20 de outubro de 2017
2:16hrs
Daisy
Rolo para o lado tentando achar uma posição confortável, tento também não me mexer muito para não acordar Dante que está com seu braço direito em minha cintura dormindo lindamente.
Ah, eu não consigo. E estou com uma vontade louca de comer hambúrguer com cobertura de chantilly e mel...minha boca enche d'água só de me imaginar comendo.
Sinto meu corpo comichar. Não aguento, me levanto devagar e vou para o banheiro enorme tomar um banho rápido. Estou me coçando pra comer hambúrguer com chantilly e mel. Regulo a temperatura da água para fria, sinto calor.
_Eu daria tudo pra comer isso agora...qualquer coisa.
Penso fechando os olhos enquanto deixo a água aliviar minha coceira e calor.
_Baby?
Escuto sua voz rouca de sono e me viro para vê-lo. O calor retorna instantaneamente mesmo com o grau baixo na temperatura da água.
_Desculpe, acordei você.--Falo engolindo meu desejo obsceno de puxá-lo para dentro do box duplo. Ele para bem na abertura do vidro, esfrega os olhos para depois passá-los pelo meu corpo várias vezes.
_Acho que ainda estou sonhando...hum...--Sorrio com seu comentário e coro vendo que ele está todo aceso através da box preta que usa. Dante vem dormindo assim desde que reatamos porque não quer perder o controle, estamos em duas torturadoras semanas sem contato mais íntimo por conta do bebê. Está sendo doloroso e excruciante.--Mas por que está acordada, não consegue dormir? Senti que estava muito inquieta na cama.
_Não, eu não encontrei uma posição confortável e estava muito quente...e eu quero muito, muito mesmo, comer um hambúrguer enorme com cobertura de chantilly e mel...posso até sentir o cheiro maravilhoso do queijo...--Suspiro fechando os olhos. Ah, Deus. Eu quero tanto isso...
_Ah, ok...É...isso é desejo. Eu vou...o que quer mesmo?
Abro os olhos muito feliz. Sorrio e desligo o chuveiro, chego perto.
_Hambúrguer com cobertura de chantilly e mel, amor. Eu quero muito. Você compra pra mim? Por favor? Faço qualquer coisa.--imploro apertando seus braços os molhando. Dante prende a respiração e engole em seco. Pisco lentamente.
_Ham...quer dizer, sim. Vou comprar...agora onde eu não sei mas você vai comer isso se é o que quer, baby.--Mordo o lábio inferior contendo um gritinho super histérico.
_Obrigada, obrigada, obrigada! Eu te amo.--Beijo seu rosto inteiro até chegar a boca. Encaro seu olhor ardente como um fogo devorador me consumindo. Suas mãos já apertando meus quadris com força.
_Idem. Agora, antes que eu faça uma loucura, vou atrás desse hambúrguer raro enquanto você meu bem, vai me esperar sentadinha na cama. Eu não demoro.--Recebi um beijo casto mas gostoso antes dele me estender um roupão de fibra cinza.
_Tá bem. Vou esperar e desculpa fazer você caçar essas coisas pra mim.--Poxa, é madrugada e eu vou fazer ele sair.
_Não precisa disso, sabe que que faço qualquer coisa por você. E agora pelo bebê também.--Sorrio boba o vendo tocar minha barriga que está grandinha.--Afinal esta não é a primeira vez que você tem desejos estranhos durante a madrugada e sei que não será a última, mas não importa. Tenho prazer em realizar cada um deles.--Quero chorar. Ah, ele fala coisas tão lindas...--Vou vestir uma roupa, vou o mais rápido que puder.
Me beija novamente para depois sair do banheiro indo em busca do meu tão delicioso desejo, puxo uma respiração funda me sentindo a mulher mais sortuda do mundo...nossa, como estou emotiva. Já estou até chorando.
Termino de vestir o roupão quando o escuto falar alto o suficiente pra mim ouvir através da porta do banheiro.
_Baby, já vou. Me espere aqui, não saia do quarto.
_Tudo bem, querido. Não vou sair. E cuidado, está muito tarde.--Me preocupo mas escuto sua risada.
_Que ironia..., deixa comigo. Tchau, até daqui a pouco.
_Até daqui a pouco.
E a porta do quarto se fecha em um baque surdo. Suspiro de novo, vou até o espelho do chão ao teto embutido na parede paralela a da porta. Solto os cabelos do coque mal feito que fiz antes do banho e eles caem em cascatas castanhas até a minha bunda. Pego uma mecha.
_Será que eu preciso mesmo cortar? Gosto tanto dele assim...o que você acha, meu filho?--Pergunto ao bebê enquanto faço umas poses em frente ao espelho.--A mamãe de cabelos curtos ficaria parecendo casada mesmo, madura e aparentemente determinada ou a mamãe de cabelos longos parecendo uma adolescente de dezoito anos, solteira e nada séria?-- Faço as caretas de respectivos adjetivos. Penso por um tempo e respondo por Drew.--A solteira de dezoito anos? É, eu também teria escolhido essa...mas e o seu pai? Qual acha que escolheria? Eu estou apostando, a julgar pela sua possessividade elevada e seu ciúme obsessivo, que ele prefere a casada. Estou certa? SIM!
