Nascidos para Amar - [DISPONÍ...

By LuanaLazzaris

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"Nascidos para Amar" é o Spin-Off de "Quando os Caminhos se Cruzam" e contará a história de Valentina e Gusta... More

~ S I N O P S E ~
~ A P R E S E N T A Ç Ã O ~
~ E P Í G R A F E ~
~ CAPÍTULO UM ~
~ CAPÍTULO DOIS ~
~ CAPÍTULO TRÊS ~
~ CAPÍTULO QUATRO ~
~ CAPÍTULO CINCO ~
~ AGRADECIMENTOS E AVISOS ~
NASCIDOS PARA AMAR - na AMAZON
💜CONVITE ESPECIAL 💜

~ PRÓLOGO ~

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By LuanaLazzaris

[[LIVRO EM DEGUSTAÇÃO]]

____________________________


Sejam bem-vindos!

Se você está chegando por aqui agora, aconselho que leia as informações que estão em postagens anteriores, se já leu e sabe que esse é o spin-off de "Quando os Caminhos se Cruzam" ótimo! Vamos em frente 😉

Querido leitor
Vamos começar mais uma aventura juntos? A partir de hoje conheceremos a história de Valentina e Gustavo! As postagens estão programadas para uma vez na semana (podendo haver imprevistos), mas quem já acompanhou QOCSC sabe como costumo escrever e lidar com a rotina de postagens. Este é um dos nossos meios de comunicação e eu sempre darei informações para vocês.
Agora chega de papo, vem ler ⬇️


Valentina

Diante dos olhares e gargalhadas começo a puxar e a soltar o ar seguidamente, todos que apresentaram seus trabalhos sobre família, foram aplaudidos no final, mas o mesmo não acontece comigo e à medida que as gargalhadas aumentam parece que a sala de aula vai ficando cada vez mais apertada. Estou sufocando... sufocando.  Preciso sair daqui!

— Lixo! Valentina veio do lixo! — ouço Nina repetir pela última vez antes que eu deixe a sala correndo.

Porta a fora sigo em disparada pelos corredores do colégio indo para qualquer lugar que seja o mais longe possível dos deboches feitos pelos meus colegas e principalmente de Nina. Meu Deus! Ela tem só dez anos, assim como eu. Por que foi tão cruel comigo? Crianças nunca deveriam ser cruéis umas com as outras.

Meu coração bate no mesmo ritmo em que corro — rápido, muito rápido. E na tentativa de correr o mais depressa que posso, numa passada descompassada embolo as pernas e vou de joelho ao chão. Droga! E se a dor e vergonha pelo que acabara de acontecer na aula não fosse maior, talvez eu ficaria aqui no chão choramingando por esse ralado, mas não fico, levanto-me rapidamente limpando a mão na bermuda do uniforme e retomo minha corrida.

Refugio-me em qualquer canto onde não há ninguém por perto e encolhida nele deixo as lágrimas escorrerem livremente pelo meu rosto sentindo pela primeira vez o sabor amargo de ser alvo de deboche.

A dor da mágoa e da vergonha se misturam ao meu peito fazendo latejar e doer cada vez mais. Choro soluçando alto até que a boca fique seca e o ar me falte. E então, cansada passo a chorar baixinho e apenas um soluço contido escapa pela boca.

— Caramba, Valentina! Eu procurei por você no refeitório. O que está fazendo aqui na quadra? É hora do recreio, vamos lanchar — Gustavo fala com a voz ofegante.

Permaneço debruçada com o rosto enterrado entre meus joelhos.

— Valentina?

Não respondo.

— Valentina... — sua mão vai até meu cabelo caído sobre meu rosto, afastando-os. — Você está chorando?! O que aconteceu?

Ergo a cabeça criando coragem suficiente para dizer a ele o que aconteceu.

—  Nossa! — fazendo uma careta, Gustavo se abaixa na minha frente. —  Você caiu feio, olha só esse machucado aí no seu joelho. Então, é por isso que está chorando. — Sua voz se suaviza à medida que seus dedos passam ao redor da ferida recém feita.

Quem dera que meu choro fosse por causa desse ralado, isso não é nada.

— Puxa vida! Justo hoje que tive que chegar mais tarde no colégio você se machuca! — resmunga, chateado. Mas sinto que a chateação é com ele próprio.

Justo hoje ele não estava na sala comigo quando Nina me falou aquelas coisas horríveis e todos começaram a rir de mim.

— Está doendo muito? — balanço a cabeça dizendo que sim. — Vamos até a sala da diretora para fazer um curativo.

— Não. Não quero sair daqui — falo, fungando e limpando meu nariz com a mão e em seguida passo na roupa para secar.

— Quer que eu chame alguém? — pergunta, preocupado.

— Não, também.

Gustavo muda a posição e se senta ao meu lado, seus braços finos passam por cima do meu ombro de uma forma protetora. Com suavidade desliza a mão pelo meu cabelo acalentando meu choro, minha dor.

