— Esse silêncio é chato. — Mexo em meus dedos batucando em minha barriga fazendo leves cócegas. — Quem te falou que eu estava lá?
— Liam.
Testudo Fofoqueiro...
— O que estava fazendo lá?
— Bebendo, dançando, me divertindo. — Estico meus braços tentando alcançar o teto. — Caramba eu tenho duas mãos! —Olho fascinada para meu braço vendo dez dedos em uma única mão. — Olha Harry.
— Quando chegarmos a casa irá tomar um banho gelado. — Encosto minha mão em seu braço e o vejo pegar me puxando um pouco para frente beijando a mesma.
— Isso foi fofo. — Coloco a mão de volta em minha barriga me virando de lado. — Vou vomitar. — O carro é parado e saio correndo botando o liquido para fora, meus cabelos são postos para trás sendo segurados, e minhas costas são acariciadas de leve. — Vira o rosto, não olha. — Mas ele permanece lá, até eu me levantar ereto ou o que eu pensava ser reto novamente, me entregando um pano macio observo ser sua camisa. — Pra que isso?
— Troca sua blusa, está com vômito. — Olho para baixo observando a camisa em meu corpo. — Rápido.
— Então se vira.
— O que?
— Não vou me trocar na sua frente. — Cruzo meus braços o encarando, vejo ele revirar os olhos. Franzo minha testa séria. — Não revire os olhos. — O imito rindo em seguida. — Isso é legal, agora sei por que gosta de comandar. — Anda se vira, controlador. — Puxando o celular do bolso o vejo discar alguns números se virando, aproveito e puxo minha blusa para cima com um pouco de dificuldade.
Droga emperrou! Puxo com força, mas meus braços estavam fracos demais. Ou minha blusa tinha pegado um pouco da força do Hulk.
— Diana, pede para Beatriz preparar a banheira e remédios para enxaqueca, sim, ela está... Elizabeth?
— Me ajuda não consigo subir a porcaria da blusa! — Escuto sua risada me fazendo bufar irritada. O pedaço de pano é puxado para cima passado facilmente pela minha cabeça, Harry coloca sua blusa em mim pegando o telefone novamente.
— Daqui a pouco chegamos. — Me ajudando a entrar no carro o sinto de segurança é posto sendo colocado por Styles com um pouco mais de força que o normal.
— Está apertado. — Reclamo e ele sorri.
— Essa é a intenção. — Fechando a porta olho para a janela entediada.
— Não está tarde para Diana estar acordada? — Tento puxar assunto balançando meus pés ritmicamente
— Você também.
— Não sou criança, Styles.
— Não? — Seu tom era de pura ironia me afundo no estofado apoiando minha cabeça no banco continuando a olhar para a janela.
— Estou bêbada é diferente... — Murmuro baixo. Assim que chegamos olho para a mansão estranhando. — Essa não é minha casa. — Abrindo a porta do meu lado cruzo os braços negando. — Casa.
— Está em casa. — Tirando o cinto, Harry me pega no colo como se eu fosse uma criança sonolenta entrando na casa. O pensamento me fez sorrir.
— Seu irmão é um pé no saco sabia? — Falei pra diana que estava logo à frente. A mesma ri concordando fazendo Harry bufar. — Ele acabou com toda a diversão.
— Ele é mestre em fazer isso.
— A banheira está esperando, senhorita.
— Beatriz!
— Eliza, não grite. — Harry diz e eu Finjo passar uma fita em minha boca trancando. — Ótimo. — Subindo as escadas sou levada para cima sendo colocada em cima do vaso. — Levante os braços. — Levanto os braços e minha blusa e o sutiã vai para o chão. Harry se agacha desabotoando meu jeans, levanto um pouco e a peça juntamente da calcinha é tirada.
