel os paralisava, o peixeiro atirava à queima-roupa. Antes daquela noite, Kristina nunca teria adivinhado o quanto o ex-soldado da Costa Baixa podia ser cruel.

— É ela mesmo, Briel — disse a voz de Marko, atrás dela.

O dono da voz apareceu vindo de um corredor, com um torniquete improvisado na perna, mancando pesadamente, e a segurou pelo braço para guiá-la, com o fuzil na outra mão. Enquanto corriam (o tanto quanto a perna de Marko permitia), ele disse:

— Por que você demorou tanto?! O que aconteceu? Ele tá morto?

— Tá — mentiu ela.

Marko soltou um ganido esquisito, uma risada curta. Por baixo do capacete, devia estar sorrindo de orelha a orelha.

— Tá feito, equipe — disse ele. — Agora é só sair daqui. Sim, ela tá bem. Kristina, por que você tirou o comunicador?

— Eu fiz do meu jeito.

— Não devia ter feito isso, porra!

— Já tá feito! Acabou! Agora a gente só tem que sair daqui.

Marko ficou quieto, mas Kristina imaginou uma expressão fechada por trás do capacete. Chegaram na sacada do segundo andar. Vários esquadrões acabavam de entrar pelo salão, lá embaixo, e começavam a subir. Não estranharam os dois "soldados" seguindo a direção contrária, por causa do ferimento de um deles, porque Kristina abaixou a cabeça, cobrindo o rosto com os cabelos e porque os cadáveres também chamavam bastante atenção.

— O Franke tá nos fundos. Por enquanto tá limpo — disse Marko, repassando para Kristina as informações que ela não podia mais ouvir. — A gente sai por lá... Confirmado... Tenta relaxar, Tone.

Kristina estava um pouco tonta com aquela correria, chegando ao ponto de Marko a puxar até a saída. Eles chegaram quase ao mesmo tempo em que Adriana e Tone. A roupa de Tone estava ensopada de sangue no ombro direito, onde alguém tinha amarrado uma faixa de pano. Ele pressionava o ferimento por cima da faixa.

— Tudo bem — disse Tone, a voz apertada. — Eu sou canhoto. Vambora.

O pátio estava lotado, assim como o gramado. Os veículos militares paravam na grama: carros de transporte trazendo pessoas e ambulâncias levando pessoas. Foi a uma ambulância que Adriana os guiou. Marko foi logo se deitando na maca, enquanto Franke, Tone e Kristina o acompanharam atrás. Tone se sentou no chão, e depois de tirar o capacete sua careta de dor ficou visível. Adriana foi na frente, ao lado do motorista, que era um funcionário da LanPaker. Quando o motorista acelerou, todos os corações puderam desacelerar pelo menos um pouco.

— Estamos saindo do Palácio — comunicou Adriana, e retirou o capacete.

Enquanto todos retiravam seu equipamento, suspirando de alívio — até mesmo Kristina —, Adriana ligou o rádio. Uma repórter dizia, em meio à bagunça sonora:

-disso, chegamos agora, junto com os reforços. Os soldados estão entrando no prédio. Não temos permissão para entrar. Estamos esperando informações. O quê? O QUÊ?

Fizeram-se cinco segundos de um silêncio insuportável. O que aquilo significava?

Finalmente a repórter prosseguiu:

Acabou de chegar a informação de que nosso Marechal Sarto está morto.

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