Abraços. Steve só precisava de algum abraço. Não um abraço qualquer, sem nenhum sentimento ou carinho, ou alguma mensagem de "Está tudo bem". Steve queria o abraço de Tony
E, com esse pensamento, Steve se aproximou da cama do mais novo, observando com atenção os fios e o tubo conectados em Tonh. O mais velho deitou o corpo por cima do moreno, ficando na ponta dos pés para lhe ajudar a se curvar mais e poder ter o corpo colado ao de Tony
Era isso que ele realmente queria. Ter seu corpo colado ao de Tony todos os dias quando fossem deitar juntos. Steve ficou um pouco de lado e ele agradeceu pela cama ser grande o bastante pra caber os dois, de uma forma que Rogers não machucasse Tony mais do que a tinha feito
Com a mão no peito de Tony, Steve sussurrou para que apenas o mais novo ouvisse:
- Você se lembra de quando me abraçou na véspera da páscoa?- Ele perguntou, passando a ponta do dedo pelo maxilar de Tony - Eu estava triste e você percebeu isso, e quando você me abraçou foi como se alguma parte do meu coração se preenchesse. Naquele momento, eu me senti inteiro. Eu precisava de um abraço, um abraço apertado, um abraço que me livrasse das angústias que eu estava passando. E seu abraço foi exatamente isso.
Rogers deitou o braço sob a barriga de Tony, passando a mão pela cintura do mais novo e a apertando devagar
- Por isso a razão de hoje é abraços. Os seus abraços. Eu quero poder te abraçar logo e ser retribuído. Por favor, acorde! O abraço é a única coisa no mundo que quanto mais apertado ele for, mais alívio dá.
Steve não parava de pensar no abraço apertado de Tony na véspera da pascoa, que quase o deixou sem ar. As vezes, dá vontade de abraçar algumas pessoas até ficarmos sem ar, geralmente isso acontece num reencontro. Alguns abraços são tão apertados que duas pessoas se transformam em uma e é esses que valem a pena, esses abraços que deixam a gente nas nuvens, leves como se tivessemos voando com gosto de saudades.
E Steve já estava pronto para dar um abraço de saudades em Tony