— Você Fica Sexy nessa posição. — Admito o vendo negar sorrindo de lado. Caminhando até a banheira a agua estava congelando, torço meus lábios pelo incomodo da agua colocando os pés, ao me sentar meu corpo inteiro se estremece. Meus cabelos são amarrados num coque alto por Styles que começa a passar sabão em meu corpo. Fico quieta, bem imóvel com os dentes tremendo pelo frio. Assim que vestida me sento na cama com um copo cheio de agua a minha espera.
— Bebe tudo. — Pego o copo meio hesitante tornando tudo para dentro. — Boa garota. — Meus pés são postos em cima da cama me fazendo deitar.
— Estou em sua cama.
— E daí? — Sentando ao lado de meu corpo sou observada recebendo um suspiro de desaprovação. — Não deveria ter bebido tanto deste modo, o que estava pensando?
— Vai me punir? — Falo com receio me encolhendo um pouco.
— Vai dormir, estarei no escritório se precisar de algo.
— Não vai deitar comigo?
— Agora não, durma.
— Harry? — Olhando atenciosamente puxo o cobertor para meu corpo fechando meus olhos. — Nunca mais me deixe beber desse jeito de novo.
— Não deixarei. Agora durma. — Saindo do quarto o silêncio prevalece junto com a escuridão da noite.
(...)
Acordo com uma enorme dor de cabeça, grunhi de dor me sentando na cama voltando rapidamente a me deitar.
Merda! Parece que bati minha cabeça 100 vezes numa parede de concreto.
Na segunda tentativa me sento novamente abrindo meus olhos devagar olhando o quarto de Harry ao redor.
Pera o que?!
— Dormiu bem? — Diana adentra o quarto me entregando dois comprimidos e um copo de água. — Meu irmão disse que iria melhorar sua ressaca. — Assenti tomando o remédio fazendo careta.
— Como eu vim parar aqui?
— Quer um resumo? — Concordei novamente, me levanto da cama indo ao banheiro e a vejo se sentar na cama. — Balada, você bêbada, Liam ligou, Harry puto da vida e aqui está você.
— E onde ele está? — Escovo os dentes molhando o rosto.
Minha aparência? Atropelada por um caminhão.
— Teve que sair, disse que era uma emergência. Deve ser só mais um contrato na empresa. — Saindo do banheiro a encontro sentada na cama mexendo no abajur. — Tem roupas novas pra você. — Apontando para a cadeira vejo algumas roupas. Pego sorrindo desnorteada com tudo voltando ao banheiro.
— Quantas horas são?
— 14h15, por quê?
Porra! Como fui dormir tanto!?!
— Tenho que ir. — Saio em disparada amarrando meus cabelos pegando meu celular vendo várias mensagens de Louis.
— Tem que comer alguma coisa!
— Como algo no caminho, tchau Ana. — Desço as escadas encontrando Beatriz limpando a sala estranhando minha pressa. — Tchau Bia.
— Senhorita Sullivan?
— Tem como me levar para o hospital psiquiátrico mais próximo? Por favor.
— Claro, entre. — Abrindo a porta do carro agradeço me sentando discando o número de Louis.
— Onde você está? — Sua voz estava brava, muito brava na outra linha.
— Me desculpe eu sei que...
— Não venha para cá. — Ele diz rapidamente, estranho sua reação imediatamente.
É claro que tinha algo errado.
— Porque não?
— Alisha está muito mal, vá para casa. Liam e eu já iremos ir também.
— Okay. Eu espero vocês, cuide dela.
— Cuidarei. — Desligando o telefone guardo da bolsa.
— Está tudo bem? — Tristan me olha cautelosamente em avaliação
— Sim, falta muito pra chegar?
— Não, senhorita. — Sorri brevemente apertando minhas mãos uma na outra enquanto a estrada prosseguia. O automóvel é estacionado e agradeço a Tristan pela carona entrando na estrutura, o cheiro era de um verdadeiro hospital misturado há perfumes de produtos de limpeza. O lugar era bem estruturado, as paredes sempre em cores claras assim como as roupas dos enfermeiros.
— Posso ajuda-la?
— Procuro por Alisha Jolie Tomlinson.