Rio sozinha, Dante tem uma natureza tão peculiar e difícil...ainda tem essa sua tendência absurda em matar pessoas. Um assassino vivendo na sociedade tranquilamente, fortemente protegido pelos seus e pelo Estado, com alto grau de periculosidade, com uma inteligência e astúcia acima da média, um magnata irrefreável, maníaco por controle absoluto de tudo e todos, mortalmente lindo, vingativo e cruel, seu silêncio é sentença negativa, age como um selvagem desalmado em determinadas situações, é completamente
passional, movido a desafios, controversamente é um homem bondoso disposto a ajudar os necessitados sem esperar algo em troca, exímio na arte da sedução e ilusão, amante implacável, marido dedicado e um pai devoto ao filho que ainda nem viu...
_É impossível não amá-lo, não é bebê? Seu pai é único, nos ama incondicionalmente. E, apesar do seu lado mal imperar as vezes, ele está sempre nos pondo em primeiro lugar. Tenho orgulho dele e você também terá quando tiver idade pra entender as atitudes que ele toma...Embora elas não sejam nada éticas.
Explico para Drew as coisas como elas são. Dante é um homem mau? É. Mas também é um homem bom, capaz de amar e ser amado. Mesmo que as vezes ele não saiba como lidar com o amor...
Sigo de volta para o quarto ainda ansiando em comer meu "hambúrguer raro". Me sento na cama e começo a fazer duas tranças, uma de cada lado. Chega a ser cansativo o tanto de cabelo que tranço mas termino. Pego dois elásticos e amarro as pontas pra não se desfazer. Elas alcançam até abaixo da minha barriga.
Ajeito minha franja a tirando dos olhos, confiro as horas.
_Duas e quarenta e quatro...e não estou com um pingo de sono. Mas seu pai deve estar...ai, me sinto péssima por tê-lo acordado. Ele tem coisas pra fazer de manhã cedo. Tadinho...tenho que recompensá-lo.
Penso em uma maneira prazerosa e relaxante para recompensar meu marido. Minha mente ferve com as ideias pervertidas que tenho. É...faz tempo que não faço isso, mas acho impossível ter desaprendido. Só preciso ter cuidado para não morder...as vezes vê-lo se contorcendo e gemendo me levava a ser mais e mais ousada. Também me excitava de uma forma incrível. Apenas as lembranças me fazem corar. A porta se abre. Me ajeito na cama.
_Aqui está minha linda esposa, hambúrguer de queijo cheddar com cobertura, embora hambúrgueres não tenham cobertura, de chantilly e mel. Também trouxe suco natural de laranja, nem pensar em refrigerantes.--Sinto o cheiro delirante do queijo com o do chantilly. Help God. Que delícia. Dante trás tudo em uma bandeja e põe em minha frente. Não faço cerimônias, ataco e como com gosto, minha boca enchendo e mastigando sem parar. Saboreio a explosão de gostos misturados, até me dar conta do olhar e sorriso bobos de Dante pra mim. Vou parando. Bebo um pouco de suco, me sinto envergonhada.
_Pareço uma louca esfomeada, não é? Desculpa.--Me sinto uma mulher das cavernas. Meu rosto é erguido e Dante aproxima sua boca da minha.
_Para com isso, eu achei incrível você devorar um hambúrguer desse tamanho. Nunca vi comer com tanta vontade, querida. Foi um espetáculo, e você se sujou todinha...--Meu rosto esquenta, ele então começa a lamber minha boca. Prendo a respiração.--Tem chantilly aqui...--Continua lambendo os cantos da minha boca, depois o queixo e eu já nem sei como respirar. Ouço as batidas frenéticas do meu próprio coração.--Hum...muito gostosa.--E volta pra meus lábios. Me sinto uma felina ronronando.--Seu desejo foi realizado a contento, baby?
_Si-sim...mas ainda falta um...--Lembro de recompensá-lo. Tiro a bandeja da cama a pondo no criado. Me ajoelho e começo a tirar sua camiseta cinza sem deixar de encará-lo.
_Daisy...não podemos...--Diz tocando minhas tranças. Tiro e apoio as mãos em seu peitoral largo, definido e lindo. O faço deitar.
_Dante...relaxa...--Falo baixinho desamarrando o roupão que escorrega pelos meus ombros e se amontoa na cama. Subindo em cima dele que geme em antecipação eu começo a trilha de beijinhos molhados do queixo até seu abdômen que se contrai.--Não vamos fazer nada de errado...só quero agradecer você por ser tão dedicado a mim e ao nosso bebê.--Enquanto falo vou tirando o resto de sua roupa sempre o fitando com carinho e ternura. O vejo suspirar acariciando meu rosto.
_Eu amo vocês. Amo muito.
_E nós a você. Agora fica quietinho e deixa que cuido de você, meu bem.
Antes que ele diga algo eu começo minha sessão de agradecimento.
Posso dizer que foi extremamente prazeroso e intenso, acabamos e já era dia. Eu fui alvo do meu próprio plano. Dante me levou ao céu por vezes e foi tão delicado e carinhoso, afinal ainda tenho que manter o repouso...
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