Complementares - Nejiten

By Garbatson

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Cada toque de Neji exalava carinho e preocupação. Ele demonstrava amor em um sorriso reservado toda vez que a... More

O inicio
Desilusão
A república
Eu nunca esquecerei você
Filler: Traição
O passado
Desejos
Família
bicho papão
Keiko
Eu não amo ele!
2- Sofrer é o caminho mais rápido para amadurecer.
Voltar
Juntos
Em Família
Separados mais uma vez
Depois da tempestade
O final feliz

Amor

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By Garbatson

Escutem a música da midía quando eu pedir ok?

Boa leitura 💕

......

Eu queria conversar com Neji, mas isso se tornou algo impossível essa semana.


Achei que ele iria atrás de mim para falarmos a respeito do feto mas ele não o fez. Passei o dia todo esperando que ele aparesse. No dia seguinte o procurei pela faculdade e fiquei acordada até tarde esperando ele chegar de onde quer que tivesse ido, mas ele não pareceu. As luzes do quarto dele estavam apagadas e não tinha ninguém lá dentro também. Nos outros dias tentei falar com os três patetas em busca de respostas mas parecia que os três estavam me evitando, até mesmo Naruto se esquivava de mim.


Passei a semana triste, deprimida e confusa sem saber o que fazer. Não estava mais conversando com o pessoal da faculdade e estava pensando seriamente em trancar o curso por causa do bebê, sim, eu decidi que iria tê-lo. Ainda estava pensando em como contar isso para minha mãe e para meus amigos que estavam temporariamente negligenciados, mas isso era o de menos agora. Estava trabalhando no piloto automático pois minha mente era ocupada por Neji, ficava constantemente pensando nele e em seu paradeiro.

Só soube o que estava acontecendo no sábado quando saí do quarto no meio da noite para ir ao banheiro e por sorte vi Hinata saindo do quarto de Neji segurando algumas bandejas com comida.

Ele passou a semana toda no quarto?


No domingo de manhã bem cedo tomei coragem e bati em sua porta, mas não ouvi resposta. Notei que a porta estava aberta então rodei a maçaneta e a abri por completa me assustando um pouco com o que vi.


O quarto antes todo milimetricamente arrumado e organizado agora estava um caos só, cheiro de poeira, havia várias roupas jogadas no sofá e alguns pratos com comida no chão que pareciam não teriam sido tocados.

Meu coração disparou quando identifiquei o corpo de Neji no meio daquela bagunça. Ele estava sentado com as costas apoiadas na cabeceira da cama e olhava fixamente para a televisão desligada, eu não me lembrava muito bem mas acho que ele estava usando as mesmas roupas desde o dia que brigamos.


Me levantei e caminhei até ele meio incerta, e devagarinho me sentei ao seu lado mas Neji nem se mexeu nem fez qualquer movimento que indicava que tinha notado minha presença ali.


- Neji? - Chamei baixinho.


Não houve resposta.


- Neji... Ei. - Toquei suas bochechas com os dedos, virando seu rosto para mim.


Os olhos perolados dele estavam tão opacos que pude até ver meu próprio reflexo nas suas íris, a pele ao redor dele estava inchada e vermelha como se ele tivesse chorado a algum tempo atrás e haviam olheiras escuras debaixo deles.


Meu primeiro instinto foi me aproximar dele e o abraçar, como queria fazer a bastante tempo. Deitei sua cabeça no meu ombro enquanto apertava seu corpo contra o meu e acariciava seus cabelos, tentando reconforta-lo de alguma maneira.

- Vai ficar tudo bem.

Eu não fazia a menor ideia do que falar para ele se sentir melhor mas a minha frase cliché pareceu surtir efeito porque o ouvi dar um pequeno suspiro contra meu pescoço. Passei algum tempo fazendo carinho em suas costas até notar como seu cabelo estava bagunçado e sujo, o que indicava que ele havia passado mesmo a semana inteira na cama.

- Ei vamos tomar banho, hun? Você está precisando. - disse baixinho segurando seu cabelo entre meus dedos.

Ele continuou sem dizer uma palavra sequer mas eu tomei liberdade para erguê-lo e levá-lo (com muito sacrifício) ao banheiro no quarto com ele andando apoiado nos meu ombros.