— Está acompanhada de Louis Tomlinson?
— Sim, é meu irmão.
— Queira me acompanhar. —Estranhando sua atitude a sigo pelo prédio olhando os corredores. — Aqui senhorita.
— Obrigada. — A porta é fechada e vejo Louis andando de um lado para outro na sala extremamente irritado. — Louis?
— Você nunca escuta ninguém não é mesmo? — O abraço mesmo sem saber o motivo e o mesmo retribui.
— O que aconteceu?
— Ele está aqui, veio atrás dela. Está lá a visitando e disseram que só depois que podemos entrar.
— O que? Ele? Isso é um absurdo! Não podem fazer isso! — Saio da sala de espera fazendo caminho ao contrário indo à recepção, ao passar dessa vez tinha um homem alto de costas, sua blusa branca e as costas largas me faziam lembrar alguém, me aproximo mais rápido percebendo as tatuagens nos braços e o cabelo desigual.
Era Harry...
— O que faz aqui?
— Elizabeth? — Me olhando surpreso observo a fixa com o nome de minha prima na frente e um gélido percorre meu corpo.
Não... Não, não, não, não. Deus, por favor, não!
— Eliza.
— Se afasta de mim. — Recuo com repúdio. — Por quê?
— Você não entenderia. — Lágrimas escapam teimosamente de meus olhos e o limpo rapidamente. — Eliza eu...
— Pare. — Digo assim que ele tenta dar mais um passo.
E então tudo se encaixava perfeitamente. O relacionamento escondido de Alisha. Dominadores... Uma submissa nunca deve falar o que acontece dentro do quarto, e jamais revelar a identidade do dominador... O contrato... Por isso nunca o vimos! Por isso que...
— Você é tão parecida com ela, que no começo eu tinha ficado obcecado por essa coincidência de aparências...
— Isso é uma espécie de piada cósmica contra mim?
— Não, eu...
— Queria me por no lugar da minha prima? — Começo a rir negando. — Você é doente, um caralho de um doente, é isso que você é, e o pior! Eu me apaixonei por você! — Saio de lá indo para fora e meu braço é segurado. — NÃO ENCOSTA EM MIM! — Me afasto vendo lágrimas brotarem em seus olhos. — Qual era sua intenção? Fazer o mesmo comigo?
— Não, nunca! Elizabeth, eu me arrependo do que fiz com sua prima, eu queria cuidar dela...
— Pedindo para ela retirar uma criança? Um filho seu? É dessa forma que queria cuidar dela? — Praticamente cuspo as palavras em sua cara com nojo.
— Não era para aquilo acontecer, mas não fui eu que pedi para Alisha retirar, ela quis, ficou paranoica com isso.
— Ela era sua submissa...
— Vamos sair daqui, explicarei tudo o que quiser, mas, por favor...
— Não vou a lugar nenhum com você, e retire aquele maldito dinheiro de lá, minha prima não precisa de seus cuidados, não precisamos de você.
— Mais eu preciso de você. — Ele murmura baixo deixando escapar a lágrima presa até então.
Por isso sua proteção, seu controle, a dureza e a paciência em mim treinar, seus cuidados... Ele queria que eu fosse Alisha de novo para ele, não eu.
— Saia daqui, e não volte mais... — Digo friamente entrando para o prédio de novo, não conseguia olhar para trás, continuando a olhar para frente Liam estava observando tudo sem dizer nada apenas abre seus braços me recebendo para um abraço. — Ele...
— Não diga nada. — O abraço com força contra mim chorando. Era como se uma faca fosse fincada em meu peito lentamente saboreando o gosto do meu sangue.
Que droga, Elizabeth!
— Louis, onde está?
— Foi ver Alisha, eu disse que iria atrás de você. — Assenti limpando minhas lágrimas me sentindo um pouco tonta pela fraqueza e Liam me segura mais forte. — Comeu alguma coisa hoje? — Nego com ele soltando um suspiro. — Venha...