DANIEL PARKER
Eu andava pelos corredores do meu modo habitual, quem observava pensava que sou pura confiança. Mas não sou.
O modo como eu andava hoje é totalmente diferente de uma semana e meia atrás. Eu não andava com confiança e sem objetivos, eu ando com um puta sentimento no peito com um único objetivo de ver ela.
Ver sua expressão seria de todos os dias.
Ver seu sorriso discreto quando falo alguma besteira.
Ver aqueles fios agoras curtos que a deixaram extremamente atraente.
Elizabeth é e sempre foi fodidamente atraente. Mas agora com seus cabelos castanhos curtos, suas sardas ficaram mais notáveis e seu corpo inclusive. Já era fato que eu estava louco por ela, apesar de ela não querer que ninguém soubesse eu não iria esconder meus sentimentos.
Seria muto difícil ficar perto dela e não beijar ela. Aquela boca simplesmente me chama toda vez que eu estou perto. Eu fico louco a cada segundo querendo seu gosto de novo e de novo.
Eu não iria ficar longe dela. Pelo contrário, pelo seu novo visual, Elizabeth estava irritantemente chamando atenção demais. Era nítido quando ela andava os caras que nunca deram atenção a olhando de cima a baixo.
E eu estava começando a ficar intrigantemente incomodado com aquilo.
- 5 dias, último jogo. - Estavamos falando enquanto íamos para nossa habitual mesa no refeitório. Estranhamente as líderes de torcidas não se juntaram a nós naquele dia e eu estava aliviado por Francine não estar no meu pé naquele momento.
Naquele momento porquê Elizabeth havia acabado de entrar. Distraída nem percebendo os olhares irritantes em sua direção. Ela sentou em sua mesa e começou a comer seu lanche totalmente aérea para as pessoas ao redor. Seus olhos castanhos focaram nos meus, ela sorriu discretamente enquanto dava uma mordida em seu Hambúrguer.
- Vocês tem alguma coisa? - Perguntou um dos caras do time. Não havia me surpreendido com a pergunta pelo simples fato de ultimamente me perguntavam muito isso depois do beijo que eu dei nela na frente de todos.
- Não - murmurei e acredite não gostei nem um pouco de falar aquilo. Mas Elizabeth tinha razão, pessoas sabendo mais cedo acabaria. Principalmente as pessoas venenosas desse lugar.
E eu não quero que acabe.
Porque esse sentimento fodido que tenho dentro do meu peito parece que nunca vai embora, pelo menos não facilmente.
De repente Paulo aparece e se senta na mesa das líderes de torcidas, ao lado de Francine. Achei estranho pelo fato deles não se falarem. Ele colocou o braço por cima do ombro dela e ela o beijou.
- Eles estão ficando? - perguntou William
- Ele está caído por ela - disse Hunter ao meu lado. Soltei um riso
- Parece mesmo - disse isso apenas. Mas parei de prestar atenção nos dois e no assunto a minha volta.
- E parece que não é o unico caído por alguém - Hunter comentou
Olhei para ele. Ele seguiu meu olhar até Elizabeth
- Você olhando Elizabeth Moore.
- Apenas olhando. Não pode?
- Você sentava com ela no intervalo as vezes - Jason disse - Quer mentir para seus amigos de time que está ficando com a garota?
- Não interessa para vocês - falei
- Então tá - Hunter levantou - Vou lá pedir o número dela já que ela não está ficando com você.
Puxei sua camisa mantendo ele parado
- Faça isso e quando você voltar com seu celular eu quebro ele na sua cabeça.
Ele riu e se sentou
- Ele está ficando com ela - confirmou para os caras que riu - Estão escondendo por quê?
Me mantive em silêncio bebendo de vez em quando meu suco
- Cara, não somos o tonto do Paulo. - Hunter continuou e os outros concordavam, estavam ocupados comendo seus lanches pois em meia hora teríamos treino de 3h. - Não somos de mexer com nenhuma garota como ele mexe com ela. Se você está ficando com ela não precisa esconder de nós, pode confiar na gente.
- Melhor eu ir sentar lá com ela.
Ele bateu nas minhas costas
- Vai lá - riu. Revirei os olhos levantando, joguei meu suco no lixo e segui para a mesa dela que observava cada passo meu por cima de seu refrigerante. Quando me aproximei o sorriso que ela abriu para mim foi o que bastou para eu perceber que estava ficando louco sem poder beijar ela a qualquer momento.
Sentei na frente dela
- Já falei o quanto eu gosto das suas sardas?
- Já - bebeu um pouco de seu refrigerante pelo canudo - E eu já falei o quanto adoro esse seu sorriso descarado?
Abri meu melhor sorriso. Ou o tal sorriso descarado.
- Se alguém estiver reparando na gente vai perceber que estamos tendo algo - ela murmurou
- ah é? E por quê?
- Pelo simples fato de eu não estar debochando ou te xingando.
- Posso te confessar uma coisa?
- Humm, - limpou a boca com um gardanapo - Pode.
observei seus lábios úmidos
- Estou ficando louco.
- Eu queria pular essa mesa e ir pra cima de você - ela murmurou
- Senhorita Moore - me aproximei mais dela - Você está muto ousada.
Ela sorriu
- E você está muito gostoso hoje. Alguém já te falou isso? Provavelmente sim, mas ignore esses elogios, só o meu importa.
- Já está com ciúmes de mim?
- Nunca.
- Pois eu estou de você.
- Por que estaria com ciúmes de mim? - perguntou confusa
- Depois que cortou o cabelo todos os caras dessa escola te olha. De cima a baixo.
- E você acha que estão afim de mim?
- Eles estão afim de você.
- Deve ser por isso que três caras pediram meu número desde hoje de manhã, e outro me convidou para ir com ele a última festa que vai ter.
Travei a mandíbula
- Tô brincando Daniel - ela disse. Soltei o ar que nem sabia que estava prendendo - A não ser pelos três caras, isso realmente aconteceu. Agora da festa não.
- Falando nesta festa, Você vai comigo.
- Daniel - ela sorriu sem graça - Lembra que... não podemos na frente das pessoas...
- Última festa, depois dela vai ter apenas um dia de aula e o último jogo. Eu quero assumir para todos que você é minha garota.
- Opa, vai com calma aí garotão. Eu não sou de ninguém.
- Você é minha - Peguei na sua mão por cima da mesa - E você sabe disso.
E seus olhos brilharam. Mas nada comparado ao sorriso fodidamente lindo que ela abriu
- Então você é meu Sr.Capitão de basquete
- Eu sou seu a muitos anos.
- O que quer dizer?
- Um dia meu tio te conta.
Ela riu
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