the wolf and the sheep ⚜ the...

By majestyas

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Uma jovem que desejava viver para sempre e um vampiro atormentado por seus demônios que desejava uma distraçã... More

🥀 epigraph 🥀
the unknown.
in my dreams.
forever a monster.
🥀 epilogue 🥀
DICAS DA YAS

the transformation.

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By majestyas

Eu não consigo tirar aquele senhor da cabeça. Sua voz marcante, sua bela aparência e até mesmo como ele me confunde. É sempre arriscado sair, mas depois de uma semana eu tenho que ir até o bar e talvez eu encontre o charmoso desconhecido. Não aguento mais vê-lo somente em meus sonhos. Que, aliás, é o lugar mais prazeroso que eu tenho estado ultimamente. Toda noite ele está lá, me esperando, então trocamos confissões e passeamos por lugares incríveis.

Depois de quase morrer do coração algumas vezes com medo de ser pega, finalmente chego ao bar. E aqui está ele, com uma roupa diferente, mas sentado no mesmo lugar que da última vez. Sinto meu coração acelerar e hesito em sentar ao seu lado. Depois de alguns segundos tomo coragem e sento-me, cumprimentando Zack e pedindo o de sempre (que curiosamente mesmo após tantos meses, eu não sei o nome da bebida).

— Boa noite, senhorita — o loiro diz.

Contraio os lábios, evitando um sorriso. Meus sonhos não fazem jus a sua voz.

— Boa noite, senhor. Como vai? — digo.

— Acredita que minha irmãzinha fugiu com um qualquer dizendo que está apaixonada? — ele simplesmente joga a bomba em meu colo, como se fôssemos velhos amigos. E se... Meus sonhos não fossem só meu?

— Oh — é o que eu consigo dizer — sinto muito?

Não era para ter saido como uma pergunta, mas bem que reflete meu estado de espírito: confuso.

— A senhorita acha que ela está certa? — ele me encara um pouco ressentido.

— Não? — tento me concertar — quero dizer, não. É a primeira vez?

— Não — ele bufa — Rebekah tem uma queda por amor verdadeiro. Ela já teve uma dezena desses.

— Ela realmente nunca perde a esperança — murmuro, bebendo um pouco do que Zack me serviu.

— Eu já disse para ela, só faltou desenhar — ele revira os olhos — parece que gosta de sofrer, sabe? Ela gosta de achar que toda vez é diferente, mas no final é sempre igual.

— Mas você deixa ela partir o coração sozinha ou ajuda a situação a se concretizar? — falo, causando surpresa nele. Acho que não esperava que eu falasse — as vezes precisamos cometer nossos próprios erros sem que ninguém interfira.

— Mas se eu não interferir ela não vai enxergar a verdade — ele rebate.

— Ou se você não interferir não se torne um erro — falo, observando sua expressão mudar.

— Eu sei o que é melhor para ela — diz, como se tivesse pondo um ponto final nesse tópico.

Ele então pede outra bebida igual a que está bebendo. Desliza o copo para mim e fala para eu provar. Termino a minha e bebo a nova com hesitação. Eu estava certa: ela é forte o suficiente para me fazer tossir um pouco. Mas é boa. Desce queimando.

— Eu não tenho irmãos — encolho os ombros, recomeçando a conversa — pelo menos não que eu saiba. Sou órfã.

— Órfã? — ele repete — sinto muito.

— Tudo bem, eu tenho... Hm, uma família adotiva — desvio o olhar, voltando a beber.

— Pela sua expressão, não me parecem exatamente bondosos — ele comenta.

— Algo assim — concordo — eles não gostam muito de ter uma filha que não tem o sangue deles.

— Entendo — ele realmente parece entender. Sua feição é um misto de tristeza e raiva.

— Tem mais irmãos além de Rebekah? — pergunto, desviando o foco de mim.

— Sim — ele faz uma careta — mais do que gostaria.

— Gostaria de ter irmãos, assim não estaria sozinha — comento. Percebo que ele ficou em silêncio e me viro para olha-lo. O loiro está com uma expressão pensativa enquanto encara o balcão.

— Às vezes... Mesmo que eu esteja cercado deles... É como se eu tivesse sozinho — diz baixinho. Seu rosto expressa o quanto é difícil admitir aquilo — e sinto que será assim para sempre.

— Olha — coloco minha mão sob a sua e fico feliz que ele não recue — eu posso não entender nada sobre família, amor ou irmãos, mas sei que certas coisas são para sempre. Eu já vi por ai. Sempre sonhei em ter o que você tem, uma família. Mesmo que ela não seja perfeita e você se sinta solitário, seus irmãos te ajudariam se precisasse, certo?

Seu olhar se torna vago, mas ele assente lentamente.

— Sim — ele murmura — Elijah e Rebekah sempre estão lá. Temos uma promessa.

— Então apenas empenhe-se em manter sua família reunida — sorrio — você não sabe o que eu daria para ter algo assim.

— Talvez eu possa te ajudar... — ele sorri — um agradecimento pela conversa.

— O que quer dizer?

— Me acompanha?

▬▬▬▬❦▬▬▬▬

É claro que eu o acompanhei. Quando em minha vida teria uma oportunidade dessa outra vez? Seja lá o que ele vá oferecer. Eu quero. O acompanhei até um hotel de luxo, o mais luxuoso da cidade. E assim terminei em sua cama, pela primeira vez me entregando a um homem. E que homem...

