E quando as luzes piscarem como uma cabine fotográfica
E as estrelas explodindo, seremos à prova de fogo
- Troye Sivan, Youth
Clint andava meio stressado desde que Sn decidira sair da cabana e voltar para Nova York. Fazia cerca de uma semana que ela havia voltado a cidade e uma semana rodeada de adolescentes irritantes, barulhentos e explodindo hormônios. Prontos para distribuir esperma e testosterona a quem quisesse. E andavam próximos demais de Sn.
O arqueiro não imaginava que Sn tivesse tantos amigos homens, ele não se incomodava - tanto - porque sabia que para ela era somente amizade, mesmo que eles quisessem um pouco mais.
E ele entendia perfeitamente.
Sn era atraente demais. Aquela aura inteligente que ela tem é de tirar o fôlego. Na maioria das vezes o homem vai associar a inteligência de uma mulher com o desempenho dela na cama. Quanto mais inteligente ela fosse, mais atraído por ela o homem ficaria. E Clint sabia claramente disso, pois não foi só a língua afiada dela ou a beleza dela que o atraiu. Sn era um baita de um mulherão. E de repente isso deixou o agente um tanto quanto inseguro.
Ela tinha ao seu redor garotos prontos para fazer sua vontade, exalando juventude. Tá aí uma coisa que deixava Clint fortemente preocupado, Sn tinha um leque de opções caso um dia "se cansasse dele".
De longe Sn olhava o namorado carrancudo do outro lado do bar, ela esperava que Clint fizesse um show por ela estar com seus amigos de escola, mas Barton estava estranhamente quieto, e ela estava surpresa por ver um copo de suco ao invés de uma caneca de cerveja como ele naturalmente pediria.
Franziu o nariz querendo saber o que se passava na cabeça de Clint, ele andava quieto desse jeito desde que decidira voltar à casa dos pais em Nova York. E parecia ficar cada vez mais distante.
Pediu licença aos amigos e foi conversar com ele, pouco importando se estavam em um bar rodeado de gente. Fez Clint se afastar um pouco e se sentou na coxa dele, conseguindo fazer que ele a olhasse.
-O que há velhinho? - soltou o bordão do Pernalonga, seu personagem favorito dos desenhos.
Clint bufou. OK ele estava bravo.
-O que foi Clint? - emendou os dedos no cabelo escuro dele.
-Nada.
-Então vem pra mesa comigo.
-Tô bem aqui.
Revirou os olhos ante a teimosia dele. Reparou que ele olhou para a mesa onde Henry, Jonathan e Michael estavam. E entendeu tudo.
-Você está com ciúmes... - falou surpresa. Clint não era dado a ter ciúmes, porque ele confiava em você e principalmente em seu taco. Ele tinha uma confiança acima da média - Ah Clint não seja bobo.
-Bobo? - ele perturbou indignado.
-Sim, bobo, eu não trocaria você por nenhum deles.
-Até perceber a incompatibilidade entre nós.
-A diferença de idade? Eu tô dando um Foda-se pra isso Clint! Eu não ligo se você é mais velho que eu, se você ja foi casado ou tem filhos. Eu ligo se você quer estar ou não comigo.
-Claro que eu quero.
-Que bom. Eu não ligo pra esse negócio de juventude. Eu prefiro a sua experiência. A juventude deles é como um flash de uma cabine fotográfica, e nós somos o brilho da explosão de uma estrela. Passará anos e ainda estarão nos vendo. Agora deixe de ser bobo e me beije.