Madrinha outra vez {EM REVISÃ...

By BeatrizMeneghello

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Aos vinte e seis anos Eleonora Meneghello havia participado do casamento de toda sua lista de amigos e ainda... More

SINOPSE
PERSONAGENS
DEDICATÓRIA
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
ESPECIAL 1K - ARTES, BOOKTRAILER E CURIOSIDADES!
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V - PIETRO
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII - STEFANI
CAPÍTULO IX - PIETRO
CAPÍTULO X
ESPECIAL 4K
CAPÍTULO XI - PIETRO
ESPECIAL 5K - UNIVERSO PARALELO
ESPECIAL 7K - SONHO?
CAPÍTULO XII - ENCONTRO INESPERADO
CAPÍTULO XIII - PIETRO
CAPÍTULO XIV
CAPITULO XV - PIETRO
ESPECIAL 10K
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XIX

CAPÍTULO III

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By BeatrizMeneghello

"Eu não acredito que você me meteu nessa..." — Lacorte, Stefani

Alguns — vários — shots de tequila foram virados por nós e, apesar de eu ter prometido à mim mesma que eu esqueceria Romeu, a vontade de chorar sobre o leite derramado — e azedo — estava grande e beber não estava me ajudando em nada.

Já comentei que fico um saco quando bebo? Não? Pois é, eu fico.

Há pessoas que ficam ainda mais extrovertidas e legais quando bêbadas, como minha irmã, por exemplo, e existe pessoas que; assim como eu, só prestam para lamentar sobre a vida ferrada quando enchem a cara. E o mais engraçado de tudo isso é que a minha vida nem ao menos é ferrada.

O barman me olha com pena, odeio que sintam pena de mim; mas provavelmente já despejei toda a história de "minha irmã casará com o amor da minha vida" sobre o pobre coitado. O que me faz pensar que os barmen são anjos na Terra.

Eles lhe ouvem e dão conselhos maravilhosos, mesmo sabendo que — muito provavelmente — não se lembrará deles no dia seguinte.

— Sabe — começou ele, enquanto me servia um outro shot — você não precisa desse tal de Romeu na sua vida. Você tem o que? Vinte e seis? — Assinto, admito que estou um tanto quanto impressionada com a precisão dele em descobrir minha idade — Você tem que curtir a vida, não há nada de errado em se ser solteira aos vinte e seis, aos trinta e seis ou; até mesmo, aos quarenta e seis.

Sorrio e seco algumas lágrimas teimosas que insistiam em rolar por meu rosto. Olho pro lado e Stefani havia sumido, me pergunto o porquê de eu ainda acreditar que ela terá paciência para meus dramas desnecessários envolvendo Romeu.

Já joguei tantos problemas meus com meu ex melhor amigo sobre os ombros dela — que não eram tão problemas assim — eu nem ao menos sei a razão por ela ter tentado me ajudar quanto à isso por tanto tempo.

Viro meu shot torcendo internamente para que ele leve minha aparente tristeza e me deixe um pouco mais animada; para que eu tenha — ao menos — a capacidade de me divertir junto de minha melhor amiga. Porém isso não acontece.

Parece que quanto mais eu bebo para esquecê-lo mais eu me lembro dele, de seu sorriso perfeito e de sua voz angelical.

"Mas que merda, Eleonora!" — Penso enquanto deito minha cabeça sobre o balcão marmorizado do bar

De todas as paixões não correspondidas que eu já tive na minha vida eu tinha de me fissurar bem no noivo da minha irmã?

Podia estar me lamentando por Matteo — o motoboy de meu restaurante favorito, por Luigi  — o bibliotecário inteligentíssimo e engraçado ou; até mesmo, por Michelangelo — um aspirante a pintor que vive comemorando o fato de ter o mesmo nome de seu pintor favorito.

Mas não...

Estou me lamentando pelo casamento de minha irmã com o cara que ela ama.

Peço mais um shot, o barman; Piero, pelo que dizia as letras em seu crachá, me olha preocupado. Eu sei que eu já excedi meu limite de tolerância à álcool alguns shots atrás; mas, qual é, eu estou realmente precisando disso.

Talvez — mas só talvez — Stefani estivesse cem por cento certa ao me dizer que eu precisava encher a cara.

Viro o shot que ele havia entregue a mim e me levanto seguindo rumo à pista de dança, onde minha amiga se encontrava.