O sentei em cima da tampa da privada e comecei a tirar suas roupas, não havia nenhum pouquinho de qualquer pensamento sexual na minha cabeça naquele momento, na verdade eu só conseguia me preocupar em como Neji estava totalmente apático, parecia até um boneco enquanto eu tirava suas roupas.

O deixei apenas de cueca antes de colocá-lo na banheira. E enquanto a água enchia procurei as tais queimaduras que Hinata havia mencionado e senti meu peito arder quando finalmente as achei, bem claras e quase invisíveis na sua perna direita pelo o tempo, mas estavam lá.

Quando a banheira finalmente encheu eu me sentei atrás dele, dentro da banheira mesmo sem me importar em molhar minhas roupas, peguei o shampoo que havia lá e comecei a lavar suas madeixas longas.

Com toda delicadeza, comecei a massagear o couro cabeludo de Neji. Meus dedos espalhavam a espuma com movimentos suaves e relaxantes. Tão relaxante que Neji acabou com  as costas largas deitadas em meu peito com os olhos fechados, sereno.

Continuei a massagear mas em certo momento parei para admirar o cabelo grande e sedoso dele. Eu adorava o cheiro do seu shampoo e adorava seu cabelo liso e escorrido. E parando para olha-lo melhor notei que adorava tudo nele, desde as constelações de sinais em suas costas até seus cílios castanhos.

Aqueles olhos, aquele nariz, aquelas sobrancelhas, aquele queixo quadrado, aquela boca (e que boca!).

Talvez não fosse a melhor palavra para descrever um homem mas Neji era belo, isso era um fato.


Comecei a espalhar a espuma por seu corpo, passando os dedos no seu tórax, descendo por sua barriga e subindo até seus ombros e mãos. E enquanto massageava suas mãos achei pequenas queimaduras na sua palma, algumas pareciam ter sido feitas a algum tempo mas outras pareciam recentes.

Neji continuava apático, sem falar nada, apenas olhando para frente. Resolvi conversar com ele mesmo que ele não fosse me responder, li em algum lugar que era bom conversar com pessoas depressivas por longos períodos de tempo mesmo que elas não respondam, elas estavam ouvindo afinal. Então comecei a falar sobre a faculdade e sobre as aulas boas e ruins da semana e sobre como Lee era chato falando sobre seu curso de física idiota.

Depois de longos minutos eu finalmente consegui alguma resposta dele.

- Então ele falou que não eram buracos e sim esferas. Esferas no espaço tipo a terra eu acho. - Falei enquanto massageava seus ombros.

- A terra não é uma esfera, é um esferóide. - Ele finalmente falou, bem baixinho e rouco como se não usasse a voz a muito tempo.


Sorri.

Neji era um nerdão mesmo.

- E qual a diferença? Esfera, esferóide, é tudo a mesma coisa.


- São quase a mesma coisa, mais um é perfeito e outro não.


Bufei, fingindo estar irritada e me encostei na banheira. Me arrepiei toda quando ele me acompanhou e deitou as costas em mim.

- Todos os Nerds são chatos como você? - Perguntei me inclinando para olhar seu rosto.


Ele estava olhando para a pequena janela que havia no canto do banheiro e quase tive que prender um suspiro quando vi que seus olhos opacos refletiam o céu lá fora. Era lindo demais.


- Eu não sou chato.


- Você é muito chato sim. - Disse hipnotizada.


Ele não falou nada mas olhou para mim, e ficamos nos olhando por longos segundos.


Então, Neji sorriu de lado antes de finalmente se mover. Ele se virou de frente para mim e mergulhou por alguns segundos na banheira, tirando a espuma do corpo e cabelo,e emergiu logo depois.

A banheira não era muito grande então nossas pernas estavam entrelaçados uma na outra. Neji olhou para mim, com seu cabelo escorrendo água para todo seu corpo me dando a visão dos deuses.



- Continua falando, eu gosto.


Apoiei meu cotovelo na banheira e coloquei a mão sobre meu nariz, escondendo a hemorragia nasal que acabei de ter.


