Dante : A história de um assa...

By Anne_SantanaOF

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Ela só queria chegar em seu bloquinho de alvenaria do outro lado da cidade e descansar ouvindo um bom jazz, e... More

E s c l a m e n t o
Prólogo
Patrões nada confiáveis.
O crime compensa
A barraca dos salgados
Ela é intrigante demais
Assassino sequestrador
Péssimo sequestrador
Olhares
Minha diarista
Vestida para jantar
Seja minha
Dele? Não sei...
#maratona
Um pouco ansioso
Meu coração se mudou
Estraguei tudo?
Mentiras e Planos
Magoada
Situação inusitada
Chinelo X9
Provocante
Ele não vai me seduzir!
Plano iniciado
Liberdade?
Completa
Minha esposa!
Salvador improvável
Ela me ama...?
Amor incondicional
Conversas
Não sei amar direito
Os refugiados
Exposta
Reconciliação
Casada?
Corre!
Desolado
Bebê
Ironia
Minha esposa e um bebê
Brilhante
A última cartada
Família
Destino dos inimigos
Desejos
Será hoje
Audácia
Luta sangrenta
Imprevisto
Amor de verdade
Bônus
Pedidos e Respostas
Sim!
É menin...
Sentimentalismo e Compras
Casei com uma terrorista
Algumas verdades reveladas
Um cochilo de cinco minutinhos?
Dúvidas
Demissões?... Amassos... Calcinha...
Personificação da minha felicidade
Enfim!
Quem eu sou.
Epílogo

Susto e Surpresa

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By Anne_SantanaOF

17 de outubro de 2017
18:34hrs

Daisy

Caminho lentamente pelas ruas calmas da cidade que me acolheu quando precisei de um lugar para ficar. Suspiro pondo a mão sobre a barriga afim de sentir meu bebê.

_Está quentinho ai dentro, nenem?

Falo com ele como venho fazendo desde que o descobrir. Aqui, apesar do clima ser menos frio do que onde morava antes, as temperaturas são baixas também. Aperto mais o casaquinho de tecido fino que escolhi pra usar e me arrependi, ele não nos protege totalmente do frio.

Minha barriga já aparece um pouco, afinal estou de 18 semanas. Vou ao médico regularmente para saber como o bebê está e na próxima semana, se o nenem deixar, vou poder descobrir o sexo. Sinto um arrepio forte perpassar pelo meu corpo. Paro de andar instantaneamente olhando para os lados.

O que é isso? Que estranho. As pessoas passam por mim absortas em seus próprios interesses, os carros seguem na avenida sem trânsito, mas me sinto ser observada. Passo meus olhos pelo lugar atentamente mas não vejo nada incomum.

_Devo estar louca...por um momento pensei ter sentido o olhar do seu pai sobre mim...Acho que a saudade ainda está bagunçando minha mente.

Falo para o bebê e sigo até o apartamento. Chego me sentando no sofá, tiro as sapatilhas sentindo um pouco de falta de ar por ter subido dois lances de escadas.

_Ai...mamãe está cansada.

Falo ligando a televisão. Hum...está passando o noticiário. Hil vai trabalhar até mais tarde hoje, então seremos só o bebê e eu. Vejo as novidades mas o apresentador começa a falar de um incêndio na casa de um magnata famoso no mundo do FI. Meu coração para quando as imagens, gravadas de um helicóptero, da casa enchem a tela.

_Ah meu Deus! Não...

Uma enorme casa branca banhada em fogo e fumaça negra, o jardim todo flamejante...Deus.

_Não...não...não por favor.

Choro desesperada e mal escuto o que o repórter diz. Captei apenas: incêndio misterioso, haviam cinco pessoas na casa incluse o dono, bombeiros tentando conter as chamas...O ar me falta, sinto uma pontada no ventre e minha vista escurece.

_Dadinha...cheguei. Daisy? Ah, meu Deus!

Vejo o vulto de Hil em minha frente balbuciando coisas em ritmo frenético. Ele...ele mo...Não! Sinto outra ponta. Gemo de dor. Choro.

