Sangue Real [✓]

By TalitaPC

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Alicia Dolohov viveu a vida toda em Cérnia, um dos dez reinos de Régnes. Sua vida era comum, como a de qualqu... More

Epigrafe
Prólogo
DreamCast - Parte Um
DreamCast - Parte Dois
DreamCast - Parte três
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Papo sério
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Uma espiadinha nas redes...
Capítulo 30

Capítulo 15

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By TalitaPC

Terminei de fazer a trança lateral nos cabelos e avisei Michely que estava descendo. Era quarta-feira e tinha recebido um e-mail da coordenação lembrando que hoje seria a primeira reunião sobre o show de talentos.

A lista ainda estava exposta no mural então no sábado pela manhã aproveitei que a Escola ficava praticamente vazia e avaliei melhor os nomes nela. Não conhecia a maioria dos escolhidos, a não ser por Ximena, Luiza e Jasmine. Não contive rolar os olhos em desdém quando vi seu nome ali.

Por falar em Ximena, ela já me esperava na escada. Nós tínhamos combinado de irmos juntas à reunião, que aconteceria no mesmo auditório em que foi a recepção dos novatos.

— Olá! — cumprimentei.

— Oi, — sorriu — Animada?

— Para falar a verdade... Não sei! — dei de ombros.

Resolvi que participaria do show, mesmo que não tivesse colocado o nome na urna. Aceitaria essa chance e veria no que daria. Sansa e Ryan me convenceram de que deveria cantar, em homenagem a minha mãe.

Pensei nela e no quanto sentiria orgulho me assistindo em um palco. Confesso que fiquei um pouco triste, pois isso não aconteceria realmente, mas sabia que de alguma forma ela estaria me vendo. Acreditava nisso.

Quando entramos no auditório alguns alunos já estavam sentados nas primeiras fileiras. Rapidamente nos acomodamos e logo a orientadora Joana apareceu. Ela caminhou com toda elegância até o meio do palco enquanto sorria calmamente.

— Boa noite alunos. — cumprimentou — Acho que todos já estão presentes, então podemos começar. — olhou rapidamente para o tablet que tinha nas mãos e depois voltou a nos encarar — Primeiramente gostaria de parabenizá-los por terem sido selecionados. Entre tantos foram vocês e devem se orgulhar disso. — fez uma pequena pausa e sorriu abertamente — Cada um receberá na saída um envelope com todas as informações detalhadas sobre a competição. — explicou mostrando o envelope pardo — Aqui temos algo muito importante, que é todas as regras que deverão ser seguidas. Já aviso que caso haja o descumprimento de alguma, isso resultará em eliminação.

Ouvi um burburinho baixo. Ao que parece ser eliminado não era legal e não estava nos planos de ninguém.

— Também têm explicações sobre como acontecerão as apresentações, — Joana continuou — Em que ordem serão, quanto tempo, quais os critérios utilizados para avaliação e tudo mais. — percorreu o auditório com os olhos — Qualquer dúvida a mais, estarei à disposição. Desejo boa sorte e estão dispensados.

Quando Joana terminou todos começaram a se levantar para sair do auditório. Ximena e eu deixamos que ficasse menos tumultuado para então sairmos.

Kamily estava parada na porta e entregava um envelope para cada aluno que passava. Peguei o meu e agradeci sorrindo. Não abriria agora, quem sabe mais tarde no quarto, ou amanhã com calma. Ximena também pegou o dela e seguimos juntas ao refeitório.

Quando chegamos nossos amigos já estavam ali. Piter sorriu e indicou com a cabeça o lugar vazio ao seu lado. Vaiola estava à frente e piscou com um olho só enquanto me acomodava.

— Então, como foi? — questionou visivelmente curiosa.

— Nada demais, — dei de ombros — Joana só fez uma pequena e rápida explicação, depois nos entregou envelopes com as regras e fim.

— Nossa, — murmurou — Achei que ia ser algo mais... "UAU"— fez aspas na frase.

Neguei com a cabeça e revirei os olhos. Vaiola deu de ombros e voltou a comer. Aproveitei para fazer o mesmo enquanto apenas ouvia a conversa que desenrolava na mesa.

Terminamos de comer e fomos para a sala de convivência. Alguns alunos estavam assistindo a um programa de reality na tv, já outros conversavam e davam risada enquanto jogavam cartas e poucos estavam na parte que haviam alguns jogos eletrônicos. Piter rapidamente se juntou à mesa de sinuca e Fred o acompanhou. Já Vaiola, Ximena e eu resolvemos assistir ao reality, era alguma coisa sobre confeitaria.