- Então ele disse que são corpos celestes com muita gravidade... Por isso tem vários planetas ao seu redor, eu vi algumas fotos e cada quadro tem uma palheta de cor incríveis. Eu comecei a pintar mas acho que vou demorar um mês inteiro só para...

Mas eu não escutava o que falava.

Só escutava os batimentos desenfreados do meu coração ao ter os olhos de Neji me fitando.

Eu queria que Neji estivesse me desejando. Sentir meu cheiro. Beijar meus lábios.

Porque eu queria fazer isso com ele.

Mas, de repente, Neji levantou uma das sobrancelhas e me olhou com humor.

- O que? - Perguntou, a voz me acordando do transe.

- Hum?

Os cabelos molhados dele caíram sobre seus olhos e ele sorriu antes de tirá-los do rosto.

- Você disse que seu quadro tinha olhos lindos e que queria que ele te beijasse.


Nem preciso dizer que corei, minhas orelhas até ficaram quentes.

- E-eu disse isso?

- Disse.

Então eu me aproximei e o beijei.


O primeiro tocar de lábios foi breve, Neji sequer pareceu reagir. Mas eu estava feliz porque pela primeira vez em semanas consegui sentir a maciez daqueles lábios finos que vinham tomando conta dos meus pensamentos.

Foi um breve selinho, nada muito demorado mas que deixou meu coração disparado.


Mas assim que nos separamos eu espirro duas vezes, cortando totalmente o clima.

Porra.

- Acho que a gente deveria sair da banheira.

- Não precisa eu... - Espirro de novo.

- Eu vou pegar uma toalha para você, vai acabar ficando doente.

Ele sai da banheira e eu observo suas costas nuas e molhadas enquanto ele anda. Fico parada o secando até desviar o olhar, coçando a cabeça.

Que energia surreal é essa que está entre a gente? É muito estranho, tudo parece mais leve e natural entre a gente, como se nós dois juntos fosse a coisa mais certa do mundo. Porém acho que não é certo nós ficarmos tão próximos, principalmente depois que soube que o Neji é todo fodido por minha causa. E eu tenho um medo horrendo de relacionamentos por causa dele, acho que todo mundo vai me abandonar alguma hora então nem começo. Acho que nada saudável pode sair disso.

- Ei.

Acordo dos meus pensamentos quando sinto uma toalha colidir com meu rosto, eu a pego antes que ela possa cair na água e percebo que Neji, para minha infelicidade, tinha colocado uma roupa limpa.

- Você está bem? - Ele pergunta enquanto seca os cabelos com uma outra toalha.

- Sim. Por que?

- Sei lá, você 'ta paradona ai. "Brisando". - Ele falou a última frase em português e isso me fez rir alto porque seu sotaque era muito forte e engraçadinho, principalmente para falar gírias.

- Eu não iria sair molhando seu quarto, né mané.

Me levantei e comecei a me secar, tirando a camisa e sutiã encharcados ali mesmo.

Neji cora como um tomate e isso me deu uma vontade descontrolada de rir.

- Hã.... A-as roupas para você trocar. - Ele colocou algumas peças de roupa em cima da pia e saiu do banheiro o mais rápido possível.



Vou até a pia e coloco a roupa dele que, sem novidades, fica larga em mim. Mas tinha um número bem menor do que a que ele usava. O short ficava tão grande que eu resolvi tira-lo e ficar só de camisa mesmo, o que não era um problema visto que a camisa dele ia até o fim das minhas coxas. Timidamente, puxo a gola da camisa e inspiro. Tinha um cheiro forte e masculino. Era bom.

Deixo minha roupa molhada em cima da pia e saiu para o quarto envergonhada.

Neji estava penteando os longos cabelos em frente a penteadeira, ele me fitou através do espelho. Me olhando seriamente por um longo segundo mas logo vira o rosto e coloca a mão na boca para abafar uma risada.


- Eu só percebo que você é um hobbit quando você usa minhas roupas. - Ele diz rindo.


- Neji! - Digo com o rosto ardendo de vergonha - Eu não sou baixinha, você que é alto que nem uma cegonha.


- Ata, e os outros seis anões onde estão? Por que o dunga está bem aqui na minha frente.