_ Vem. Rápido, o táxi está esperando. Vou te levar para o hospital.

Mal entendo. Só consigo pensar que o amor da minha vida pode estar sendo carbonizado agora e eu não estou lá pra sofrer com ele. Como fui egoísta, passional e imatura.

Quando dou por mim estou deitada com luzes fortes passando acima da minha cabeça. Pessoas falam alteradas.
Fecho os olhos.

*  *  *

_Dadinha? Aqui.

Abro os olhos e Hil está ao meu lado. Estou confusa...

_Calma. Você quase teve um...aborto.

Relembro os acontecimentos e começo a chorar. Um bip começa soar repetidamente. Dante...

_Calma. Calma. Por favor. Não se altera. Por favor. Pense no bebê. Por favor.

_E-e-ele...ele...ah, Hil....Co-co eu...eu v-v-ou...e-ele....

Choro com a dor da culpa, da perda, do amor. Ah, Dante...
Penso no nosso bebê. Ele nunca vai poder ver o pai por minha culpa. Deus, me arrependo tanto de tê-lo abandonado...sinto meu coração se rasgando e uma picada no braço. Relaxo involuntariamente. Mas ainda consigo ver o rosto dele em minha mente. Me perdoa, meu amor...

*  *  *

Acordo me sentindo terrivelmente mole. Gemo tentando me erguer mas escuto vozes alteradas. Paro para prestar atenção.

_Saia da minha frente, garota.

Meu coração dispara quando ouço a voz...Não pode ser...

_Cara, você é louco? Não pode entrar ai. Tem uma pessoa ocupando este quarto. Por que não vai até a recepção, hein? Você está claramente perdido.--Ouço a voz abafada de Hil. A velocidade dos bips mostram o quão acelerado está meu batimento cardíaco.

_Se você não sair da frente eu vou passar por cima de você. Shem, segure-a. Estou perdendo tempo.

Ah, meu Deus! Eu só posso estar muito sedada ainda e alucinando...A porta se abre revelando-o. Respiro com dificuldade e sinto que meu coração vai sair pela boca. É ele...mas não pode ser ele.

_Sou eu, baby.

Começo a chorar aliviada, agradecida e apaixonada. É ele. E está tão lindo...tento me erguer e consigo sentar mesmo que meu corpo todo proteste.
Ficamos fitando um ao outro. Dante está um pouco diferente, seus cabelos estão num corte com franja partida ao meio com mechas caindo sobre os olhos castanho-esverdeados brilhantes mesmo com as lentes dos óculos de grau. Nunca o tinha visto de óculos antes, mas confesso fica muito sexy nele.

Sua boca com lábios finos e corados está entre aberta e posso até ver seus dentes brancos perfeitamente alinhados através da fenda, o corpo que continua malhado e grande está em jeans escuro e camiseta preta lisa, no seu dedo anelar esquerdo ainda está a aliança.

Mas de tudo o que mas me chama atenção são os olhos também analisando cada traço do meu rosto. Dante tem um olhar tão intenso e potente que me arrepio. E pensar que tudo isso poderia estar queimando naquele fogo me faz chorar ainda mais.

_Não chora...por favor. Eu...eu posso chegar perto de você?--Sua voz grave e rouca pede humildemente. Sorrio estendendo os braços.--Graças a Deus.

Em menos de segundos o tenho me abraçando apertado. Me agarro nele molhando sua camiseta com lágrimas de saudades e amor. Sinto seu cheiro gostoso enfiando o nariz em seu pescoço.

_E-eu pensei...que...que ha-avia perdido-o v-você...--Consigo dizer entre os soluços. Sinto algo molhar a camisola que estou vestindo e seus dedos alisando meus cabelos.

_Eu sei...eu sei, meu amor. Acredite, foi isso que eu pensei quando você me deixou...

Meu coração, que já está batendo ensandecido, se aperta ou ouvi-lo dizer isso. Ele pega meu rosto nas mãos grandes e quentes. Fita meus olhos e para minha surpresa os seus também estão banhados em lágrimas.

_Me perdoa, por favor? Fui tão egoísta que acabei machucando você...me perdoa.--Tiro os óculos dele e os ponho na cama. Acaricio seu rosto enquanto falo.