Acabamos ficando ali até perto da hora do toque de recolher. Confesso que já estava quase cochilando quando Vaiola chamou, dizendo que iria subir, então meio sonâmbula me despedi do pessoal e seguimos juntas.

Michely estava noquarto e mesmo negando sabia que apenas me esperava. Assim que viu meu estadorapidamente separou o pijama e enquanto o vestia ela arrumou a cama. Entãomenos de quinze minutos depois já estava confortavelmente deitada e quem sabeno décimo terceiro sono.

Esperei todos os alunos saírem da sala. Estava sentada, bebendo água tranquilamente enquanto me recuperava da aula de dança.

Era sexta-feira e tinha combinado com Frederick de que ensaiaríamos para a avaliação da disciplina. Confesso que estava cansada da aula, mas precisávamos iniciar os preparativos, afinal não tínhamos ainda a música e nem ideia do que realmente faríamos.

Notei que Fred permanecia perto da porta e assim que o último aluno saiu ele a fechou. Estávamos agora apenas nós dois ali e não sabia dizer o quanto isso era bom ou ruim.

— Enfim sós. — sorriu maliciosamente.

— Não tive tempo de pensar em nada ainda... — justifiquei deixando a garrafa no chão.

Frederick andou até o banco de madeira que havia no canto esquerdo e pegou o celular. Mexeu nele distraído enquanto ia até o centro da sala.

— Acho que a primeira coisa que devemos fazer é testar o quanto estamos conectados. — me olhou de forma intensa.

— Conectados? — franzi a testa.

— É, o quanto conseguimos nos conectar, sabe... — deu de ombros — Dançar com alguém é mais do que apenas movimentos em conjunto.

Assenti e andei em sua direção, parando a alguns poucos passos.

— Ok, então vamos lá! — suspirei alto.

Frederick sorriu abertamente e mexeu novamente no celular. Ele correu até o banco e o deixou sobre, retornando rapidamente e parando na minha frente. Alguns segundos depois a música começou a preencher o ambiente e logo a reconheci, era Wow da Zara Larsson. Não pude deixar de pensar o quão sugestivo era sua escolha de música, baseado na letra.

— Vamos só sentir a música e ver como flui entre nós. — Fred sugeriu e assenti.

Os primeiros acordes ecoaram pela sala e Frederick começou a se mover ao ritmo. Fiquei ainda alguns segundos observando-o, deixando a melodia me contagiar aos poucos. Fred continuou se movendo, até se aproximar e parar a minha frente, deixando nossos corpos quase colados.

A princípio não entendi sua intenção até ele colocar uma mão em minha cintura e com a outra pegar meu braço, incentivando a tocá-lo, colocando sobre seu ombro.

— Só sente. — sussurrou antes de forçar levemente a mão em minhas costas, fazendo com que me inclinasse para trás, fazendo um movimento circular, antes de endireitar novamente e inevitavelmente estar com o rosto a centímetros do seu.

Por alguns segundos tive plena certeza de que Fred me beijaria. Nós nos encaramos fixamente e conseguia sentir a sua respiração contra meu rosto. Mas aí, meio segundo depois ele me girava e incentivava a dar alguns passos para trás, enquanto ainda conduzia com a mão em minhas costas, continuando a interação na dança.

Neste momento resolvi seguir sua dica e apenas sentir a música e aproveitar o momento. Nossos movimentos inicialmente eram cautelosos, mas conforme íamos criando confiança no outro as coisas foram fluindo, como Fred havia sugerido.

— Eu disse que era só sentir... — sorriu.

Percebi que estávamos bem próximos, então pigarrei baixo e forcei um pouco as mãos em seus ombros, colocando certa distância novamente entre nós.

— Acho que agora o próximo passo é escolhermos uma música oficial. — comentei tentando mudar o clima que havia se instalado.

Por algum tempo, enquanto dançávamos, esqueci que se tratava de Frederick e todo o receio que tenho com relação a ele. Foi muito fácil e simples estarmos juntos. Constatar isso me assustou.

— Acho que podemos ver isso no próximo encontro... — deu de ombros.

— Ótimo, então acho que por hoje chega! — afirmei.

Segui ao canto da sala e peguei a garrafa de água, dando um generoso gole. Frederick desligou a música no celular e andou até a porta, esperando. Assim que estava ao seu lado ele a abriu e saímos, andando juntos para fora.