— Gustavo, lembra quando te contei que minha mãe me explicou que eu não tinha nascido da barriga dela, igual meus irmãos? Mas que eu tinha nascido do coração dela e do meu pai?

— Lembro. Minha mãe também me falou sobre isso e disse que o tio Leo e a tia Malu, te conheceram quando você era um bebê e te escolheram para ser filha deles.

— Então... mas a Nina disse que eu fui achada numa lixeira e que se eu estava numa lixeira é porque sou um lixo. E aí todo mundo começou a rir.

"Lixeira é lugar de lixo, então a Valentina é um lixo"

A voz de Nina ressoa na minha mente junto daquela sua gargalhada que se parece com as de uma bruxa, igual nas histórias das princesas que Alice e eu sempre assistimos.

— Que idiotice! Como ela pôde fazer isso? Vou lá falar com ela e com quem mais riu de você. Eles vão ver só.

— Não, Gustavo, espera. — Ele faz menção de levantar e eu seguro em seu braço.

— Nina disse que foi a mãe dela quem contou — murmuro.

— Grande coisa! Nina só fala isso porque tem inveja de você.

— Inveja do quê e por quê?!

Gustavo leva alguns segundos pensando.

— Me diz quantas vezes você viu a mãe ou o pai dela aqui no colégio em alguma apresentação?

Tento me lembrar quando vi Nina com sua mãe.

— Nunca.

Ele inclina levemente a cabeça.

— Quantas vezes tia Malu e tio Leo vieram?

— Sempre. — Minha resposta é imediata. Pois em todas as vezes que tinha alguma apresentação ou se fosse uma reunião de pais, os meus estavam sempre no colégio.

— Viu? — ele me olha com um ar de quem disse a coisa certa. — É inveja que ela sente. No fundo, Nina queria ter pais como os seus. É por isso que ela fala essas coisas idiotas.

— Todos começaram a rir quando ela falou que eu era lixo — reclamo. Abalada por lembrar da cena em que todos os meus colegas me olhavam com as mãos apontadas para mim e rindo tanto que precisavam se curvar sobre as mesas.

— São todos uns idiotas, então! — fala, dando de ombros.  Eu noto raiva em seus olhos.

— Mas está doendo — choramingo.

— Deixa eu ver — ele toca meu joelho —, foi um belo tombo. Está sangrando bastante.

— Não é o joelho que dói, é aqui. — Toco o meu peito, pois a dor que sinto no meu coração é maior que a do machucado no joelho. Saí em disparada da sala sem suportar a chacota e no meio do caminho tropecei nos próprios pés e caí. 

— Ah, Valentina, não dê importância para isso. Você não é lixo coisa nenhuma, você é a menina mais amada e inteligente que conheço.

— Você não conhece muitas meninas — retruco.

— O suficiente para saber que você é a melhor — ele me diz com um sorriso tímido.

— Bobo — bato em seu braço, ele ri um pouco mais e eu esqueço da dor e rio também.

Quando o riso acaba, Gustavo me olha sério pega minhas duas mãos e ficamos de frente um para o outro.

— Valentina, quero que você se lembre sempre disto, que é uma menina inteligente e muito amada. Tá bem?

Balanço a cabeça com força, dizendo sim a ele.

— Agora repita em voz alta: Eu sou uma menina inteligente e muito amada.

Faço uma careta, ele faz outra em sinal para que eu fale.

— Eu sou uma menina inteligente e muito amada — declaro, confiante. E meus lábios se estendem num sorriso.

— Ótimo — ele diz, satisfeito. — Agora me prometa que nunca mais vai chorar por coisas idiotas que pessoas idiotas te digam.

— Prometo. — Gustavo sorri, aperta minhas mãos e as solta.

Respiro bem fundo certa de que nunca mais deixarei que palavras ruins me atinjam.

O sinal toca, avisando que o intervalo do recreio acabou, gemo internamente por ter de voltar para a sala de aula. Gustavo amarra os cadarços do seu tênis e depois volta sua atenção para mim.

— E Valentina, me desculpe por não estar ao seu lado, quando você precisou. — Sua voz parece triste.

— Agora você está e fez com que eu me sentisse melhor. Obrigada — digo, sincera.

— Eu sempre estarei ao seu lado, Valentina.

— E eu do seu — replico.

Gustavo me dá um leve empurrão com seu ombro e se levanta.

— Inseparáveis? — ele fala, estendendo a mão para mim, seguro-a e me ponho de pé.

— Inseparáveis.

Abraço-o com a certeza de que não importa de onde eu vim e sim onde estou. E onde estou sou muito amada.

Então é isso, espero que tenham gostado meus amores!
Estava morrendo de saudades de estar com vocês.
A partir de agora voltamos a nos ver regularmente!
Beijos! Amo vocês!
💗

Ah, não esquece da estrelinha ⭐️ e de deixar seu comentário!

[Sem Revisão]

Sábado 14/07/18

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