_Eu já disse, sempre vou te perdoar. Não importa o que você faça, meu amor sempre vai ser maior que tudo. Eu simplesmente te amo, Dante. E a cada segundo que se passa amo um pouco mais.--Beijo sua bochecha, seu queixo e paro sobre seus lábios.--Não viveria em mundo onde você não vivesse, descobrir que te perder sem nunca mais poder ter de volta é meu maior medo.

Vejo novas lágrimas rolarem de seus olhos. O beijo. Beijo querendo mostrar para ele o quanto o amo. E como sempre, Dante me corresponde com a mesma intensidade. Parece que se passou uma eternidade desde a última vez que o beijei. Mas agora nada mais importa, só o fato dele estar vivo aqui comigo é o suficiente para minha felicidade estar completa. Paramos por falta de ar.

_Você está tão linda...

Sorrio corada com esse elogio e esse olhar encantado dele.

_Você também...só está um pouco diferente.-- Comento e me lembro do bebê. Santo Deus!

_Foi uma mudança necessária. Eu vou contar tudo para você, querida. Mas me diga, se sente bem?--Assinto pensando em uma forma de contar a ele sobre o bebê. Seu olhar fica doce e terno.--Eu já sei sobre o bebê.

Arregalo os olhos assustada? Como ele sabe?

_Mas...como...?--Dante sorri pondo a mão em minha barriga. Meu estômago gela e eu me arrepio.

_Eu venho observando você a algum tempo, percebi que estava diferente e que sempre colocava a mão sobre a barriga. Juntei isso ao fato de que enquanto ainda estava comigo nunca tínhamos feito com proteção e você não tomava anticoncepcional, ainda tinham seus enjôos e fome descontrolada...liguei os pontos, amor. Demorei para acreditar, afinal nunca pensei na possibilidade de ter...um filho, mas me adaptei a ideia durante essas últimas semanas. Tem um bebê nosso aqui dentro?--Fico pasma com sua reação de alisar meu ventre e sorrir. E com o fato dele estar me observando. Eu sabia! Não estava louca afinal.

_Tem. Mas ele ainda está crescendo...Você não está bravo comigo?--Ainda estou desconfiada. Ele volta a me encarar.

_Não poderia, você não o fez sozinha, baby. Sou o pai da criança e vou cuidar dela e de você.--Sinto vontade de chorar com suas palavras. O puxo para um abraço mais que apertado.

_Obrigada. Significa muito pra mim. Quando descobri eu fiquei com medo, mas depois fiquei feliz por ter um pedaço seu crescendo dentro de mim.

_Eu te amo, Daisy. E gosto da ideia de ter algo meu dentro de você. Na verdade, gosto muito.--Ele me beija ainda com a mão direita tocando minha barriga.--Você está de quantos meses?

_Quase quatro. 18 semanas.

_Já sabe se é menino ou menina?--Ele parece muito curioso e ansioso em saber sobre o bebê e isso me deixa feliz.

_Não, mas vou ao médico na próxima semana pra fazer outra ultrasson. Você tem preferência?--Pergunto por curiosidade. Dante dá de ombros.

_Acho que não, mas confesso que ia gostar muito se fosse menino...--Sorrio da forma como ele fala. Todo tímido.

_Eu acho que é menino. Sabe, não sei como mas eu sinto que é um menino. É estranho.--Ponho minha mão por cima da dele em meu ventre.

_Isso é tão incrível...um bebê.

Somos interrompidos por Hil entrando no quarto esbaforida mas estanca no lugar assim que nos vê. Sorrio pra ela.

_Mas...? Quem? O que tá acontecendo?!--ah, ela não sabe. Dante fica rígido do meu lado enquanto a encara raivosamente.

_Hil, calma. Está tudo bem. Esse é o Dante, o meu marido.

Ainda é estranho falar isso em voz alta. Mas capto a atenção total dele que me fita com os olhos brilhando. Fico presa no cativeiro de seu olhar intenso.
Não posso fazer nada, sou esposa dele mesmo.

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