Vou até a cama e jogo uma das almofadas nele, que desvia e ri mais ainda.

- Bem que me falaram que as baixinhas são agressivas.

Jogo outra almofada enquanto seguro as alças da camisa para não cair. Eu estava prestes a rir junto com ele quando me lembrei que ele costumava fazer esse tipo de brincadeira comigo quando namorávamos e meu coração acelerou novamente.

- Eu vou te matar. - Digo.

- Mata nada.


- Não duvide do meu lado assassino, ele é muito descontrolado, principalmente quando me chamam de baixinha. - Me jogo na cama onde acabo achando um pacote de morangos intactos, estranhei mas acabei notando que do lado da cama havia vários pratos com comida embalados com plástico que estavam em estado de decomposição - Neji você não comeu nada essa semana?


- Comi, mas muito pouco. Acho que só uma sopa que a Hinata me encheu o saco para comer.


Abri o saco onde os morangos estavam e mordi um para ver se estavam comíeis, e para minha surpresa estavam frescos. Fui até a ponta da cama e estiquei o braço para ele, oferecendo a fruta.

- Quer?

Ele se vira na penteadeira e morde o morango que estava nos meus dedos, os chupando de maneira obscena logo depois e me deixando com uma cara chocada e abobalhada.

Ele riu baixinho, indicando que aquilo era uma brincadeira e tirando a expressão chocada do meu rosto.

- Você devia ter visto sua cara. - Riu, lambendo os lábios e roubando um morango das minhas mãos.

- Meu Deus Neji. - O empurrei devagarinho, rindo junto com ele - Que susto achei que você estava tentando me seduzir.

- Pela sua cara acho que eu consegui.


- Vai sonhando cegonha, vai sonhando.


Ele riu e se virou, voltando a pentear o cabelo. Me levantei da cama e abri as cortinas do seu quarto, deixando a luz entrar e o cheiro terrivelmente húmido sair. Peguei os pratos e mais algumas sujeiras que haviam pelo quarto antes de me virar para Neji.

- Eu vou buscar alguma coisa para comer, quer alguma coisa?  

Ele me olhou com um olhar malicioso e eu corei antes de bater na sua cabeça com uma das mãos, arrancando gargalhadas dele.

- Você tirou o dia para me encher o saco? - Disse rindo - Eu 'tô falando sério mané.


- Quero "brigadeiro". - Ele falou em português novamente tirando mais risadas minhas.

- Não abusa da minha boa vontade não, garoto.

- "Oxe" você que perguntou o que eu queria.

- N-neji para de f-falar desse j-jeito. - Disse aos risos, quase derrubando os pratos nas minhas mãos.

- Só se você fazer "Brigadeiro para mim."


- Tá bom índio, eu faço o brigadeiro para você.


Fui até a porta do quarto e abri, quase parindo de susto ao encontrar Hinata parada bem na minha frente.

- Porra Samara! 'Tá fazendo o que ai? - Disse fechando a porta com o pé enquanto equilibrava os pratos com as mãos.

Ela estava com os olhos arregalados e as bochechas coradas então eu rapidamente liguei os pontos.

- Você estava bisbilhotando a gente?

- N-não.

- Estava sim! Por isso a porta estava meio aberta. - Falei com os olhos semicerrados -  Qual o seu problema hein?

Eu estava com um certo nojo da cara de Hinata. E tinha motivos de sobra para isso.

Primeiro que ela trai o Naruto com o melhor amigo dele. Segundo que ela é um porre com essa falsa aparência de fofa. Terceiro ela me excluiu a semana toda e tenho certeza que mandou o sasuke e o Naruto me excluírem também. E quarto: Ela espiona o Neji e eu quando estávamos juntos. Essa é a terceira vez que ela se mete na nossa vida.


- D-desculpa.

- Foda-se, só me deixa em paz.


Andei pelo corredor e comecei a descer as escadas revirando os olhos quando senti que ela estava me seguindo.


- O que é?

- Desculpa mesmo, é só que eu escutei a voz do Neji e fui ver o que estava acontecendo.


