New security ❄ Im Jaebum

Da yOverthrow

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Nalu Holyn Wright é uma garota mais que astuta. Filha do tão reconhecido prefeito da cidade e ainda no início... Altro

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Da yOverthrow

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O motivo

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Após Mark ter me falado que não estava mais com meu celular, tudo o que consegui me sentir foi uma baita de uma idiota. Eu havia me dado ao trabalho de comparecer até a boate, conversado com ele, tentado, inutilmente, convencê-lo de que era uma pessoa boa, para no final, ele simplesmente me dizer que não se encontrava mais com ele. Para no final, eu ter descoberto que tinha sido ridiculamente enganada. Fala sério, isso era o cúmulo.

- Agora está confirmado, sou uma idiota. - disse, olhando para frente. Uma figura máscula e bem mais alta que eu estava parada em frente ao portão da minha casa, quando sai do táxi e comecei a caminhar entre a forte ventania da madrugada e o barulho de árvores chacoalhando sem parar.

Tinha voltado para boate após meu querido "amigo" ter se mandando e bebido mais alguns copos daquele líquido forte que Wiley havia me oferecido, na esperança de me esquecer um pouco das coisas.

Antes, ao menos, eu tinha noção de onde estava meu celular. Mas agora? Bem, agora tornava-se impossível acha-lo.

- É incrível o modo como você nunca me escuta. - meu segurança disse, após eu finalmente parar de caminhar em sua frente. Seus olhos nada satisfeitos por conta da minha atitude e seus braços cruzados me  causaram calafrios; No entanto, ao invés de me deixar abalar, apenas permaneci encarando seus olhos como se nada de errado tivesse acontecido. - Aonde diabos você estava? - perguntou, me encarando cima a baixo.

Hoje estava fazendo mais frio que o normal, e meu segurança notou isso, pois suspirando, ele retirou o paletó preto que usava, e colocou em minhas costas, numa tentativa de me aquecer, mesmo que pouco.

- Dando uma volta. - comentei, sem muita animação. Não queria contar sobre Mark, e sabia perfeitamente que iria levar uma bronca, assim como também sabia que nada que eu falasse, seria desculpa o suficiente para impedir isso.

- Ah, que ótimo. - ele murmurou, nada satisfeito com minha resposta. - Então você apenas resolveu que queria dar uma volta sozinha e sequer avisou ao seu pai ou seu segurança sobre isso. Sabe o quão preocupado eu fiquei quando voltei e não vi que você estava em casa? Graças a Deus que seu pai já estava dormindo quando cheguei e fui até o seu quarto. Caso contrário, essa casa já estaria de cabeça para baixo e com alguns pescoços cortados.

Imaginar a revolução feita por meu pai realmente me fez querer rir. Principalmente porque papai não era do tipo que surtava por coisa boba e obviamente, meu segurança estava exagerando. Entretanto, eu apenas tentei me manter o mais séria possível.

- Você está exagerando. - falei, cruzando os braços.

- Sério mesmo? - erguendo uma sobrancelha e soltando um pequeno sorriso ladino, ele perguntou. - Sério mesmo que você acha que isso é um exagero? Se coloque no lugar do seu pai, Nalu. Imagine que você tenha algo muito importante na sua vida, e essa coisa de repente desaparece, sem ao menos dizer nada. Imagine que enquanto você pensa que essa coisa está em um lugar, salva e intocável, na verdade ela não está lá. Na verdade, tudo o que tem lá é apenas o vazio e varias suposições de como aquela coisa desapareceu. Como você se sentiria em relação a isso? O que você faria, em relação a isso?

Era nítido a forma como ele estava com raiva, embora, eu notasse que fosse só isso. Meu segurança estava estranho. Um pouco inquieto, até. Como se precisasse fazer algo importante, mas não tivesse a coragem para tal ato.

- Por acaso você está querendo dizer que sou importante para você? - eu perguntei. De forma inevitável, esses tipos de piadas eram um dom que saia de mim involuntariamente, sempre que eu desejava me esquivar de alguma pergunta.

Encarando-o, imaginei que meu segurava fosse apenas pedir para eu deixar de ser uma garota mimada ou coisa do tipo, mas, para minha surpresa, ao invés disso, ele disse:

- Não sei quantas vezes mais precisarei lembrá-la disso, mas, novamente, eu sou seu segurança, e meu dever exclusivamente um: estar com você vinte e quatro horas por dia e mantê-la bem. Então, sim, me preocupo com você. - ele falou. Algo em seus olhos castanhos de repente me fizeram sentir uma familiaridade estranha, mas tentei afastar isso com o pensamento de que talvez fosse o álcool fazendo efeito.

- Olha, sinto muito por ter saído escondida, mas estou com sono. Quero apenas me deitar e... espera, voltou? Voltou de onde? - perguntei, surpresa. Era óbvio que meu segurança tinha todo o direito de sair quando fosse necessário, até porque eu não queria prende-lo a mim vinte quatro horas por dia, como papai havia feito o contrato. No entanto, ainda assim era estranho escuta-lo dizer tão abertamente que tinha saído. - Por acaso você foi em algum encontro? Nossa, eu não sabia que você namorava. Parabéns em amigão. Continue assim. Uma noite animada realmente é algo que...

