QUERO QUE VOCÊ SE APAIXONE PO...

By Tamaragonc

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Elizabeth é a típica menina do colegial, intelectual mas diferente de muitas, arrogante. Ela só quer terminar... More

EPÍGRAFE
PRÓLOGO
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ÉPILOGO
AGRADECIMENTOS
IMPORTANTE

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By Tamaragonc

DANIEL PARKER

- Ei? - minha mãe me chamou pela milésima vez.

Continuo com o braço em cima do rosto totalmente parado em minha cama.

- Deixa eu ver isso, Daniel - ela puxou meu braço para cima. Resmungo baixinho com a dor que havia sentido com o movimento. - Foi um soco forte.

- Deveria ver como deixei o rosto dele então - sussurrei sentando na cama e pegando o copo d'agua que ela me trouxe

- Eu vi Daniel, ou se esqueceu que eu fui te buscar no colégio? - ela revirou os olhos - Você quase deixou Paulo com o rosto todo roxo! Onde você estava com a cabeça Daniel?! Até cinco dias atrás esse garoto frequentava nossa casa, era seu melhor amigo. Agora me diga porquê diabos vocês brigaram?

Fiquei em silêncio, eu não iria dizer o motivo irritante que me fez querer afundar a cabeça de Paulo no chão do refeitório.

Minha cabeça latejava, eu estava com uma baita dor de cabeça desde que ouvi o diretor gritando comigo e com os caras por quinze minutos inteiros. Por sorte não deu em nada, para eles. Mas para mim e Paulo, deu em tudo! Fomos expulsos do último jogo.

Ou seja, não vamos poder jogar.

- Tem a ver com, Elizabeth? - Minha mãe perguntou de repente

- Quê? Não! - Respondo

- não é o que parece, afinal, Elizabeth também está mal para quem não tem nada a ver.

- O que está dizendo?

- Estou dizendo que é estranho uma garota tão durona estar trancafiada no quarto dela, onde a mãe dela pode jurar estar ouvindo um choro abafado. Estranho né isso acontecer justamente no dia em que me filho e o melhor amigo dele entram numa lutar de repente!

- Ele não é meu melhor amigo a muito tempo. - murmurei, mas minha mente vagava por outras coisas. Elizabeth estava mal. A imagem dela chorando no quarto dela me causava uma profunda dor no peito.

Merda.

Está tudo dando errado. Essa porra toda não deveria ter acontecido e nem estar acontecendo!

- Tá legal, então se ela não tem nada a ver eu vou chamar ela para ver esse seu lábio cortado...

- mãe - interrompi suspirando - Sim, Elizabeth tem a ver com a história.

- Então me conta, Daniel.

- Deixe eu conversar com ele - ouvimos a voz do meu tio na entrada do meu quarto. Minha mãe olhou para mim uma ultima vez antes de levantar suspirando

- Coloca juízo na cabeça do seu sobrinho.- ela murmurou. Ele entrou e fechou a porta.

- Agora não tio... - falei deitando novamente

- Eu ouvi uma parte da conversa, e eu liguei os pontos. Deixe-me ver, Elizabeth e Paulo tiveram alguma coisa? Porque esse é o unico motivo que me vem a mente.

Suspirei

- Digamos que sim.

- E você bateu nele?

concordei com a cabeça.

Ele riu passando a mão pelos cabelos loiros escuros

- Puxou a mim, garoto - ele murmurou e olhou pela janela do meu quarto antes de olhar para mim novamente - Já te contei que eu era apaixonado por uma garota no colegial?

- Já.

- Sabe porque não fiquei com ela?

- Não estou interessado.

- Porque fui um idiota, se eu posso te dar um conselho ao menos uma vez na vida que preste será esse; não cometa os mesmos erros que eu. Não abandone, não ignore o que sente pela garota e nem deixe sua raiva subir na cabeça. Vai atrás dela, ouça a versão dela da história. Acredite, se você fazer isso, mesmo que as coisas possa não acabar bem entre vocês pelo menos você terá a consciência limpa de que foi atrás da verdade e não agiu como o estúpido do seu tio que confiou estupidamente na primeira versão ruim que contaram da garota que ele amava sem ir em busca da realidade.

- O que aconteceu com ela?

Ele ficou em silêncio

- O que acontece depois é sempre pior do que o que realmente aconteceu para deixa-los separados - ele olhou para o relógio no pulso - Vou indo, tenho um jogo para assistir sozinho já que meu sobrinho tá sofrendo pelo coração partido.

Ele começou a caminhar a até a porta, e com a mão na maçaneta ele parou um instante e sem se virar disse: - O que acontece depois de você na vida dela é pior do que o que aconteceu entre vocês, porquê você se sente um merda por saber que poderia ter tido um futuro com sua sonhada garota, e não teve. Hoje ela está feliz, casada, mora longe daqui e tem um filho. Infelizmente eu sou egoísta o bastante para não estar feliz por ela.



ELIZABETH MOORE


- Você está bem Beth? - Perguntou Mag sentando ao meu lado no sofá. Continuei com os olhos focados na televisão

- Estou - murmurei assistindo a aquele seriado estúpido

- Mamãe disse que está preocupada com você... - ela murmurou me olhando

Meu celular vibrou pela sétima vez em menos de dez minutos. Nem ousei olhar para ele, eu sabia quem era.

- É Daniel - Mag disse olhando pra tela - não vai atender?

- Não.

- Elizabeth - ela suspirou - posso te dar um conselho?

Soltei um riso amargo

- Pronto, agora tô recebendo conselhos de uma garota de treze anos.

- Você deveria parar de me subestimar, sabia? - perguntou brava. Olhei para ela - Eu ser anos mais nova que você não me torna burra, ou incapaz de dar conselhos a alguém mais velho!

- Ta legal, Margareth - suspirei cansada - foi mal.

Ela passou as mãos pelo rosto. meu celular vibrou de novo. Ela pegou me oferecendo.

- Atende ele.

Peguei o celular desligando.

- Elizabeth!

- Não se intrometa onde não foi chamada garota!

- Você deveria parar de ser infantil!

- Apenas saia, Margareth. Me deixe em paz!

- Não, eu não vou deixar! Caramba, Beth! Para de ser assim.

- Assim como? - questionei irritada

- Assim! Para de ser forte, mostra que você ta triste, magoada, sei lá. Para de tentar ser o que você não é!

Respirei fundo

- Sabemos que você tá triste. Por que não se permite sentir esse tristeza? Ignorar só piora esse sentimento dentro de você. Eu sei que muitas vezes você se fez de forte perto de mim para me dar exemplos de como ser, mas entenda que eu estou crescendo e esse papel não é seu. Então para de encenar! Està triste? Então fique triste!

- Não sabe o que tá falando.

- Eu sou sua irmã esqueceu? Te conheço a treze anos, sei perfeitamente bem como você é.

- Chega Margareth - o telefone de casa tocou. Ela foi atender, levantei do sofá - Eu vou deitar.

- Beth - ela sussurrou com o telefone fora da orelha - É Daniel.

- Eu vou deitar. - repeti o que eu disse subindo as escadas. Ela suspirou profundamente antes de dizer a ele que eu não estava.


______________

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