Quando chegamos na cozinha eu joguei os pratos no lixo e fui até a geladeira, pegando o leite condensado e o chocolate em pó.

- Ele costuma fazer isso? - Perguntei colocando a panela no fogão.

- Isso o que?

- Ficar a semana toda no quarto mofado que nem um zumbi.


- Ah, ele faz isso às vezes. Ele tem depressão e basta qualquer pico de tristeza para ele ficar daquele jeito, eu nunca consigo tirar ele da cama.


Concordei com a cabeça antes de colocar manteiga na panela e jogar os outros ingredientes dentro. Estava prestes a abrir a boca para fazer outra pergunta quando Hinata falou de novo.

- Mas você conseguiu...

- É.

- E você fez ele rir.

- Foi.

- E deixou ele de bom humor.


Olhei para Hinata de lado e a encontrei olhando para mim sorridente e dando pulinhos de alegria.

- Você é estranha. - Digo fechando a cara.

- Sou mesmo, porque estou shippando muito você com meu irmão.


....


Entrei no quarto novamente, segurando duas garrafas de cerveja e uma panela de brigadeiro. Neji estava sentado no sofá dedilhando o violão em seu colo, tinha começado a chover lá fora então ele tinha fechado parcialmente as janelas mas as cortinas se mexiam com o vento lá fora.

Sento ao lado dele com a panela entre as pernas e coloco as bebidas no braço do sofá.


- Espero que esteja bom, faz tempo que eu não faço isso. - Digo pegando um pouco de brigadeiro com a colher e dando para ele - Come um pouco, se você não morrer eu como também.


- Quanta consideração. -  Ele riu antes de abrir a boca e aceitar o brigadeiro - Está muito bom!

Levei a colher até a boca e quase soltei um gemido de satisfação ao sentir o sabor do doce. Eu definitivamente tinha que começar a consumir mais comida brasileira, já tinha até me esquecido do gosto do brigadeiro.


Jogo a garrafa de cerveja para ele e ele segura com um reflexo rápido.


- Saúde. - Digo batendo minha garrafa levemente na dele.

Deixamos a conversa fluir. Até assuntos idiotas como o clima ou o porquê do quarto está cheirando estranho eram agradáveis de conversar com ele enquanto bebíamos.


Mas não tocamos no assunto "Bebê".


Em algum momento acabamos deitados no sofá, com Neji de um lado e eu de outro com nossos pés colados um no outro. A bebida tinha deixado tudo mais leve ainda e eu estava observando a chuva batendo forte contra a janela enquanto Neji tocava alguma música no violão que estava deitado no seu peito.


- Neji. - Chamo.

- Oi?

Observei nossos pés juntos e dei uma risadinha ao ver como o dele era enorme perto meu.


- Toca uma música para mim?


- O que quer que eu toque? - Eu não conseguia ver seu rosto mais tinha certeza absoluta que ele tinha um sorriso de lado nos lábios.


- Qualquer coisa. Toca a primeira música que vier na sua cabeça.

~Escutem a música~

Ele fica alguns segundos em silêncio apenas dedilhando o violão, até começar a tocar a introdução de uma música e cantar bem baixinho.


- Meu amor, essa é a última oração pra salvar seu coração. Coração não é tão simples quanto pensa nele cabe o que não cabe na despensa. Cabe o meu amor, cabem três vidas inteiras, cabe uma penteadeira, cabe nós dois.


A voz de Neji era tão bonita e suave cantando  que eu inconscientemente fechei os olhos e comecei a cantar junto mesmo não sabendo a música direito.


- Cabe até o meu amor, essa é a última oração pra salvar seu coração. Coração não é tão simples quanto pensa nele cabe o que não cabe na despensa. Cabe o meu amor, cabem três vidas inteiras, cabe uma penteadeira, cabe nós dois. - Cantei mais alto enquanto Neji abaixou a voz e a deixou mais suave ainda, quase me fazendo dormir de tão gostosa de ouvir.


Eu não sei o que aconteceu, talvez fosse o som relaxante da chuva lá fora ou a própria voz de Neji, mas eu senti algo se movimentando na minha barriga e isso me fez sorrir.


"Cabe o meu amor, cabem três vidas inteiras..."














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