- Eu não fui a um encontro! - ele disse, me interrompendo.

- Tudo bem se não quiser admitir, mas amigão, é sério, uma vida animada á noite é...

- Pelo amor de Deus, Nalu. Não estou mentindo, eu não fui a um encontro. Agora vamos, entre logo. - parecendo um pouco incomodado com o assunto da conversa, ele digitou a senha do portão e esperou com que eu entrasse, para depois fazer o mesmo. - Além disso, se estou namorando ou não, isso não é da sua conta.

- Se não foi a um encontro, onde você estava ? - perguntei.

- Você é bastante curiosa, hein?

- Nada haver. Eu só quero saber o lugar em que meu segurança estava, se não ao meu lado.

- Curiosa e cara de pau. - ele disse novamente. Tentei evitar a enorme vontade rir, mas foi impossível ao ver sua reação de descrença e o pequeno sorriso em seus lábios.

- Não está com raiva por eu ter simplesmente desaparecido? - perguntei.

- Ficar com raiva por acaso vai mudar alguma coisa?

- Bem... não muito. - falei, dando de ombros. Por mais que eu tentasse agir corretamente, a impulsividade sempre ganhava. Então, não adiantava prometer agir ou me comportar de formas que eu obviamente sabia que não eram feitas para mim e para minha liberdade.

Meu segurança e eu caminhamos em silêncio pelo jardim, enquanto escutávamos o leve barulho de grilhos escondidos entre as folhas das árvores e, quando a lua mostrou-se presente no céu após uma enorme nuvem passar por ela, paramos de caminhar e começamos a encara-la.

- Você estava estranha desde cedo, então pensei que precisasse de um tempo. Só não achei que esse tempo significasse sair de casa escondida. - ele falou. Seus olhos castanhos encarando o brilho da lua, enquanto o mesmo parecia deslumbrantemente hipnotizado.

- Desculpe pela minha personalidade teimosa. O problema é que gosto da minha liberdade. Odeio precisar depender de alguém. Odeio sentir que alguém está colocando as minhas necessidades em frente as dela. - disse, encarando-o. Eu não tinha motivos para explica-lo sobre meus problemas, mas sentia que devia.

- Sabe por que escolhi virar segurança? - ele perguntou, sem muita animação. - Uma vez, quando eu era menor, uma garotinha estava precisando de ajuda. Ela era dois anos mais nova que eu, e tinha alguns colegas malvados, que se aproveitavam e faziam pouco dela, ignorando-a apenas por possuir um talento inegável. Certo dia, após observar todo o bullying acontecido com ela, eu não consegui mais ficar parado. E naquele momento, ajudando alguém totalmente capaz de se defender, entretanto, insegura, eu decidi que era isso que eu deveria fazer. Não se trata somente de colocar as suas necessidades encima da minha, Nalu. Se trata de eu ser capaz de faze-la encarar os problemas sem medo. Se trata de eu conseguir colocar na sua cabeça, o quão forte e capaz você. - seu rosto, que antes que encarava a lua, voltou-se para mim, me deixando um pouco sem ar com a intensidade do seu olhar.

- Isso quer dizer que vou poder sair sozinha sempre que quiser? - ousei perguntar.

- Na verdade, isso quer dizer que se você sair sozinha outra vez, precisarei contar para o seu pai e ele não pegará tão leve com os castigos. Talvez, até contrate outro segurança. - ele disse, de forma tão rápida que me surpreendi. - Olha, não quero que você fuja de mim. Pelo contrário, quero que as coisas deem certo. Quero que sejamos capaz de andar sempre juntos, sem que você se sinta incomodada com a minha presença ou coisa parecida. Então, por favor, vamos aprender a lidar um com outro, está bem?

- Discutimos quase como cão e gato, como espera que consigamos nos dar bem?

- Como todos dizem, esperança é a última que morre. - falou, encarando o relógio em seu braço direito. - Já está tarde, você precisa dormir.

- Boa noite então. - com um pequeno sorriso nos lábios, entrei dentro de casa e comecei a subir as escadas. No entanto, a baixa do meu segurança, lançada com o objetivo de não acordar os demais, me fez virar e encara-lo. - O que houve? - perguntei.

- Sobre o motivo de eu ter saído hoje... - ele começou a falar calmamente. As mãos dentro do bolso de sua calça e sua postura tão incrivelmente atraente me fizeram ficar um pouco boba em relação a sua imagem. No entanto, tentei apenas focar em seus olhos, que não ajudavam muito. - Não quero estragar a surpresa, então, tudo o que posso dizer é que o motivo está dentro do seu quarto. Espero que goste.

Passando a mão levemente por seu cabelo, ele sorriu, murmurou um  um "boa noite" e começou a caminhar em direção a cozinha, de forma inocente.

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aí to muito triste que as aulas voltaram :c

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