Estávamos cruzando o pátio, Fred andava ao meu lado com calma e incrivelmente em silêncio. Olhei de canto e percebi que tinha um discreto sorriso no rosto, como se pensasse em algo muito agradável.

Já era quase hora do jantar, então seguimos direto ao refeitório. Praticamente todos os nossos amigos estavam lá. Nós nos servimos e sentamos na mesma mesa de sempre.

— Aí está vocês! — Vaiola comentou quando sentei ao seu lado.

— Desculpem o atraso... Estávamos ocupados. — Frederick explicou, sorrindo abertamente.

— Imagino... — Ximena moveu as sobrancelhas, sugestivamente.

— Ensaiando para a avaliação! — complementei, antes que aquilo ganhasse proporções maiores.

Vaiola deu uma risada maliciosa e Ximena assobiou baixo. Bufei alto e revirei os olhos.

— Vocês são péssimos. — acusei.

Obviamente, as duas não se abalaram, muito menos Frederick que apenas continuou comendo enquanto eu fingia que não estava sendo observada por Luiza, sentada a poucos metros de distância, ao lado de Caleb.

Estava alguns minutos atrasada, mas simplesmente não tinha conseguido levantar no exato momento em que o despertador tocou. Era sábado e tínhamos atividade extracurricular. Iriamos à biblioteca central que ficava no centro do reino, aparentemente estavam reformando e organizando algumas partes e nós ajudaríamos.

Peguei o celular e sai do quarto, descendo a escada o mais rápido que conseguia. Assim que saí do internato consegui ver o grupo de alunos parado perto da fonte.

Acenei para Piter e Pablo que estavam um pouco mais distantes do amontoado de alunos e segui até Vaiola e Ximena, que ao contrário, conversavam animadas com outros. Vaiola sorriu e engatou nossos braços.

— Vamos lá pessoal! — alguém chamou e reconheci Kamily.

Vi a van de sempre estacionar há alguns metros e andamos até lá. Sentei ao lado de Vaiola e peguei os óculos de sol, afinal pretendia dormir durante o percurso até o centro do reino.

Minha mente ouvia ao longe o burburinho dos alunos conversando, mas não prestava atenção. Não foi um sono profundo, mas o bastante para fazer bocejar quando Vaiola cutucou minhas costelas.

— Que gentil. — sorri sarcasticamente.

Nós saímos da van e arregalei levemente os olhos apreciando a grande construção logo à frente. Como boa amante de livros já tinha visto por foto a biblioteca central. Confesso que era um dos meus sonhos conhecê-la e mesmo sendo para trabalho voluntário, estava feliz de estar ali. Podia riscar da listinha de coisas para fazer antes de morrer.

Entramos na biblioteca e foi impossível não soltar um suspiro alto. Era simplesmente maravilhosa. No grande hall havia o brasão de Régnes, ou seja, a águia símbolo, perfeitamente desenhada no mármore. Nas paredes laterais alguns quadros, com paisagens e retratos de pessoas importantes para o país. Mais à frente uma porta dupla que devia levar a parte de dentro, onde ficavam as estantes com os livros.

Meu coração estava um pouco acelerado quando passei pela porta e encontrei os milhares de exemplares meticulosamente organizados. Era uma imensidão de estantes que meus olhos simplesmente não conseguiam acompanhar. A biblioteca da Escola não chegava nem perto desta.

— Bom, pessoal... — Kamily chamou a atenção — Nosso trabalho está no andar de cima, vamos lá.

Seguimos por uma das escadas laterais. Havia duas, uma em cada lateral da biblioteca, que levavam ao segundo andar.

Assim que subimos consegui ver porque fomos chamados. Havia caixas com livros por todos os lugares, incluindo os corredores.

— A biblioteca central precisou reformar algumas estantes, para isso os livros foram retirados. — Kamily indicou as caixas — Agora precisam voltar para seus respectivos lugares, então... — sorriu levemente — Vocês ajudarão nisso.

— Como saberemos onde é o lugar de cada livro? — uma garota loira questionou.

— Cada corredor tem uma lista com o nome de todos os exemplares que vão naquela estante... — explicou indo até a mais próxima e pegando um papel que estava sobre a prateleira — Tem o número da caixa e os livros que estão dentro, além de onde é para colocá-los.

Kamily nos dividiu em grupos, separando por ordem alfabética. O lugar era gigante, todo o segundo andar dava a volta na construção, formando um círculo. Da grade de proteção podíamos ver o centro do primeiro andar.