Entretanto eu acabo caindo no sono, acordando com algum líquido em minha boca, enquanto algo a pressiona. É mais expresso que água e tem um cheiro estranho, mas conhecido. Meu nariz está sendo tampado, não consigo respirar, então engulo. O aperto em meu nariz se vai. Abro os olhos e vejo Niklaus Mikaelson — ele me revelou seu nome enquanto fazíamos amor –, o homem que me encantou, com seu pulso em minha boca. O que eu estou bebendo é seu sangue, concluo horrorizada.

Tento me afastar, assustada. Ele é algum tipo de maluco?

— O que você fez? — coloco a mão em minha boca ensanguentada.

— Estou te presenteando, meu amor — ele se levanta e começa a de vestir.

— Um presente? — sussurro, incrédula.

— Oh, sim. Você não quer a imortalidade? Ai está. E junto com ela algumas coisinhas que vai aprender com o tempo  — desvio o olhar dele e aperto mais o lençol contra mim, com medo.

— Você é louco — comento, sentindo as lágrimas me escaparem. Provavelmente ele vai me matar, como os assassinos que anunciam nos jornais.

— Às vezes — ele sorri e de repente está sentado a minha frente — foi bom te conhecer, pequeno lírio. Você me deu em que pensar. E claro, eu agradeço a noite que tivemos — ele toca meu rosto, me fazendo estremecer — e agora você vai ter o que sempre quis e um pouco mais, graças a mim. Destrua aqueles que te machucaram — ele olha de relance para o hematoma no meu braço, feito pelo meu pai adotivo — e espere, um dia nos encontraremos novamente. É uma promessa.

Só consigo olha-lo, incrédula. Como eu destruiria alguém? E nos encontrar novamente? Ele não vai me matar?

— Você vai me matar? — minha voz não passa de um sussurro desesperado.

— Eu vou te dar uma nova vida — e a última coisa que eu vejo é seu belo sorriso antes que tudo escurecesse.

▬▬▬▬❦▬▬▬▬

Acordo desorientada, mas logo tudo que passei me atinge e eu me levanto rapidamente. Ainda estou no quarto de hotel, mas o loiro não está em parte alguma. Meu pescoço dói como o inferno e ainda há sangue seco em minha boca. Vou até a janela e vejo que ainda está escuro. Talvez eu conseguisse chegar em casa antes do amanhecer e assim evitaria uma briga.

— Algo não está certo — comento comigo mesma, colocando a mão na garganta. Ela arde. Sinto uma sede insuportável. Corro até o banheiro e me assusto com minha velocidade. Ligo a torneira e bebo água, mas não me satisfaz.

Estou com sede de outra coisa.

Confusa, saio do hotel pelos fundos. Ando pelas sombras das ruas, tentando não chamar atenção. Com certeza pareço uma maluca. Minha cabeça está girando, sons invadem meus ouvidos: posso ouvir um garoto escapando por uma janela, um casal discutindo, um gato miando não muito longe.

Finalmente chego em casa, estou passando muito mal para entrar pela janela do meu quarto. Entro pela porta da frente e fecho a porta com um baque. Minha garganta está tão seca que eu mal consigo respirar.

— Finalmente a vadiazinha chegou — a voz do meu pai adotivo invade meus ouvidos desagradavelmente.

— Me... Deixe — consigo sussurrar.

— Vou te deixar sim, sua bêbada... Te deixar marcada! — e então ele levanta a mão para me bater, mas parece tão lento que eu a pego segundos antes de atingir minha cara. Ele também parece mais fraco.

— O que é isso? — pergunto, ouvindo algo pulsar aceleradamente. Sinto meus dentes incomodarem minha gengiva e o velho me olhar com medo.

Ele parece não conseguir falar, seu pescoço se vira para o lado, o lugar onde fica os quartos.

E então eu vejo. A veia do seu pescoço pulsando tentadoramente. Eu não consigo me segurar, não sei o que estou fazendo. Só cedo aos meus instintos.

Ele começa a gritar, mas em um movimento rápido eu rasgo toda sua garganta, o fazendo engasgar com sangue. Fico horrorizada com isso, mas não paro. Como parar?

Outro grito chama minha atenção, dessa vez o da minha mãe adotiva.

— Demônio! — ela grita para mim, agarrando seu colar de crucifixo. Ela recita orações que decorou enquanto se empenhava em parecer a mulher cristã perfeita para os outros.

— Eu não sou um demônio! — rebato, largando o corpo morto no chão e me aproximando dela do jeito rápido de antes — bom, se eu for... isso me faria melhor que vocês, certo? Que são maus e se escondem atrás de Deus. Eu somente sou mau e ponto.

E então eu ataco sua garganta, tapando sua boca para não gritar. Sinto o sangue acabando quando ela já está mole em meus braços. Estou tão concentrada que só percebo meu irmão adotivo cravando uma faca em mim quando ele se afasta, olhando para minha cara com pavor. Estou tão mal assim?

Arranco a faca com facilidade, jogando-a longe e avanço contra ele, me alimentando tão facilmente quanto fiz com os outros. Quando termino, corro até o espelho e admiro o que eles tanto temiam. Minha face está totalmente desfigurada, veias negras ao redor dos meus olhos também negros, meu rosto cheio de sangue. De repente eu volto ao normal, as lágrimas fazendo um rastro pelo sangue.

A vingança é doce, mas me tornou em um monstro.

Fico um tempo chorando, apenas encarando os mortos. O sol começa a nascer e invadir uma das janelas, que diretamente aponta para mim. Espero que o calor me alcance, mas solto um grito quando me queima. Horrorizada, me afasto, sentindo-me encurralada.

klaus chama ela de "Pequeno Lírio" porque o nome dela é Lilian

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