— Finalmente, resolveu desencanar de...

— Não mencione o nome com R, por favor. — Peço e ela ri enquanto assente

Dançávamos animadas ao som de Frida (mai, mai, mai) de The Kolors — nossa banda favorita da atualidade.

A música, apesar de ter um ritmo animado e extremamente dançante — isso ao meu ver, é claro — fala sobre o amor ser um desafio e; meus amigos, que desafio.

Tento ignorar ao máximo a letra, para que não comece a chorar feito a trouxa que eu sou.

Como pode uma mulher independente ficar sofrendo por causa de macho? Isso me faz pensar que talvez eu não seja tão independente quanto acreditei ser.

"E poi
Cadi nel panico
Il destino a volte è un attimo
Ci porta dove vuole
Ci rivela strade nuove..."

"E então caia em pânico, o destino — às vezes — é um momento no tempo que nos leva para onde ele quer e nos revela novas formas..."

Bastou este único e exclusivo trecho para que as lágrimas voltassem a rolar insistentemente pelo meu rosto.

Mas que merda!

O destino é um tremendo fodido, não é possível. Tenho quase certeza de que o universo está a gozar de minha face, alguém lá em cima, definitivamente, não vai muito com a minha cara e gosta de me ver sofrer.

Stefani me olha com preocupação enquanto fica estática em meio à pista de dança. Odeio deixá-la preocupada, isso faz com que eu me sinta ainda mais imprestável do que eu sou.

— Vou apanhar um táxi. — Grito por cima do som da música

Minhas mãos esfregam meus olhos repetidas vezes, tenho cem por cento de certeza que estou parecendo um panda esquisito no presente momento.

— Eu te... — a corto

— Você vai se divertir, eu vou ficar bem, só preciso que este álcool saia de meu sangue. Te passo um SMS assim que chegar em casa e prometo que não vou fazer nenhuma besteira do tipo me declarar pra Romeu. — Praticamente cuspo as palavras

Ela aceita sua derrota e assente.

Deixo a boate ao som do final da música.

"Eu nunca lhe fiz promessas ao vento, o amor não é nada senão um desafio; essa será nossa regra."

E é só então que eu percebo que desde sempre meu amor por Romeu foi platônico; ele sempre foi uma via de mão única.

Romeu me ama, mas do mesmo jeito que me amava quando crianças; como uma irmã. Ou ao menos eu gosto de acreditar que ele ainda me vê de tal maneira.

A única promessa que ele me fez foi a de que nada jamais interferiria em nossa amizade e, bom, ele não cumpriu a sua promessa. Minha irmã claramente ficou entre a nossa amizade, não só ficou como construiu um muro de Berlim dois ponto zero entre nós dois.

O fato aqui é: fui eu quem idealizou um relacionamento com ele mesmo sabendo de sua paixão crescente por minha irmã, foi eu que, mesmo sabendo do namoro dos dois, nutriu esperanças.

Apanho o táxi e repouso minha cabeça na janela.

Bêbado é uma desgraça, leva choque de realidade com música. Espero, do fundo do meu coração que eu me lembre deste choque amanhã quando acordar e que eu dê um jeito de arrancar o vírus Romeu de meu sistema cardiovascular.

Ele e minha irmã se fazem felizes e a felicidade deles deve bastar para mim. Qual é, não é como se Romeu Trevisan fosse o último homem nesse enorme planeta em que habito.

E não é como se eu precisasse ver a infelicidade de minha irmã para ser feliz.

Beatrice ama Romeu e o sentimento é recíproco; isso me basta. Agora é definitivo, eu vou fazer desse o melhor casamento em que eu já fui.

"Eu aceito ser madrinha de sua irmã." — É o que diz a mensagem que brilhou no ecrã de meu celular segundos após eu descer do táxi

HEY ME POVO QUE COME PÃO COM OVO!

COME QUE CÊS TÃO? Espero que bem. Tia Bia está trabalhando na playlist desse bebê, assim que ela estiver pronta a divulgarei.

Sobre as postagens: todas as segundas e, a cada duas semanas, um extra na sexta. Espero que isso lhes agrade.

Não esqueçam a estrelinha caso tenham gostado do capitulo!

Nos vemos na próxima segunda;

KISSUS DA TIA BIA!

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