— Essa lista é bem grande. — comentou a garota morena que estava no meu grupo.

Éramos em seis alunos. Acabamos nos dividindo entre nós, formando três duplas. Caleb e eu ficamos juntos.

— Posso ir procurando os livros e você organiza na estante... — sugeri.

— Pode ser. — concordou.

Peguei a lista da nossa parte da estante e achei a caixa que correspondia. Abri e comecei a pegar os livros, entregando-os a Caleb. Conforme íamos colocando eu riscava o nome do livro. Não era uma tarefa complicada e nem cansativa, na verdade, até agora era a melhor atividade extracurricular, na minha humilde opinião.

Caleb era um garoto legal. No dia que recebemos o prêmio por termos ganhado os jogos de iniciação já tínhamos conversado bastante e descoberto afinidades, então não foi difícil passarmos o tempo hoje.

Conseguimos organizar boa parte dos livros até o horário do almoço. Kamily nos liberou para irmos comer no centro do reino. Alguns alunos, incluindo meus amigos, já haviam se juntado para irem ao restaurante que havia perto daqui. Convidei Caleb, que aceitou.

O restaurante ficava a duas quadras da biblioteca, então fomos andando. O sol não estava forte, por sorte tínhamos entrado no outono então os dias não eram mais tão quentes.

Assim que chegamos nos acomodamos nas mesas. Nos dividimos aleatoriamente e acabei sentando com Piter, Pablo, Vaiola e Caleb. Fizemos o pedido ao garçom e conversamos enquanto esperávamos. Vaiola e Piter tinham a incrível habilidade de implicarem um com o outro a todo o momento, mas já nos acostumamos e apenas ignorávamos. Pablo vez ou outra colocava a mão no ombro de Piter, tentando avisá-lo para se conter, o que não adiantava.

Tínhamos uma hora para almoçar, então comemos com calma. Caleb e Viola começaram um papo sobre astrologia. Nunca fui entendedora deste tema, nem muito ligada em signos. Sansa tinha feito meu mapa astral uma vez, mas confesso que não lembrava muito sobre.

— E você Alicia? — Caleb questionou.

— Sou de Capricórnio. — dei de ombros.

— Hm... — murmurou — Reservada, paciente, gosta de segurança.

— Prazer. — dei risada.

Continuamos conversando por algum tempo, até decidirmos ir à sorveteria que havia do outro lado da rua.

Estava na calçada, esperando os outros enquanto desfrutava do delicioso sorvete de morango, quando vi o homem parado a alguns metros, mexendo no celular. Andei em sua direção e parei as costas, agora indecisa em chamar sua atenção ou não. Ele parecia concentrado e não queria atrapalhar.

Estava pronta para sorrateiramente virar e voltar à sorveteria, afinal nem tinha avisado meus amigos que sairia, mas neste momento Nicholas girou nos calcanhares e fatalmente ficamos frente a frente. Seus olhos arregalaram levemente, nitidamente surpreso.

— Alicia! — pigarreou baixo.

— Desculpe, não quis assustá-lo. — mordi o lábio inferior.

Nicholas negou com a cabeça.

— Só estava distraído. — justificou.

— Estava na sorveteria e aí te vi... Só pensei em dar um 'oi'. — dei de ombros.

— Então... Oi. — sorriu levemente.

— Oi. — senti minhas bochechas ficando quentes.

— Está passeando pelo centro? — questionou.

— Atividade extracurricular, — bufei baixo — Estamos no horário do almoço.

— Ah. — notei seu olhar desviar para algo atrás.

Virei levemente e encontrei com meus amigos parados ao lado de fora da sorveteria, esperando.

— Preciso ir... — comentei.

Nicholas estendeu a mão e automaticamente coloquei a minha sobre. Mordi o lábio enquanto ele a levava aos lábios e beijava o dorso.

— Até mais Alicia. — sussurrou.

Assenti e virei, caminhando de volta ao pequeno grupo.

— Ai, ai, ai Alicia! — Piter comentou quando me aproximei.

— Nem comece. — repreendi, já sabendo que vinha alguma piada maliciosa.

Nós seguimos de volta à biblioteca enquanto Piter e Vaiola tentavam sondar quem era Nicholas, quando na verdade, nem mesmo eu tinha essa resposta. Ele fazia aparições repentinas, na Escola, no centro do reino, a coincidência é que sempre acabamos nos encontrando, de certa forma.

Nicholas é com certeza um mistério. Pensei.

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